segunda-feira, 27 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER E DESAFIOS DA BOA GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS LUZES DA TECNOLOGIA NO PLENO DESENVOLVIMENTO DA PESSOA NA SUSTENTABILIDADE


“As chances de sucesso da empresa
        A chegada de um novo ano permite uma avaliação do que foi realizado e, a partir de um olhar crítico, a busca por novas medidas para que o próximo período seja mais positivo. Independentemente do porte da empresa, é o momento propício para rever o chamado planejamento estratégico. Entretanto, de nada adianta se a estratégia da organização não estiver alinhada com as políticas de governança corporativa. Estamos falando de alterar a dinâmica das atividades de planejamento, que antes se atinham a concatenar aspectos administrativos e financeiros dos planos de ação, de modo a alinhá-los com as responsabilidades jurídicas da organização, desde o seu chairman e CEO até o mais simples colaborador. É que com a tendência de disseminação das práticas de compliance, os aspectos legais contaminaram todos os processos de gestão estratégica. Uma empresa bem gerida, eficiente e geradora de valor terá, necessariamente, uma matriz de responsabilidades bem definida e capaz de ser verificada e auditada, sempre que necessário. Ou seja, o processo de gestão estratégica de um negócio precisa estar em sintonia com a sua governança legal.
         Além disso, é importante que os administradores, ao fixar os seus indicadores de desempenho (KPIs), passem a contemplar itens voltados à gestão dos riscos corporativos inerentes às atividades e setor. Podemos citar exemplos com reflexos diretos neste monitoramento dos riscos: 1) medir o índice de turnover dos empregados pode ajudar na governança trabalhista, permitindo adotar políticas que reduzam a quantidade de ações na Justiça do Trabalho; 2) ter uma meta ligada ao clima organizacional pode auxiliar no atingimento das metas financeiras, ao controlar o estresse do time, diminuindo o absenteísmo e as doenças ocupacionais: 3) criar uma política para atender melhor à diversidade (gênero, etnias, religião etc.) pode melhorar a captação de novos talentos e se prevenir de acusações de assédio moral. Tais exemplos indicam que é possível ter medidas com conexão direta com aspectos de compliance. Agindo desta forma preventiva, há grande chance de a empresa conseguir evitar conflitos em seu nascedouro, o que poderá ir além do bem-estar descrito, trazendo resultados tangíveis do ponto de vista financeiro, seja por meio do aumento da produtividade, redução de custo operacional ou da prevenção de demandas contenciosas.
         Portanto, realizar um planejamento estratégico implica também considerar os aspectos legais de compliance e de gestão de riscos para além dos cenários econômicos, financeiros, políticos, comerciais e tecnológicos. E, tendo em vista a velocidade com que o mundo está mudando, se faz preciso encurtar o intervalo de revisão dos planejamentos, tornando o processo de planejar uma prática mais viva da governança corporativa. O estabelecimento de um calendário anual de reuniões da diretoria ou conselho com o estabelecimento de pautas prévias ajudará para que o cronograma jurídico esteja sempre alinhado com a visão estratégica.
         Enfim, a construção do futuro de uma empresa está associada a um planejamento cada mais dinâmico, em que as variáveis são cada vez mais complexas, sendo fator crítico de sucesso a adoção e verificação permanente das práticas voltadas ao compliance e governança.”.

(BERNARDO PORTUGAL. Advogado, professor especialista em direito societário e governança corporativa, sócio do escritório Portugal Vilela Almeida Behrens Direito de Negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ELIANE VELOSO, diretora das unidades do Colégio Unimaster/Grupo SEB em Belo Horizonte, pedagoga, especialista em psicopedagogia, mestre em educação na área de informática educacional e gestão, e que merece igualmente integral transcrição:

“A tecnologia na infância
        Os pais ficam receosos em relação à possibilidade da liberação do uso de tecnologias móveis, como smartphones, tablets e computadores, para crianças com idades entre 2 e 10 anos. A dúvida é pertinente; afinal, desde bem pequenas elas já têm contato com dispositivos supermodernos, aos quais muitas gerações tiveram acesso somente após adultos. É necessário ser prudente na liberação das novas tecnologias para crianças e orientar para que elas se apresentem como ferramentas que podem potencializar a aprendizagem de competências, muitas vezes iniciada no espaço escolar.
         Os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento mais acentuado do cérebro, bem como da inteligência, da personalidade e do comportamento social. Além disso, há um aumento importante do volume hipocampal. Nessa fase, 80% do cérebro humano está em formação, ou seja, todo estímulo, nesse período, tem um impacto direto na capacidade intelectual desses futuros adultos. A rápida formação de sinapses inicia-se nos primeiros meses de vida pós-natal e atinge o máximo de densidade aproximadamente aos três meses, no córtex sensorial, e entre 2 e 3,5 anos no córtex frontal, de modo que todo estímulo, nessa fase, inclusive o que os computadores possibilitam, pode potencializar esse processo, desde que monitorado pelos responsáveis.
         As tecnologias, de forma geral, permitem uma comunicação mundial como nunca foi possível imaginar. Hoje, a internet apresenta-se como a plataforma pela qual milhões de indivíduos, em qualquer lugar ou momento, se comunicam diariamente, participando efetivamente e partilhando conteúdos em redes sociais tais como Facebook, YouTube, Linkedin, Twitter, Hi5, MaySpace, entre outros. Fato é que, se o Facebook fosse um país, seria o terceiro maior em população.
         Estudos revelam que, em média, estudantes on-line têm melhor desempenho que estudantes que recebem a instrução presencial. A educação precisa ser mixada, masterizada. Masterizar significa passar para máster. Logo, mixar a educação significa fazer um balanço de tudo o que já foi produzido, estabelecendo os níveis de complexidade de cada fase, de tudo o que foi bem construído, “bem gravado” separadamente, em canais distintos, para promover uma integração, possibilitando um fazer em rede que será “curtido” pelo estudante.
         O estudante de hoje precisa ser ouvido porque pertence a uma geração que sabe inovar com naturalidade; ele precisa ter espaço para ser protagonista na condução do seu conhecimento. É urgente que o ambiente escolar aumente o fluxo de iniciativas para a implantação de ambientes tecnológicos, que constituem hoje um meio de comunicação. A adaptação de cada escola implica uma ação na sua estratégia e na organização da gestão pedagógica. Hoje, diferentes recursos tecnológicos estão a serviço da educação, complementando a ação-reflexão-ação do educador e de todos os sujeitos inseridos no processo. O uso de louças interativas, de celulares e smartphones e de aplicativos sociais amplia e modifica a forma de comunicação entre os indivíduos. A tecnologia chega à educação não como disponibilidade de equipamentos, mas como serviço para todos, ampliando as possibilidades de construções e, portanto, de boas mixagens.
         Todo excesso pode ser prejudicial. É necessário estabelecer limites de tempo para assistir à televisão, utilizar o computador e jogar jogos eletrônicos, o celular, alternando períodos de atividade e inatividade. E lembre-se: crianças devem dormir, pelo menos, nove horas por noite e devem ser monitoradas por um adulto.
         Nem tudo o que é digital é interativo. Nem tudo o que é interativo é digital. A quantidade de cliques em um sistema não o torna mais interativo. Dessa forma, as escolas necessitam integrar a geração on-line, de forma a conscientizar o uso e a prover o conhecimento. Atualmente, a competência digital é cada vez mais necessária para o mundo do trabalho e para a vida social. Vivenciamos a era da inteligência artificial no que se refere à elaboração de dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas, enfim, a capacidade de ser inteligente, o que difere de superficialidade. Os recursos tecnológicos são grandes aliados para fornecer atividades mais interativas e colaborativas, contribuindo, assim, para uma produção do conhecimento coletiva.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




sexta-feira, 24 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS TECNOLOGIAS, BOA GOVERNANÇA E PRODUTIVIDADE NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A ESPIRITUALIDADE TRANSFORMADORA NA SUSTENTABILIDADE


“Minas 4.0: por uma agenda disruptiva pós-pandemia
        A experiência dolorosa vivenciada com a pandemia e as restrições ao convívio social acabaram por impor a adoção de soluções tecnológicas e inovadoras em diversas áreas. Agora mesmo transformações estão acontecendo em empresas, escolas, bancos e governos em resposta à pandemia. A telemedicina está sendo implementada em larga escala. Milhões de pessoas estão sendo contempladas pelo auxílio emergencial via banco digital. O teletrabalho está sendo massificado, e uma série de empresas, clubes, escolas e governos lutam para adotar modelos de gestão e processos mais inovadores e digitais.
         Por sua vez, o mundo está repleto de ações que podem servir de inspiração para a adoção de um novo paradigma. A Estônia é o exemplo mais famoso. Naquele pequeno país báltico, que foi apelidado de “república digital”, acontece uma revolução. Hoje, o cidadão e a economia da Estônia são amplamente beneficiados por um amplo programa de tecnologia digital em larga escala: o E-Estônia. Lá, o governo e a sociedade se preparam para o futuro, tendo universalizado o acesso à internet ainda no século passado e as interações entre cidadãos e governo por meio digital. Com isso, atualmente, apenas casamentos, registros imobiliários e uma ou outra atividade burocrática precisam ser feitos face a face. Imagine o impacto para cidadãos e empresas que a adoção maciça de uma revolução digital nos governos brasileiros causaria?
         Minas Gerais possui todas as condições para liderar um profundo processo de transformação nesta direção, com vistas a transformar nosso Estado num Estado moderno, digitalizado e infinitamente menos burocrático. Uma “Minas 4.0”, termo utilizado comumente pela indústria para simbolizar a quarta revolução industrial em curso, baseada nas transformações ocasionadas pelas novas tecnologias e que poderia ser beneficiada pela presença em Minas Gerais de uma mão de obra qualificada, universidades e empresas de ponta e instituições de representação empresarial muito atuantes.
         Minas tem pressa. Mesmo com o pacote de ajuda em aprovação no Congresso Nacional, nosso Estado será durante afetado, com uma queda vertiginosa da arrecadação. A pandemia se somará à crise estrutural mineira, aprofundada em 2019 pelo desastre de Brumadinho e pela ausência de uma profunda reforma da Previdência estadual. O quadro é absolutamente dramático. As soluções terão que ser estruturais e demandarão, de forma complementar e radical, melhorias na governabilidade, na governança e na gestão do Estado.
         Passada a pandemia, será necessário mais do que boa gestão e boa política para sairmos da grave crise fiscal, social e política a que estaremos submetidos. Precisaremos repensar o Estado e a sociedade, tendo como eixo a adoção maciça de novas tecnologias, muitas já existentes e cada vez mais acessíveis, com vistas a revolucionar a gestão do Estado e o desenvolvimento da economia mineira. É necessário imediatamente priorizar a construção de uma ampla agenda de transformação digital e tecnológica que englobe empresas, poder público e sociedade, que ajude a aumentar a produtividade dos setores públicos e privados de maneira exponencial, em especial nos setores que o Estado possua vantagens competitivas.
         Trata-se de um passo imprescindível para que, juntos com o que temos de melhor – os minérios e as mineiras, nossa cultura e nossa gente – possamos sair da mais profunda e grave crise de nossa geração e construir um projeto de desenvolvimento e de futuro para Minas Gerais.”.

(Thiago Camargo. Advogado; sócio do escritório Marcelo Guimarães Advogados e da Sinapse Consultoria e Projetos, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de abril de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Delírios de onipotência
        A expressão “delírios de onipotência” foi bem aplicada na pena sábia e na voz profética de um pregador espiritual. Configura o entendimento que possibilita melhor reconhecer de onde vêm os prejuízos amargados pela sociedade contemporânea, marcada por um ritmo insano e por afã desmedido pelo lucro, alimentando apegos e sede de poder. Condutas fundamentadas em delírios de onipotência, responsáveis por tantos descompassos ambientais, sociais e políticos. É compromisso cidadão, que não é simples, contribuir para a identificação e superação das causas fatídicas desse colapso humanitário vivido na atualidade, inclusive no âmbito da saúde. Isso exige a desmontagem da intrincada engenharia que sustenta os delírios de onipotência. Mas a cultura contemporânea alimenta a ilusão da onipotência. Com sua dinâmica sedutora, essa ilusão tem força de dominação que configura mentes e corações, promovendo o obscurantismo, o autoritarismo e a eleição de relativismos como paradigma comportamental.
         Superar os delírios de onipotência é condição inegociável e primordial para que a sociedade consiga ultrapassar o limiar de seu encarceramento autodestrutivo: dinâmicas que alimentam violências e perversidades em um mundo que tem tudo para ser justo e solidário. Desconstruir os delírios de onipotência muito contribuirá para vencer o adoecimento social, que alcança ápices nas pandemias, a exemplo da Covid-19, mal que bate à porta de todos, igualmente. Delírio de onipotência é, pois, o nome sistêmico do processo de produção de diferentes enfermidades. E quando for superado o auge desta pandemia tão sacrificante, que exige o isolamento social, lamentavelmente a humanidade ainda não terá alcançado a imunidade de que necessita, radicada no reverso deste terrível mal: os delírios de onipotência.
         A cura desse mal é um processo exigente e longo, com novas aprendizagens alicerçadas na interioridade. Um desafio para a humanidade acostumada com corrida desarvorada, o tempo todo, para se sobrepor aos outros, passando por cima de tudo e todos. Um processo que alimenta a ilusão de se achar “o dono” da palavra, das soluções. Reforça a pretensão humana de ter sempre razão, em tudo. Sustentando o autoengano de se considerar mais importante que tudo e todos. Prevalece, assim, uma perspectiva narcísica, doentia. Mede-se o próprio valor pelo que se possui, pela capacidade de gastar dinheiro, pelo poder para dar ordens aos outros.
         Percebe-se assim que as pandemias são apenas sintomas que causam medo. As doenças são enraizadas nos delírios de onipotência. Compreende-se, pois, que a esperança da superação da avassaladora pandemia da Covid-19, que parou o mundo, e de tantas outras, depende de novos hábitos e práticas organizacionais, com a indispensável consideração da vida como dom precioso. Obviamente, a referência não é somente à própria vida, mas o bem maior de todos. Novas lógicas devem inspirar o mundo do trabalho, qualificar a convivência e promover uma espiritualidade que resgate o ser humano da pequenez – manifesta nas indiferenças em relação ao outro, que é irmão, nos partidarismos que levam a escolhas equivocadas e medíocres, no formalismo asséptico que contamina processos educativos, na cultura sem força para sustentar valores fundamentais à vida.
         A condição cidadã desgastada se projeta nos delírios de onipotência, traduzidos de muitos modos nefastos, a exemplo da indiferença paralisante sobre a situação dos que mais sofrem. Essa indiferença é a que não deixa pessoas se envergonharem, mesmo convivendo com triste situação: enquanto poucos navegam em mar de dinheiro a grande maioria vive na miséria e precisa lutar, todos os dias, para sobreviver. Não menos grave é o gosto pelo autoritarismo, um produto sofisticado e perverso dos delírios de onipotência, dando espaço a psicopatias na política, na prática religiosa e nas relações interpessoais.
         Os atentados contra a democracia, valor intocável para se conquistar equilíbrio em uma humanidade plural, são graves sinais de delírios de onipotência. Combater esses delírios, vírus mortais, exige humildade – valor espiritual determinante, mas ainda distante das virtudes do ser humano. Esse valor, para ser alcançado, pede nova aprendizagem: a espiritualidade. Um novo caminho, desafiador até para religiosos – mas é preciso trilhá-lo para superar as pandemias geradas e alimentadas por delírios de onipotência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


  

terça-feira, 21 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E NOVAS EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E AS LUZES DO EQUILÍBRIO E CUIDADOS NA TRAVESSIA DA PANDEMIA NA SUSTENTABILIDADE


“Selecionando profissionais
        É inegável que vivemos em um grande manancial de informações, que nos chegam por todos os lados. Registramos que o mundo dos negócios é veloz e marcado por mudanças complexas, que afetam o comportamento em um universo habitado por fakes – ou seja, “a mentira ao alcance de todos”.
         Estão no nosso cotidiano algoritmos alimentados por uma enorme quantidade de dados que geram inteligência e promovem decisões. O acesso à informação ao alcance de um toque de dedos já demonstra o constante desenvolvimento e crescimento da tecnologia. Como resultado, devemos considerar também que manipulações e distorções da realidade se tornam cada vez mais convincentes e difíceis de detectar.
         Fica a interrogação: como fazer para que os processos de melhoria persistam e sejam construtivos para todos? Trabalhamos, acreditamos e contamos com a tecnologia. Implantamos e trabalhamos com a inteligência artificial e passamos a contar também com esse instrumental. Entretanto, sabemos que nada substitui o olho no olho, o respeito, a realização de cada pessoa e a concretização de seus sonhos e valores.
         Pessoas são o alicerce do sucesso das empresas. Elas também escolhem onde querem trabalhar. Quando estão felizes, constroem na adversidade e surpreendem positivamente. Fazem da entrega do trabalho um grande aprendizado e prazer. Pessoas felizes se superam, fazendo sempre o melhor.
         Os projetos de headhunting na busca por profissionais diferenciados ainda carecem de outra moeda além da tecnológica. O conhecimento íntimo sobre o mercado que se move em alta velocidade e o entendimento quanto às pessoas que vivenciam mudanças de cargos, empresas ou carreira também se mostram bastante relevantes. Por aqui e nesse cenário, a prontidão em respostas por escala e em pesquisas soltas em sites e correspondentes exige significativa maturação.
         Com uma rede de contatos ativa, ganha-se muita velocidade e, principalmente, assertividade na entrega. Tais projetos são desenvolvidos sob medida para o cliente, este que é o único em sua diversidade, ciclo ou cultura. O networking sempre imperou, e acredito que sempre terá lugar de destaque.
         Considere alguns códigos a serem decifrados na caixa-preta do headhunter: empresas e pessoas constroem uma relação de interdependência; valores-chave devem andar em concordância com o desenvolvimento da empresa e do profissional; o conhecimento quanto o atual universo do trabalho é imperativo; a prontidão para quaisquer desafios que surjam no caminho é vital; multicanais de busca são necessários; o acompanhamento da carreira e a movimentação de profissionais diferenciados são essenciais.”.

(Efigênia Vieira. CEO da Upside Exccutive Search, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de março de 2020, caderno OPINIÃO, página 5).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de abril de 2020, caderno A.PARTE, página 11, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Equilíbrio entre cuidados
        Aproveito este espaço para publicar a resposta a um pedido de esclarecimento de um sindicato de trabalhadores da saúde de Betim, que me solicitou explicação a respeito de um decreto que assinei no dia 17.4 flexibilizando várias atividades econômicas no município.
         Betim apresenta nesta data uma curva epidemiológica praticamente nula, mesmo transcorridos 30 dias da primeira notificação de Covid-19. Registraram-se nesse período nove casos, dos quais seis já superados e três em observação.
         No mesmo período ocorreram demissões de mais de 10 mil trabalhadores formais e informais, paralisações generalizadas de atividades setoriais em decorrência das medidas exaradas em níveis federal, estadual e municipal.
         As atividades produtivas e comerciais no município sofreram um pesado ônus, para evitar a propagação do vírus e um colapso no sistema de saúde pública, que há um mês encontrava-se despreparado para qualquer sobrecarga.
         Nas últimas duas semanas, conseguimos instalar o primeiro hospital de campanha de Minas Gerais, Cecovid, de grande envergadura, com 120 leitos, equipados com instalação de oxigênio e tomadas de energia elétrica, camas adequadas e sala vermelha com quatro equipamentos de ventilação invasiva.
         Além disso, apressamos o término de dois andares do recém-edificado Centro Materno-Infantil, ampliamos e reforçamos o suporte à rede de saúde e teremos mais 70 leitos de UTI prontos na segunda quinzena de maio. Poderemos ainda acrescentar 40 vagas de terapia intensiva, caso se faça necessário.
         Nesta data o Cecovid acolhe seis pacientes, e o CTI outros três pacientes, que representam o uso de apenas 5% da capacidade já instalada e 2% da capacidade potencial.
         Betim está preparada para atender com eficiência, qualidade e segurança um eventual surto, contando já com agentes recrutados e preparados pelo Instituto IBDS, parceiro contratado pela prefeitura.
         Dessa forma, atendendo ao chamado de setores econômicos, ao direito de atividades, discriminamos no decreto publicado no dia 17.4, com sérias restrições de prevenção, a liberação dessas atividades, subordinadas ao uso geral de máscaras em vias públicas, disponibilidade irrestrita de álcool, higienização de local para cada utilização individual, distanciamento físico superior ao recomendado pela OMS, redução de 66% da capacidade de lotação de locais, retirada de assentos, uso de luvas, exposição de cuidados preventivos para a população.
         Mantivemos em vigor as normas de isolamento dos indivíduos de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos, obesos, imunossuprimidos, transplantados, portadores de insuficiência renal crônica e outros.
         O coronavírus, infelizmente, entrou na realidade mundial, e com ele deveremos aprender a conviver por longo período, bem por isso precisamos resguardar a sustentabilidade social e econômica, preservando a estrutura produtiva de um colapso irreparável.
         Permito-me ressaltar que as atividades, como diversões, casas noturnas, práticas de esporte coletivo, exposições de arte, eventos e aglomerações, continuam suspensas. Foram determinadas multas e sanções para quem desrespeitar as normas e possuir capacidade econômica de responder ao pagamento coercitivo de infratores que se repetem em desrespeitos.
         A Constituição garante a liberdade e ir e vir, de exercer atividades que gerem sustento econômico e satisfação, desde que não gerem prejuízo para a comunidade. Neste momento procuramos, como administradores públicos, atender múltiplos aspectos sociais e equilibrar medidas de saúde com aquelas de sustento econômico e de liberdade individual.
         As normas aplicadas em Betim seguem as orientações da OMS. Foram tomadas de forma ainda mais severa de quanto a curva epidemiológica (atual) apresenta. Betim se preparou com seriedade e presteza para garantir atendimento de internação e cuidados aos pacientes.
         A introdução da obrigatoriedade generalizada de máscaras e de higienização, com distribuição de insumos à população carente, diminui significativamente o risco de um surto em até 70%. Consideramos estar o município adequadamente preparado, com medidas efetivas de prevenção e proteção, locais, leitos, agentes treinados, equipamentos especializados para enfrentar o momento crítico.
         Já na próxima semana teremos disponíveis testes de coronavírus em volume de 500 por dia, priorizando o controle dos servidores de saúde.
         Em Betim os casos confirmados até o momento de Covid-19 indicam pacientes de classe média e alta que viajaram para regiões de sério contágio. Foram prontamente isolados e cuidados. A determinação de quarentena para quem volta de viagem está inserida nas precauções dos servidores públicos e sugeridas para o setor privado.
         Neste momento se faz necessário considerar que isolamento, distanciamento, máscaras, luvas, higienização são medidas efetivas e eficazes contra a propagação. De outro lado, preocupa a sustentabilidade socioeconômica da população, da educação dos jovens, da remuneração dos profissionais autônomos, das pequenas e médias atividades, da microeconomia popular, que sofreram forte impacto e precisam ser corretamente preservadas e apoiadas. Quanto mais longa for a paralisação das atividades, mais grave o prejuízo e mais penosa a recuperação delas, sem contar que os mais frágeis serão irreparavelmente inviabilizados.
         Lembramos que as normas que determinamos em nível municipal poderão sofrer revogação e mudança a qualquer momento, em decorrência de indicações da OMS, da evolução da curva epidemiológica, sempre em sintonia com o SUS, o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde.
         Estamos à disposição para mais esclarecimento e contamos com a compreensão desse estimado sindicato de trabalhadores na saúde pública.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.