sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO ALTRUÍSMO NA EVOLUÇÃO HUMANA E A CHAMA DO AMOR INCONDICIONAL NA SUSTENTABILIDADE


“Brasil em chamas
        Setembro não começou bem. O incêndio do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro causou comoção mundial. Triste assistir impotente às chamas devorando o acervo. Doeu na alma.
         Como vem sendo comentado, o incêndio foi uma tragédia anunciada e motivado pela inversão de valores que acompanha a distribuição dos recursos no país. Uma perda inestimável, que deixa no coração do brasileiro mais uma triste marca.
         E este é um dos importantes motivos para nos alertar para as eleições e é na urna a única chance de mudar a política atual e mostrar nossa real desagrado. O pouco prestígio político no aniversário de 200 anos do museu reflete a situação.
         O mesmo descaso se vê na educação em estado de abandono, assim como os professores, especialmente estaduais, com salários atrasados e datas anunciadas e não respeitadas. Saúde, idem. Como pagarão suas contas? Por que o Executivo é sacrificado? Por que o Judiciário e o Legislativo ignoram a situação? Reflexo inegável dos valores da nossa cultura. Os ricos intocáveis e os pobres desvalorizados.
         É hora de escolher em quem apostar e são poucos, se é que há quem possa oferecer melhores opções no sistema político absolutamente corrompido, como se pode ver diariamente na mídia. Mas não podemos abandonar a nós próprios.
         Escolha difícil para os brasileiros perdidos diante do desanimador cenário nacional. Principalmente por que apenas pensar a coletividade tem sido insuficiente para de fato sanar as mazelas crescentes do país. É preciso fazer. Retificar posições. E depende da união de cada um entre tantos diferentes.
         Sair de uma crise requer muito trabalho. Trabalho rigoroso e honesto que bem poderia se mirar no exemplo dos japoneses. Eles não se impõem, dão preferência ao outro. As pessoas se reverenciam e só entram em uma conversa quando convidadas. Devem ser incluídas pelos outros! Menos ego, mais respeito, educação.
         Se um povo pensasse na coletividade, se as pessoas se preocupassem com seu próximo mais do que com seu próprio ego, teríamos uma realidade muito diferente. Mas é tempo de celebridades, narcisismos exacerbados em que a imagem, o dinheiro e o sucesso são valores mais almejados.
         A civilização foi uma conquista coletiva para garantir a sobrevivência visando ao bem comum e à proteção da vida frente aos perigos da natureza, entendendo que a união fez a força. Mas nos perdemos no caminho. A finalidade de nos proteger se perdeu ou se voltou contra nós, porque não soubemos administrar este poder alcançado pela ciência, tecnologia e facilidades da vida moderna.
         No entanto, não nos tornamos deuses, embora há quem se ache. Somos humanos errantes e um tanto estúpidos (sem ofensas) quando pensamos somente nas nossas garantias. Quanto maior nosso ego, menor nossa capacidade de sobreviver coletivamente, sendo esta, de fato, nossa garantia (se é que temos alguma) de nos salvar da iminente ameaça de destruição de nossa própria casa, a Terra.
         Para que a sociedade evolua é preciso abandonar os interesses individuais por meio do respeito pelo outro, pela coletividade, pela civilização, pela história do homem. É preciso educação. É preciso retomar o motivo de a termos construído, a saber, a sobrevivência. Caminho único em tempos de crise ecológica, convulsão social, moral e ética.”.

(REGINA TEIXEIRA DA COSTA, artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de setembro de 2018, caderno CULTURA, coluna EM DIA COM A PSICANÁLISE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“A vida não é amarela
        Setembro é amarelo, já a vida não pode ser confundida com qualquer cor que remeta à palidez. Ela tem a beleza das flores, a generosidade colorida que a natureza manifesta de maneira tão pródiga. A vida é para ser primavera, estação que começa justamente agora, em setembro. O colorido alegre das florações gera contraste com o “mês amarelo”, sinal de advertência para grave situação: o número de pessoas que cometem suicídio nos dias atuais. Na campanha Setembro Amarelo, igrejas, pontos turísticos, monumentos e fachadas de prédios históricos recebem iluminação em tom amarelado, também outdoors, cartazes e campanhas, com as mesmas cores, convocando a população para ajudar na prevenção ao suicídio, compromisso cidadão e humanitário.
         Popularmente é dito que “amarelar” representa omitir-se, embora seja notável a beleza da cor amarela na natureza, bandeiras e vestes. No contexto da campanha realizada no mês de setembro, o alerto é claro: a vida não pode amarelar, perder seu brilho, a sua chama. As pessoas não podem desistir de viver. Eis, pois, a urgência de um mutirão para preservar esse dom, e mudar a triste realidade revelada em estatísticas a respeito do suicídio no Brasil e no mundo. A união em defesa da vida deve contar com o empenho de segmentos importantes na sociedade, que incluem as instituições públicas e privadas, as escolas, as famílias, os amigos, os colegas de trabalho.
         Pede-se, ainda, aos meios de comunicação que invistam, cada vez mais, no processo educativo capaz de quebrar um tabu – falar sobre o suicídio. Muitos ainda acreditam que se dedicar ao tema motiva as pessoas a colocarem fim às próprias vidas. Falar sobre o suicídio e do amor ao próximo, permite agir decisivamente na prevenção desse mal. Importante, também, distanciar-se das inverdades, sobre si, sobre o outro e a respeito da vida, para enfrentar, inventiva e afetivamente, os desgastes que a sociedade contemporânea impõe a todos, com seus ritmos, dinâmicas e falta de valores essenciais ao bem comum.
         O Setembro Amarelo é, pois, convocação para um empenho educativo amplo e global, para que a vida se torne prioridade, reconhecendo-a como dom. Ora, é alarmante a estatística sobre o número de suicídios no Brasil – a cada dia, 32 pessoas colocam fim à própria vida. E a Organização Mundial da Saúde informa: nove em cada 10 suicídios poderiam ser evitados. Isso indica que todos precisam dedicar mais atenção às pessoas próximas, buscar perceber os sinais de que algo não vai bem na vida do outro. Há muitas formas de evitar o suicídio – do tratamento medicamentoso, quando médicos detectam doenças psiquiátricas, a qualificação das relações interpessoais. Importante é reconhecer o lugar central dos vínculos entre pessoas, constituídos no amor, na verdade, pela força da fé, que permite recuperar a percepção da beleza primaveril da vida. A proximidade e a atenção ao próximo são forças que mantêm acesa a chama da vida, ou reacendem o pavio que ainda fumega, sem deixar o fogo se extinguir.
         Que todos os cidadãos se dediquem a aprender modos de prevenir o suicídio, que vitima crianças, adolescentes, jovens e adultos. Urgente, também, é o investimento no cuidado com as emoções, pois doenças mentais, que se instalam a partir de componentes biológicos e ambientais, estão entre os principais fatores que levam uma pessoa a tentar pôr fim à própria vida. A ciência mostra que o suicídio não é ato primário, mas a triste conclusão de um processo que se desenvolve e etapas. É preciso vencer o despreparo institucional, empresarial, de igrejas, entidades educativas e das pessoas, de um modo geral, para que todos sejam capazes de identificar as etapas desse processo. Assim, mortes poderão ser evitadas.
         Entre as providências urgentes para reverter o quadro alarmante de suicídios na sociedade brasileira, é fundamental reconhecer a importância da espiritualidade. Não “espiritualidades sectárias”, que configuram pequenos “clubes de amigos”, mas um modo de viver a fé que permita ao indivíduo dar novo sentido à própria vida, a redescobrir o gosto de viver, mesmo diante dos sacrifícios cotidianos.
         A vida não pode ser amarelada. Deve ter o frescor e o colorido da primavera. Que cada pessoa, com a ajuda de seu semelhante, possa encantar-se com a própria existência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO NOSSO MUNDO INTERIOR E O PODER TRANSFORMADOR DO COACHING NA SUSTENTABILIDADE


“O começo da liberdade verdadeira 
começa no controlar dos sentidos
        Segundo o sábio grego, Platão, há duas doenças principais alma: uma é a loucura, a outra é a ignorância. Prazeres e dores excessivos são graves fatores de desequilíbrio. O caminho do meio é encontrado usando-se de sobriedade, discernimento e espírito de serviço. Não há outra alternativa, por enquanto, neste planeta Terra. Experimentar prazeres ou sofrimentos intensos, como experimenta a maioria dos homens de hoje, leva à loucura, com o tempo; assim terminam quase todos, após insistirem por várias encarnações em preceitos tão falsos.
         Ainda segundo Platão, há homens tido como perversos, mas que na verdade estão loucos. Como podemos perceber, nem sempre a visão interna combina com os conceitos médicos, psicológicos ou sociológicos.
         Sabe-se, que ninguém é ignorante e vicioso porque quer, ou pelos motivos que a ciência terrestre supõe conhecer. Se o homem é assim, isso acontece por disposições negativas de certos elementos materiais terrestres que entraram na sua composição na época que foi formado. Ainda segundo Platão, na vida comum de quase todos, “o homem, de fato, tem o vício como inimigo, mas o vício ocorre-lhe apesar de tudo”. Assim o eu interior pode sofrer de grandes limitações em sua atuação no mundo tridimensional por causa do consciente esquerdo, ou lado racional do homem. O intelecto humano já amadureceu o suficiente para perceber essas coisas. Assim, encontrará forças para repelir de si próprio o que achar necessário evitar.
         “Mas foi do lado de cima que o Deus construtor suspendeu nossa cabeça e deu a todo o corpo a sua posição vertical”, disse Platão. Mas o homem desde o princípio, ficou fora das leis: fez uso apenas da parte inferior do seu ser, chegando a desgastá-lo. Segundo Platão, “quando um homem cultivou em si mesmo o amor da ciência e dos pensamentos verazes, quando, de todas as suas faculdades, exerceu principalmente a capacidade de pensar nas coisas imortais e divinas, um tal homem, se vier a tocar a verdade, é sem dúvida um homem necessário que, na medida em que a natureza humana pode participar da imortalidade, dela possa usufruir inteiramente”.
         Os sentidos externos foram moldados a partir da influência de ambientes pelos quais a vida do homem foi passando durante a formação do seu ser tridimensional, parte sua que deveria viver sobre a Terra. Superficial, pois, é a capacidade de percepção desses sentidos. Todos os seus órgãos foram feitos em função de uma consciência objetiva e, portanto, precisam ser transformados e dotados de capacidade de interiorização.
         Os sentidos serão capazes de levar o homem a perceber o mundo interior, e ele, assim, passará a reconhecer a sua própria condição de espírito. Às pessoas que sabem que o espírito tem um corpo sutilíssimo deve ser dada a oportunidade de aperfeiçoamento ao máximo a percepção interna. A Entidades ou Energias pura apenas gradualmente irão se apresentando sem forma ao homem. Só abandonarão totalmente as formas quando ele deixar de alimentar expectativas. É algo evolutivo, sutilmente educativo, através do qual todo conceito criado no mundo tridimensional a respeito de Instrução cai por terra. A educação, não consiste na transmissão de conhecimentos teóricos e formais, mas numa ajuda e num estímulo para que o ser interior vá se aproximando, pela própria experiência e íntimo movimento, de realidades cada vez mais profundas.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de setembro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16) – Nota do jornal: ‘Ao falecer, no último dia 15, Trigueirinho deixou dois artigos, que estão sendo publicados por O TEMPO neste e no próximo domingo.’

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de REYNALDO BOSCHI, coach de alta performance, e que merece igualmente integral transcrição:

“O poder profissional do coaching
        Empresários, líderes, profissionais liberais e atletas que fazem a diferença em seu ramo de atuação, pela capacidade de focar e obter consistentemente resultados expressivos, já passaram ou passam pelo processo de coaching. Coaching é uma ferramenta poderosa que ajuda os profissionais a escapar das armadilhas paralisantes do mundo mental, levando-os a sair do campo das ideias e a entrarem em ação, transformando reflexões em realidade.
         Coach, termo em inglês comumente traduzido por treinador, carrega um significado bem mais profundo. Treinador, no Brasil, é uma expressão imediatamente ligada ao esporte e, no mais popular deles, o futebol, é sinônimo de técnico. No mundo corporativo e esportivo, coach significa bem mais do que apenas ensinar a aplicação de técnicas ou a transmissão de determinados conhecimentos e práticas.
         O processo de coaching trabalha em uma realidade de 360 graus, permitindo à pessoa se avaliar não mais como um ente isolado, mas como alguém capaz de enxergar suas potencialidades dentro do ambiente corporativo. Nessa abordagem, os pontos cegos podem ser facilmente identificados, evidenciando-se as mudanças individuais e coletivas que precisam ser feitas para que melhores resultados apareçam.
         Essas mudanças passam pelo aprimoramento da comunicação, de modo que os objetivos comuns se harmonizem pelo uso de uma linguagem comum. Não basta “estarem todos na mesma página”. É fundamental que os termos usados na comunicação tenham, para todos, o mesmo significado.
         No processo de coaching, o cliente é levado a fazer uma pesquisa reflexiva e ativa, de modo a descobrir os mais promissores rumos e planos de ação. As mudanças significativas precisam ser reconhecidas como tais por todos envolvidos no processo.
         Coaching é um poderoso catalisador de um novo e espetacular ciclo de crescimento pessoal na carreira e na vida de um empresário, executivo ou atleta. No processo de treinamento, são erradicadas crenças arraigadas que podem até ter sido úteis, ajudando a pessoa a chegar aonde chegou, mas, no atual momento, se tornaram barreiras, impedindo-a de avançar, inibindo a busca de soluções para o negócio e a carreira.
         Pessoas que já passaram pelo processo de coaching afirmam que é um excelente meio reflexivo, que potencializa a entrada em ação, com a busca das soluções para o alcance de resultados positivos. O trabalho não se dá por imposição e, sim, pela construção consciente de mudanças, respeitando sempre o momento de cada pessoa.
         A alta performance, o desempenho espetacular evidente é o objetivo do processo de coaching. O foco nesse objetivo e as ações para se chegar a ele tornam muito mais exequível definir e atingir metas cada vez mais ambiciosas. A tomada de decisões sob forte pressão emocional das variáveis externas e em frações de segundo é uma característica dos esportistas de alto desempenho. Para os melhores, esses momentos são normais, esperados e até desejados, pois estão mais aparelhados do que os demais para fazer a coisa certa em condições adversas. No mundo empresarial e corporativo, esse cenário é idêntico.
         Um dos diferenciais da utilização da ferramenta coaching é que os processos são de curta a média duração, possibilitando, muitas vezes, resultados visíveis como menor tempo. No mundo esportivo, a duração de um processo é abalizado pela competições e o ideal é que comece na fase inicial preparatória das mesmas.
         Coaching não é mágica e, sim, um procedimento que utiliza técnicas validadas e cientificamente comprovadas, com as quais pessoas trabalham a construção consciente de novos hábitos. Um pilar fundamental para os resultados é comprometimento com o processo. O processo de coaching é um trabalho conjunto, por meio do qual o profissional e o cliente identificam as crenças limitantes que impedem o avanço rumo às metas que se deseja atingir. No life coaching, temos atendimentos com foco em demandas de relacionamento, de demandas de como lidar com o financeiro, emagrecimento e outras.
         O executive coaching visa satisfazer demandas corporativas, que podem ser trabalhadas com profissionais escolhidos pela empresa, tanto no formato individual como em grupo. Com foco em engajamento de equipes, aumento de vendas e outras.
         O coaching esportivo vem sendo aplicado para atletas e equipes onde o foco é o controle e a inteligência emocional, trabalhando medos e ansiedades. Se encaixa, perfeitamente, dentro da equipe multidisciplinar, alinhando o potencial técnico com o equilíbrio mental.
         Seja qual for o formato mais adequado, o processo de coaching tem-se mostrado a mais eficiente ferramenta disponível para pessoas e corporações com necessidade de identificar e destruir as barreiras que as impedem de atingir seus mais ambiciosos objetivos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        



sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NO PLENO DESENVOLVIMENTO HUMANO E A FORÇA DA ECONOMIA CIVILIZADA NA SUSTENTABILIDADE


“Mudanças lentas. Transformação para sempre
        Atualmente, a diversidade e os processos de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade e na vida escolar têm sido muito discutidos. Há algum tempo, essas pessoas que “fugiam do padrão comum” viviam segregadas da vida social, eram tidas como anormais, sem nenhuma capacidade intelectual, espiritual, física ou psíquica. Preconceito e discriminação sempre fizeram, e ainda fazem, parte da vida das pessoas com deficiência. Há tempos, elas atuavam na sociedade como bufões de reis, palhaços em circo, enfim, eram motivos de chacotas e graça para os “ditos normais”.
         Infelizmente, em pleno século 21, não se pode ainda dizer que o preconceito e a discriminação não existem, pois existem sim. Talvez sejam um pouco mais sutis. A verdadeira e almejada igualdade entre todos está longe de acontecer. Mas, felizmente, existem pessoas cada vez mais preocupadas com isso, principalmente na área educacional, social, mercado de trabalho, de extrema relevância para a formação de cidadãos mais críticos, que sejam capazes de tratar as diferenças de forma natural e, por que não dizer, igual.
         Nesse contexto, surge a cultura inclusiva, para garantir que pessoas realizem seu máximo potencial por estar inteiras de corpo e alma no que fazem, independentemente de quem são. Muito além do ambiente doméstico, elas devem ter pleno acesso a oportunidades nas áreas de educação, cultura e lazer, sem falar na chance de concorrer a uma vaga de emprego em condições de igualdade com outros candidatos que tenham qualificação semelhante.
         É preciso enfatizar que a responsabilidade social das empresas em contratar e manter funcionários com deficiência não prejudica sua lucratividade. Entretanto, é importante pensar em um trabalho decente e digno. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o “trabalho deficiente” refere-se à promoção dos direitos fundamentais: o emprego e a proteção social. Temos que registrar que, entre o mercado de trabalho e a formação profissional está o mais importante de todo este contexto: o indivíduo.
         Por projeto de inclusão, subentende-se uma estratégia cuidadosamente planejada que leve em consideração todas as etapas do processo – seleção, contratação, adaptação, retenção e relacionamento profissional com seus colegas de trabalho. É, portanto, uma iniciativa de responsabilidade social, que agrega valor à imagem de uma empresa, e vai muito além do cumprimento da Lei de Cotas. Quando o processo seletivo é feito de forma profissional, essas pessoas demonstram comprometimento, foco, vontade de vencer, superação, habilidades acuradas e se desenvolvem rapidamente, mediante inclusão e integração com os demais colegas.
         E este é o objetivo do Projeto Talento Apoiado, do Instituto Mano Down. Auxiliar pessoas com deficiência intelectual a se formarem e se desenvolver para sua inserção social, através da inclusão no mercado de trabalho apoiado, que tem um planejamento individualizado e centrado na pessoa, possibilitando uma visão mais ampla das suas habilidades, identificando suas potencialidades, na busca de apoios ou tecnologias para tornar as pessoas com deficiência mais independentes.
         Há quem pense que um projeto de inclusão traz benefícios apenas para a pessoa com deficiência. Sem sombra de dúvidas, esse é um dos maiores equívocos. A partir do momento em que respeitamos, entendemos ou até mesmo nos colocamos no lugar do outro, estamos ampliando e solidificando nossos valores. Indiretamente, acabamos por nos tornar agentes da propagação desses ideais na comunidade em que vivemos, muito além dos muros da empresa. Portanto, é possível cravar, sem exagero, que todos os envolvidos saem ganhando, uma vez que, ao abraçar a diversidade e aceitar aquilo que, em princípio, é “diferente”, todos nós nos tornamos pessoas melhores.”.

(DARLENE LOBO. Gestora do Projeto Talento Apoiado, do Instituto Mano Down – Muito mais que um projeto, um propósito de inclusão social, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de FÁBIO AUGUSTO JACOB, oficial aviador da reserva da Força Aérea Brasileira, coordenador e professor da Academia de Ciências Aeronáuticas Positivo (Acap), da Universidade Positivo (UP), e que merece igualmente integral transcrição:

“Low cost na aviação brasileira
        Muito se tem falado, recentemente, sobre o custo das passagens aéreas no Brasil – e o maior questionamento é quando os preços das passagens reduzirão. Nesse contexto, a operação das empresas aéreas low cost (baixo custo) é sempre lembrada. Afinal, se em outros países existem passagens aéreas muito baratas, por que em nosso país não podemos também usufruir dessas vantagens?
         Primeiramente, tem que definir o que é uma empresa aérea low cost. O conceito foi criado a partir da busca por redução do custo de operação feito por algumas empresas aéreas, além das medidas usuais, e que propuseram cortes em serviços que tradicionalmente eram conhecidos como normais e obrigatórios nos voos.
         A primeira grande empresa a procurar esse tipo de operação foi a norte-americana Southwest, há cerca de 20 anos. Essa empresa buscou diversas medidas inéditas de economia, que depois se tornaram parte das operações hoje conhecidas como low cost. Algumas dessas medidas foram: evitar os grandes aeroportos, procurando utilizar aqueles com taxas de operação mais baixas, normalmente nas cercanias das principais cidades; padronização da frota de aeronaves, reduzindo a logística de manutenção e treinamento de tripulantes; colocação de classe única nos aviões (econômica), que permite maior quantidade de lugares a bordo; e redução, cobrança à parte ou eliminação do serviço de bordo no que se refere à alimentação.
         Outra medida, muito conhecida para nós brasileiros e autorizada recentemente pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi o pagamento pela bagagem despachada, tendo franquia apenas naquela levada na mão pelo passageiro. Mais recentemente, favorecido pelo avanço da internet e das tecnologias portáteis, foi incorporado, também, o autoatendimento como fator de economia e redução de custos, pois os próprios passageiros fazem sua reserva e o check-in, com a consequente redução do número de funcionários nessas atividades nas empresas aéreas.
         Essas e outras restrições nos serviços oferecidos pelas empresas aéreas resultaram, na Europa e nos Estados Unidos, em uma redução significativa no preço das passagens aéreas, e se tornaram conhecidas como operações low cost. Serviço especialmente interessante para os passageiros regulares e que não exigem tratamento diferenciado. As principais low cost europeias, como a Ryanair, a Airberlin e Easyjet, oferecem passagens à partir de 30 euros para voos de cerca de uma hora.
         No Brasil, no período de 2002 a 2017, houve uma expressiva redução no preço das passagens. O valor médio encontrado em 2002 foi de R4 670 e, em 2017, passou para R$ 249, descontada a inflação. É uma redução média superior a 60% no valor das passagens. Ainda assim, muito acima do valor apresentado pelas low cost estrangeiras.
         Nem mesmo a autorização da Anac para que as empresas passassem a cobrar pelas bagagens despachadas ajudou muito, ao menos até agora. Quem viaja de avião percebeu, certamente, a mudança de comportamento dos passageiros, que agora procuram levar a bagagem para dentro do avião, sem despachar, fugindo assim do pagamento da bagagem despachada.
         Esse movimento era esperado e, com ele, abriu-se a possibilidade de as empresas terem mais espaço livre nos porões dos aviões para transporte de carga, levando à possível redução no preço das passagens aéreas. De todo modo, como essas medidas são muito recentes, é cedo para que se possa avaliar os resultados. Mas, por enquanto, os indicadores não têm sido favoráveis aos passageiros.
         Diante das dificuldades das empresas nacionais, a Anac, recentemente, autorizou a low cost europeia Norwegian Air a operar voos entre o Brasil e a Europa. Além dela, ainda existem cinco low cost argentinas solicitando operar linhas entre o Brasil e nosso vizinho. Se é um modelo que se encontra globalizado, por que não temos empresas low cost voando aqui?
         A resposta indica várias causas. Seguindo as características apresentadas pelas low cost entrangeiras, observa-se que, além de operar em longas distâncias no país, não se encontram opções de aeroportos nas proximidades das principais cidades. Na realidade, há uma carência de bons aeroportos no interior do país. E esses aeroportos seriam os principais candidatos às operações, devido às baixas tarifas.
         Quanto à padronização da frota, percebe-se que já há essa padronização. Mas, para rotas mais longas, as empesas se obrigam a utilizar aeronaves maiores, saindo do critério ideal de low cost – o que vale também quanto à unificação da classe interna, que já é observada nos voos de menor duração, aumentando o número de lugares disponíveis em cada aeronave. Observa-se, também, a simplificação do serviço de bordo, sendo refeições oferecidas apenas em voos de longa duração, especialmente internacionais. Assim, como nossas empresas têm voos de curta e longa duração, fica difícil adotar operações genuínas low cost.
         Essas dificuldades explicam, ao menos em parte, por que ainda não temos verdadeiras low cost operando no Brasil. Ainda que o custo das passagens tenha se reduzido, refletindo em aumento no número de passageiros num período de médio prazo, continuamos sem este tipo de empresa operando no país. A outra parte da resposte é bem conhecida dos brasileiros: extensa tributação, taxas, tarifas, legislação restritiva e, também (por que não?), falta de infraestrutura e de incentivos para o desenvolvimento de novos destinos a preços razoáveis. Vamos acompanhar para ver como as estrangeiras se saem por aqui.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.