segunda-feira, 30 de maio de 2016

A CIDADANIA, A FORÇA DA AUTOGESTÃO DAS CRISES E A RIQUEZA DO TECIDO CULTURAL

“Hora de olhar para a crise dentro de nós
        Não precisa de habilidades mediúnicas, tampouco superpoderes, para adivinhar qual é a palavra de ordem nos tempos modernos, no Brasil e em muitas outras partes do mundo. Aqui, em terras tupiniquins, ela está presente nas manchetes dos jornais, nas conversas de corredor, nas discussões em mesas de bar e, sobretudo, na fila do supermercado. Sim, é a dita-cuja que tem tirado o sono de muita gente. Inclusive, eu.
         Nesta fase, em que as madrugadas têm me feito companhia, acabei refletindo horas a fio; e entendi que tudo que materializamos fora acaba sendo criado e potencializado dentro de nós. Cresce do mesmo modo quando adicionamos fermento à massa de pão, por exemplo. Ele se mistura quimicamente com a farinha e, em questão de minutos, multiplica-se cinco, 10 vezes em relação ao tamanho original.
         Isso é tão sério e real que acabamos por nos sentir pressionados, alimentando uma neurose coletiva, cristalizada pelo pensamento em massa. Acredite: quanto mais as pessoas – um amigo, colega de trabalho, irmão, tia, desconhecido ou você próprio – falam de crise, mais o campo energético dela se fortalece, tornando-se quase indestrutível, aos nossos olhos.
         As consequências? Nunca se usou tantos ansiolíticos e antidepressivos como nos dias atuais, no Brasil. Os consultórios psiquiátricos e psicológicos, por sua vez, estão com fila de espera por atendimento.
         A crise, de fato, está aí e não pode ser ignorada. Mas o meu convite é para aproveitarmos a oportunidade (sim, a crise pode ser uma oportunidade) e sermos capazes de olhar para a crise que habita dentro de nós, ponde em xeque as nossas crenças, verdades e, inclusive, a nossa forma de encarar o mundo à nossa volta.
         Há muitos autores, coaches e consultores propagando a ideia de que crise são, na verdade, oportunidades de crescimento e aprendizado. Realmente, se tivermos sabedoria, poderemos passar por esta e tantas outras que poderão vir, aprendendo muito mais do que julgávamos ser possível, sem estarmos presos nela, fazendo as nossas reformas mais íntimas.
         É como se estivéssemos sendo estimulados a deixar de investir energia com a crise lá fora para nos concentrarmos e despendermos atenção com a crise interna do ser humano. Em tese, supõe-se que, se cada um resolver a sua, o tal campo energético perde forças e voltamos a nos reempoderar. Faz sentido? Para mim, tem feito.
         Esta pode ser uma maneira de olhar capaz de curar-nos de nossas mazelas, autossabotagens e procrastinações, contribuindo, de quebra, para o inconsciente coletivo – o supracitado campo energético – com muito otimismo, boas energias e transformações.
         Outro dia, li que a crise realmente não existe. Que ela é inventada por um grupo de pessoas.  Um sai dizendo, que aumenta para o outro, que por sua vez segura o dinheiro. E assim, em doses homeopáticas, ela vai se consolidando e tomando cada vez mais corpo.
         Por fim, talvez uma possibilidade seja não entrarmos na sintonia da crise lá fora e cada um mergulhar na sua própria crise. A ideia é abrir a possibilidade de identificar, dentro de nós, onde residem os nossos bloqueios, para desfazê-los de vez, e podermos seguir as nossas vidas como tem que ser: felizes, abertos e rodeados de muito amor.”.

(FLÁVIO RESENDE. Jornalista, coach ontológico e palestrante motivacional, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sequelas na cultura
        A decisão de unir educação e cultura em âmbito ministerial provocou reações diversas. Esse contexto é oportunidade para uma ampla reflexão a respeito da importância do adequado tratamento da cultura, o que ultrapassa operações de crédito advindas de leis de incentivo, o suporte que se oferece para a realização de eventos, shows e projetos que contribuem para a promoção das diferentes artes. Demanda-se uma compreensão de cultura abrangente, que permita reconhecer o seu alcance no conjunto da vida de um povo. É da cultura quem nasce uma postura cidadã adequada, substrato de uma política que é praticada a partir dos parâmetros de estadistas, com a nobreza da solidariedade, permitindo superar o “loteamento” do poder, os favorecimentos que ameaçam o bem comum.
         A cultura hospeda uma essencialidade que exige a atenção de todos, pois ela contempla o que o homem faz nas muitas dinâmicas da vida, criando valores com força de impulsionar na direção das inovações, inventividade e competência. Eis o enorme desafio, que é incomparável com o labor de produzir um evento, um show, um projeto, independentemente de sua complexidade.
         A cultura revela e determina a maneira particular como vive um povo, o modo como as pessoas se relacionam com Deus, com a natureza e com os outros, tecendo um estilo de vida comum. Portanto, a cultura abrange valores que animam e fortalecem – e contra valores que desfiguram e ameaçam. Define os costumes e a convivência social, o modo de ver o mundo que influencia determinantemente os discernimentos, escolhas e juízos a respeito da realidade, dos procedimentos e dos processos em curso. As dinâmicas que dão forma à cultura constituem processo vital e permanente. Provocam transformações e cristalizações que podem impedir avanços ou garantir entendimentos lúcidos, com influências determinantes na realidade histórica e social. Investir nesses processos é, principalmente, responsabilidade de dirigentes e líderes. Constitui tarefa que ultrapassa as fronteiras do tratamento formal e conceitual do âmbito da educação, pois, entre outros aspectos, deve contemplar, por exemplo, o funcionamento das instituições, promovendo ajustes que possibilitem projetos exitosos e conquistas.
         A constituição da realidade cultural necessária para gerar respostas novas diante das necessidades do mundo contemporâneo exige lucidez e corajoso empenho de todos. Na direção oposta a esse caminho, a sociedade continuará a conviver com vícios, desvirtuamentos e estreitezas que aprisionam a cultura nos parâmetros da mediocridade. E todos continuarão a pagar um preço alto em razão dos atrasos, do comodismo e de uma compreensão com horizonte limitado, que inviabiliza o crescimento e o desenvolvimento integral. Sem a adequada reconfiguração da cultura, o povo continuará a sofrer com os descalabros institucionais, com o inadequado tratamento do é que de domínio público.
         O investimento necessário no tecido cultural supõe lucidez, ousadia e, particularmente, a coragem de atuar para além de comodidades individuais e partidárias. Certamente, qualquer instituição que sofre com atrasos, descompassos e, consequentemente, oferece à sociedade uma contribuição que está aquém de suas possibilidades encontra-se nessa situação porque é regida por um tecido cultural que assenta seus integrantes na mediocridade, na incompetência de juízos, na falta de criatividade e de inventividade. E líderes autoritários, incompetentes para o diálogo e que estão propensos à barganha são os grandes responsáveis por esse déficit. Eles geram dependências e dívidas impagáveis, imobilizam pessoas que caem na armadilha de ficar “devendo favor”. Esses líderes e esses funcionamentos medíocres estão aprisionados nos “favores” concedidos.
         Tarefa exigente, que por vezes requer corrigir décadas de atrasos sem desconsiderar os desafios próprios do atual momento, é preciso investir no tecido cultural. Assim será possível tratar as paralisadoras sequelas na cultura, estabelecendo novas dinâmicas capazes de conduzir a sociedade rumo a novos tempos, de mais justiça, solidariedade e paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 435,6% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 308,7%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  






    

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A CIDADANIA, A TRANSCENDÊNCIA DA ENERGIA INTERIOR E OS DESAFIOS DA JUVENTUDE TRABALHADORA

“Colaborando com a vida por 
meio da própria transformação
        Se uma pessoa age movida por uma energia do nível instintivo, o relacionamento com a situação na qual ela atua também será instintivo; isso vale para todos os níveis. Mesmo que em cada indivíduo exista faixas vibratórias que vão desde os níveis mais densos até o Divino, ele relaciona-se com o universo e com tudo que o cerca naquela faixa de onde o impulso partiu.
         Para que possamos colaborar com a redução do processo de conflito no planeta, cada indivíduo deve eliminar as lutas dentro de si mesmo. Para isso, suas manifestações não devem ter origem em impulsos originados nas dimensões humanas, onde a energia do caos existe. A cada instante a consciência tem oportunidade de liberar-se ou escravizar-se. Não existe momento na vida em que essa escolha não tenha que ser feita.
         Quando o impulso espiritual toca o ser, mesmo que externamente não se cumpra em toda sua plenitude, o momento de abertura, do “sim, faça-se a Tua Vontade”, sintetiza o contato com a energia de transformação para o qual o ser deveria abrir-se. Entretanto, estando a consciência encarnada, esse contato vai projetando-se e refletindo-se no corpo mental, emocional e físico, e cada um deles terá também que dizer seu “sim” para que o impulso se instale completamente.
         Diante dos impulsos que recebemos, é preciso permanecer tranquilo e saber escutar as indicações que por meio deles nos são dadas. Se a Luz ainda não pode ser vista e se ainda há pedras no caminho daquele que faz sua busca espiritual, é para que ele possa preparar-se para reconhecer o brilho que está vindo ao seu encontro, e confiar na Fonte Divina que dá origem a tudo o que existe.
         Entretanto, somos motivados a reagir diante de situações que a vida nos traz. O controle sobre as forças da autoafirmação do ego humano e sobre as reações que emergem frente ao que se opõe aos nossos conceitos é um desafio e uma chave de salvação. A recomendação é para não contribuir com espécie alguma de conflito.
         Cada reação negativa de um ser que tem consciência de planos onde a harmonia existe é como uma gota numa barragem de conflitos materiais, que se encontra prestes a romper-se na humanidade. Essas gotas carregam um volume maior do que o das geradas por indivíduos cujo grau de consciência restringe-se aos limites materiais. É necessário vigiar. Para a realização do Plano de Deus somos convidados a viver uma vida superior, elevada. Precisamos estar atentos para que as lutas não nos arrastem em suas tramas.
         O homem deve saber para onde dirigir sua vontade. Se à busca de pérolas do mundo ele dedicar sua atenção e energia, conseguirá tesouros que o mundo cobiça e o tempo destrói. Porém, tendo transcendido a busca por aquilo que perece, descobrirá que mais profundos do que as vertentes temporais são os mares da boa vontade; e quando nestes se banhar, verá que ainda mais além estão os oceanos da sabedoria.
         Quando as mãos do homem forem as mãos do Espírito, a Beleza tomará forma. Quando o falar do homem for a voz do Espírito, o Verbo se deixará conhecer. Quando o olhar do homem for a visão do Espírito, o mundo se mostrará perfeito. Quando o querer do homem for o estímulo dado pelo Espírito, a vida se realizará em plenitude. Quando o pensar do homem estiver na vontade do Espírito, Deus se manifestará.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de maio de 2016, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CLEMENTE GANZ LÚCIO, sociólogo, diretor técnico do Diese, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e do Grupo Reindustrialização, e que merece igualmente integral transcrição:

“Jovens
trabalhadores
na boa luta
         Quem entrou no mercado de trabalho depois de 2004, muito provavelmente desconhece o que é desemprego estrutural ou de longa duração, esse facão que destrói vidas, sonhos e perspectivas. Por aproximadamente uma década, a geração de empregos foi resultado de uma dinâmica econômica de crescimento em um ambiente de expectativa favorável sobre o futuro.
         Há algum tempo, a situação mudou e a crise econômica, fenômeno cíclico no capitalismo, ganhou predominância. A incerteza sobre o futuro voltou. A crise mundial é muito grave e atinge o Brasil. Porém, esta nossa crise também decorre de vários problemas internos, sobrepostos. Estamos dentro de uma grande tempestade econômica e política, que tem efeitos devastadores sobre o emprego e os salários. O que podemos dizer aos jovens é que essa grande turbulência vai passar, que sairemos dela. O que ninguém sabe dizer é quando.
         O período é de resistência à destruição que a crise provoca, acionando todos os mecanismos e instrumentos de proteção. É preciso ter claro que a prioridade é preservar os empregos, oferecer proteção aos desempregados e oportunidades rápidas de acesso à renda. Além da proteção às pessoas, essa ação deve resguardar e reanimar um vetor dinamizador da economia, que é o mercado interno, movido pela capacidade de consumo das famílias.
         Além de resistir, é preciso insistir vigorosamente na retomada do crescimento econômico, condição para a geração e sustentação dos empregos. A atividade econômica precisa ser reanimada, com as empresas decidindo produzir. Mas essa decisão só será tomada se houver confiança de que haverá consumidores internos e externos (pessoas, famílias, empresas, governos) dispostos a comprar. Sem a demanda não há produção e, muito menos, investimento para ampliar a capacidade produtiva.
         Os trabalhadores compram e consomem se tiverem, antes de tudo, emprego e salário e, nessa condição, o crédito ajuda muito para antecipar o consumo. As empresas competitivas investem na produção se souberem que concorrerão em condições equânimes, com estabilidade nas regras, infraestrutura adequada para sustentar a produção e se a demanda for efetiva no tempo. Todos apostarão no presente, se houver confiança no futuro.
         Os jovens de hoje viveram um período de expectativas favoráveis, sonharam e projetaram suas vidas, tiveram campo favorável para construí-las até aqui e contribuíram, com estudo, trabalho e consumo, para uma dinâmica favorável da economia. Agora será preciso aprender a viver em condições desfavoráveis, enfrentar novas adversidades e descobrir que a superação não ocorre de maneira solitária, mas em conjunto, unindo forças e revigorando as instituições capazes de colocar em movimento a dinâmica do crescimento.
         O sindicato é uma ferramenta de resistência e insistência na superação da crise. Descobri-lo como instrumento de luta é uma oportunidade. Fazer do sindicato um espaço para debater as saídas locais, setoriais, nacionais e internacionais para a crise é um momento raro de formação. Lutar para implementar essas medidas é aprender a construir expectativas favoráveis que levam a decisões que antecipam o futuro, fazendo do presente um momento de construção e investimento. Decidem pessoas, famílias, organizações, empresas e governos.
         A boa luta dos sindicatos inclui, além de elaborar os diagnósticos, desenvolver a capacidade de produzir e apresentar propostas – o que, como e quando fazer –, debatê-las, negociá-las, atuar para implantá-las e trabalhar para construí-las diariamente.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 435,6% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 308,7%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  





 

     

segunda-feira, 23 de maio de 2016

A CIDADANIA, AS CONQUISTAS DA PRODUTIVIDADE E O PODER DOS RAIOS LUMINOSOS DA TOCHA

“Produtividade na gestão de talentos
        Muito se tem falado sobre o período de retração da atividade econômica experimentada nos últimos dois anos no país. Nesse cenário, é fundamental que a cultura organizacional e a gestão de pessoas da empresa trabalhem de maneira conjunta, a fim de engajar os talentos na superação de cenários desafiadores e na rápida e eficiente alavancagem das operações quando essa fase passar.
         É importante que, principalmente, as lideranças da empresa se posicionem de maneira positiva e transparente com relação aos desafios e iniciativas que devem ser colocadas em prática em momento como esse. É preciso ter em mente que a crise é passageira e o estágio posterior – de retomada da atividade econômica – deve ser bem planejado. Ou seja, o pensamento a curto prazo não pode determinar os rumos do trabalho ao longo do período.
         A gestão dos talentos humanos deve ter um mix de pensamento a curto e a longo prazos e refletir sobre as necessidades da companhia. Em um momento de bonança, de crescimento econômico, às vezes ela cresce desordenadamente e acaba não se preocupando tanto com a produtividade. Em um momento de dificuldade, a empresa, então, passa a discutir mais sobre a produtividade e a performance. Essa é uma grande oportunidade para criar ou aprimorar programas que elevem o nível de engajamento dos colaboradores, a fim de eles conseguirem atingir o máximo nível de produtividade e de capacidade de inovação. Neste sentido, aplicar reconhecimentos aos esforços dos colaboradores da empresa é fundamental e pode trazer resultados muito expressivos.
         A visão de curto prazo é mais no sentido de adequar a organização ao cenário que está em volta. Mas a empresa não pode deixar de olhar para o médio e o longo prazo, pois, muitas vezes, ela “corta músculo em vez de cortar gordura”.
         Outro fator importante a ser levado em conta, principalmente, pela grande empresa, é o investimento em tecnologia, que faz com que ela esteja mais preparada para responder às necessidades dos clientes e para se reinventar, inovar. Muitas vezes, as empresas não investem em tecnologia, achando que, assim, reduzirão em muito os custos totais. Esta é uma visão “míope”, porque, em um contexto de diminuição de custos, aportar tecnologia pode deslocar os esforços de um trabalho mais operacional e adicionar mais inteligência, trazendo eficácia e eficiência.
         Falando um pouco sobre as PMEs, neste momento, para a sustentabilidade nos negócios, com um quadro de funcionários mais enxuto, a empresa de menor porte precisa estar bem próxima das pessoas ou buscar essa proximidade e ter um turnover mais reduzido. É essencial, neste sentido, trabalhar na retenção dos colaboradores, principalmente daqueles que têm maior conhecimento do negócio e reconhecer as competências individuais.
         Aos líderes corporativos, fundamentalmente aos gestores de talentos, é preciso, acima de tudo, acreditar na retomada econômica. Uma má fase é, em maior parte, passageira. As empresas que estiverem visualizando, apenas, crise e cortes como um todo, terão problemas futuros na hora de retomar aos patamares anteriores em que havia condições de crescimento mais favoráveis.”.

(MARINEIDE PERES. Diretora de talentos humanos da Algar Tech, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de maio de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Erguer outras tochas
        A passagem da tocha olímpica por diferentes cidades tem congregado multidões, uma explosão de alegria e entusiasmo. No horizonte está o acontecimento dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Um importante evento, considerada a sua força educativa, que pode contribuir para a promoção da paz entre os povos, ajudar a cultivar o sentido de disciplina que é caminho para muitas conquistas. A Olimpíada traz um conjunto de lições e a tocha olímpica é seu símbolo. Sua luminosidade, que passa pelas ruas das cidades brasileiras, atraindo a atenção da mídia e das pessoas, tem poder simbólico que indica ser urgente carregar muitas outras tochas, uma interminável lista de itens.
         É tarefa cidadã considerar essas necessidades e agir diante da urgência para se conquistar uma iluminação diferente, nova, capaz de retirar a sociedade brasileira dos lamaçais da corrupção. Essas tochas envolvem uma série de itens, possibilitando enxergar e alcançar novos ordenamentos sociais e políticos, fundamentais para uma arrancada mais rápida e consistente rumo à solução das crises que geram sofrimentos e desfiguram o tecido cultural brasileiro.
         A tocha da consciência moral deve receber investimentos, permanentemente, para evitar sua terrível degradação. O caos moral é responsável pela desarticulação das dinâmicas que sustentam o equilíbrio, a convivência, o sentido de respeito e honestidade. O tratamento inadequado dessa tocha, enfraquecida pelos relativismos ético-morais, é responsável pela violência e a indiferença. Quando falta a chama da consciência moral, a paz fica comprometida, perde-se a sensibilidade, que é fonte para um remédio indispensável: a solidariedade humana, que equilibra relações e garante sustentabilidade ao tecido da cultura.
         É preciso reacender a tocha da autoridade política, apagada pela ausência de envergadura moral na tarefa cidadã da representatividade, o que leva ao uso inadequado do poder. Acender essa tocha depende, fundamentalmente, da irrestrita consideração e respeito ao povo. A autoridade política precisa ter consciência de que a soberania é do povo, que confia o poder aos eleitos para representá-lo. Por isso, cabe aos políticos exercer seu papel seguindo orientações da lei moral. Desvirtuar essa lei significa apagar a tocha essencial para iluminar o caminho das autoridades. Na direção oposta, reluz quem promove os valores humanos e morais para além dos conchavos partidários, dos loteamentos do poder e da satisfação de interesses que ameaçam o bem comum.
         Não menos urgentes são os raios luminosos da tocha empunhada pelos construtores da sociedade civil, que precisam se deixar interpelar por um sentido mais amplo de vida. Assim, poderão, verdadeiramente, contribuir para multiplicar e tornar os bens deste mundo mais acessíveis a todos. A luz dessa tocha pode curar a cegueira que sustenta a idolatria ao dinheiro e a confiança nas ilusões produzidas pela mão invisível do mercado. Quando se conquista a luminosidade que faz enxergar de modo mais adequado a situação dos mais pobres, resultados duradouros são alcançados. Toda a sociedade precisa assumir o compromisso de agir para mudar a realidade dos que sofrem. Sem a luz da tocha da opção preferencial pelos pobres haverá comprometimentos diversos, com prejuízos para todos.
         No atual contexto, diante do entusiasmo e da significação que emanam do percurso da tocha olímpica, é oportuno listar outras muitas “chamas” que podem garantir o intocável respeito à dignidade humana e ao bem comum, para que haja a recuperação do sentido de autoridade política, adequada estruturação da economia e para que seja reconquistada a nobreza indispensável ao exercício da cidadania. Vitórias que serão alcançadas quando todos, com galhardia, disciplina e honestidade, erguerem essas muitas outras tochas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 435,6% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, com os juros do cheque especial de março em históricos 300,8%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  






  

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A CIDADANIA, A CULTURA NA CONSTRUÇÃO DA UTOPIA E A SUSTENTABILIDADE DA CASA COMUM

“O nascedouro da utopia brasileira 
está na cultura de raiz popular
        Praticamente todos os analistas da nação brasileira tinham os olhos voltados para o passado: como se formou este tipo de sociedade que temos. Foram detalhistas, mas não dirigiam os olhos para a frente.
         Todos os países que se firmaram projetaram seu sonho maior e, bem ou mal, o realizaram, às vezes como os países europeus, penalizando pela colonização outros povos na África, na América Latina e na Ásia. Geralmente, é num contexto de crise que se elabora a utopia, como forma de encontrar uma saída. Celso Furtado, que, além de renomado economista, era um agudo observador da cultura, nos diz em “Brasil: A Construção Interrompida” (1992): “Falta-nos a experiência de provas cruciais, como as que conheceram outros povos cuja sobrevivência chegou a estar ameaçada” (p.35). Não nos faltaram situações críticas que seriam as chances para elaborar nossa utopia. Mas as forças conservadoras e reacionárias “se empenharam em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação (p.35) por medo de perder seus privilégios.
         E, assim, ficamos apenas com um Brasil imaginário, gentil, forte, grande, a província mais ridente do planeta Terra. Mas fomos impedidos de construir um Brasil real que integrasse minimamente a todos, multicultural, tolerante e até místico.
         Chegou o momento em que se nos oferece o desafio de construir essa utopia. A partir de que base assumiremos essa empreitada? Deve ser a partir de algo tipicamente nosso, que tenha raízes em nossa história e represente outro software social. Esse patamar básico é nossa cultura, especialmente nossa cultura popular. O que faz o Brasil ser Brasil é a autonomia criativa da cultura de raiz popular.
         A cultura aqui é vista como um sistema de valor e de projetos de povo. A cultura se move na lógica dos fins e dos grandes símbolos e relatos que dão sentido à vida. Ela é perpassada pela razão cordial e contrasta com a lógica fria dos meios, inerentes à razão instrumental-analítica que visa à acumulação material. Esta predominou e nos fez apenas imitadores secundários dos países tecnicamente mais avançados. A cultura seguiu outra lógica, ligada à vida que vale mais que a acumulação de bens materiais.
         Nossa cultura, admirada no mundo inteiro, nos permite refundar o Brasil, o que significa “ter a vida como a coisa mais importante do sistema social. É construir uma organização social que busque e promova a felicidade, a alegria, a solidariedade, a partilha, a defesa comum, a união na necessidade, o vínculo, o compromisso com a vida de todos os seus membros, que elimine e impeça a exclusão de todos os tipos e em todos os níveis” (Luiz Gonzaga de Souza Lima, em “A Refundação do Brasil: Rumo à Sociedade Biocentrada”, 2011, p.266).
         A solução para o Brasil não se encontra na economia como o sistema dominante nos quer fazer crer, mas na vivência de seu modo de ser aberto, afetuoso, alegre, amigo da vida. A razão instrumental básica ajudou a criar uma infraestrutura básica sempre indispensável. Mas o principal foi colocar as bases para uma biocivilização que celebra a vida, que convive com a pluralidade das manifestações, dotada de incrível capacidade de integrar, de sintetizar e de criar espaços onde nos sentimos mais humanos.
         Pela cultura, não feita para o mercado, mas para ser vivida e celebrada, poderemos antecipar, pelo menos um pouco, o que poderá ser uma humanidade globalizada que sente a Terra como grande Mãe e Casa Comum. O sonho maior, nossa utopia, é a comensalidade: sentarmo-nos junto à mesa e desfrutarmos a alegria de conviver amigavelmente e de saborear os bons frutos da grande e generosa Mãe Terra.”.

(LEONARDO BOFF. Teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de maio de 2016, caderno O.PINIÃO, página 28).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DENISE HILLS, Superintendente de Sustentabilidade do Itaú Unibanco, e que merece igualmente integral transcrição:

“Além da ponta do iceberg
        Está no discurso de celebridades, é tema de uma encíclica do papa e também de jornais e conversas das famílias no almoço de domingo. A preocupação com as mudanças climáticas e seus efeitos, incluindo os impactos na economia mundial, é um assunto que, bem ou mal, interessa a todos. Tratado ainda como algo que nos afeta no futuro, distante do dia-a-dia das pessoas, o aquecimento global e seus consequências estão muito mais próximos das nossas vidas e das empresas do que se pode imaginar. As pessoas o relacionam com a chuva de hoje, o calor, ou até mesmo com o preço da comida.
         As mudanças climáticas e seus reflexos, no entanto, vão além da previsão do tempo ou do peso dos alimentos na inflação. São a pedra no sapato do mundo. Por isso o novo acordo do clima, fechado na COP 21 em Paris no fim do ano passado, foi tão comemorado. Visto como ponto de partida para a construção de uma economia de baixo carbono, mais limpa e, portanto, com menos impacto no meio ambiente, ele começou a tomar forma no final deste mês, quando foi aberto para assinaturas por parte dos países-membros da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, em Nova York.
         Além de estabelecer que o aumento da temperatura média do planeta fique abaixo dos 2ºC, o Acordo de Paris inclui a participação ativa do setor empresarial, o financiamento para implementação dos termos da transição, e os caminhos para atingir uma economia de baixo carbono por meio de novas tecnologias, energias renováveis e restauração florestal, por exemplo. E é hora de trabalhar na implementação do documento. O senso de urgência levou para mesa em Paris as lideranças de diversos setores da sociedade, empresas e governo.
         Então, a transformação vai acontecer através de ações do poder público e da indústria, especialmente as com mais altos níveis de emissões de carbono? Claro que não. Nada é simples nesta conversa. Essa é a ponta do iceberg, o primeiro passo da jornada. A responsabilidade é de todos e de cada um. Dos chamados mecanismos de transição e financiamento, a discussão que vai contribuir para que os objetivos pensados na COP 21 se viabilizem está na agenda de todos os bancos.
         Mas, o que aquecimento global tem a ver com instituições financeiras?
         Pense por um minuto em um seguro para uma casa, em um lugar onde os índices de chuva têm mudado drasticamente nos últimos anos. Ou mesmo no quanto essas questões podem mudar daqui para frente e o quanto essas mudanças são prolongadas.
         O desafio é incorporar as questões socioambientais nos modelos de crédito, investimentos e na precificação correta dos ativos, considerando sempre os impactos socioambientais positivos e negativos, e com isso, avaliar de forma responsável e real o valor e a capacidade de retorno do capital ao investidor. Muitas vezes, esse investimento pode ser um fundo de pensão, o seu fundo de pensão, por exemplo. Por isso é que muitos investimentos desse tipo seguem os Princípios de Investimentos Responsáveis, e muitos Assets também. Isso dá uma ideia mais clara de como esse tema afeta todos de forma diferente, mas compartilhada.
         Um dos principais desafios agora é pautar as decisões de médio e longo prazos. O acordo é uma espécie de manual de referência e novas diretrizes para a economia mundial. Sua contribuição é extremamente valiosa para a mobilização e direcionamento dos esforços rumo a um padrão de desenvolvimento que não comprometa a nossa viabilidade como espécie no planeta. E isso, claro, envolve governos, empresas, bancos, toda a sociedade.
         É provavelmente por isso que você também está lendo este artigo até agora. E é por isso que estamos celebrando o 22 de abril, dia em que o acordo assinado na COP 21 passou a tomar uma forma legal. É mais assunto para o almoço de domingo, mais expectativa, mais compromisso, mais gente trabalhando. Trata-se de um passo histórico na busca de uma economia de baixo carbono. E as instituições financeiras serão parte nessa transição, na medida em que traduzem esta influência na economia e nos diversos setores da sociedade. Sabemos que o caminho é longo, mas a assinatura do documento produzido em Paris representa a materialização do compromisso de diferentes atores na construção de uma nova realidade para o mundo.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 435,6% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, com os juros do cheque especial de março em históricos 300,8%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...