quarta-feira, 28 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER ILUMINANTE E REVELADOR DOS SONHOS E A FORÇA DA INOVAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

“O ilimitado, iluminante e 
revelador mundo dos sonhos
        A vida durante os sonhos e mais importante do que à primeira vista pensamos. Se lhe dermos atenção, se cuidarmos dela, usaremos melhor boa parte de nossa estada na Terra, já que passamos aproximadamente um terço dela dormindo.
         Vejamos por que é importante.
         Primeiro, porque por meio dela o subconsciente se desbloqueia de tudo aquilo que fica reprimido durante o dia. Enquanto despertos, mantemos um autocontrole natural sobre nossas ações, pensamentos e sentimentos. Porém, abaixo do nível da consciência de desperto, vários movimentos, maneira de sentir e formas de pensar latentes ficam reprimidos, retidos, e o sonho constitui uma oportunidade para a sua liberação. De modo geral somos mais livres nos sonhos, exatamente porque não exercemos controle sobre eles, embora seja possível, numa etapa mais avançada, conduzi-los ao desfecho pretendido.
         Logo que passei a interessar-me por sonhos, oportunidades abriram-se para estudá-los a fundo, e as circunstâncias de minha vida começaram a mudar a fim de que a concentração nesse assunto fosse possível e nenhum obstáculo terreno permanecesse entre o meu ser e a realidade que devia descortinar-se.
         Lembro-me de que era outono e de que eu subia pela avenida arborizada até o local onde regularmente estudava sonhos. Naquela tarde, à medida que me aproximava daquele lugar, via-o como se fosse novo. Era como se estivesse ali pela primeira vez. Bati à porta e, assim que me foi aberta, cheguei até a sentir um aroma nunca antes percebido. Tudo era novo, em todos os níveis.
         Quando entrei no estúdio, lugar mágico para mim, logo vi um quadro recém-pintado, com tintas reluzentes e ainda frescas. Meus olhos não puderam deixar de se deter naquela cena, durante alguns momentos. “Quando você o criou?”, perguntei ao pintor. “Hoje de manhã”, foi-me respondido. “Vi-o em meditação e em sonhos.” Fiquei ali parado, recebendo aquela impressão, e um sentido de responsabilidade, uma nova visão, tocou-me inteiro. Sentei-me, indaguei dele o que nos esperava. Respondeu-me que dependia da humanidade, de como ela reagisse; se a humanidade despertasse para a sua verdadeira tarefa sobre a Terra, o que estava profetizado no quadro se realizaria apenas parcialmente; mas se não despertasse o suficiente, aquelas cenas poderiam acontecer. Na parte superior do quadro, como que vinda do céu, uma luz branco-azulada fluía amorosamente e permeava tudo o que fora expresso com pincel e tintas. A luz estava ali, de modo incondicional, fosse qual fosse a escolha dos homens.
         No quadro via-se uma terra dividida ao meio por um rio avermelhado. De um lado, alguns homens, curvados e sem energia, não conseguiam passar para a outra margem. Do outro, as pessoas tinham porte ereto e se ocupavam de afazeres grupais, ou seja, de uma obra de salvamento. Havia fendas abertas no chão, de ambos os lados do rio. Um fumo escuro saía da terra e descia do céu. Mas a ação construtiva continuava, apesar do árido deserto em formação. O trabalho era feito em todos os níveis e era possível, para as mesmas personagens, participar de vários deles. Havia mais trabalho que pessoas disponíveis.
         Em primeiro plano, quase a margem do rio, uma figura humana, retratada de forma especial, ajudava outra que estava desfalecendo. Do conjunto emanava energia curativa, que se espargia indistintamente para todos, fosse qual fosse o destino que cada um escolhesse.”.

(TRIGUEIRINO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de junho de 2017, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de junho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MARIO VON ZUBEN, Diretor-Executivo da Andef e organizador do Fórum de Sustentabilidade e Inovação de Defensivos Vegetais, e que merece igualmente integral transcrição:

“Inovação no agronegócio
        No mês passado, o Brasil teve uma das melhores notícias dos últimos dois anos, frente a tudo o que tem acontecido na nossa economia: estima-se que o país saia da recessão em 2017, tenha crescimento de 0,5% e inflação abaixo de 4%, de acordo com projeções do Banco Central. Apesar da profunda crise política que traz um alto grau de incerteza a estas projeções, e possível afirmar que o setor do agronegócio será o salvador da pátria, mais uma vez, por representar metade da expansão do PIB neste ano. Quando dizemos “mais uma vez”, não agimos com prepotência ou arrogância, mas, sim, porque dados do último ano mostram que o setor de agropecuária –, englobando insumos, indústria e serviços dentro da cadeia, teve seu PIB 4,48% maior do que em 2015.
         Em escala mundial, a produção ainda precisa crescer para dar conta da demanda. Esse mercado em expansão é uma oportunidade de bons negócios, mas é, principalmente, um grande desafio – produzir mais sem destruir o planeta no caminho, trazendo mais inovação e sustentabilidade para o segmento.
         A sustentabilidade deve ser vista, portanto, em três dimensões: social, ambiental e econômica. Tanto quanto a necessidade por alimentos, nas últimas décadas observou-se um aumento significativo das pressões em prol de causas ambientais, em praticamente todo o mundo.
         Segundo estimativa da ONU, será necessário alimentar mais de nove bilhões de pessoas até o meio deste século. Para evitar uma crise alimentar em escala mundial, conforme estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), é necessário aumentar a produção em 70%. Neste cenário, a inovação, em conjunto com práticas sustentáveis no campo, não será apenas lucrativa, mas necessária para a prosperidade da humanidade. Para isso, a humanidade conta com a sua habilidade inventiva.
         A tecnologia empregada nos defensivos agrícolas ajudou a aumentar a produção agrícola brasileiras nas últimas décadas, mas a inovação é, por definição, dinâmica e, portanto, precisa incessantemente de pesquisas. As novas tecnologias que estão no papel, agora, farão com que o Brasil aumente ainda mais a produtividade agrícola nos próximos anos.
         O Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, usou 18,5% da produção mundial de defensivos, ou fitossanitários, em 2015. Nos últimos cinco anos, esse consumo cresceu 14%, mas, no mesmo período, a produção de grãos aumentou 40%. Sobre os defensivos agrícolas, precisamos manter a responsabilidade para com o ambiente. O produto precisa ser inofensivo, tanto para o produtor quanto para o consumidor final.
         Pequenas propriedades rurais conseguem alta produtividade, em pouco espaço, graças a um intenso esforço para desenvolver técnicas e defensivos. Quando aplicado nas lavouras de forma consciente, ao proteger de pragas, doenças e ervas daninhas, os defensivos aumentam a produção, sem necessitar ampliar a área de plantio.
         Segundo Johan Schot e Frank W. Geels (2008), da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, o desenvolvimento sustentável requer mudanças técnicas e sociais, por elas estarem profundamente relacionadas. O Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento definiu o desenvolvimento sustentável como aquele que “atende às necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”.
         No Brasil, a inclinação à inovação ainda é tímida. Uma parcela relevante da nossa competitividade internacional é fundamentada em uma produção que faz uso de recursos naturais.
         Sobre os investimentos públicos, 0,61% do PIB brasileiro são destinados ao desenvolvimento de tecnologia, número um pouco abaixo do 0,69% investido, em média, pelos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Pela iniciativa privada, a diferença entre o Brasil e outros países é ainda maior: apenas 0,55% do PIB é aplicado em pesquisa e desenvolvimento. A Coreia do Sul, por exemplo, investe 2,68%.
         Atualmente, o incentivo do governo aos investimentos para a inovação chega, principalmente, por meio de renúncia fiscal, a chamada Lei do Bem (Lei 11.196/05). No mundo, esse modelo se mostrou bem-sucedido no longo prazo.
         Apesar de a inovação ser palavra-chave do novo milênio, temos carência na produção tecnológica. É preciso compreender que ampliar a capacidade competitiva do país via investimentos em inovação acarretará em vantagens sociais e ambientais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

         

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RIQUEZA DA FORMAÇÃO INFANTIL E O SUPREMO PODER DO BEM NA SUSTENTABILIDADE

“Criança que brinca, adolescente e adulto
        Já reparou como é gostoso observar crianças brincando? Parece que o tempo não existe para elas, não é mesmo? Seus gritinhos, a facilidade como caem e levantam, a alegria com o simples abraço do coleguinha ou o encanto de um som inusitado de um pássaro que voou perto delas.
         Tudo isso nos fascina, pois, em nosso cérebro há a lembrança desse tempo em que não medíamos a vida, simplesmente a vivíamos, em que não éramos movidos por promoções ou popularidade e, sim, pelo gosto por experimentar a vida em suas cores e sabores. Ao brincar, a criança exerce sua criatividade livremente. Ela experimenta gostos, prazeres, sons, cria imagens e até com os aromas ela faz experiências que a entretêm.
         O exercício de brincar e criar, porém, não é um mero passatempo. É um dos exercícios mais importantes que fazemos na vida. Por meio dessas atividades aparentemente simples, aprendemos a inovar, a encontrar soluções, a viver novos papéis, a lidar com as frustrações, a formar laços e, com isso, áreas do nosso cérebro relacionadas à capacidade de tomar decisões, à memória, ao raciocínio lógico, à antecipação de consequências e até aquelas ligadas à empatia e à inteligência emocional são desenvolvidas.
         Uma maneira de estimular essas atividades aparentemente simples é promover a interação da criança com livros e brinquedos e/ou brincadeiras. Não por acaso, grandes empresas entendem a importância e estimulam essa ação. Um belo exemplo que concretizou estas ideias foi a Campanha Ler e Brincar, cujo objetivo é estimular a criatividade e a imaginação das crianças.
         Não seria um exagero dizer que o cérebro como um todo é aprimorado com o brincar e o criar. Infelizmente, porém, diversos fatores têm conduzido a uma redução nesta importante atividade humana. Um estudo baseado em testes da NASA nos dá números chocantes: aos 5 anos, 98% das crianças se mostram criativas. Aos 10 anos, esta porcentagem cai para 30%; acima dos 25 anos, são apenas 2% das pessoas que demonstram criatividade.
         Crianças que crescem em um ambiente que lhes permite e estimula a ser criativas podem ter uma chance muito maior de obter sucesso e até felicidade. Isso pois, quando chegarem na vida adolescente, em que terão que criar projetos de vida nas diversas áreas da sua existência, contarão com a percepção treinada e internalizada ao longo dos anos de que a distância entre seus sonhos e suas conquistas depende em boa parte de sua própria atitude.
         Na fase das paixões, das oscilações e dos impulsos, contar com um cérebro aberto ao novo, com uma atitude leve e flexível diante da vida e ter formado laços saudáveis com amigos dos mais diversos, pode ser a diferença para uma transição bem sucedida da adolescência para a vida adulta, pois na hora em que se deparar com as decepções, quando os planos infalíveis não derem certo, ou do momento que precisar ajustar seus desejos aos dados e fatos da realidade, lá estará ela: a criatividade, que é base essencial da resiliência diante da vida.
         Imagine agora, em sua mente, enquanto lê estas palavras, a imagem de pessoas empreendedoras, de gente que você admira, profissionais que foram além, criaram algo novo ou se reinventaram. Pense agora nos aplicativos que fazem a sua vida mais fácil, mais leve, melhor. Pense nas empresas, times e equipes de sucesso. Em praticamente todos estes contextos você verá adultos que têm muito daquela mesma atitude das crianças de que falamos no começo do nosso artigo. Elas mediram passos, mas não seus sonhos. Elas pensaram fora da caixa. Elas ousaram. Elas criaram, pois se permitiram brincar com as ideias e recriar a realidade. De certo modo podemos dizer que o empreendedor é aquele que “lê” a realidade por novos ângulos e “brinca” com as possibilidades, gerando prosperidade.
         Quando é que você tem dedicado algum tempo para brincar e criar com seus filhos, com seu cônjuge mesmo? Nós temos, na prática, a idade que pulsa no coração. Quantos anos você tem, de verdade?”.

(LEO FRAIMAN. Psicoterapeuta, escritor e palestrante, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de junho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Modismos e imitações
        O descompasso ético-moral que afeta fortemente a sociedade contemporânea explica também o fenômeno instigante da adoção fácil de modismos de todo tipo. Já as atitudes que merecem servir de modelo encontram resistências. Busca-se, a qualquer preço, conquistar certa “originalidade”, aceitando, sem critérios, aquilo que é exótico. Assim, as pessoas copiam gestos, atitudes e adotam traços de tribos urbanas para serem aceitas em determinados grupos. E tudo o que aparenta ser “certinho demais” é rechaçado. A simetria e o perfeccionismo são considerados obsoletos e fora de proposto. Cada vez mais, o que vale é fugir de padrões. Algo que se faz, paradoxalmente, adotando modismos.
         A imitação, considerada “careta” e fora de propósito, consolida-se, de modo contraditório, em atitudes e no uso de objetos, roupas e gírias que têm força para promover a identificação com grupos que estariam fora dos considerados “padrões convencionais”. Os modismos contribuem muito para a formação de identidades. Mais até do que princípios éticos e morais, necessários para promover o desenvolvimento qualificado da cidadania. Isso, certamente, é também uma explicação para os procedimentos e posturas condenáveis que têm minado os funcionamentos de muitos setores da sociedade.
         Esse fenômeno dos modismos tem, incontestavelmente, relação com aa emergência hegemônica da subjetividade. Cada vez mais, os entendimentos, desejos e escolhas são definidos para atender parâmetros e expectativas individuais, mesmo quando isso possa significar prejuízo para os outros. O sentido social que fez o sujeito corrigir-se e balizar suas posturas de modo a não ameaçar o bem comum, não ferir a dignidade de outras pessoas, é gradativamente relativizado.
         Assim proliferam comportamentos que alimentam o desarvorado desejo de fazer valer a própria subjetividade, mesmo que isso signifique gerar prejuízos para a coletividade. Vale tudo para conquistar a própria satisfação: princípios inegociáveis deixam de ser o ponto de partida para se alcançar metas. Fundamentos éticos e morais, quando percebidos como obstáculos na busca da satisfação pessoal, são facilmente relativizados. Desse modo, os sujeitos pautam suas escolhas e justificam atitudes alegando que têm o direito de fazer o que lhes convêm e lhes é mais prazeroso. Essa postura egoísta é camuflada em diferentes modismos que ganham espaço facilmente, talvez por sua pretensa característica de protesto, além da capacidade para alimentar o gosto pelo que desperta curiosidade, por ser inusitado.
         Esse fenômeno torna-se grave quando se considera algumas de suas consequências: o quase não percebido processo de despersonalização, a séria supervalorização de indivíduos em relação ao coletivo e a adoção inadequada de práticas que tomam lugar de valores culturais importantes para os funcionamentos da sociedade. Obviamente, modismos não são avanços nas indispensáveis atualizações exigidas pelo mundo contemporâneo.
         Mais importante do que a simples assimilação de certos padrões nos modos de ser e de agir, a partir de exacerbações da subjetividade, está a necessidade de superar preconceitos e adotar práticas muitas vezes que imitar algo, mesmo que seja bom, possa representar falta de originalidade. A subjetividade humana contemporânea se seduz muito facilmente pela presunção de ser referência única e inigualável. Por isso, muitos ridicularizam o uso de gestos e práticas, simples ou mais significativos, já vividos por outros. Classificam essa postura como “pobreza na criatividade”. Essas pessoas, normalmente, se enxergam como o ponto de referência no contexto social. Por isso, cometem um equívoco, pois imitar quem se dedica a bondade e espelhar-se nas pessoas que são referências no que fazem de importante para o desenvolvimento social são atitudes que fortalecem a cultura do bem.
         Os modismos são fugazes. Mas imitar quem se dedica às boas ações e aos valores inegociáveis é contribuir para que toda a sociedade supere situações críticas, provocadas justamente pela falta de condutas éticas. A coragem de inspirar-se em quem promove o bem pode fazer crescer o apreço por imitações que farão muitos, idealmente todos, a repetir, despretensiosamente, gestos, ações e posturas orientadas pela bondade, o que garante o crescimento humano nos trilhos da verdade e da justiça.
         Paulo apóstolo, consciente de sua tarefa e à luz da sua responsabilidade missionária, não deixou de convidar seus interlocutores a serem seus imitadores. Imitar quem faz o bem é um investimento que garantirá ao conjunto da sociedade a confecção de um novo e consistente tecido cultural, ancorado na bondade e na verdade que sustentam a justiça. Menos modismos, mais imitações de quem faz bem o bem.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 




  

sexta-feira, 23 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO HUMANO E A LUZ DA LIBERDADE E DA ALEGRIA NA SUSTENTABILIDADE

 “Patrimônio humano das corporações
        É senso comum de que o maior bem das empresas é seu contingente humano, já que as máquinas não trabalham sozinhas. As mais modestas percepções empresariais, já há muito tempo, por influências negativas, tanto na extraordinária queda da qualidade de ensino, em todos os níveis, e na moral e ética pelos desmandos políticos que contaminam a população, indicam um olhar mais cuidadoso na qualidade funcional de seus empregados. O ex-presidente francês François Miterrand disse que “nada contamina mais do que o exemplo”. O poeta e escritor português Luiz Vaz de Camões ainda foi mais longe ao falar: “O fraco rei faz fraca a forte gente”. Dessa forma, como nunca, as empresas têm que complementar a formação dos seus funcionários, seja por meio de cursos, palestras e outros recursos. A contratação, hoje, também exige análises mais cuidadosas, porque o enfraquecimento do caráter, pelos maus exemplos, é uma constatação triste.
         Planejar é, essencialmente, prever e preencher as lacunas que se apresentam e interferem no bom funcionamento da corporação, sobretudo, na produtividade. Resolver a melhoria da eficiência do quadro dos colaboradores, partindo para a guerra tirando funcionários dos concorrentes, a experiência tem mostrado que, na maioria das vezes, não é uma boa estratégia. Além da animosidade que essa circunstância cria, avilta os salários e esses novos empregados, sem amor à camisa, nem sempre oferecem o mesmo grau de comprometimento com os novos empregadores.
         Dedicar à formação, com a visão de que essa conta não é despesa e sim investimento, ainda é uma das boas saídas. Recorrer a estagiários e trainees de boas escolas pode ajudar muito, porque forma o funcionário desde o início, e revela quem tem aptidão para essa ou aquela função. Não há derrota maior para o empresário do que ver máquinas paradas por falta de operadores ou recusar trabalho por não ter gente suficiente para cumprir contratos.
         Diante dessa realidade, não é nenhum exagero imaginar que o valor de mercado de uma empresa, nos dias de hoje, deve ser examinado não só pelos números, patrimônio líquido, seu passivo, valor nominal das ações ou pela conta clientes. Seu ativo contábil, agora, deve incluir o ativo humano. A empresa que tiver pessoal especializado em toda escala funcional, melhor desempenho e mesmo valor de mercado terá, porque dispondo desses preciosos recursos, custos de produção menores e a qualidade do produto final, seja de bens ou serviços, será muito maior, além da melhor chance de cumprir compromissos e permanecer no mercado. O que se espera é que a experiência de hoje modifique as relações do capital e do trabalho e que todo planejamento contemple ações humanas multiformes, sem a arrogância das chefias em achar que só os empregados dependem da empresa.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio-diretor da Soluções em engenharia geotécnica Ltda. – Soegeo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de junho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de junho de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Santo da liberdade e da alegria
        Quem teve, como eu, a experiência de conhecer um santo sabe que certas datas têm o condão de despertar muitas lembranças e imensa saudade. Segunda-feira, 26, a Igreja celebra a festa de São Josemaria Escrivá.
         Há 43 anos, em maio e junho de 1974, São Josemaria visitou o Brasil e se apaixonou com o que viu: a diversidade de raças, o convívio aberto e fraterno, a alegria, a musicalidade da nossa gente. Apalpa-se no Brasil, dizia ele comovido, todas as combinações que o amor humano é capaz de realizar. Liberdade, tolerância e cordialidade, traços característicos de nosso modo de ser, atraíram profundamente do Opus Dei.
         A figura amável de São Josemaria e a força de sua mensagem tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Aproveitando a efeméride, quero compartilhar com você, amigo leitor, algumas ideias recorrentes na vida e nos ensinamentos de São Josemaria: seu amor à verdade e sua paixão pela liberdade. Trata-se de convicções que constituem uma pauta permanente para todos os que estamos comprometidos com a tarefa de apurar, editar, processar e transmitir informação.
         “Peço a vocês que difundam o amor ao bom jornalismo, que é aquele que não se contenta com rumores infundados, com boatos inventados por imaginações febris. Informem com fatos, com resultados, sem julgar as intenções, mantendo a legítima diversidade de opiniões, num plano equânime, sem descer ao ataque pessoal. É difícil que haja verdadeira convivência onde falta verdadeira informação; e a informação verdadeira é aquela que não tem medo à verdade e que não se deixa levar por desejos de subir, de falso prestígio ou de vantagens econômicas.” A citação, extraída de uma das entrevistas do fundador do Opus Dei à imprensa, é um estímulo ao jornalismo de qualidade.
         Sua doutrina se contrapõe a uma doença cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Impõe-se, em nome da liberdade, o que se poderia chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, têm inúmeras consequências na prática jornalística.
         A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade é um sonho romântico. Com efeito, se a verdade fosse impossível de ser alcançada, a simples apresentação das versões (ouvir o outro lado) representaria o único procedimento válido. Josemaria Escrivá rejeita essa atitude míope e empobrecedora. “Informar”, diz ele, “não é ficar a meio caminho entre a verdade e a mentira”. O bom jornalista é aquele que aprofunda, vai atrás da verdade que, como dizia o grande jornalista Claudio Abramo, frequentemente está camuflada atrás da verdade aparente. É, sobretudo, aquele que não se esconde por trás de uma neutralidade falsa e cômoda.
         Ao mesmo tempo que defende os direitos da verdade, São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade humana – particularmente da liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de sectarismo e de intolerância. E ao contemplar o dogmatismo que, tantas vezes, preside as relações humanas, manifesta uma sentida queixa: “Que coisa triste é ter mentalidade cesarista e não compreender a liberdade dos demais cidadãos, nas coisas que Deus deixou ao juízo dos homens.” Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é apenas algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado.
         São Josemaria, um santo alegre, carismático e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgia do passado. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus”. A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 




          

segunda-feira, 19 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES E OS GRAVES DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

“Sustentabilidade nas organizações
        Já faz algum tempo que a sustentabilidade vem ganhando status dentro das organizações, sendo encarada não somente como um discurso para melhorar a imagem corporativa, mas principalmente como prática de sobrevivência no mercado. Mas, afinal, qual tipo de negócio ou projeto deve praticar a sustentabilidade e quem deve incentivar o comportamento sustentável?
         Existem empresas, sobretudo as de médio e grande porte, que já assumem esse papel nos seus negócios, projetos, na gestão das pessoas, tendo em vista a busca por certificações que contribuem para ampliar sua abrangência no mercado internacional. Há outras que, engajadas pelas estratégias, reorganizam suas estruturas como foco no valor agregado que a prática da sustentabilidade proporciona, se caracterizando como empresas modelo e provocando mudanças positivas no comportamento de seus stakeholders.
         As empresas de micro e pequeno portes, porém, normalmente esbarram em questões essenciais para implantar a sustentabilidade. Em Minas Gerais, elas representam 37% do PIB mineiro, sendo responsáveis por 59% da força de trabalho e representando 48% dos salários pagos no Estado – o que equivale a cerca de R$ 2,6 bilhões na economia, conforme dados do Sebrae-Minas.
         Estas empresas são importantes para o desenvolvimento econômico do Estado e, embora a crise tenha impactado organizações de todos os portes, a responsabilidade com o desenvolvimento sustentável permanece em alta. O grande desafio é a construção de um novo pensamento, de um novo olhar e de uma forma de agir com soluções que garantam a perenidade do negócio.
         Aspectos intangíveis como os valores, a ética e a reputação intrínseca à marca, passam a se destacar nesse cenário com diferenciais para a sociedade que, cada vez mais, busca escolher produtos e serviços que possuem esses atributos. Além disso, segundo a Bovespa, investidores procuram empresas responsáveis e sustentáveis para investir seus recursos, pois consideram que a prática gera valor no longo prazo para os acionistas, já que essas empresas são mais preparadas para correr riscos do ponto de vista social, ambiental e econômico.
         Dessa forma, ser sustentável pressupõe uma relação mais profunda, que ultrapassa os aspectos técnicos. Ser sustentável é ter como objetivo o equilíbrio das ações ambientais, sociais e econômicas, levando em consideração aspectos individuais como sentimentos, visões de mundo e experiências como cultura, educação, interações sociais e comportamentos daqueles que estão à frente dos negócios, os líderes.
         No dia 27 de junho, teremos em Belo Horizonte um evento que discutirá justamente a importância das organizações estimularem o comportamento sustentável em todas as instâncias: o Workshop Comportamento Sustentável. O objetivo é propor trocas de experiências e potenciais para que empresários, líderes de projetos e gestores de pessoas atuem como facilitadores de um processo de conscientização coletiva, no qual a sustentabilidade permeie as ações com foco no desenvolvimento.
         É preciso estimular os líderes a desenvolverem atitudes sustentáveis de impacto dentro e fora das organizações, por meio de exemplos, projetos e estratégias de negócios. Se queremos mudar o rumo de nossa história, a mudança de comportamento deve ser o primeiro passo.”.

(JÚNIA F. CARVALHO. Professora de sustentabilidade e ética nos negócios, gestora de projetos da Oito e idealizadora do Workshop Comportamento Sustentável, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de junho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de junho de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, e que merece igualmente integral transcrição:

“Herança educacional perversa
        Educação é uma das mais relevantes e eficientes ferramentas para a promoção de oportunidades de ascensão social. Porém, educação não é um instrumento neutro; ao contrário, por ser tão eficaz, ela funciona, em certas circunstâncias, cumprindo também o papel oposto, ou seja, o perverso aumento das desigualdades e a cristalização da exclusão.
         Os tempos mudaram e certos conceitos ficaram para trás. Fácil perceber que os títulos de nobreza, muitos deles hereditários, têm bem menos relevância atualmente do que desfrutavam antigamente. Mais recentemente, as camadas mais esclarecidas e privilegiadas, progressivamente, percebem que há algo mais importante do que simplesmente deixar riquezas materiais aos seus herdeiros. Trata-se, principalmente, de proporcionar às crianças e aos jovens capacitação intelectual diferenciada, incluindo todas as formas de competências e habilidades, tal que lhes permitam competir em condições favoráveis quando adultos.
         Ainda que em si elogiável e coerente tal atitude, interessante observar que, em consequência, remete ao poder público e à sociedade em geral um desafio complexo e sofisticado. Aquilo que os pais decidem fazer com seus recursos, dentro dos limites apropriados, é de competência exclusiva deles e optar por investir em educação é legítimo e elogiável. No Brasil, dados disponíveis mostram claramente que a máxima correlação entre os aprovados nos vestibulares mais concorridos está associada, mais do que à renda familiar, à escolaridade dos pais. Ou seja, pais escolarizados tendem, o que é natural, a ter mais preocupação com o tema e propiciam, direta ou indiretamente, um contato doméstico com letramentos preliminares, acessos a leituras e demais suportes complementares. Ao Estado cabe decifrar o contexto e implementar políticas públicas compatíveis que viabilizem procurar igualar oportunidades.
         Na China, na província de Xangai, escolas particulares para selecionar seus alunos realizam testes com os respectivos pais e avós, fazendo dos passados educacionais e profissionais deles critérios para aceitação de seus filhos. Nas mesma medida em que a desigualdade de renda cresce, os pais da emergente classe média chinesa abandonam as escolas públicas à procura de diferenciais que permitam angariar vantagens aos seus filhos. Neste caso, educação projetada para atuar em direção à igualdade de oportunidades e aumento de mobilidade social funciona como cristalização de diferenças e, eventual, eternização de desigualdades.
         O drama maior, seja no Brasil ou na China, não é a oportunidade de boa educação aos filhos dos mais ricos ou escolarizados, mas sim a insuficiente qualidade da educação reservada aos menos favorecidos, resultando, na prática, numa gigantesca perda de talentos. Como consequência, ao desperdiçar talentos, a capacidade global da sociedade, em termos de desenvolvimento social, econômico e ambiental, é afetada negativamente. O que podemos estar aceitando é introduzir em nível cada vez mais forte de artificialidade em um processo que deveria, em princípio, ser baseado em maximizar as potencialidades de todos. Os futuros cidadãos e profissionais estariam largando de bases muito desiguais na infância, permitindo aos felizardos que, mesmo com menos talento, possam sobrepujar aos demais, eventualmente capacitados, porém, excluídos antes da partida começar.
         A nobreza perdeu privilégios, fruto das revoluções republicanas. As democracias recentes impuseram ao domínio simples do capital algumas derrotas, expressas por importantes conquistas sociais. Claramente não havia correlação direta entre nobreza e riqueza com talento, portanto, aquelas perdas foram reconhecidas como justos avanços e ganhos de produtividade. A versão contemporânea dos títulos de nobreza ou da riqueza de bens materiais é o papel reservado à escolaridade dos pais. Fenômeno este que se torna mais evidente quando a maioria deles viveu, quando jovens, em sociedades, a exemplo de Brasil e China, com relativamente baixo acesso à educação.
         O enfrentamento positivo deste tema é muito complexo e não há medida isolada que dê conta do enigma. A utilização intensa e adequada das tecnologias que as tecnologias digitais propiciam de acesso pleno, instantâneo e gratuito ao conhecimento, certamente, faz parte do conjunto de soluções. Cabe ao poder público e às demais iniciativas da sociedade, em seus planos de conjugar qualidade e quantidade, saberem decifrar este sofisticado e urgente desafio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril/2017 a ainda estratosférica marca de 422,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,3%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em maio, chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...