sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS E OS DESAFIOS DOS EDUCADORES NA SUSTENTABILIDADE

“Vantagens para salvar seu negócio
        Até pouco tempo atrás, tudo ia relativamente bem no Brasil, mas empresários e executivos de muitas companhias já podiam enxergar que, a qualquer momento, a crise ia chegar. E de fato, chegou. A indústria parou de produzir, as empresas pararam de crescer e os clientes a diminuir – tudo porque ficamos “escravos” de uma única economia. Com isso, muitas empresas ficaram no vermelho, sendo que algumas já estão pedindo para fechar as portas. Mas existe uma alternativa que poucos empresários, por falta de conhecimento ou receio, tentaram: a internacionalização de sua empresa.
         Internacionalizar seu negócio significa que você vai empreender em um novo país, que requer planejamento, preparo e conhecimento, mas também uma “pitada” de coragem – que ainda falta em muitas empresas. Qualquer uma pode se internacionalizar e, como tal, deve obedecer as regras legislativas do país que deseja empreender. Portanto, estudar o mercado e a cultura deles é essencial. Você passa a ser uma empresa global, antenada no mundo e, com isso, o reconhecimento e a credibilidade do público local aumentam. Além disso, você conhecerá novas práticas de negócios, podendo ter insights de inovação para o seu negócio local. Conhecer novas tecnologias, novos parceiros, que podem trazer redução de custos e aumento da lucratividade ou mesmo otimização da sua operação.
         O fortalecimento da marca em um nível global não torna a empresa invulnerável, mas, certamente, afasta qualquer crise. O seu maior custo nesse processo é tempo e coragem, pensar no assunto e planejar a operação. Existem países que estão buscando atrativos para chamar novas companhias, como Estado Unidos, Alemanha, Portugal e até mesmo o nosso vizinho Paraguai. A sua empresa pode estar no mundo todo, mesmo que não seja fisicamente, mas pode ter produtos e serviços onde o mercado consumidor demandar.
         Um executivo com visão de futuro certamente já pensou nisso algumas vezes e, se ele souber para onde vai o processo, é mais fácil e rápido, pois já está com a “mão na massa”. Ou seja, preparando os atos constitutivos da empresa no país escolhido, realizando o estudo de planejamento tributário internacional (que é fundamental para a viabilidade do projeto), procedendo ao registro da marca e dos demais procedimentos necessários para operar no país. Os momentos de crise são também os de oportunidade. Talvez esta seja a sua.”.

(ANDRÉA GIUGLIANI. Advogada da Giugliani Advogados, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de dezembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de REINALDO MOURA, engenheiro e mestre em ciências e engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Miopia na educação
         Ideias excelentes como a do governo estadual paulista, em fins de 2015, puseram por água abaixo a concentração em uma só escola as séries do nível fundamental e em outras as de nível médio. E aí faltou vender a ideia a todos.
         A imposição gerou ocupação das escolas e revolta de todos os afetados até o recuo do governo e abandono da lei. Haveria uma redução nos gastos para todos, mas a falta de negociação só demonstrou que os pais teriam que levar os filhos em duas escolas e muitos professores ficariam sem aulas para ministrar durante a semana, ou que teriam o desconforto do deslocamento.
         Incrível, mas toda esta falta de visão holística voltou a repetir-se este ano pelo governo federal, ao impor a retirada de algumas disciplinas por caráter econômico sem razões de conteúdo no processo educacional.
         Enquanto, no mundo inteiro, os estudantes dedicam de oito a 12 horas diárias para estudo, incluindo disciplinas teóricas e práticas com conteúdo via internet, aqui em nossa terra há restrições, além de um abandono da questão educacional dos jovens.
         De um lado, é notória a falência do Ministério da Educação (MEC) que não prepara ou incentiva os professores a atualizarem seus métodos de ensino. E os que querem mudar são impedidos pelo arcaico e burocrático sistema básico. Pais desejam delegar à escola seu papel de educação.
         Do outro lado, governo e políticos continuam afirmando que não cortarão despesas com educação, ou seja, misturam políticas públicas com as econômicas.
          Vale citar aqui o slogan de três anos atrás de um conhecido candidato a deputado que dizia que “pior do que estava não ficará”. Ma ficou. Vejam: desde setembro as escolas estão em greve, o que afetou o Enem, que vários estudantes não puderam fazer, e os vestibulares mais cobiçados no fim de novembro.
         Afinal, foi prejudicado o 2º semestre inteiro deste ano, que “por decreto” estão todos aprovados, uma vez que ninguém quer voltar às escolas em plenas férias de verão.
         Outro fator desmotivador foi a questão do Fies – escolas e estudantes entraram em conflito o ano todo.
         Todas essas discussões deveriam ser debatidas agora para efetivação, no próximo ano, com a sociedade, mas não foram, e o processo de reformas deteriorou-se a ponto e a escola pública estar desqualificada.
         Feliz dos alunos e pais que estão em algumas escolas privadas e que abandonaram essas discussões e venderam a ideia de que a competição no mundo não é para os que têm diplomas, mas sim pelo grau de conhecimento. E vamos embora, sigam em frente! Pratiquem o autodesenvolvimento.
         A profissão de professor, que deveria ser continuamente valorizada não só no aspecto monetário, mas também e principalmente motivacional, entra num ciclo caótico de causa-efeito-causa.
         A baixa remuneração e a falta de perspectiva da carreira no magistério desmotivam aqueles mestres que são essenciais para o aprendizado. E daí? Surgem os novos professores, aqueles que não conseguiram ingressar nas promissoras carreiras, e acabam tornando-se os futuros mestres, com títulos filosóficos e pedagógicos fora da realidade.
         Se em poucos anos a maioria das profissões serão substituídas por outras que estão nascendo, o momento é de aprender a ensinar em vez de debater as políticas de educação. Resumindo: até o MEC aprovar um novo currículo ou faculdade, a onda, moda ou tendência já foi. Imaginem quatro anos depois, com a graduação concluída.
         Só para ilustrar: por que as questões de geografia não podem ser mescladas com as de aritmética? Ou de redação com as de história ou atualidades? Práticas de laboratório em outras línguas?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 482,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 330,65%; e também em novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



  

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O TRIUNFO E A UNIVERSALIDADE DO LIVRO E O ESPÍRITO DO ANO NOVO NA SUSTENTABILIDADE

“Livro para todo o sempre
        O livro é uma das coisas mais importantes para o ser humano e do qual devemos falar sempre, algo que devemos divulgar sempre. Semana passada comemorou-se o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo quanto o ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.
         É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associações, os sebos etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem-número de opções a preços razoáveis.
         Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores eletrônicos – e-readers – estão se popularizando, cada vez mais, e já há uma pequena legião de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets, os smartphones, que também são leitores eletrônicos, estão cada vez mais populares, inclusive no Brasil, e são o sonho de consumo de muita gente. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem se esquecendo da função de leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunicação através de programas como Skype, programas de relacionamento etc.
         De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como conhecemos até agora, continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuará a se chamar livro, e o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel pode conviver, harmoniosamente, com o livro eletrônico, e vice-versa.
         Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque, além do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, também, consumidores de literatura.
         Então, talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderá vir a existir.
         De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto tão importante para o progresso das civilizações, em todo o mundo.
         Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.”.

(LUIZ CARLOS AMORIM. Escritor, editor, fundador e presidente do Grupo Literário A Ilha, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de dezembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de ARISTIDES JOSÉ VIEIRA CARVALHO, médico, mestre em medicina, especialista em clínica médica e em medicina de família e comunidade, e que merece igualmente integral transcrição:

“O espírito do ano novo
        As comemorações do mês de dezembro anunciam que um novo ano está para começar. Os beijos e abraços que damos uns nos outros, desejando felicidade, sucesso e tantas outras palavras cheias de energia, são demonstrações de que o novo ano está em nós, embora efetivamente ele ainda não tenha começado.
         O espírito do ano novo nos leva a buscar mensagens. As redes sociais e a internet a todo momento disponibilizam um número expressivo de frases, poesias. São tradicionais os poemas de Drummond (Receita de ano novo) e Mario Quintana (Esperança). Muitos procuram em seus líderes espirituais e/ou pessoas de referência textos que transmitam boas notícias. Mais recentemente, os textos do papa Francisco têm sido veiculados com frequência nas redes sociais. São também comuns as previsões, fato que se repete a cada fim de ano. Embora pouco veiculados na mídia nos últimos anos, dalai-lama, Charles Chaplin e John Lennon também são lembrados.
         O ano novo nos faz rever os caminhos trilhados e pensar em novas escolhas. Mesmo que anos passados tenhamos feito reflexões, faremos novamente. Não necessariamente no réveillon, mas no antes, no durante e no depois. Pensaremos na atividade física que não fizemos, nos momentos de diálogo que não tivemos, nos gestos de amor que pretendemos ter, nos novos cursos, novas frentes de trabalho, novos investimentos... Estaremos na busca pelo novo ou tentaremos rejuvenescer o que foi bom em períodos anteriores e que deixamos envelhecer e enfraquecer em nós.
         Seja andando nas areias da praia, nas avenidas das grandes cidades, no silêncio da zona rural ou do nosso quarto, faz sentido – e é muito importante – tirarmos uns minutos para refletir e organizar os próximos passos. Diante de tantos acontecimentos que tivemos durante o ano em nosso país, no mundo e, especificamente, em nossa vidas, algum aprendizado ficou.
         Além de ser passagem e festa, o ano novo é também reflexão e esperança. A confusão que se instalou em nosso país há de trazer resultados em benefício do povo brasileiro. Só assim terá sentido todo o esforço das manifestações populares, das demonstrações de indignação com a falta de ética que impera em nosso meio. A esperança é de que, aos poucos e com maturidade, um novo Brasil desabroche.
         Nesses dias tão nublados e incertos, o espírito do ano novo deve despertar em nós a disposição para anunciar boas notícias. Se há algumas coisas que nos chateiam e decepcionam, há também muita coisa boa acontecendo por aí. Se ampliarmos e sensibilizarmos o nosso olhar, perceberemos pessoas desenvolvendo experiências maravilhosas, ajudando vidas, propiciando encontros, contribuindo – em diferentes áreas – para que o mundo seja melhor.
         O ano novo nos convida a anunciar as boas práticas e dar a elas visibilidade para que cresçam em nosso meio. E mais: chama-nos para fazer o caminho de abertura às pessoas e à cidade. E, se escutarmos no mais profundo de nós mesmos, perceberemos que entramos nesse caminho quando valorizamos os pequenos gestos e palavras no cotidiano da vida e quando, nas práticas coletivas, um sentimento de alteridade nos impulsiona a tornar as nossas cidades moradas dignas de todas as pessoas.
         O espírito do ano novo deve fortalecer em nós a esperança de que “dias melhores virão”, não obstante as previsões pessimistas de alguns. E despertar a resiliência nesse período conturbado de nossa história, em que os acontecimentos nos frustram e nos trazem insegurança e dificuldades de seguir. Somos convidados a dar a volta por cima, levantar a cabeça e caminhar com a confiança e a certeza de que nossos esforços e o de tantas pessoas de bem serão reconhecidos e valorizados. E teremos um novo tempo em nossas vidas.
         Feliz 2017!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 482,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 330,65%; e também em novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 




         

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS CAMINHOS DA EVOLUÇÃO HUMANA E O PODER DA LUMINOSIDADE INTERIOR

“A mente humana pode ser de real utilidade para a evolução
Pensar é uma atividade que, na maior parte da humanidade, fixa a mente em coisas concretas, externas e visíveis.

         Quando a pessoa ainda não aprendeu que pode controlar o pensamento, este se torna desenfreado. E, quanto mais desenfreado, mais a mente se fixa em coisas externas e concretas e mais difícil se torna concentrá-la em coisas abstratas, elevadas. Assim, a mente se distrai, se dispersa e se mantém voltada para o que os sentidos apresentam. E muitas vezes a pessoa nem se dá conta da própria dispersão.

         Quem está consciente do próprio estado de dispersão e está em uma busca espiritual quer concentrar-se, porque só assim consegue centralizar a energia mental e direcioná-la para os níveis mais elevados da existência.

         Entretanto, para conseguir concentrar-se, não basta simplesmente querer nem mesmo fazer exercícios sistemáticos. A concentração só ocorre de fato quando a pessoa renuncia àquilo que a atrai, agrada ou contenta e se volta prioritariamente para a busca espiritual.

         No passado, foram criados muitos exercícios de concentração adequados para a mente daqueles tempos. Mas, em geral, os que faziam os exercícios tinham uma vida organizada, harmoniosa, sadia e disciplinada.

         Não é o caso da maioria das pessoas de hoje. Atualmente, nossa civilização estimula o consumismo e uma forma de vida desordenada, comandada pelos desejos. Se alguém fizer hoje os exercícios de concentração criados no passado e viver como a maioria vive em nossos dias, cedendo aos apelos dos desejos, não conseguirá concentrar-se, porque lhe faltará certo ascetismo na vida diária, imprescindível para a concentração.

         Além disso, com o passar dos tempos, a consciência e a mente humanas se desenvolveram, e os vários níveis de consciência na mente se aproximaram. Portanto, os antigos exercícios de concentração não são mais adequados à mente atual.

         Quando se pratica o ascetismo, ou seja, quando se renuncia a tudo o que dispersa, a tudo o que não leva aos níveis espirituais, quando se controlam os próprios impulsos no dia a dia, a concentração pode finalmente ocorrer.

        Como sabemos, a mente não é só uma fábrica de pensamentos soltos e supérfluos engendrados pelos estímulos sensoriais. Tem também um lado que consegue separar-se dos movimentos e sensações dos corpos, daquilo que é percebido pelos sentidos; pode observar coisas físicas e o próprio pensamento ao mesmo tempo. Essa parte da mente poderia ser chamada de intelecto. Mas não são todas as pessoas que o têm desenvolvido.

        Quem possui a mente intelectual desenvolvida percebe que não precisa seguir tudo o que os sentidos indicam. Embora esteja direcionada para a vida externa, a mente intelectual distingue o apelo dos sentidos da vontade real do indivíduo. Mas essa parte intelectual da mente precisa também ser educada para desenvolver-se, porque tende a ficar estagnada.

        Quando a aspiração por uma elevação da consciência é grande e se torna contínua, as próprias células cerebrais são transformadas. Somente então é que a mente pode ser de real utilidade para a evolução, não antes.

        Para que a mente colabore com o Plano Divino no mundo externo – em outras palavras, para ajudar os outros – é necessário que já esteja ajudando a si própria, transformando as células do cérebro físico. Vale lembrar que essa transformação ocorre inconscientemente, como consequência da aspiração.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de agosto de 2015, caderno O.PINIÃO).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Natal: acenda sua luz
        O papa Francisco ensina que Natal sem luz não é Natal. Não se trata, obviamente, de referência às luzes dos centros comerciais. Nem mesmo se refere às lâmpadas que integram o cenário dos presépios e ornamentam as árvores, indicando o genuíno sentido do Natal, a chegada do Salvador do mundo. O Santo Padre faz, na verdade, um interpelante convite a cada pessoa: acenda a sua luz.
         Oportuno é fazer um exercício de imaginação usando a imagem simbólica das luzes nas árvores de Natal, nos enfeites das casas, edifícios e tantas outras decorações que provocam alegria e emoção. Todas essas luzes poderiam ser a multidão – a humanidade da cidade da gente, do bairro, da rua, de sua casa, do seu prédio, do ambiente de trabalho, das escolas, das instâncias de governos e dos segmentos todos da sociedade. Assim seria possível formar uma grande procissão da humanidade com a luz que dissipa a escuridão. Não haveria mais as sombras que embaçam a vista, confundem entendimentos, induzem a escolhas equivocadas, geram indiferença e as muitas formas de violência – como o aborto e o “descarte das pessoas”. Se houvesse uma luz nas mãos de cada indivíduo, uma grande tocha se formaria, fazendo brilhar os olhos da esperança. Surgiriam novos caminhos a serem percorridos e os rostos de cada pessoa revelariam encantamento pelos rumos reencontrados. Haveria um verdadeiro fenômeno de luz, que faz raiar um novo dia.
         O papa Francisco diz que o Natal é a festa da luz – muito mais do que efêmero espetáculo produzido com impacto visual, mas sem efeitos duradouros. A falta de saídas para as crises e a carência de entendimentos humanitários que podem devolver ao ser humano a sua mais nobre condição indicam que o mundo atual, com suas outras tantas “luzes”, nunca esteve tão obscurecido. A humanidade sofre com percalços dolorosos, potencializados pelas brutalidades, ganância, ódio e desejo de vingança. Por tudo isso, a convocação é urgente: acenda a sua luz interior. O verdadeiro Natal é luz. É o evento da luz que brilha nas trevas. Vale guardar a narrativa de São João na introdução do seu evangelho: “E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus, seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina”. A palavra de Deus possibilita essa compreensão a respeito da luz verdadeira que, se recebida, faz crescer um brilho interior. Quem a acolhe e cultiva sua luminosidade passa a orientar-se nos parâmetros da verdade e do amor.
         Acender a luz, sua luminosidade interior, antes e acima de tudo é, deliberada e amorosamente, receber Cristo, a luz que vem ao mundo. A luz que pode brilhar no interior de cada pessoa depende dessa luz, fonte inesgotável de luminosidade, que é o amor infinito de Jesus. Acender a própria luz é acolher Cristo Luz dos Povos, e conseguir caminhar nas trilhas do bem, da verdade e da justiça. Diante das muitas incertezas vividas por toda a sociedade, só há uma saída possível: empreender o acendimento da própria luz.
         Este grave momento da história, quando a sociedade se submerge nas escuridões produzidas por desmandos e relativizações dos parâmetros ético-morais, torna-se urgente um gesto humilde e simples, mas significativo: reunir os restos e os cacos da própria lamparina interior e acendê-la, de novo, com a acolhida de Cristo que vem, a luz que todos ilumina. Esse compromisso exige resgatar valores na interioridade, assumir novos propósitos, arcar com o peso indispensável de recomeçar, abrir não de privilégios. Assim torna-se forte a luz da esperança de um novo tempo, com a escuta de Cristo, o messias salvador. O que está quebrado pode ser reparado. Os erros, corrigidos. E o que foi retirado indevidamente pode ser reposto.
         Reacendam os corações para iluminar um caminho diferente e, assim, com esperança, que possa ser vista no horizonte a realização da profecia de Isaías quando diz que “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu”. Sem esperar milagres dos “salvadores da pátria”. A única saída é o gesto pessoal capaz de provocar efeito revolucionário sobre a sociedade, um convite interpelante e transformador: acenda sua luz!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 482,1% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em outubro  registrou históricos 328,9%; e também em novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte , torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



 








sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA CULTURA COWORKING E A UNIVERSALIDADE DO COMBATE À CORRUPÇÃO

“Coworking: comodidade e comunidade
        Há 11 anos, o jovem americano Brad Neuberg abriu as portas do apartamento que dividia com mais três amigos, na cidade de São Francisco, para que profissionais da área de tecnologia pudessem trabalhar e compartilhar experiências em um ambiente colaborativo. Para definir o espaço, Brad usou o termo coworking, criado anos antes pelo escritor Bernie Dekoven.
         Ele ainda não sabia, mas havia acabado de desenvolver um conceito que iria ultrapassar as fronteiras americanas e se espalhar por todo o mundo. Os espaços colaborativos fizeram com que startups e empreendedores individuais tivessem mais autonomia, garantindo ambientes confortáveis de trabalho, baixo custo e, principalmente, networking. Isso cresceu tanto que atualmente até as grandes empresas buscam os coworkings para alocar seus colaboradores.
         Muitos me perguntam quais as vantagens de procurar os espaços colaborativos de trabalho e, sempre ao responder, me vem à cabeça os 2C – comodidade e comunidade. Em um primeiro momento, isso pode parecer meio vago, mas na verdade essas são as principais vantagens de estar dentro de um coworking. A comodidade se deve, primeiramente, pelo fato de você estar em um ambiente de trabalho moderno e feito para valorizar as pessoas. Eu sempre ressalto que o maior bem de qualquer negócio são as pessoas. Isso faz todo o sentido dentro de um coworking, já que tudo é desenhado para facilitar a interação entre os profissionais que lá estão.
         Os diferentes ambientes são propícios para elevar o potencial humano em todos os sentidos e, ao mesmo tempo, faz com que a pessoa se sinta em casa, já que é lá que passará a maior do seu dia. Outro fato positivo é estar dentro de um espaço com todas as facilidades de um escritório, como recepcionista, telefone e salas para reuniões e recreação, entre outras coisas, e tudo isso administrado por terceiros, a um custo muito mais baixo do que ter um local próprio.
         Já a comunidade é o fator que mais me encanta. Digo isso, pois a cada novo coworking que surge nasce também uma extensa rede de relações que serão fundamentais para o desenvolvimento de negócios e, principalmente, de pessoas. Nos corredores dos coworkings são fechados volumes grandiosos de negócios e isso é natural em um ambiente especialmente criado para favorecer a comunicação e o contato.
         Um fato curioso e que ajuda a explicar o crescimento dos coworkings em todo o mundo é a diversidade de pessoas que ocupam esses espaços. Isso faz com que essa extensa rede funcione como um ecossistema complexo onde, no final, todos saem ganhando por causa das relações lá estabelecidas. Esse é um dos fatores que me fazem cada vez mais acreditar nesses ambientes. Desde que entrei nesse negócio, em 2012, procuro sempre promover ações que aproximem cada vez mais as pessoas.
         Claro que poderia enumerar outros fatores para falar das vantagens de estar dentro dos espaços de trabalho colaborativos, mas comodidade e comunidade são os fatores essenciais para o despertar de novas possibilidades. A cultura coworking seguirá se fortificando nesses dois pilares e a tendência é que tenha nos próximos anos cada vez mais adeptos!”.

(JORGE PACHECO. CEO e fundador da Plug, pioneira na cultura de coworkings no Brasil, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE SÃO PAULO, edição de 14 de dezembro de 1994, caderno OPINIÃO, de autoria de MODESTO CARVALHOSA, 62, advogado, e presidente do Tribunal de Ética da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo) e membro da Comissão Especial da Presidência da República encarregada das investigações sobre corrupção no Executivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Por uma política contra a corrupção
        ‘Os países formulam e executam políticas para tudo, menos para a corrupção’ Michael Skol, subsecretário de Estado norte-americano.
            A posse do governo Fernando Henrique Cardoso, dentro de poucos dias, traz sempre a questão do enfoque que os sucessivos governos dão ao tema corrupção.
         O consistente programa do novo presidente, lançado em publicação de 300 páginas, apesar de demonstrar competência e experiência no setor da administração pública, faz apenas algumas menções esporádicas ao problema, e sempre com linguagem delicada para não ferir os sentimentos dos cidadãos.
         Nota-se que o problema da corrupção administrativa é timidamente colocado naquele documento em meio a outras prioridades de desenvolvimento social, que retiram a força do fenômeno em si, cuja gravidade se encontra estampada diariamente em todos os jornais do país.
         Esse escapismo a uma abordagem corajosa do tema é tendência universal.
         Os governos evitam o enfrentamento do trato do fenômeno da corrupção, negando o quanto possível a sua existência no seio da administração, por instinto de conservação do prestígio da classe política e do próprio sistema de democracia.
         Em consequência, mesmo aqueles governos de relevante probidade somente tomam providências administrativas quando surgem escândalos de grande porte, que afetam e mobilizam a opinião pública.
         Ocorre que a corrupção constitui um fenômeno permanente e estrutural que, nas suas multiplicidades e sofisticadas formas, sobrevive no organismo estatal mesmo quando os governantes respectivos são reconhecidamente probos.
         Como pudemos colher das intervenções dos diversos países do Grupo do Rio, reunidos em Quito nos fins de outubro, em torno da probidade administrativa, a corrupção é um fenômeno sistêmico, que demanda o estabelecimento de uma política ampla e profunda, cuja formulação, de curto, médio e longo prazos, deve ter a mesma preferência e metodologia dedicadas às áreas sociais críticas.
         Por isso a consciência do caráter permanente desse delito no seio do Estado demanda que se formule e execute uma política de governo sobre o mesmo.
         E por se tratar a corrupção de um sistema altamente sofisticado, que opera com dinâmica própria no seio das administrações, devem os governos declarar sua disposição de combate-la, admitindo e apontando essas características autônomas e, assim, criando uma convicção, junto à opinião pública, de que o fenômeno não é episódico, factual ou necessariamente decorrente da improbidade pessoal de determinados mandatários ou governos.
         E a criação dessa mentalidade junto à cidadania possibilita que se viabilize a forma mais efetiva de combate, qual seja, o controle social sobre os atos e contratos administrativos e suas conexões com o mundo político. Nesse passo o programa FMC aponta caminhos, ao tratar da parceria Estado-sociedade, sem, no entanto, chegar a aprofundar o tema da improbidade.
         Outro aspecto relevante, levantado na reunião de Quito, foi o da exportação do fenômeno. Os países criam corrupção ao financiarem recursos externos. Nesses casos a concessão de empréstimos é sempre vinculada à contratação de obras, serviços e produtos do país emprestador, inibindo a realização de concorrência aberta internacional e a participação de concorrentes internos.
         Essa operação permite que um pequeno grupo de empresas do país financiador adjudique os contratos, com significativo sobrepreço. Nesse processo são oferecidas propinas aos políticos e funcionários envolvidas na operação. Disso decorre que o país financiado paga um valor dobrado ou triplicado das obras ou serviços, exaurindo os cofres públicos.
         Seja, portanto, no plano interno como no de colaboração internacional, a vontade política é fundamental na instituição de mecanismos de combate à corrupção sistêmica.
         Deve-se, portanto, admitir claramente que a ética pública é uma questão de Estado e não de governo.
         E, com essa perspectiva, a cidadania tem de ser chamada para tomar o seu papel de controlador social nessa luta, imbuindo-se de um senso ético que possa se transformar em pressão e exigência de conduta por parte dos governos, em todos os níveis.
         A propósito, não há mais que discutir sobre o peso da corrupção administrativa e política sobre a situação de miséria em que se encontram os grandes contingentes populacionais da América Latina. O desperdício de bilhões de dólares anuais nas práticas de sobrepreço, financiamentos vinculados, desvio de verbas, contratação de obras não-prioritárias (muitas vezes não executadas), subornos e demais formas da apropriação de recursos públicos para fins privados estabelecem o estado de desperdício dos recursos que deveriam ser alocados para as áreas sociais prioritárias.
         Deve, assim, ser elevado o combate à corrupção administrativa em nível de prioridade mediante o estabelecimento de políticas que possam fazer com a modernização do Estado não reverta a favor de determinados grupos e interesses privados.
         Outrossim, nesse conclave do Grupo do Rio, foram ressaltados os efeitos desastrosos que a corrupção sistêmica traz para o esforço de se estabelecer maior governabilidade em nossos países. Nesse âmbito, a ausência de partidos verdadeiramente institucionais demanda um controle social o mais próximo possível do exercício da função pública.
         Ademais, foi ressaltado que a corrupção, além de afetar o quadro social e a governabilidade, impede o estabelecimento da livre concorrência, pela imposição de preços viciados em setores fundamentais, impedindo a modernização das relações econômicas.
         Não há razões e nem tempo a perder. Devem os governos, ainda nesta década, enfrentar com políticas apropriadas o problema da corrupção e seu inevitável produto, a miséria.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...