terça-feira, 31 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO EFICAZ, EMPATIA, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E IMEDIATICIDADE NA QUALIFICAÇÃO ORGANIZACIONAL E A TRANSCENDÊNCIA DA PAZ, AMOR, JUSTIÇA E HUMANIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Da comunicação humanizada ao uso da inteligência artificial

       O relacionamento com o cliente continua na pauta. Para entender mais sobre CS (Customer Sucess) e CE (Customer Experience), é preciso direcionar, primeiro, a atenção para as estratégias tradicionais. Ainda hoje fazer o básico bem feito é um diferencial e tanto na área de atendimento ao cliente. Ter empatia, saber ouvir, estar disponível, alinhar comunicação e resolver os eventuais problemas de forma rápida e eficiente continuam sendo atitudes fundamentais para o êxito do relacionamento.

         Nos últimos anos, um grande diferencial das empresas tem sido o foco no sucesso do cliente. Mais do que vender, as organizações precisam entender se o cliente atingiu aquilo que queria quando comprou determinado produto ou serviço. É importante entender como foi esta experiência de início da jornada de compra até seu momento de uso.

         Outra importante aliada das empresas, a Inteligência Artificial (IA) tem sido adotada em algumas ferramentas de atendimento ao cliente. O clássico “chatbot”, chamado também de “atendimento inteligente”, mantém uma conversa com o usuário em linguagem natural, criando análises por meio das perguntas feitas frequentemente.

         Além de ampliar a capacidade de atendimento, os dados disponibilizados por meio do uso da AI ajudam a desenvolver estratégias de business intelligence que simplificam os processos e fornecem informações importantes aos gestores para que possam tomar decisões baseadas em dados.

         Com isso, as empresas começam a armazenar as informações resultantes das interações com os clientes, a identificar padrões de consumo e a definir interesses relacionados a cada interação. Isso cria condições para que se consiga um maior engajamento com os clientes e se detectem tendências de consumo.

         É fundamental seguir as normas da Lei Geral de Proteção de Dados – avisar ao cliente sobre qual dado você pretende armazenar e pedir sua autorização são atitudes esperadas. Usar bons servidores, implantar tecnologias de segurança e ter sistemas de realização de backup também são cuidados essenciais nesse processo.

         Empresas também devem ter em mente que atendimento personalizado não significa chamar o cliente pelo nome, mas envolve entender suas necessidades e oferecer o que ele quer e necessita no momento certo. Implica, ainda, adaptar e modificar as ações de acordo com as respostas e sinais que aparecem ao longo do contato. Para uma abordagem assertiva, é preciso entender que o caminho é tortuoso e maleável, sendo transformado por cada troca e comunicação.

         Um bom relacionamento se constrói a partir de clareza, transparência e eficiência. Portanto, para tornar efetivas as estratégias, pode ser interessante realizar pesquisa de persona para entender quem é o cliente. Após esta etapa, é aconselhável criar uma linguagem que tenha a ver com seu objetivo de negócio e com os públicos atingidos. Para que se tenha um relacionamento dinâmico, uma boa saída é o envio de conteúdos realmente relevantes, que ofereçam valor. Sem prescindir, claro, de um atendimento humanizado, que melhore ainda mais a jornada do cliente.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de janeiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 27 de janeiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Feliz, o promotor da paz

       ‘Bem-aventurados os que promovem a paz’. Há de se ter bem presente, nestes tempos de tantas guerras, este ensinamento capital de Jesus. O promotor da paz reveste o próprio coração de grande nobreza e trilha pelos caminhos de uma conduta irrepreensível. Essa irrepreensibilidade é incontestável alavanca para produzir frutos indispensáveis. Na contramão da paz, muitas guerras impõem perdas inumeráveis, irreparáveis. Cenários de desigualdade social, distantes do desenvolvimento integral, têm raízes nos corações que escolhem, por pequenez, patrocinar confrontos. Renunciar à promoção da paz, por ressentimentos, mesquinhez ou outro motivo, é caminhar nas veredas do adoecimento, da perda de tempo, quando a humanidade tem muitas urgências. Significa distanciar-se do amor. Por isso, compreende-se a razão de Jesus Mestre apresentar, na abertura da Carta Magna do Sermão da Montanha, Evangelho segundo São Mateus, a indicação essencial para que a humanidade alcance êxito. E ao se tocar no tema da bem-aventurança da paz, há de se fazer referência a cada pessoa como coração de paz. Ter um coração de paz faz a diferença em tudo o que se realiza.

         Hospedar no próprio coração o ódio, rancores, ou tantos outros sentimentos relacionados ao mal, é optar pelo fracasso. Significa renunciar à semeadura diária de uma alegria duradoura, possível a todos os seres humanos. Os trilhos da promoção da paz são abrangentes e precisam ser percorridos por toda a humanidade – para que se efetive duradoura alegria, possível a todo filho e filha de Deus, o Deus da paz. Um passo importante e de impactantes efeitos, em vista de se cultivar um coração de paz, é exercer o princípio cristão de não se pagar o mal com o mal, mas pagar o mal com o bem. Importa, pois, o amor. Isto não significa desconsiderar a justiça, que precisa ser efetivada, com a sua força coercitiva e educativa. Ao contrário, pois a justiça é degrau imprescindível para se amar de verdade. Assim, no horizonte do amor e da justiça seja consolidada a família humana como comunidade de paz. A bandeira a ser defendida e promovida é a consciência de que os povos da terra são chamados a estabelecer entre si relações de solidariedade e colaboração, superando os desvarios de dominações e de depredações.

         Para consolidar uma comunidade de paz envolvendo toda a humanidade, a família, instituição que é a primeira escola de humanização – tem especial papel. Compreende-se a urgência de se garantir às famílias condições fundamentais para que sejam sempre berço da vida e do amor. Por isso, a inegociável importância de se prestar atenção nos componentes fundamentais da paz, ensinamento forte e interpelante da Doutrina Social da Igreja Católica: justiça e amor entre irmãos, autoridade dos pais, serviço carinhoso aos fragilizados e limitados, ajuda solidária nas necessidades da vida, incluindo a disponibilidade para acolher o outro, praticando o perdão, força que possibilita a reconciliação de corações. Não se avança na promoção da paz sem o espírito de misericórdia.

         A misericórdia cria a disposição para que sejam abraçadas as causas dos pobres e excluídos, profeticamente abandonando as costumeiras zonas de conforto. Assim, cria-se a força para enfrentar discriminações, perseguição, pobreza e a terrível degradação ambiental, com seus incontáveis impactos na destruição da paz, do planeta. O olhar misericordioso, com a priorização dos pobres, é decisivo na construção da paz. Possibilita avanços que vão além daqueles alcançados por formalidades de protocolos ou convênios que, não raramente, descumprem prazos, atrasando a efetivação de soluções para muitos problemas. Também nesse sentido, é inadiável empreender na promoção da boa política, um desafio para a humanidade.

         A flor frágil da paz, na poesia inspiradora de grandes nomes da história, precisa desabrochar entre as pedras da violência e nos ventos das desolações, enxugando lágrimas de pobres e indefesos. São Paulo VI, em um importante documento da Doutrina Social da Igreja, aponta a necessidade de se tomar a sério a política, em todos os níveis. Isto significa afirmar o dever de todos, cidadãos e cidadãs, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade para efetivar escolhas. Todos juntos procurando o bem da cidade, da nação e da humanidade. Assim, a “política melhor”, detalhada pelo Papa Francisco na Carta Encíclica Fratelli Tutti, é aquela que serve decisivamente na promoção dos direitos humanos, imprescindíveis para se conquistar a paz.

         Reconheça-se a urgência de se enfrentar as impressionantes difusões socias e políticas do mal, resultando em anarquias, desordem, injustiças e violências. Uma tarefa que pede, de cada pessoa, o cultivo do coração de paz. E para bem exercer essa tarefa, é valioso o convite-conselho do apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos: cultivar atitudes nobres, desinteressadas, marcadas pela generosidade. Esse exercício fará de cada pessoa um bem-aventurado, feliz promotor da paz. E um mundo novo será possível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,79%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SOCIAL – COM PROMOÇÃO HUMANA –, E AMBIENTAL – COM PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO DOS INESTIMÁVEIS RECURSOS NATURAIS – E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCOLA PÚBLICA NA CONSOLIDAÇÃO DEFINITIVA DA PLENA CIDADANIA E DEMOCRACIA NA SUSTENTABILIDADE

“Planeta pobre e desigual

       O oportuno e alarmante o alerta da ONG Oxfam International por ocasião do World Economic, na localidade suíça de Davos: o planeta Terra ficou muito mais pobre e desigual na última década.

         Congregando 19 organizações, mais de 3.000 parceiros e com presença em quase uma centena de nações, a Oxfam atua na busca de soluções para a mitigação da pobreza, da desigualdade e injustiça sociais, promovendo campanhas, programas de desenvolvimento e ações emergenciais.

         No documento intitulado “A sobrevivência do Mais Rico: Por que É Preciso Tributar os Super-Ricos Agora para Combater as Desigualdades”, a organização denuncia que, nos últimos dez anos, o 1% mais rico da população global ficou com cerca de metade de toda a riqueza gerada no mundo. E, em três décadas, pela primeira vez, a riquezas extrema e a pobreza extrema cresceram simultaneamente.

         Entre 2020 e 2022, a parcela do 1% mais afortunado abocanhou quase dois terços de toda riqueza gerada: cerca de US$ 42 trilhões, correspondendo a seis vezes mais do que o total arrecadado por 90% da população global (7 bilhões de pessoas) no mesmo período. Cada ricaço ganhou cerca de US$ 1,7 milhão para cada dólar obtido por uma pessoa que está entre os 90% mais pobres do mundo.

         Para diminuir, mesmo que modestamente, o abismo que separa ricos e miseráveis, a Oxfam apresenta no relatório três principais recomendações aos governos: medidas extraordinárias, taxação sobre a renda dos super-ricos e imposto sobre patrimônio dos 1% dos mais ricos. Segundo a ONG, a fortuna conjunto dos bilionários do mundo vem aumentando a uma taxa de US$ 2,7 bilhões por dia.

         Só na tributação desses super-ricos, avaliam os pesquisadores que seria possível arrecadar cerca de US$ 1,7 trilhão com taxação até 5% sobre fortunas e, no Brasil caso um conjunto de medidas for adotado, a receita extra chegaria a cerca de US$ 300 bilhões.

         No que diz respeito a nós, a Oxfam Brasil lembrou que 0,3% da população brasileira tem um patrimônio superior a R$ 10 milhões. E o conjunto de medidas propostas, como regulamentar taxação de grandes fortunas e aumentar as alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física para até 40%, além de elevar a faixa de isenção, taxar dividendos e mudar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), permitiria ampliar a arrecadação em cerca de 3% do PIB.

         Ou seja, um grande debate para a anunciada prioridade da reforma tributária, que sempre reputamos ser a mãe de todas as reformas se governo, parlamentares, agentes econômicos e sociedade tiverem o equilíbrio na formulação e foco na justiça fiscal com responsabilidade social. Sob pena se seguirmos num país injusto, num planeta pobre e desigual.”.

(Vilson Antonio Romero. Presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, auditor e jornalista, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de janeiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de janeiro de 2023, mesmo caderno, página 15, de autoria de Ana Carolina Zambom Pinto Coelho, promotora de Justiça e Coordenadora Estadual de Defesa da Educação, e que merece igualmente integral transcrição:

“Existe uma máquina de democracias?

       ‘Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país uma máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a escola pública’. Com essa ideia, o jurista e educador Anísio Teixeira e outros intelectuais da década de 1920 sugeriam a modernização da escola pública brasileira, que se pretendia laica, gratuita, obrigatória e crítica. Passado o período eleitoral, é possível afirmar que os objetivos democráticos da escola brasileira vêm sendo plenamente atingidos?

         Há 100 anos, apenas cerca de 20% das crianças efetivamente frequentavam as escolas brasileiras. É inegável a melhoria das condições de acesso à educação. Hoje, segundo dados do Unicef sobre a educação no Brasil, aproximadamente 89% de crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos ocupam as carteiras escolares. Apesar dos avanços, a estatística representa mais de 2 milhões de brasileiros nessa faixa etária ainda sem o mínimo de oportunidades de aprendizado e convívio no ambiente escolar.

         Nesse cenário, precisamos refletir sobre a efetiva contribuição da escola na formação da cidadania. A democracia não se resume à escolha periódica de governantes por meio do voto. Uma escola realmente democrática ensina direitos fundamentais, história, sistema político e realidade social, permitindo a liberdade de ensinar e aprender, e promovendo o diálogo, a troca de ideias e o respeito à diversidade.

         É responsabilidade da escola incentivar e apoiar o entendimento mútuo, promover a tolerância e combater todas as formas de discriminação, para formar cidadãos conscientes e preparados para a sociedade democrática. Na educação, como na democracia, não há vozes excludentes. A participação deve ser amplificada, inclusiva e transparente. O amadurecimento do processo democrático depende de uma discussão pública e inteligente em torno de desafios comuns, reconstruindo a experiência coletiva compartilhada.

         Hoje, 24 de janeiro, é o Dia Internacional da Educação, momento de refletir sobre a necessidade de se investir nas pessoas para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. A Educação pode ser a instituição mais crítica para a longevidade de regimes democráticos. É a capacidade de julgamento em preferência à simples memorização.

         Neste dia, é importante reafirmar que o Ministério Público deve funcionar como catalisador de uma coalizão nacional pela educação democrática. Educadores de instituições públicas e privadas, a família, a sociedade civil, a academia e os meios de comunicação podem contribuir para a consolidação de uma cultura democrática nas escolas, que abranja um conjunto de valores, atitudes, habilidades e conhecimentos críticos.

         Para além da compreensão de regras eleitorais e independentemente de preferências políticas, um ambiente escolar próprio para potencializar capacidades analíticas, competências críticas e consciência participativa, a partir de (com)vivências de tolerância, colaboração, ética, respeito e liberdade, é o que buscamos para a formação democrática nas escolas, neste dia e sempre.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,79%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS, EMPATIA E FIDELIZAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO GERENCIAL DA EXPERIÊNCIA DOS CLIENTES E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, ESCUTA AMOROSA, PLENA CIDADANIA E FRATERNIDADE SOLIDÁRIA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Aprimorar a gestão da experiência dos clientes

       No dicionário, o significado de cliente é “indivíduo que contrata serviços ou adquire mercadorias mediante pagamento”. Mas o cliente vai muito além da ideia de consumidor final, e o mercado já entendeu a importância e a necessidade de incluí-lo nas várias etapas da cadeia produtiva e de serviços.

         Para gerenciar o relacionamento com os clientes, muitas empresas têm investido no setor de Customer Sucess (CS) e Customer Experience (CE). A princípio, pode parecer complexo, uma vez que algumas empresas possuem milhares de clientes, mas é possível aliar o melhor da tecnologia para criar estratégias que colocarão o cliente no centro do negócio.

         Pesquisas, conversas e avaliações são algumas das ferramentas que possibilitam personalizar o serviço oferecido, ampliando a capacidade de fidelização e criando um modelo de vendas bem-sucedido.

         Cada cliente requer um tipo de abordagem e experiência. Por estarem cada vez mais envolvidos com a tecnologia, as pessoas têm buscado, por meio dos diversos canais e plataformas, produtos e serviços específicos para atender suas necessidades.

         Em meio à multiplicidade de caminhos que podemos escolher para estreitar a relação com o cliente, a estratégia conhecida como “omnichannel” deixa de ser uma tendência e vira uma realidade, ou seja, as organizações precisam se utilizar dos mais variados canais de atendimento, considerando que cada cliente requer uma abordagem distinta. É o próprio cliente que define qual canal fará mais sentido.

         Importante ressaltar que, caso a empresa opte por usar vários canais de comunicação, é essencial que a qualidade do atendimento seja mantido em alto nível em todas as opções disponíveis. Aliás, este é um grande desafio para as corporações. Muitas vezes, é melhor ter poucos canais, mas com atendimentos de excelência, a ter diversos canais com atendimentos e experiências distintas.

         As vantagens do omnichannel incluem maior integração e conhecimento do cliente, possibilidades de customização, monitoramento de redes sociais e disponibilização de dados para análise. Para quem deseja implantar esse sistema, é importante selecionar os canais que estejam em harmonia com a estratégia de negócio. Além disso, é necessário integrar e monitorar os canais individualmente e manter as informações coletadas de forma centralizada, valorizando também o contato pós-vendas.

         Em um mercado cada vez mais competitivo, ter um planejamento estratégico para garantir que o consumidor tenha uma jornada agradável e satisfatória é um caminho para alcançar o sucesso. A expansão da área que faz a gestão da experiência dos clientes dentro das empresas não é só uma grande tendência em 2023 e nos próximos anos – é também essencial para definir se o mercado continuará optando por nós ou por nossos concorrentes.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de janeiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 20 de janeiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Tribunal do coração

       Tribunal do coração é referência ao “centro de comando” que define atitudes, sentimentos e escolhas no percurso da vida. Uma expressão que faz parte do processo de direção espiritual, por sublinhar que a qualificação da existência humana se relaciona com o que está no interior do coração. Ora, viver é uma arte, pedindo, a cada pessoa, o cultivo de certas habilidades, sendo imprescindível a espiritualidade. As virtudes cidadãs e a sensibilidade social, dentre outras qualidades, são essenciais para o ser humano, mas, sozinhas, são insuficientes para se alcançar o bem viver. É preciso investir na espiritualidade e, nesse processo, cuidar do próprio coração, dedicando atenção às suas dinâmicas. O coração precisa hospedar belas estampas, reunidas a partir de cada experiência vivida. São essas estampas bem cultivadas que podem alimentar o bem viver e enriquecer as atitudes do ser humano. É preciso, pois, reconhecer que sem as qualificadas estampas no coração, não se alcança a paz. E sem um coração de paz, os próprios julgamentos e atitudes ficam contaminados por sentimentos “tortos”, preconceituosos, que levam à incompetência humanística.

         O compromisso pessoal no cultivo da paz no coração é contribuição indispensável no propósito de alcançar a paz social. É, pois, questão que vai além de um simples bem-estar individual, para ser reconhecido  como tarefa educativa indispensável, que não pode ser renunciada. Desconsiderar essa tarefa significa conviver com prejuízos pessoais e sociais. Todos são convocados a investir cada vez mais na própria interioridade, um arrumar-se essencial para se tornar coração de paz. Isto porque a paz é dom de Deus. Esse dom, para ser recebido, requer, de cada pessoa, um especial cuidado com a própria interioridade. Deus é fonte inesgotável de paz, mas a acolhida desse dom depende de um esforço humano indispensável. Esse esforço diz respeito à avaliação e à gestão dos sentimentos que podem fazer do próprio coração um tribunal implacável. Tribunal de julgamentos que inviabilizam  a construção de vínculos e as ações que sustentam a fraternidade universal.

         Conta decisivamente o especial cuidado com o que se hospeda no coração. Trata-se de uma responsabilidade moral e afetiva que, quando não é assumida, leva à emissão de juízos comprometidos sobre os outros e a respeito das muitas situações que marcam a existência humana. E o tribunal do coração precisa ser justo para não se contrapor à grandeza do amor. O amor é a vocação e a missão de cada coração. Essa vocação e missão são desrespeitadas quando corações se fecham para a escuta do outro, de suas razões, tornando-se um tribunal implacável. Corações fechados emitem juízos caracterizados por uma rigidez na consideração do próximo, inviabilizando a constituição de vínculos qualificados, de relações pautadas pelo respeito. O tribunal do coração precisa contemplar a capacidade de escutar o semelhante, buscando estabelecer diálogos que gerem entendimentos e escolhas acertadas. A escuta é remédio que salva o coração de fechar-se sobre si mesmo, estreitando o seu alcance com maus sentimentos, a exemplo da inveja, da ingratidão e do excesso de rigor na consideração das outras pessoas.

         Interiorizar no coração sentimentos qualificados é indispensável para não se correr o risco de simplesmente buscar se agigantar na racionalidade, enquanto se apequena no aspecto afetivo-emocional. Desconsiderar a dimensão afetivo-emocional leva à confusão entre sentimentos e juízos, com impactos negativos nas relações e nas avaliações, promovendo inadequada percepção sobre os próprios desempenhos e responsabilidades. Não raramente, corre-se o risco de leituras que justificam inimizades e ressentimentos, a busca pelo poder mesmo que com consequências prejudiciais para o bem comum. A qualidade das atitudes humanas, do desempenho de líderes, das tarefas exercidas dentro da responsabilidade de cada um, depende da adequada regência dos sentimentos que habitam os corações.

         No cuidado dessa regência, são preciosas as indicações do Mestre Jesus, que terapeuticamente trata do coração de seus discípulos. Jesus, em vários momentos, adverte seus discípulos sobre a importância de se cuidar da própria interioridade para garantir justiça e amor. Em certa ocasião, o Mestre sublinhou que a dureza do coração humano produziu a relativização da lei, com consequências graves para a humanidade. Focalizou ainda a incompetência humana e moral revelada na disputa entre seus discípulos que, em determinada situação, almejavam poder e lugar privilegiado revelando vaidade e soberba. Jesus argumentou, reiteradamente, sobre a importância da autoconsciência. Apontou indicações e práticas para se evitar a substituição do amor recíproco por mágoas – multiplicadoras de sombras, de ingratidão e de leituras da realidade sem as virtudes de um coração simples. O Mestre sublinhou especial advertência: não traz condenação o que entra, mas o que sai da boca, considerando imoralidades que ferem a grandeza da vocação humana.

         Investir na qualificação do próprio, em um fecundo itinerário espiritual, é indispensável para alicerçar juízos, decisões e escolhas que levem à paz. Um itinerário para promover os valores e os princípios essenciais à fraternidade solidária, meta que precisa ser alcançada urgentemente, para que seja respeitada sempre, e cada vez mais, a dignidade humana.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,79%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.