(Maio = mês 77; faltam 93 meses para a Primavera Brasileira)
“É necessário reaprender todos os dias
pela educação!
A
educação é um agente transformador da sociedade. Parafraseando o nosso patrono,
Paulo Freire: ‘Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda’.
O ato de
educar é um ato solidário! Nele consideramos o contexto, a história, os
objetivos, mas sobretudo o indivíduo, seu ambiente e suas interações. Por isso,
a educação é a ponte que une, liga e amplia possibilidades, entendimentos e
soluções.
A
educação pede urgência, grita e anseia por ações efetivas e que contribuem para
a tão esperada transformação e evolução do ser, estar e vivenciar. Dessa
maneira, o ato de educar não pode ser encarado somente por aqueles que compõem
o espaço escolar, mas por todos nós, pois ele é vida e nos capacita a sermos o
“sal da terra”.
A
educação é um compromisso social que deve ser assumido por todos, a começar
pelo nosso reconhecimento da função pedagógica e social das instituições
escolares.
Com
acesso a uma educação de qualidade, ampliam-se as chances de formarmos cidadãos
conscientes de seus direitos e deveres, capazes de fazer escolhas assertivas
para o seu projeto de futuro com perspectivas de melhor qualidade de vida. Com
isso, conseguiremos agir de maneira consciente e sustentável com o espaço que
ocupamos e viver em fraternidade com o próximo.
A
educação é o caminho. Nesse sentido, é preciso reaprender a aprender, aprender
a educar e educar para apreender de maneira efetiva e inovadora. Temos que, com
ações diferentes, ser diferentes e promover a transformação tão necessária para
o nosso crescimento.
Educar é
contribuir constantemente para a superação, é a conservação primordial da vida,
seguida de valores imprescindíveis, como respeito, zelo, acolhida, crescimento
e desenvolvimento. Educar não é um ato isolado, e sim um encontro.
É um
encontro no qual todos são educadores e educandos. É contribuir para a superação
de si mesmo, da realidade, do cuidado com a vida, atingindo as consciências e
transformando relações. Faz-se necessário despertar para a solidariedade,
sobretudo com relação aos problemas concretos que envolvem nossa sociedade. É
preciso ouvir e ser ouvido, compreender e ser compreendido, cuidar de nossa
casa comum, da família, dos idosos, das crianças, dos homens e das mulheres.
É
necessário reaprender todos os dias pela educação!”.
(Valéria Alves da Silveira. Diretora Acadêmica
do Colégio Nossa Senhora das Dores, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 28 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.com,
mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo
metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Caminhantes Samaritanos
A
60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
concluída nesta sexta-feira, mostra, no horizonte dos 70 anos da instituição,
que os passos de seus integrantes se inspiram nos caminhantes samaritanos.
Nesta direção é importante compreender que a CNBB não é um órgão de governo da
Igreja no Brasil. Compreenda-se que cada diocese tem sua autonomia, sob a
condução pastoral e jurídico canônica de seu bispo, vinculado ao colégio
episcopal, sob a presidência do Papa Francisco, sucessor do apóstolo Pedro.
Cada integrante tem a CNBB como órgão de comunhão, fortalecendo, efetivamente,
a missão confiada à Igreja por Cristo Crucificado e Ressuscitado, a ser
cumprida ao longo dos tempos por seus apóstolos e, por seus sucessores, os
bispos. O colégio apostólico, que reúne os bispos do mundo inteiro, sob a
presidência do Papa, tem em cada nação a sua conferência episcopal como
instância de comunhão, fomentando a colegialidade, repartindo entre si
experiências, serviços e articulada presença no conjunto da sociedade civil,
sempre iluminada pela consciência de ajudar o mundo, à luz da fé e da Palavra
de Deus. Assim, se arquiteta e se efetiva a Igreja em espírito sinodal.
A
Assembleia Geral, instância máxima da conferência episcopal em importância,
produção de experiências e garantia de serviço missionário e evangelizador, é
oportunidade para o crescimento e espiritualidade de comunhão. Promove o
respeito às diferenças pela tarefa exigente de torná-las uma riqueza, sustenta
e inspira os bispos na condição de peregrinos e primeiros servidores do amado
Povo de Deus, congregado na Igreja de Cristo. Esta Assembleia, assim, não é um
congresso, embora metodologias sejam usadas, nem é um seminário ou oficina. Os
bispos se debruçam, de maneira orante e dialogal, sobre o caminho missionário
da Igreja no Brasil, em comunhão com a Igreja Universal, atentos à realidade
social, política e cultural na sociedade. As questões e temos são muitos,
abordados em profundo sentido eclesial e compromisso de fé, no cumprimento do
mandato de Jesus: Ide e fazei discípulos.
Os
trabalhos da Assembleia Geral transcorrem em luminoso horizonte. A CNBB é
importante instrumento no conjunto da Igreja católica no Brasil para fecundar a
comunhão e por ela fortalecer a sua tarefa missionária, ação inegociável.
Torna-se, assim, necessário que o povo de Deus compreenda o sentido da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil como instrumento eclesial de serviços à comunhão
entre os bispos, em favor do fortalecimento da rede de comunidades de fé,
desafiadas a estender seu raio de abrangência, alcançando periferias
existenciais e geográficas. A grande inspiração e compromisso está em assumir o
que configura e define o próprio Bom Samaritano. A figura do caminhante
samaritano desenha o caminho dos discípulos e discípulas do Mestre Jesus, o
Samaritano Redentor de todos. Num mundo adoecido, também pela indiferença
alimentada por argumentos e razões que aumentam a rigidez, fomentando a prática
de mentiras para atacar e destruir reputações – ser caminhante samaritano é
inspirar-se por gestos concretos de misericórdia. A misericórdia autêntica
fermenta os sentimentos, assentando-os na sabedoria indispensável para a
verdade e distanciando-os do impulso de destruição que enfraquece instituições,
segmentos e indivíduos.
O
coração do caminhante samaritano cultiva o sentimento que convence: não vale a
pena conduzir a vida por meio de contendas e litígios. O autêntico espírito
cristão sabe que a construção da paz se opera por diálogos, mesmo quando
existem contraditórios, jamais pela força da agressividade e do instinto
demolidor de pessoas e instituições. Exemplar e samaritano é quem não faz
guerra para impor doutrinas em lugar de comunicar o amor de Deus,
distanciando-se para fazer valer seus interesses mesquinhos e recuperação de
perdas no patrimônio doutrinal e moral se faz de modo exitoso pela força do
espírito fraterno, apostando na construção de uma sociedade solidária. Esta
construção se torna possível na medida em que discípulos e discípulas se
revestem do olhar samaritano. Não há outro caminho.
Assim,
as orações e celebrações, durante a Assembleia Gera, encharcam os corações,
treinando amizade fraterna entre pares, fazendo crescer a consciência da missão
como experiência de amor, considerando o outro como mais importante – áureo
princípio de autenticidade cristã. A condição de caminhante samaritano afetou o
coração dos bispos, de assessores, de colaboradores e de representantes de
organismos do povo de Deus. À luz desta compreensão, brota a gratidão por tudo.
Este é o grande ganho e sentido desta Assembleia. Forte é a interpelação: ser
caminhante samaritano como único de reconciliação. O exercício é simples, e é o
segredo, como anota o evangelista Lucas: diante do homem machucado a
competência de ser e sentir compaixão, fazendo nascer a seriedade e fecundidade
do ser cristão autêntico.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e dignidade
do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.