segunda-feira, 30 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A SUSTENTABILIDADE E A LIÇÃO DA MEDITAÇÃO

 “Avançar na educação

Vivemos uma crise de valores e de capacitação dos nossos jovens. Nossa sociedade, nossas famílias, as escolas e universidades não estão preparando pessoas com os valores necessários e capacitadas a enfrentar os problemas do mundo contemporâneo. Não presenciamos nenhuma ação eficaz por parte dos governantes, preocupando-se e colocando em prática planos de ação para capacitar as crianças e os jovens com as competências necessárias que os levarão de fato a fazer a diferença no mundo atual.

Batas olhar os currículos das nossas escolas e universidades para constatar que, em sua maioria, há uma enorme disparidade entre o que é ensinado e as competências que esses jovens precisarão para ser bem-sucedidos na vida e em seu futuro profissional. Os currículos, quase sempre, foram idealizados há 20 ou 30 anos, baseados nas teorias e práticas da era industrial. E há muito tempo já estamos na era do conhecimento, em que outras possibilidades são necessárias.

Sem falar na falta de planejamento e estímulo à formação de educadores. Você conhece jovens que sonham em se tornar professores? Infelizmente, são muito poucos. Há um apagão de professores e não há plano de ação para mudar esse cenário. Como diria Augusto Cury (médico, psiquiatra e escritor), os professores que deveriam ser os profissionais mais importantes na nossa sociedade estão desvalorizados, tanto perante os nossos governantes quanto perante a sociedade. Nem os pais nem os alunos respeitam mais os professores. Precisamos resgatar o prestígio e o respeito pelos educadores para ressuscitarmos a educação do nosso país. Sem ótimos professores não vai haver ótimas escolas.

O Brasil tem se desenvolvido economicamente, porém, o que dizer dos nossos índices educacionais? Estamos entre os piores do mundo nesse quesito. De que adianta termos cerca de 30 bilionários brasileiros na recém-divulgada lista da revista Forbes, se nenhuma universidade do país figura entre as 200 melhores do mundo, segundo o recente ranking da publicação educacional britânica Times Higher Education? Precisamos exigir que nossos representantes políticos sejam avaliados pelo que realmente fazem, e que percam os seus mandatos se não trabalharem pelos principais interesses da população, principalmente na área da educação. Temos de incentivar a adoção de práticas de meritocracia na educação e na política. Se não agirmos logo, poderá ser tarde demais.”

(RICARDO MESQUITA CHIOCCARELLO, Gestor da Escola Internacional de Alphaville, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de maio de 2011, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Dentro e fora



Há mais de 40 anos a obra de Leonardo Boff se apresenta como um desafio à inteligência contemporânea. Com mais de 80 livros publicados, nas áreas mais diversas, da teologia à política, passando pela antropologia, mística, ecologia, literatura, psicologia e história, o pensador, no entanto, não deixa nunca de surpreender. Na casa dos 70 anos, depois de uma vida dedicada a pensar questões essenciais de nosso tempo, em seu livro mais recente, Meditação da luz (Editora Vozes), parece fazer um movimento em direção ao centro de si mesmo. Como seguindo a lição agostiniana das Confissões, depois de muito procurar, descobre que a beleza, antiga e nova, habita seu interior: “Tu estavas comigo e eu não estava contigo”.

Para quem acompanha a trajetória de Leonardo Boff não é incomum se deparar com a coragem de proceder grandes viradas, reviravoltas teóricas e existenciais, destemor em debater com contendores poderosos.Alguns estudiosos de seu pensamento identificam esses momentos como mudanças de paradigmas, mas é possível pensar que mesmo nas grandes transformações há sempre uma base que permanece, menos como resposta e mais como enquadramento de uma nova questão. Se o primeiro momento da teologia de Boff foi marcado pelo reflexão sobre o papel da Igreja, a partir das mudanças trazidas ao mundo pelo Concílio Vaticano II, sua obra foi se espalhando em outros temas teológicos, de uma nova configuração política do papel de Cristo a temas de escatologia, como o sentido da morte.

Identificado com a Teologia da Libertação, que ajudou a criar teoricamente e realizar na prática pastoral, Leonardo Boff pagou preço de pensar a liberdade em tempos de grande disciplina. Seu livro mais consistente em termos filosóficos, Igreja: carisma e poder, deu a ele, além de audição em todos os campos do pensamento teológico mundial, a punição do silêncio e, anos depois, traçou o caminho que o levaria a manter seu pensamento fora da oficialidade da Igreja. Mais que uma obra de teologia, o livro se revelaria um instrumento poderoso de compreensão da realidade brasileira. O Brasil e a Igreja saem comprometidos do livro.

O que era política explícita, muitas vezes inspirada pelo pensamento dialético – em sua busca de compreensão das injustiças e da constatação de uma forma de poder que cinde em vez de reunir, levando à perpetuação das injustiças –, vai se tornando ainda mais profundo. Não que a política deixe de ter sentido, mas passa a ser guiada por outros elementos que surgem no horizonte do nosso tempo, sobretudo pelas questões postas pela ecologia.

A entrada em cena da ecologia vai mudar o eixo ou a “centralidade” do pensamento de Leonardo Boff. É preciso deixar claro de que ecologia se trata. Muito além da mera defesa ambientalista contra a dilapidação da natureza, para o teólogo trata-se de uma nova forma de compreensão do mundo exterior e interior, com ambição de chegar à totalidade do ser. O novo paradigma, que pode ser batizado de teoantropocósmico, traz assim um pouco de cada uma das dimensões que o constitui: é busca de Deus, do homem e da natureza, a partir de um olhar unitário, agregador, com vocação para a totalidade. Neste sentido, as obras mais recentes de Leonardo Boff englobam uma nova visão do fenômeno humano, da sociedade e da Terra, como partes constituintes do mesmo Deus.

No entanto, nada seria menos “ecológico” do que entender a obra de Leonardo Boff como um caminho em direção ao alto, ao mais complexo, a um ponto final de síntese ou superação. Essa tendência ao finalismo, na qual o último momento é sempre humilde e necessária da procura. Leonardo Boff pode ter abandonado a forma do ensaio erudito de seus primeiros livros de teologia e buscado uma comunicação mais singela e direta com o leitor. Mas em nenhum momento abriu mão das questões essenciais que, ontem como hoje, dão sentido ao seu caminho teórico e existencial. Como homem tocado pela boa ecologia, sabe que vivemos no tempo e no espaço, mas sabe também, alimentado pela ciência contemporânea e pela política, que são muitos os tempos e diversos os espaços. Se há algo que nos dá o solo de continuidade é exatamente a certeza de que somos mutáveis e datados.

FÍSICA E MÍSTICA Talvez seja esse o patamar que dá sentido ao livro Meditação da luz, o mais recente e instigante livro do autor. Numa constatação madura, o caminho que surge de uma vida tão completa aponta, nessa altura do caminhar, para o pensamento místico, para a humildade dos exercícios de autoconhecimento, para a singeleza do melhor caminho, para a fusão de ciência e religião. Para um convite à comunhão a partir de uma certa entrega ao sagrado que há no homem. Neste sentido, não há nada mais político que a meditação.

Meditação da luz – O caminho da simplicidade é um livrinho diferente e poderoso. Não tem a pegada teológica das primeiras obras do autor, não se preocupa em incorporar a ecologia de forma explícita, não traz interpretações políticas para o pensamento católico, não tem projetos sociais em seu horizonte mais imediato. Mas tem um pouco de cada uma dessas vertentes. É um livro de mística, um manual de meditação, um convite à oração pessoal. O que destaca a obra, além de sua vocação para a interioridade, é sua abertura a todas as formas de pensamento e tradições religiosas.

Não há fronteira quando se trata do homem. Leonardo Boff apresenta um projeto de desenvolvimento de vida interior, buscando lições de sabedoria e simplicidade (talvez as duas coisas sejam apenas uma, como nos mostra os verdadeiros sábios, sempre simples) da ioga, do budismo, do tao, da mística cristã, da física quântica, da neurologia.

O livro tem como projeto ampliar a vida espiritual (não necessariamente religiosa, no sentido confessional), por um método descrito pelo autor: a meditação da Luz Beatíssima. Para chegar até a prática, ele desenvolve de forma sumária e compreensível temas ligados à cosmologia, às neurociências e aos caminhos desenvolvidos pela meditação nas tradições do Oriente e Ocidente. Assim, antes de chegar aos exercícios espirituais (que podem ser feitos em qualquer tempo e lugar, até durante um engarrafamento de trânsito), Boff ensina um pouco de budismo, misticismo medieval, chacras, ioga, kundalini, energia, física da luz e funcionamento do sistema neurológico. O mais importante: tudo como realização do mesmo princípio único.

A meditação é a mais ecológica das realizações humanas. Só ela é capaz de dar à energia seu melhor destino. Usina de espiritualidade, o homem ainda precisa aprender a domar seu potencial, não para explodir como uma bomba de consumo e exterioridade, mas para também se tornar luz. Que um homem sábio e simples como Leonardo Boff chegue à plena maturidade mirando para dentro é um lição que precisa ser reciclada por cada um de nós.”

Eis, portanto, mais PRECIOSAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a NECESSIDADE IMPOSTERGÁVEL e URGENTE da pontificação da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA do PAÍS, em vista especialmente da COMPLEXIDADE e FASCÍNIO exercidos pelas NOVAS exigências existenciais.

São GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda MAIS nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A CIDADANIA, A PRESERVAÇÃO, A QUALIDADE E A SUSTENTABILIDADE

“Além de tudo, preservar é um bom negócio

Depois de mais de 30 anos estudando florestas no Brasil, José Roberto Scólforo, da Federal de Lavras, ganha um dos mais importantes prêmios da ciência no país, concedido pela Embrapa



O prêmio Frederico de Menezes Veiga, um dos mais importantes da ciência brasileira, este ano ficou para Minas Gerais. Grande vencedor da categoria, o pesquisador de florestas José Roberto Soares Scólforo, que também é professor e vice-reitor da Universade Federal de Lavras (Ufla), se dedica há mais de três décadas ao estudo de tecnologias florestais para a sustentabilidade de biomas. Concecido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o troféu é um reconhecimento ao conjunto de pesquisas desenvolvidas pelo professor ao longo desses anos. José Scólforo é um dos precursores na pesquisa com o cerrado brasileiro, além de ter cooredenado, entre outros estudos, o inventário florestal e o zoneamento econômico-ecológico.

A premiação ocorre no Ano Internacional das Florestas, comemorado em 2011 por indicação da Organização das Nações Unidas (ONU). A coincidência não poderia ser maior, ou melhor. Na verdade o trabalho de Scólforo, que na Universidade de Lavras teve início na década de 1980, aponta caminhos de convergência entre o interesse econômico e o meio ambiente, gerando, ao mesmo tempo, preservação das florestas, trabalho e renda para o país. Seus estudos indicam a preservação como chave de saída para o avanço socioeconômico. “A floresta não é um empecilho para o desenvolvimento, ela é aliada do agricultor, uma aliada da sociedade”, garante o pesquisador.

No amplo conhecimento produzido sobre os biomas, boa parte foi transformada em tecnologias que hoje dão sustentação a políticas públicas e à sociedade. Com o cerrado, Scólforo desenvolveu trabalhos de manejo de florestas nativas para uso múltiplo, uma resposta para o desbravamento que há 30 anos colocou à prova a resistência do bioma, ameaçado pelas fronteiras agrícolas. Também está entre suas importantes contribuições para o meio ambiente a elaboração do inventário florestal das espécies nativas e do reflorestamento de Minas Gerais. “Essa homenagem marca a carreira de um professor presquisador. É o reconhecimento de um trabalho de equipe, desenvolvido de forma multidisciplinar, envolvendo vários departamentos”, diz.

EXPERIÊNCIA COM A CANDEIA

No cerrado de Minas, as pesquisas identificaram quais espécies poderiam sofrer algum tipo de intervenção sem comprometer sua existência, criando possibilidades de exploração e ao mesmo tempo preservação em frentes múltiplas, como exploração da madeira, frutos, flora e usos medicinais do bioma. Um exemplo é o projeto, já em andamento, desenvolvido com a candeia, espécie bastante presente nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço. Da madeira dessa espécie arbórea é retirado o alphabisabolol, produto amplamente usado pela indústria, como a de cosméticos, e que contribuía para pressionar as matas nativas. A tecnologia desenvolvida na Ufla e repassada a organizações não governamentais e ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas tem gerado renda complementar para dezenas de famílias, ao mesmo tempo que preserva os candeiais. Com o projeto, foram plantados 2 milhões de novas mudas e estabelecidas regras bem definidas para o corte, onde, quando e em qual a proporção ele pode ocorrer, o que garante vida à espécie

Quando a extração transpôs a barreira da clandestinidade para se transformar em atividade legal, os preços da madeira quadruplicaram, saltando de R$ 30 para R$ 120 o metro da candeia. “Com o tempo, a gente vai mudando, mas hoje esse é o projeto que mais gosto na vida”, confessa o professor. Apesar da certeza da declaração, esta é uma escolha difícil. As florestas de Minas foram inventariadas pela equipa da Ufla, que identificou tanto as espécies nativas quanto as áreas de reflorestamento por meio de mapeamento por imagem de satélite. A partir daí, passou a ser possível identificar que o desmatamento no estado, a despeito do desafio que representa para a sociedade, tem caído de forma sistemática. Entre 2003 e 2005, a devastação correspondia a 152 mil hectares. Entre 2007 e 2009, caiu para 100 mil hectares.

E não é só isso. No mesmo estudo, em um exaustivo trabalho de campo, foram catalogados no estado 780 mil árvores que representam mais de 2,4 espécies. “Um número absurdamente grande”, comenta Scólforo. Ele explica que dessa forma é possível conhecer e valorizar espécies, identificando tanto seu uso comercial quanto sua importância ambiental. A pesquisa também revela que Minas Gerais tem 33,5% de seu território com vegetação nativa, percentual acima da média nacional (excluindo a Amazônia), mas que preocupa pela disparidade. Enquanto no Vale do Jequitinhonha a vegetação nativa chega a 50% da cobertura do território, em regiões como o Vale do Rio Doce, no Leste de Minas, é inferior a 7%; no Triângulo, atinge 17%, percentuais, bem abaixo da média do estado.

Também foi desenvolvido pela equipe do pesquisador Scólforo o zoneamento ecológico-econômico do estado, ferramenta fundamental, utilizada como ponto de partida para elaboração de empreendimentos econômicos, e também pelo estado, no desenvolvimento de políticas públicas, já que traz uma completa radiografia das diversas regiões de Minas, e contempla características econômicas, sociais, ambientais e entre outras.

ÁRVORES DE BH

Belo Horizonte vai ganhar um moderno inventário, que vai catalogar as cerca de 300 mil árvores da cidade. Todas as ruas, avenidas e praças serão rastreadas. O conteúdo encontrado irá alimentar um sistema de tecnologia da informação. A partir daí, serão apontadas quais espécies são adequadas ou inadequadas para uma região, calçada, rua, praça ou parque. A ação é mais uma pesquisa que será coordenada pelo professor José Roberto Scólforo. “O objetivo é planificar as ações para atender melhor a população”, explica o pesquisador. A documentação das árvores, os pesquisadores das árvores, os pesquisadores vão sair às ruas com um tablet (computador de mão) onde todas os espécimes serão catalogados , fotografados e contarão com um banco de dados trazendo seu histórico. “Devemos encontrar em Belo Horizonte de 700 a 900 espécies”, calcula Scólforo. Segundo ele, o grande diferencial da ferramenta é que a administração municipal terá o inventário sempre atualizado. Cada vez que uma das árvores for substituída, podada ou passar por qualquer intervenção, o técnico da prefeitura fará as atualizações diretamente no tablet. “Basta seguir corretamente o script e o inventário estará sempre atualizado”, acrescenta.”


(MARINELLA CASTRO, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio de 2011, Caderno CIÊNCIA, página 20).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de maio de 2011, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de MAURILIO SOARES GUIMARÃES, Presidente da EMATER-MG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Produção com qualidade e sustentabilidade

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), na busca pelo desenvolvimento sustentável, promove ações levando em conta as necessidades das gerações atuais e a capacidade de atender às futuras gerações. Sendo assim, cada vez mais, a empresa incentiva, por meio de seus trabalhos, o equilíbrio entre o crescimento econômico e respeito ao meio ambiente. É preciso harmonizar a tecnologia de produção rural com as exigências ambientalistas. Não existe produção sustentável sem a proteção do meio ambiente. Degradada, a natureza perde o seu potencial produtivo e se transforma em deserto. E, muitas vezes, o produtor rural não dedica a necessária atenção a esse tema por falta de recursos financeiros ou de conhecimento.

É a Emater-MG a ponte entre a produção de conhecimento e a produção agropecuária, com os seus extensionistas levando ao produtor rural, principalmente aos de pequeno porte, meios para que ele incorpore ao seu dia a dia a evolução desenvolvida na universidade e na indústria. A empresa atua reforçando o uso de tecnologias compatíveis com o ambiente e os recursos das propriedades rurais.

Atuando para o fortalecimento do setor rural, os trabalhos da extensão alcançam toda a sociedade, contribuindo para a redução das desigualdades sociais, a recuperação e a preservação ambiental, para criar, enfim, um ambiente de confiança e condições favoráveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

E os conhecimentos que a Emater leva aos produtores também são fundamentais para assegurar uma produção com mais qualidade e valor agregado. É dever da empresa assessorar os agricultores, para que eles consigam inserir seus produtos no mercado formal, cumprindo as exigências legais, tais como critérios trabalhistas, previdenciários, fiscais e ambientais, e também assegurando qualidade para o consumidor. Um exemplo é o café. A empresa orienta os cafeicultores para as exigências dos mercados, estimulando a agregação de valor à produção, por meio da melhoria contínua dos sistemas produtivos, e para as normas de certificação. Em 2010, o Certifica Minas Café, programa estruturador do governo do estado, certificou 1.294 propriedades em várias regiões.

As fazendas inscritas no programa têm acompanhamento de técnicos da Emater-MG em cada etapa da produção, o que garante o rigor na aplicação das normas de certificação e, assim, uma produção de qualidade, adequada às exigências do mercado internacional, com melhor remuneração para os produtores e conquista de novos mercados.

Os produtores de café cadastrados no Certifica Minas recebem orientações gratuitas da Emater-MG para adequar as propriedades às normas de certificação. São cerca de 90 itens que devem ser obedecidos para se obter a aprovação, que cobram desde a adequação à legislação trabalhista ao uso correto e controlado de agrotóxicos e rastreabilidade do produto final, o que significa identificação registrada de todo o café produzido. No fim do processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz uma auditoria nas propriedades para aprovar as fazendas que seguiram corretamente os critérios estabelecidos. São mais de 1 mil propriedades cafeeiras certificadas, de 2.553 cadastradas em 150 municípios nas regiões Sul, Matas de Minas e Cerrado.

Também para levar mais informações e as novidades sobre as boas práticas de cultivo, manejo, beneficiamento e comercialização aos cafeicultores, é realizado o Circuito Mineiro de Cafeicultura, com palestras e visitas a estandes de empresas de tratores, máquinas e insumos utilizados na atividade cafeeira. O circuito é realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e suas vinculadas Emater-MG, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além da Universidade Federal de Lavras, com apoio de prefeituras e outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor cafeeiro. A última etapa acontecerá em Varginha, em 27 de outubro. Ao todo serão 26 etapas.”

Eis, pois, mais OPORTUNAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para o INDESVIÁVEL caminho do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ao lado de, especialmente, uma TRÍPLICE aliança: QUALIDADE – ECONOMICIDADE e PRODUTIVIDADE, exigências dos modernos negócios COMPETITIVOS...

São mais GIGANTESCOS DESAFIOS, onde PONTIFICA a PRIORIDADE ABSOLUTA – A EDUCAÇÃO, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL em 2012 (RIO + 20), a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

A CIDADANIA, A REINVENÇÃO DO ESTADO E A TRANSPARÊNCIA NA POLÍTICA

“ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Ministra defende novo Estado

Em crítica à incapacidade da administração pública brasileira de dar resposta às demandas da sociedade e de cidadãos que cada vez mais buscam os seus direitos, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha defendeu ontem a reconstrução do Estado. “A concepção do Estado e da administração pública que prevaleceu até a de 1960 acabou. Mas ainda não nasceu um novo modelo”, disse ela. “Será necessário reconstruir e reinventar para que o povo caiba nele e ele saiba qual é papel que tem a exercer”, assinalou. Cármen Lúcia ministrou palestra sobre a administração pública no 7º Congresso Mineiro Administrativo, em Belo Horizonte.

Depois de lembrar que o Brasil sofreu uma grande transformação qualitativa quando passou de um Estado autoritário para um Estado democrático, Cármen Lúcia afirmou que a administração pública não acompanhou a mudança. “A administração pública demora um tempo maior para ser democrática também. Ela ainda é muito autoritária, sobretudo em muitos de seus nichos”, observou. Em contraposição, assinalou, o cidadão brasileiro é um democrata. “Quando o cidadão reclama e reivindica hoje, faz barulho. Antes, na ditadura, havia o silêncio. Hoje, ele exige e tem o Judiciário para garantir os seus direitos”, afirmou. “Nesse sentido, se a administração não mudar e não incorporar o cidadão e os seus pleitos, cria-se uma sociedade contenciosa. Será um gargalo sem solução imediata”, disse, referindo-se ao fato de que, quanto menos a administração pública for capaz de dar resposta, mais demandas recairão sobre o Poder Judiciário. “A administração pública precisa ser repensada para se tornar uma administração democrática consensual. O administrado não será o pólo adverso, mas o parceiro na atividade administrativa: aquele que vem, diz o quer e ajuda a pensar como se realiza”, considerou.

Cármen Lúcia também pontuou o fato de o modelo de administração pública no Brasil ser muito centralizado. “Queremos que tudo se resolva em Brasília”, disse considerando que as Constituições dos estados apresentam o mesmo modelo de administração pública, embora as realidades regionais sejam absolutamente diferentes. “Talvez seja a hora de pensarmos na federalização da administração pública, para que os estados assumam as suas competências e apresentem os seus próprios modelos, adequados às realidades locais e às demandas populares”, afirmou a ministra.

Reiterando que “falta povo” na administração pública, Cármen Lúcia afirmou que a humanidade já abandonou o fetiche da lei. “Lei não faz milagre”, disse, acrescentando em seguida: “Quem faz milagre é o cidadão, quando assume a sua vida e resolve ser protagonista da história”. A ministra defendeu que o cidadão seja chamado a participar para construir e institucionalizar o novo Estado que considera necessário. “Nesse sentido caminhamos para uma administração consensual, que é apenas uma forma de democracia na administração pública”, defendeu.”

(BERTHA MAAKAROUN, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de maio de 2011, Caderno POLÍTICA, página 5).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, Filósofo, que merece INTEGRAL transcrição:

Transparência na política


Na modernidade, com o advento do liberalismo, a democracia tornou-se um regime político experimentado por várias sociedades e adquiriu formatação diferenciada. Na atual formatação, devido ao grande número de habitantes nas cidades e à complexidade das sociedades modernas, a democracia emergiu a partir do princípio da representatividade e seu funcionamento pressupõe que os cidadãos elejam representantes políticos para legislarem sobre assuntos de interesse de todos. Por isso, é comum nos dias atuais o exercício da participação na democracia por meio de um sistema indireto ou representativo.

A escolha dos representantes pelos cidadãos é uma das condições básicas da democracia moderna, que pressupõe, fundamentalmente, o voto direto com igual valor para todos como a principal forma de participação política dos eleitores. As teorias modernas consideram a democracia como um conjunto de regras e procedimentos para a constituição do governo e para a tomada de decisões. Em tal sistema, os cidadãos escolhem aqueles que consideram os mais preparados para os representarem politicamente. Nessa perspectiva, a democracia é considerada um meio, e não um fim em si mesmo. Fica claro, portanto, que no modelo representativo o voto é o pressuposto fundamental para o exercício democrático. Assim elegem-se os representantes e espera-se, na condição de eleitor, que estes cidadãos, agora representantes eleitos, possam atender às expectativas dos cidadãos que o elegem. No entanto, apenas votar em eleições periódicas tem-se mostrado insuficiente para o exercício pleno da democracia. É preciso que o eleitor esteja atento às ações de seus representantes, tornando o exercício da cidadania algo cotidiano em sua vida.

O controle das ações dos representantes eleitos por parte dos cidadãos estabelece um novo conceito de controle conhecido no mundo político como accountability, que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. A prestação de contas e a responsabilização são fundamentais para o bom funcionamento da democracia e do estado de direito.

A sociedade pode e deve exercer um papel de controle e fiscalização dos poderes públicos, imprimindo uma lógica mais democrática na definição das políticas públicas.

Assim, a cidadania não é somente um conjunto de direitos, mas implica a participação responsável na esfera pública e na vida social. A participação a que nos referimos visa a acompanhar o que está sendo discutido nos espaços públicos em que a sociedade pode intervir.

Porém, existem poucos mecanismos de monitoramento dos poderes e das agências públicas. Por outro lado, há uma espécie de distanciamento e desilusão dos cidadãos no que se refere aos custos da democracia, ou seja, nos empreendimentos individuais e coletivos que devem ser mobilizados para a melhoria da política institucional – aquela que acontece nos partidos políticos e demais instituições democráticas.

Os recorrentes escândalos no universo da política institucional e a baixa confiança dos cidadãos nas instituições políticas republicanas demandam reformas estruturais que modifiquem substantivamente o arcabouço de privilégios e a inexistência de mecanismos de controle social que sustentam o sistema político brasileiro. Mudanças incrementais, como as que são propostas pelos partidos políticos, dificilmente propiciarão, por exemplo, mecanismos de accountability, tão necessários para a efetividade democrática.

Quem são os verdadeiros interessados pelas reformas no sistema político? Será que os partidos políticos têm interesse em reformas estruturais do sistema? Tais indagações são cruciais. Afinal, a reforma política, apesar de tão importante, ainda não mobiliza a sociedade. Sem participação social nesse processo, dificilmente haverá mudança substantiva.”

Eis, portanto, mais OPORTUNAS, QUALIFICADAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a GRAVE e URGENTE necessidade de uma MUDANÇA RADICAL especialmente na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, que queremos NOVA, INOVADORA, CRIATIVA, MODERNA, PARTICIPATIVA e, sobretudo, plenamente a SERVIÇO do PAÍS e de TODA sua população, e bem ENTENDEMOS, a partir da EDUCAÇÃO como ABSOLUTA PRIORIDADE de GOVERNO e da SOCIEDADE...

São GIGANTESCOS DESAFIOS que mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

A CIDADANIA, 200 ANOS DO BRASIL E O DEVER DA INFORMAÇÃO

CIÊNCIA E MEIOS DE COMUNICAÇÃO PRECISAM DESENVOLVER PARCERIA PRODUTIVA EM NOME DE VALORES COMUNS, GARANTINDO A DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO

ANÁLISE

“O DEVER DA INFORMAÇÃO

Os desafios de desenvolver ciência e tecnologia num país como o Brasil são gigantescos. E por inúmeras razões. A primeira delas esbarra na educação brasileira: educação para o novo, para o curioso, para querer aprender. Nossos alunos que vivem em áreas de vulnerabilidade social têm poucas ou quase nulas chances de chegarem perto da ciência. Interesse eles têm de sobra, prova disso são eventos promovidos para celebrar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A cada edição é possível ver como crianças e adolescentes são ávidos por aprender, por desenvolver algo inusitado, criar engenhocas. Eles vibram. E aqueles que têm a oportunidade vão longe. Mas, onde não há incentivo, informação e oportunidade, esses adultos se em tolhidos dessa possibilidade.

A ciência não pode ser pensada desvinculada do nosso cenário social, afastada de nossas principais carências, distante de nossos propósitos de civilização. E um dos grandes desafios que estão colocados para os cientistas, universidades, centros de pesquisa e setor produtivo é exatamente estreitar essa contato com a sociedade. Informação é insumo básico, que precisa circular nos dois sentidos: da sociedade para os cientistas e desses para todas as pessoas. Os dois lados precisam aprender como fazer funcionar esse processo.

É preciso estabelecer uma comunicação com as comunidades, com a cidade e com o estado onde estão inseridos os centros de estudos. Além disso, é fundamental mobilizar as consciências para o diálogo. Os cientistas interagem pouco com a sociedade. Salvo as raras exceções, pesquisadores não gostam de falar fora de seu círculo profissional, principalmente com a imprensa. Temem que sua fala seja deturpada, que sua tese não seja apresentada na íntegra e, no fundo, preocupam-se apenas com o reconhecimento por seus pares. A informação à sociedade, que é razão de seu trabalho (e base de financiamento público de seus projetos), quando existe, fica em segundo plano.

Para ter ideia, em Minas Gerais, em 2010, a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig) executou nada menos que R$ 284 milhões, dos quais, R$ 233 milhões provenientes do tesouro estadual. O restante, R$ 51 milhões, foi obtido de recursos próprios, convênios e outras captações externas. De 2003 a 2010, o orçamento da Fapemig, que apóia estudos em diversas áreas do conhecimento e da inovação tecnológica, saltou de R$ 23 milhões para R$ 233 milhões. Ao longo de seus 24 anos, a fundação já apoiou mais de 10 mil projetos e lançou dezenas de editais. Grande parte desse patrimônio não é conhecido pela população.

Não basta que se invista em ciência e tecnologia e que se aumentem as verbas para novos editais de estudos se a sociedade continuar à margem do processo. É fundamental que o diálogo seja incentivado. Há várias ações possíveis. Promover a semana de ciência e tecnologia anualmente já é um passo, mas acanhado demais diante da vastidão de assuntos e novidades gerados pelos milhares de pesquisas produzidas no Brasil. Nos países desenvolvidos essa integração está mais consolidada. Neles, ciência é segmento que se integra de forma avançada e sem preconceitos com o setor produtivo. Além disso, são comuns as doações de cidadãos para os centros de pesquisa, como forma de apoiar e encorajar os cientistas. Não há cultura de antagonismo: os resultados da ciência são compreendidos como um bem público, mesmo quando incentivados por recursos particulares de empresas e pessoas físicas.

Incorporar a ciência na vida social obriga a rever todo o processo educacional. É preciso que as escolas se mexem, promovam mais eventos, levem os alunos aos centros de ciência – todos têm algum programa de visitas e de aproximação com a comunidade. Além disso, a figura do cientista precisa ser mais bem compreendida pelos jovens, o conhecimento científico valorizado por seu potencial civilizador, os valores da sociedade dirigidos para o bem comum (e não para o egoísmo consumista que tomou conta do mundo). A ciência é também uma forma de desenvolver o espírito público e a ética social.

Por fim, é fundamental um esforço conjunto entre cientistas e profissionais de comunicação. A imprensa precisa se sensibilizar para a necessidade de veicular informações científicas relevantes para a sociedade. Para isso, será necessário um trabalho de preparação dos profissionais de comunicação, em termos de conhecimento e capacidade de levar o saber técnico a todos. Por outro lado, os cientistas e centros de pesquisa precisam apostar na democratização do conhecimento como uma de suas tarefas e deveres de ofício. Ao lado do crescimento das publicações científicas – que já é um fato em nosso meio – é importante criar um novo cenário informativo, mais ampliado e popular, que coloque a ciência no centro das preocupações das pessoas comuns. Elas, afinal de contas, são a origem e a razão de ser da ciência.
(CRISTIANA ANDRADE, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de março de 2011, Caderno PENSARBRASIL, página 24).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de TADEU BARRETO GUIMARÃES, Diretor do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Brasil, 200 anos

Um dos ganhos da reforma da gestão pública, iniciada no Brasil, no governo FHC, foi o fato de que essa nova agenda contribuiu para ampliar a capacidade administrativa de governar com efetividade e eficiência, voltando à ação dos servidores do estado para o atendimento dos cidadãos. Abordo esse tema porque há algumas décadas falar sobre gestão pública era algo não concebido em nosso cotidiano. Hoje, o assunto está presente de maneira rotineira nos noticiários. A gestão se tornou um tema central para os governos devido à maior exigência por serviços de qualidade frente às aceleradas mudanças sociais e econômicas pelas quais passa a sociedade contemporânea.

Mesmo que a agenda do movimento pela reforma da gestão pública no Brasil esteja claramente incompleta, percebe-se que ela produziu avanços significativos nos dois últimos mandatos presidenciais e, principalmente, em alguns estados da federação. Podemos citar os casos de Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará e, sem nenhuma parcialidade, Minas Gerais.

No exemplo de Minas Gerais, o governo estadual teve papel protagonista nessa agenda com a implementação de um novo modelo de gestão pública: a primeira onda do Choque de Gestão (2003-2006) e o Estado para Resultados (2007-2010). Agora, com as contas equilibradas e com uma gestão orientada para resultados reconhecida fora e dentro de Minas, o governo inova mais uma vez ao implementar um modelo que inclui a participação da sociedade na construção do futuro de Minas. O principal objetivo que move a Gestão para a Cidadania, a terceira geração da nossa agenda, é que no centro de tudo e de todas as políticas públicas esteja o cidadão.

Agora, a pouco mais de uma década para comemorarmos os duzentos anos do Brasil como uma nação independente, o poder público e a sociedade civil devem refletir sobre a cara que gostaríamos que a nossa nação passe a ter em 2022. Esse é o convite. Afinal, 10 anos é um tempo suficiente para que certas políticas públicas amadureçam e apresentem resultados. Devemos e podemos pensar em acelerar os resultados obtidos com a educação, na incorporação da inovação no processo produtivo, na criação de um sistema moderno de serviços públicos, no desenvolvimento regional, na integração dos esforços públicos e privados para a melhoria do ambiente urbano e da infraestrutura, em uma política social flexível com um amplo leque de ações e instrumentos, e no desenvolvimento sustentável de nosso país.

A renovação e a ampliação dessa agenda devem incluir uma mudança de paradigmas, deve passar pela construção de uma gestão mais profissional, eficaz, eficiente e de um estado cada vez mais aberto, com capacidade para atrair talentos, estruturar parcerias, engajar a sociedade, acolher boas idéias e projetos. E construir junto aos demais poderes, na busca de melhoria da qualidade de vida.

Esse diálogo será abordado durante o lançamento do livro 2022 – Propostas para um Brasil Melhor no ano do bicentenário, hoje, às 16 horas, no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), na capital mineira. A proposta do livro, uma publicação das editoras Elsevier e Campus, foi a de que 31 especialistas pensassem em caminhos e metas realistas para serem estabelecidas e possivelmente atingidas até o ano do nosso bicentenário como nação independente. O livro pretende contribuir para a necessária reflexão sobre os caminhos que podemos percorrer nos próximos anos.”

Eis, pois, mais EXPRESSSIVAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma MUDANÇA RADICAL na condução da VIDA do PAÍS, o que também aponta para o INDESVIÁVEL caminho da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA das ações de GOVERNO e da SOCIEDADE CIVIL, vez que os PROBLEMAS que vivemos NÃO podem SER RESOLVIDOS com o mesmo tipo de PENSAMENTO que vem sendo TRANSMITIDO, especialmente nesses últimos DUZENTOS anos...
São GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 20 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A VIOLÊNCIA E A IMPUNIDADE


 “Impunidade e educação

A chacina do Realengo, no Rio de Janeiro, deixou a sociedade brasileira chocada no mês passado. Em meio a tantas opiniões de especialistas e anônimos, chamou  a atenção a ausência de uma discussão mais profunda sobre o que se pode fazer para evitar acontecimentos do gênero. A resposta está na educação. Como estamos educando nossos jovens? Quais os conteúdos valorativos que estão sendo incutidos na sociedade?

Vivemos um século de avanços nos conceitos universais dos direitos humanos. Não há dúvida de que toda a humanidade pugna pela paz, pelo amor fraterno e pelo bem, que pode, objetiva e simplesmente, ser considerado como não fazer ao outro o que não desejamos que façam conosco. É imprescindível que o ensino intelectual seja profundamente modificado para se tornar mais valoroso, não apenas do ponto de vista econômico, mas também no aspecto social.

Para tanto, necessitamos urgentemente que a reforma educacional passe a impor a criação de matérias próprias voltadas para o aperfeiçoamento da inteligência emocional e dos valores espirituais universais, como caridade, ética, paz, harmonia e sustentabilidade. Para que se possa considerar um ser de fato inteligente, a pessoa deve exercitar suas competências intelectuais, emocionais e práticas. Entretanto, apenas a competência intelectual em sendo exercitada e cobrada nas escolas e concursos públicos. O resultado é um pernicioso desequilíbrio.

É curioso como passamos anos ensinando aos jovens a estrutura química da bolha de sabão, fórmulas complicadas da física, equações complexas da matemática, mas não gastamos um centavo público ou privado para ensinar nossos jovens a serem amorosos, pacíficos e a respeitarem o direito alheio. Não se ensina a dominar as próprias emoções nem quais delas precisam ser cultivadas e quais outras precisam ser transformadas. Em suma, estamos nos transformando numa sociedade partida, em seres incompletos, não integrais.

Uma interessante proposta de mudança educacional foi lançada pela Unesco através do relatório Jacques Delor. Trata-se da educação integral baseada no aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Denizard de Souza ressalta que a “educação do ser integral contempla a aprendizagem para a convivência. Dessa forma, educa-se para o equilíbrio das relações das relações humanas, macrossociais e ambientais.”

Será que se o assassino do Realengo tivesse cursado uma educação integral teria feito o que fez? O que nos trará mais resultados: enrijecer nossas leis penais para reduzir a impunidade ou ensinar melhor nossos jovens para que não precisem ser punidos? No caso, não perdoar o assassino, é cultivar emoções destrutivas para si e para os outros. Transformemos então nossas revoltas em ação produtiva. Vamos mudar nossa educação. Como disse o papa João Paulo II: “Não há paz sem justiça, não justiça sem perdão”. Eu acrescentaria que não há perdão sem amor. Mas quem vai nos ensiná-lo?”
(CRISTIANO DE FREITAS FERNANDES, Advogado, especialista em direito empresarial, sócio da Advocacia Fernandes Melo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 5 de maio de 2011, página 7, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ode à impunidade

O Brasil vivencia uma inquestionável e preocupante crise de segurança pública, com índices de criminalidade crescendo vertiginosamente. Os dados do Mapa da Violência 2011, estudo produzido numa parceria entre o Instituto Sangaria e o Ministério da Justiça, divulgado em fevereiro deste ano, apontam que o país, em 2008 – último a ser computado no estudo – voltou a ter um número total de homicídios superior a 50 mil, exatamente como acontecia em 2003. A violência cresce de forma generalizada por todas as regiões do território nacional, apenas com pontuais exceções. Num cenário deste, é de se espantar que alguém possa comemorar medidas que favoreçam a impunidade, afastando ainda mais os criminosos de suas penas. Mas há quem o faça: em especial ONGs contumazes defensoras dos direitos dos agressores, sob o rótulo de “humanos”, como se humanas não fossem todas as suas incontáveis vitimas.

O fato que se devia lamentar é a aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei nº 4208, através do qual se permite adotar penas alternativas em substituição à prisão provisória, instituto do processo penal que possibilita tirar de circulação, de forma célere, criminosos com culpabilidade evidenciada, até seu julgamento. Caso o projeto aprovado pelos deputados se torne lei, criminosos que hoje são presos e aguardam o julgamento detidos ficar em liberdade, pondo em risco toda a sociedade, vítima potencial de suas ações. E isso é para se comemorar? Para as referidas ONGs, sim; aliás, não só para se comemorar, mas para se alardear como grande conquista, tal como hoje estampa seus sites oficiais na rede mundial de computadores.

Tais ONGs parecem não manter relação próxima com a realidade, vivendo num  eterno utópico conto de fadas, em que bandidos são vítimas e as reais vítimas são sempre culpadas. Basta uma singela leitura nos jornais ou uns instantes à frente de um noticiário da TV para sermos bombardeados com grande quantidade de exemplos de criminosos que, postos em liberdade sem ainda terem cumprido a pena, fogem e voltam a se dedicar à atividade delituosa. São inúmeros os crimes cometidos por presos que estão em regime semiaberto; inúmeras as fugas de quem recebe autorização para se ausentar da cadeia em feriados; incontáveis as reincidências de quem recebe indultos; incontestável o aumento da violência urbana nas épocas em que estes são concedidos. A falência do sistema é tamanha que nem mesmo o monitoramento eletrônico de presos em liberdade provisória funciona no Brasil, pois as tornozeleiras, que a tanto se prestam, são por eles cortadas, sem nenhuma preocupação com novas punições ou mesmo o temor da reacptura.

Se, com as leis atuais, já são tantos os casos de reincidência criminosa dentre aqueles que conseguem provisoriamente a liberdade, o que se pode esperar de uma realidade em que a prisão sequer seja efetuada?

Retomando-se os valiosos dados do Mapa da Violência 2011, a situação do estado de São Paulo desponta como a exceção ao crescimento da criminalidade e exemplo cabal de que sua redução, de modo imediato, somente  se pode alcançar com efetiva punição dos criminosos, o que, claro, inclui a prisão. Prova disso é que o estado, além de ter incrementado significativamente seus índices de resolução de crimes, igualmente vem efetivamente punindo os criminosos com penas privativas de liberdade, a ponto de haver hoje em São Paulo nada menos que 40% da população carcerária de todo o país, quando sua população total não ultrapassa os 12% do povo brasileiro. É a prova de que prisão, como elemento primário de redução do crime, é o que efetivamente funciona.
Com efeito, não há dissenso entre os especialistas na área quanto à causa imediata da alarmante criminalidade em que vivemos: a impunidade. Abraçar qualquer causa que a favoreça é, para se limitar ao básico, um enorme desserviço à sociedade, beirando a insanidade.”

Eis, pois, mais GRAVES e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para os GIGANTESCOS DESAFIOS a serem enfrentados a partir da SAGRADA eleição da prioridade do PAÍS: a EDUCAÇÃO, em toda sua PLENA abrangência e, até agora, não sendo ASSIM, vivemos num mar de INSEGURA PÚBLICA, engendrando mais e mais DESIGUALDES e DESEQUILÍBRIOS sociais e regionais...
Mas, NADA, NADA mesmo nos ABATE o ÂNIMO e o ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS E POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS  e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

A CIDADANIA, O DINHEIRO DA COPA, A DEMOCRACIA E A VERDADE

O dinheiro da Copa

As obras para a Copa o Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 podem custar muito mais caro ao país do que imagina quem vai pagar por elas, ou seja, o contribuinte. O governo quer compensar o tempo que perdeu até agora, por meio de um afrouxamento das regras de licitação de contratos, especialmente quanto aos projetos de infraestrutura de transporte e de estádios. Para isso, fará aprovar, o mais rapidamente possível, a Medida Provisória (MP) 521/10, que, originalmente nem tratava do assunto – tratava de remuneração de médicos residentes. Uma providencial emenda preparada pelo governo e aceita pela relatora da matéria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), acrescentou ao texto a criação e um arranjo denominado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). Por essa via, os rigores da legislação para o emprego de dinheiro público na contratação de obras e outros serviços serão perigosamente atropelados.

Especialistas ouvidos pelo Estado de Minas alertam para o fato e que o afrouxamento previsto na MP não será apenas uma porta aberta para o superfaturamento e o desvio de verbas. A dispensa de algumas exigências na fase e exame das propostas concorrentes pode colocar em risco não apenas o cronograma da obra como até mesmo a qualidade do produto final. Um dos graves inconvenientes patrocinados pela MP é o regime de contratação integral, que na iniciativa privada é conhecido como turn key. Nas contratações públicas esse sistema permite a seleção da empresa vencedora da licitação sem a apresentação o projeto básico e do projeto de execução. Será aceito apenas um anteprojeto, espécie de estudo preliminar que, segundo especialistas do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), não permite avaliar corretamente qual a melhor proposta.

Além dessa avaliação deficiente quanto à qualidade técnica do projeto e, portanto, da própria obra, o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), alerta para para a ampliação do risco de desvio de verbas. É que o anteprojeto não exige um orçamento detalhado da obra. Esclarece o Sinaenco que no detalhamento dos projetos é comum surgirem divergências entre o que está sendo realizado e o previsto. Não foi, portanto, sem motivo que o Ministério Público Federal (MPF) preparou documento em que desaconselha esse tipo de contratação e alerta para os graves riscos e desvio de verbas públicas. Parecem ter razão tantos especialistas, quando advertem que, preocupado com a celeridade das obras, para não dar o vexame de não ter preparado minimamente a infraestrutura que lhe cabe para a Copa, o governo está correndo risco ainda maior de gastar em excesso e mesmo assim o país não ter os benefícios e forma duradoura. Avisos não faltaram de que o governo estava ficando só nos discursos, enquanto o tempo corria contra o país da Copa. Mas nem esse atraso, nem a urgência que dele resultou, podem justificar a falta e cuidado com o dinheiro público. O verdadeiro desafio não é afrouxar a lei, mas cumpri-la. O Brasil ainda pode fazer bonito no megaevento, mas, para isso, precisa optar pela eficiência e abrir mão do jeitinho.”

(Editorial do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 e maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 9 de maio de 2011, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Democracia e verdade

Uma palavra poderosa marcou a passagem do presidente Barack Obama pelo Brasil: democracia. Em todos os seus pronunciamentos, foi a palavra e ordem, repetia quase como um mantra, em todas as suas conotações: democracia nas relações bilaterais entre países, políticas e comerciais, e, também, entre governantes e governados – aqui ele se referia naturalmente aos acontecimentos no Oriente Médio, que neste momento atingem o seu momento mais agudo. Com sua fala, o presidente norte-americano nos oferece a oportunidade de acrescentar que transparência é um dos principais instrumentos da democracia. Nas sombras, nas trevas, na desinformação e, sobretudo, na manipulação da informação, a democracia

Esta constatação nos remete ao fenômeno Wikileaks, que, recentemente, colocou ao alcance da população mundial informações cuidadosamente escondidas por governos e empresas nos quatro cantos o mundo. A resposta foram reações iradas contra a ONG Wilileaks, seu temido site e seu gestor, Julian Assange, por aqueles que têm medo da verdade. São reações absolutamente sem sentido – afinal quem não deve não teme e, portanto, só deve se preocupar com o Wikileaks quem tem culpa no cartório, tenha o rabo preso com falcatruas e infrações de pequenas ou grandes dimensões. Que não se tomem tais conclusões como um defesa incondicional de Assange, certamente um personagem polêmico, mas premiado internacionalmente, mais de uma vez, pelo jornalismo investigativo que patrocina na defesa e governos abertos, liberdade de imprensa e contra a censura.

Na verdade, neste começo de século 21, o que importa é que vivemos a era da sociedade industrial e tem como principal característica a circulação irrestrita e instantânea e informações: seja pela internet potencializada pelos computadores de mão, tipo smartphones e tablets, ou pela mudança de comportamento das pessoas que se dispõem a escancarar sua privacidade e a compartilhar suas vidas por meio das redes sociais, como o Orkut, Facebook, Twitter e muitas outras plataformas ; seja pelo trabalho importante a chamada mídia tradicional, de massa, da qual este jornal é um exemplo importante. Muitos são os episódios recentes na história brasileira – o impeachment do presidente Collor, no começo dos anos 90, a CPI dos Anões do Orçamento, o Mensalão, o Mensalão do DEM. Como fatos mais marcantes, o caso da deputada flagrada recebendo maços de dinheiro, em Brasília, e o escândalo em uma Prefeitura do interior mineiro, noticiado pelo Estado de Minas e que revelou a espúria coalizão da última eleição municipal, envolvendo o conluio entre o prefeito eleito, dirigentes de partidos que o apoiaram e o loteamento de cargos públicos.

Felizmente, como se vê, não há mais a possibilidade e varrer atitudes erradas para debaixo do tapete, com o objetivo de manter escondidos atos e fatos que afrontam a ética e a moralidade, valores majoritários na sociedade mundial e brasileira, quer seja na vida pública ou na vida privada. No mundo empresarial, a marca de uma empresa não pertence mais apenas a ela ou ao seu controlador, assim como a marca de um governo não pertence mais ao governante. Estão todos expostos à avaliação permanente dos consumidores/eleitores, que trocam informações a todo instante, relatam suas experiências e uso e consumo, espalham notícias nas redes, transmitem em tempo real, pela web, para qualquer parte do planeta as impressões que tiveram, sejam elas positivas ou negativas.

Na era do conhecimento e da informação democrática, como proteger a reputação de marcas, de governos, de empresas e de pessoas? A resposta é o que preconiza ADCE: a prática permanente, consistente e coerente de atos corretos, que respeitem valores e princípios universais, amplamente incorporados pela sociedade, como ética e integridade, respeito e amor ao próximo, a busca do bem comum nas relações cotidianas. No mundo das empresas, a nova forma para diferenciar e fidelizar parceiros passa, necessariamente, por atributos antes desprezados, como a credibilidade, confiança, o atendimento permanente das expectativas. Enfim, o significado e a relevância que a empresa tem para a sociedade são proporcionais ao rastro de felicidade e bem-estar que ela deixa como legado para as gerações futuras.

Transparência é o nome do jogo, com informação democratizada. Nesse sentido a presidente Dilma deu exemplo de maturidade política ao descartar propostas extemporâneas do Plano Nacional dos Direitos Humanos (PNDH) que previam controle da imprensa. Há, no ar, um ideal democrático, que como um rastilho informativo e transparente se alastra nas novas mídias digitais e também na mídia tradicional. Quem não for capaz de percebê-lo acabará virando manchete.”

Eis, portanto, mais SÉRIAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que apontam para o ZELO e COMPROMISSO para com a condução do GOVERNO e SOCIEDADE de forma a CONQUISTAR – em DEFINITIVO e para o todo do MUNDO – CREDIBILIDADE, CONFIANÇA, RESPEITABILIDADE, TRANSPARÊNCIA, e, SOBRETUDO, amor à PÁTRIA, à VERDADE, à ÉTICA e ao LEGADO às GERAÇÕES FUTURAS...

São GIGANTESTCOS DESAFIOS, que, contudo, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PERMITIR a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014 - que seja a COPA DA CIDADANIA e da ÉTICA -, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do século 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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terça-feira, 17 de maio de 2011

A CIDADANIA, OS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO E PARA O BRASIL CRESCER

“Verbas da educação

Educação é fator maior de inclusão social e desenvolvimento e o Brasil investe mais na área. Mas, infelizmente há desvio de verbas, corrupção e mau uso o dinheiro público. Segundo a Controladoria Geral da União, o repasse de verbas para a educação representou 30,16% do total em 2010 e 62% das operações em parceria com a Polícia Federal. Escândalos recentes com bolsas o Programa Universidade para Todos (Prouni) e desvios de merenda escolar são inadmissíveis. A merenda escolar receberá R$ 3 bilhões em 2011, isso precisa ser fiscalizado. Mais e 4 mil alunos já foram expulsos o Prouni e outros casos estão sendo analisados. A isenção e impostos das faculdades passa por revisões, assim como o repasse automático. O gasto com a educação no Brasil está próximo os padrões internacionais.

Estudiosos afirmam que o Brasil não investe pouco na educação. O Brasil gasta anualmente 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), face a 5,7% do PIB aplicados, em média, pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O dispêndio brasileiro é maior que o Japão (4,9% o PIB). O Brasil invreste R$ 1,9 mil por ano em cada estudante do ensino fundamental e R$ 13 mil em cada estudante de ensino superior. Em sete anos, o número de matrículas na educação superior brasileira aumentou de 3,5 milhões para 5,9 milhões. As universidades investem em ensino, pesquisa e extensão. Mas quais os grandes impactos de pesquisas e grandes projetos socialmente importantes das universidades? O etanol é um exemplo. Temos uma rede pública de ensino superior excepcional e com certeza é fundamental que ocorram grandes retornos sociais para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Apesar dos grandes investimentos, infelizmente no último censo Times Higher Education nenhuma universidade brasileira incluída nas 100 melhores do mundo.

No ensino fundamental, o relatório Education at a Glance mostra que o Brasil é um dos países que menos investem, ganhando apenas a Turquia. Nos últimos anos, o país colocou 95% das crianças de 5 a 14 anos nas escolas, o que é muito importante. Porém, há acesso, mas ainda falta boa qualidade de ensino e boas políticas públicas para reter os alunos na escola. A evasão é grande. No projeto Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o governo já repassou R$ 17,1 bilhões a governos estaduais e municipais desde a criação do projeto em 2007. Sem fiscalização rigorosa, inúmeras irregularidades, que vão desde licitações fraudulentas e apresentação de notas frias até o desvio de dinheiro, ocorrem. Na educação básica, a meta é acabar com o analfabetismo e aumentar a qualidade do ensino. A aplicação recente do importantes piso nacional salarial do professor em R$ 1.187 dignifica a profissão do educador brasileiro. O teto salarial ainda é baixo comparado com outras profissões, mas com certeza dará maior incentivo e poderio aos profissionais.

Valorizando o ensino médio, com o recente Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), o governo promete aplicar R$ 1 bilhão e criar mais 200 escolas técnicas até 2014. R$ 700 milhões para bolsas de estudo e R$ 300 milhões para financiamento estudantil. Com isso, o governo espera reduzir um problema crônica para o crescimento dos serviços e da indústria nacional: a falta de mão de obra qualificada. É um projeto ambicioso, que poderá contribuir para o emprego e a inclusão e milhões de brasileiros, mas precisa ter gestão de 100% do gasto público empregado. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelos programas do livro didático, repõe 16% das publicações. São cerca de R$ 87 milhões aplicados em reposição de livros didáticos para serem distribuídos a alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas do país. Aprimorar o projeto? Sim, mas é necessário que haja vigilância rigorosa e permanente da Controladoria Geral da União, Tribunais de Contas, Ministérios Públicos, Polícia Federal e do próprio Ministério da Educação para fiscalizar e punir com rigor os desvios de dinheiro público na educação brasileira.”

(VIVINA DO C. RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação e professora da Universidade Federal do Ceará, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2216 – ano 44 – nº 19, de 11 de maio de 2011, e autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que é economista, e merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O que o Brasil quer ser quando crescer?

Você sabe qual é o plano estratégico para o Brasil? Quais são as nossas metas, aonde queremos chegar? Que tipo de país queremos ser no futuro? Eu confesso não saber. Os slogans e prioridades dos últimos governos não apontam para um programa positivo, sobre nossos anseios e planos, mas sim para uma agenda negativa: sabemos aquilo que não queremos ser. Não queremos ser um país excludente, mas sim “um país de todos”. Queremos a perseverança – “sou brasileiro e não desisto nunca” –, apesar e não estar claro qual o objetivo da persistência. Dilma agora fala na “erradicação da miséria” como seu grande objetivo. Ainda que nobre, tampouco aponta um rumo, apenas indica o que não queremos ser. Há inúmeras maneiras de ser um país de todos e em que não há miséria. A Suécia nos dias que correm, por exemplo. A Alemanha também seria uma boa candidata. Mas esses dois países são bastante diferentes, e chegaram a esse ponto por caminhos distintos. Qual será o nosso? Seremos o celeiro do mundo? Tentaremos quebrar a escrita e nos tornar a primeira nação a alcançar o patamar o Primeiro Mundo através da exportação de commodities? Seremos um centro industrial? De baixa tecnologia ou alta? E a nossa economia política? Manteremos essa pseudossocial-democracia que vem imperando por inércia? Que nível de desigualdade de renda toleraremos, que peso o estado terá? Sucumbiremos ao apelo do consumismo, à la EUA, ou privilegiaremos o tempo livre e a exploração cultural, como faz a França? As questões se acumulam e eu, pessoalmente, não conheço nenhuma liderança política ou intelectual que tenha esboçado um projeto completo e país para a geração e nossos filhos e netos. Pode ser que esse improviso dê certo. Pode ser que tropecemos no modelo ideal à medida que fizermos o caminho. Mas creio que estamos mais propensos a validar o antigo ditado chinês segundo o qual não há bons ventos para quem não sabe aonde quer chegar.

Uma das áreas que mais sofrem com essa indecisão é a educação. Há uns cinco anos, fiz uma consultoria para o Ministério da Educação em que analisei o trajeto de países que, no passado ou atualmente, tiveram grandes avanços em sua educação. Foram examinados dez países que podiam dar algumas lições ao Brasil: Alemanha, Argentina, Austrália, Coreia, Chile, China, Espanha, Irlanda, Inglaterra e Tailândia.

Uma das conclusões do estudo (disponível na íntegra em twitter.com/gioschpe) foi que, nos países em que os saltos educacionais acompanharam saltos de desenvolvimento, a modelagem do sistema educacional estava profundamente atrelada ao projeto estratégico da nação. Isso se dá de duas maneiras.

A primeira é que a visão e futuro que essas nações perseguem é o elemento primeiro e fundamental a nortear as ações de governantes e lideranças da sociedade civil da área educacional. Assim como a infraestrutura, a tributação, as relações exteriores e muitas das demais áreas que são responsabilidade de governantes, a educação não funciona autonomamente: ela se subordina a um projeto de país.

A segunda é que não apenas o objetivo educacional está atrelado ao objetivo econômico-estratégico, mas também o tipo de educação priorizada é determinado pelo caminho escolhido pelo país para atingir seu objetivo de crescimento. Esse modelo de crescimento, por sua vez, deriva de uma série de características e vantagens comparativas específicas o país em questão. Tanto a China quanto a Irlanda buscam se desenvolver, mas optam por caminhos bastante distintos. A China, com seu enorme território e população, quer ser a fábrica do mundo, começando pelos itens e baixo valor agregado e gradualmente subindo os degraus necessários rumo às indústrias mais desenvolvidas. Seu sistema educacional acompanha e abastece a empreitada: a educação básica da província de Xangai recentemente ficou em primeiro lugar no mundo no teste Pisa, e nas universidades o governo faz um esforço concentrado para repatriar os cientistas de origem chinesa que hoje trabalham nas grandes universidades ocidentais. A China preserva sua indústria, interfere no câmbio e exporta para o mundo. A educação chinesa é rígida, tradicionalista, competitiva.

Já a Irlanda é um país pequeno demais para adotar estratégia semelhante. No fim dos anos 80, transformou-se em uma nação de grande abertura para o mundo e com baixos impostos. Valeu-se de um ativo importante – falar inglês – para atrair empresas globais. Preocupou-se em ter uma população qualificada em todos os níveis: até hoje, tanto no ensino secundário quanto na universitário, o aluno Pode escolher entre uma escola acadêmica, que leva à universidade, e uma escola vocacional/profissionalizante, que leva, também ao ensino superior, a institutos técnicos. O jovem sai do sistema educacional com uma educação de ponta, quer ele vá ser cientista e advogado ou gerente de banco e agente e viagens. Poderá trabalhar, com competência e criatividade, nas empresas estrangeiras que adotam a Irlanda como base europeia.

No Brasil, que tem um dos piores sistemas educacionais do mundo, as coisas são ao contrário. Não temos um projeto de país e a educação é desconectada do país. Não é percebida como um ferramenta estratégica para o desenvolvimento, mas como um fim em si mesmo, como um direito do cidadão e pronto. Quando os educadores se referem à sociedade, o objetivo mais freqüente não é perscrutar-lhe os anseios, mas reclamar. Não fossem os malditos pais dos alunos (que não cooperam, são incultos, bebem, mimam seus filhos, divorciam-se deixando famílias desestruturadas...), a escola brasileira produziria os resultados de uma Finlândia. Pior ainda, o pensamento educacional brasileiro é tão original e autóctone quanto a arquitetura que recria o neoclássico parisiense no topo de espigões às margens de rios fétidos. Somos o pior tipo de colonizados: formalmente livres, mas intelectualmente amarrados às antigas metrópoles, incapazes de pensar sozinhos. Nossa teoria educacional é importada de outros países, porque o que dá gabarito é estar inserido na discussão dos temas candentes na Europa ou nos EUA, mesmo que seja a respeito dos problemas deles, que não têm nada a ver com os nossos.

A sociedade civil precisa recuperar nossa educação e subordiná-la aos interesses nacionais. Precisamos criar uma geração de pensadores que se esqueça dos simpósios em Madri e pense no que funcionará para alfabetizar as crianças de Madureira. E precisamos de um projeto de país – criado aqui, tendo em mente nossa cultura, recursos e instituições – que oriente e catalise todo esse esforço. Enquanto esse projeto não chega, nossa escola deve se mobilizar para construir o primeiro passo, comum a qualquer projeto futuro: toda criança plenamente alfabetizada ao fim da 2ª série.

P.S.: o artigo do mês passado foi para a gráfica no dia da tragédia de Realengo. Pensei em abordar o tema neste mês, mas não há nenhum aprendizado para o país: foi o ato de um doente mental. Lamento muito a trágica e estúpida perda de vida de doze crianças, mas acho que devemos nos ocupar mais dos milhões e anônimos de nossas escolas, que são diariamente massacrados e intelectualmente amputados por um sistema que, sem estardalhaço, lhes suga a possibilidade de uma vida plena e digna.”

Eis, pois, mais RICAS e CONSISTENTES abordagens e REFLEXÕES acerca dos GIGANTESCOS e INADIÁVEIS DESAFIOS que nos ATRASAM, nos INQUIETAM e EXIGEM acurada RESPOSTA: a construção de um PROJETO para o PAÍS, a partir da ALAVANCA MÓR – a EDUCAÇÃO em sua CONCEPÇÃO mais REAL, PROFUNDA e ABRANGENTE... Tudo isso ao lado da MONACAL PROBLEMATIZAÇÃO das questões que são CRÔNICAS e RECORRENTES: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, O DESPERDÍCIO e a desgovernada DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRAS, que SANGRAM nossa ECONOMIA e MINAM, entre outros, nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA, cruciais PILARES do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...

NADA, NADA mesmo, ABATE e ARREFECE nosso ÂNIMO e nosso ENTUSIASMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...