sexta-feira, 28 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA ESCOLA E A PEDAGOGIA DO COMBATE À CORRUPÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

“Pensar a escola
        Por muito tempo a forma de se ensinar e de se aprender foi pautada por uma relação na qual o professor era o detentor e transmissor do conhecimento, e, ao aluno, cabia ser o receptor e agente passivo desse aprendizado. Esse quadro vem se alterando e as novas relações de aprendizado receberam uma ressignificação, na qual o aluno participa como agente ativo no processo de aprendizagem, aplicando os conhecimentos adquiridos na vida real. Neste contexto, o professor, em sala de aula, promove interação, participação e motivação de seus alunos, mediando e acompanhando o desenvolvimento deles e intervindo, quando necessário. Já os alunos passam a ter autonomia para conduzir suas ações, agindo com responsabilidade e com capacidade de usar seu senso crítico na construção do conhecimento.
         A incorporação de novas tecnologias da informação e comunicação, a utilização de projetos educacionais e a forma com que alunos e professores se relacionam em sala de aula são pontos essenciais no momento de se pensar a escola.
         Os aparatos tecnológicos inseridos em sala de aula proporcionam maior participação e interação dos estudantes por meio de aulas mais dinâmicas, além de estimulá-los na busca de novas informações que contribuirão no processo de ensino e aprendizagem. Os ambientes virtuais de aprendizagem têm permitido aos estudantes a troca de informações online, a construção de textos colaborativos e o desenvolvimento de atividades individuais e coletivas.
         Projetos educacionais interdisciplinares também têm se mostrado grandes aliados no desenvolvimento cognitivo do aluno. A inserção de distintas mídias e conteúdos curriculares diversificados possibilita a potencialização do trabalho colaborativo entre os estudantes. Isso só é possível porque esses projetos permitem maior integração com os conteúdos das diversas áreas por meio da utilização de diferentes recursos midiáticos e estratégias didáticas que contribuem para o aprendizado.
         Cabe aos professores manterem uma relação harmoniosa com seus alunos, de modo a serem facilitadores e agirem como mediadores do aprendizado deles, auxiliando-os na resolução de problemas e motivando-os na construção e aplicação do conhecimento. O que os jovens de hoje esperam é que a escola crie situações de aprendizagem que sejam interessantes, motivadoras, desafiadoras, atuais e que, sobretudo, utilize dos meios tecnológicos na proposição de atividades que promovam o interesse e o desejo do aluno em buscar mais conhecimentos.”.

(JOSÉ DE PÁDUA RIBEIRO. Professor da Escola de Formação Gerencial do Sebrae Minas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de abril de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, mesma edição, caderno opinião, coluna  TENDÊNCIAS/DEBATES, página A3, de autoria de ROBERTO PORTO e ROBERTO BODINI, que são promotores de Justiça em São Paulo, integrantes do Grupo Especial de Delitos Econômicos – GEDEC, e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil e o combate à corrupção
        Em tempos de euforia diante dos avanços trazidos pela Lava Jato, cabe uma reflexão sobre o combate à corrupção no Brasil. As opiniões têm sido as mais diversas.
         De um lado, verificamos argumentos de que as operações realizadas pela equipe da Lava Jato fazem parte de um novo cenário jurídico, no qual se busca punição máxima para crimes de lesão máxima.
         Por outro lado, observamos aqueles que clamam pela ostentação dos suplícios dos investigados, em uma técnica que, segundo Michel Foucault, pode ser equiparada aos extremos de uma raiva sem lei. Estes não desejam saber da pena jurídica aplicada – reivindicam tomar parte da punição, sob a suspeita de que não se realize em toda a sua severidade. Não há dúvida de que a coexistência desses sentimentos antagônicos tem origem em algo bem diferente da prática judicial que vem sendo aplicada. Neste cenário ambíguo, a discussão deveria estar focada na ocorrência do crime de corrupção e sua causa.
         A heterogeneidade do debate demonstração/castigo passa longe da origem do problema. É certo que os castigos disciplinares possuem a função de corrigir os desvios, devendo, portanto, ser essencialmente corretivos.
         Para isso, deve o Estado, detentor da penalidade disciplinar, funcionar como parâmetro de comportamento, a partir de valores opostos definidos pela sociedade do bem e do mal, do lícito e do ilícito.
         Cabe aos órgãos públicos, em todas as esferas, ditar o padrão de comportamento a ser seguido pela sociedade, através de um sistema de aprendizado baseado na repetição da disciplina. E é aí que se encontra a origem do problema.
         O que permite ao Estado aplicar a penalidade disciplinar é a inobservância da regra, tudo o que se afasta dela, o desvio. Quando o próprio Estado não dá o exemplo, fugindo da regra por ele exigida, permite que outros assim também o façam.
         Segundo levantamento da Controladoria-Geral da União, mais de 50% dos municípios analisados quanto à implementação da Lei de Acesso à Informação tiraram nota zero. Já São Paulo, Curitiba, Brasília, João Pessoa e Recife obtiveram nota máxima em transparência.
         De acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça, o índice de condenação em casos de corrupção no Brasil é muito baixo, na faixa de 31%. O tempo médio de tramitação desses casos está acima da meta estabelecida pelo CNJ, de no máximo dois anos.
         A reversão desse preocupante quadro requer prioridade. Precisa-se, antes de tudo, reconhecer que pouco sabemos da origem do problema.
         As organizações criminosas que atuam dentro e fora do aparato governamental brasileiro são parte de um mundo em si. É fundamental conhecer de forma sistemática os diversos mecanismos que regem as relações desses criminosos.
         Assim como impedir que, uma vez presos, continuem a exercer comando dentro da organização. Sabe-se que as prisões brasileiras perderam o seu papel de aparelho transformador de indivíduos.
         Sem o controle da corrupção estatal, da má administração do dinheiro público, da inaplicação de mecanismos de transparência ativa, combater a corrupção é tarefa das mais difíceis.
         O sucesso do poder disciplinar, exercido pelo Estado, pressupõe algo aparentemente simples, básico – o cumprimento das regras por ele estabelecidas, a fim de que cada indivíduo da sociedade possa distinguir claramente as ações criminosas das ações virtuosas.
         Um Estado disciplinado é a base de um gesto eficiente. É a partir do bom exemplo que se opera a transformação dos indivíduos.
         Só assim teremos um consenso mais nítido a respeito do poder de punir e da responsabilização sistemática e enérgica dos criminosos da corrupção.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



quarta-feira, 26 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO SERVIR E A GESTÃO TRANSFORMADORA NA SUSTENTABILIDADE

“Considerações sobre serviço e sobre a rede de serviço planetária
        A Rede de Serviços é constituída de seres, consciências e energias nos vários níveis de existência, permitindo, desta forma, a realização do Plano Evolutivo na Terra. Visa elevar o mundo segundo leis da evolução superior, por isso transcende os conceitos e os padrões de conduta desta civilização. Por estar isenta de vínculos e envolvimentos com as forças degenerativas, lhe são dados os meios e a forma de executar esses serviços.
         No plano concreto, compõe-se dos que se dedicam de modo abnegado ao bem geral. Alicerça-se na lei do amor e na lei do serviço. Entre suas metas tangíveis podem-se citar: 1ª – Distribuição criteriosa de alimentos, medicamentos e roupas. 2ª – Instrução sobre primeiros socorros. 3ª – Atendimento à saúde e a situações vivenciais. 4ª – Orientação para o correto e mais completo aproveitamento de alimentos, e para o emprego dos recursos energéticos de cada região. 5ª – Pronta ação em casos de emergência e de calamidades. 6ª – Estimulação do que há de mais elevado tanto nos que prestam auxílio quanto nos que o recebem, tendo em vista que um ato de doação genuína, incondicional, transmite energias de cura. 7ª – Demonstração prática de que, pelo amor ao serviço, o necessário é suprido, mesmo em momentos de grande escassez de recursos.
         Toda a atividade da rede de serviço é gratuita e não visa à obtenção de lucros de espécie alguma. Não se vincula a instituições, doutrinas ou ideologias; inclui trabalhadores do Plano Evolutivo, independentemente de seu credo, raça ou profissão. A integração de indivíduos na rede de serviço ocorre nos níveis profundos de consciência. Vem à tona no decorrer de etapas que se sucedem espontaneamente, à proporção que eles vão-se desidentificando de aspectos psicológicos e humanos e buscam contatar a essência da vida. Cada indivíduo traz seus aspectos evolutivos em diferentes fases de maturação.
         A rede de serviço utiliza os que estão maduros, dá condições de os iniciantes aperfeiçoarem-se e ativa ao acomodados. Não espera, portanto, o indivíduo estar todo pronto para só então começar a servir, pois nunca se está nesse ponto, uma vez que a evolução é infinita. Ao participar dela, o indivíduo é estimulado a transcender o âmbito das leis “pede e te será dado” e “doa e receberás” para atingir outro, mais profundo, em que doador e receptor se dissolvem na Vida Única.
         O serviço é o meio mais seguro de elevação. Fundamenta-se no esquecimento de si, na ação abnegada. O serviço puro gera uma onda energética potente, capaz de proporcionar grandes transformações no mundo e nos seres. Fortalece os ideais elevados e o altruísmo.
         Nesta época, o serviço grupal assume relevância, pois a união de esforços cria a base onde ancoram energias suprafísicas, o que é fundamental para o transcurso da fase purificadora pela qual o planeta está passando. Na etapa preparatória para o serviço, o indivíduo submete-se a depurações, seu carma vai-se ajustando a novas conjunturas, a fim de que ultrapasse os limites da personalidade humana. Sucedem-se fases até que o seu próprio modo de ser seja transformado. Trilha caminhos mais verdadeiros com responsabilidades maiores. Sabe o que é para ser feito e dispõe-se a executá-lo sem restrições. E como verdadeiro servidor, não sente temor nem repulsa à degradação humana e material, pois seriam obstáculos para a cura que se opera através do serviço.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de abril de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de LUCIANA REZENDE ABRAM, engenheira, especialista em administração e marketing e consultora de franchising, e que merece igualmente integral transcrição:

“Transformar esperanças em resultados
        Acredito que tudo na vida é muito simples, desde que não deixemos para depois o que precisamos fazer hoje. O que deixa tudo mais difícil é o procrastinar, o deixar para amanhã, o adiar, o delongar. Essa ação, além de não resolver nada, ainda deixa as soluções mais complexas, diminuindo significativamente qualquer produtividade.
         Gosto de ter em vista três princípios relacionados com o ato de cuidar que, quando somados, levam ao aumento da produtividade: administrar, ato de cuidar das operações transformadoras; gerenciar, ato de cuidar de resultados transformadores; e liderar, ato de cuidar de pessoas, seres humanos que têm esperança de que a todo momento podem ser transformados.
         Essa ideia que a todo momento o empresário cuida de transformações e esperanças faz com que as empresas ganhem valores intangíveis que as deixam mais humanas e muito mais produtivas.
         Trabalho com produtividade e aprendi, ao longo desses 20 e poucos anos, que não existe nada mais humano do que a produtividade. Quando transformamos produção em produtividade, concretizamos, tangibilizamos nossas esperanças, somos desenvolvidos. Produzir nada mais é do que transformar algo. Ser produtivo ou ter produtividade é a produção direcionada para um resultado para a esperança concretizada.
         E, como brilhantemente explica o educador Paulo Freire e o filósofo Mário Sérgio Cortella, esperança vem do verbo esperançar, que significa sonhar, definir o que se quer e como irá alcançar. É a força que nos torna resilientes, logo o verbo esperançar é antônimo do verbo esperar e sinônimo de gestão. Se reescrevermos o significado para a linguagem gerencial, esperançar é ter objetivos, traçar metas, planejar ações e implantar.
         Às vezes, vejo times/empresas onde o artilheiro/vendedor é recordista em gols/vendas, porém o time não consegue vencer os campeonatos ou ter rentabilidade. Isso porque produzir gol ou faturamento é só uma das inúmeras operações realizadas por um ser humano, que levam primeiro para um resultado individual e depois, quando somado aos demais resultados das outras operações desenvolvidas por outros seres humanos, levam à produtividade.
Na sua empresa não é diferente: conhecer cada operação, saber o que se faz, como faz e quais resultados precisam ser atingidos é indispensável para o aumento da produtividade. Cada colaborador precisa saber exatamente o que e quanto precisa produzir e entender a importância dessa produção e as consequências dessa conquista.
Por exemplo, se em uma loja de varejo o vendedor só tiver na mente o quanto em valor financeiro deve ser suficiente para pagar as despesas, pode ser que venda muito, porém mal, dando descontos que não cobrem os compromissos da organização, muitas vezes, por exemplo, nem rentabilizando para pagar os custos do produto. As metas individuais precisam estar atreladas aos resultados da sua empresa, pois, caso contrário, a empresa para de se desenvolver e morre, ou o time não chegará nem nas semifinais dos campeonatos.
         Diariamente, a cada partida, a cada dia, questionar, entender e ajustar as táticas e ações para o alcance do resultado final é a tarefa do empresário. E, quando essa meta vem ao encontro das esperanças pessoais dos indivíduos que produzem os resultados, fazemos com que a empresa pertença também aos seus sonhos e esperanças e nesse lindo pertencimento todos ganham.
         Quando o empresário entende que a necessidade de empresariar é a esperança de todos os envolvidos, uma vez que todos buscam rentabilidade, resultados positivos e produtivos nas suas vidas, os negócios se transformam e passamos a trabalhar em equipe para a conquista de um mesmo resultado, relevante para cada um de nós, não interessando quem somos: proprietários, investidores, acionistas, executivos, gestores, colaboradores ou parceiros.
Não existe outra forma de atingir resultados que não seja com o trabalho de todos voltado para a conquista de um bem comum. Sejamos esperançosos, tenhamos sonhos para que possamos definir como iremos trabalhar para conquistá-los e, assim, nos encher de força que nos torna cada mais resilientes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro/2017 a ainda estratosférica marca de 481,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 326,96%; e já o IPCA em março, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
  


segunda-feira, 24 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E OS CLAMORES DA MÃE TERRA E AS RIQUEZAS DA PRESERVAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

 “Dia da Terra, temos o que comemorar consumindo mais?
        Parabéns, mãe Terra! Felicidade e milênios de vida!
         Vamos comemorar com um presente? Que tal um bolo? Que tal uma festa com balões, muita comida e bebida? Ou um daqueles produtos eletrônicos e bonitos, cheio de botões, embrulhado naquele papel celofane brilhante e com um plástico transparente? É assim que pensamos numa festa, certo?
         Pois é, amanhã, 22 de abril, é o dia Internacional da Mãe Terra, reconhecido pela Organização das Nações Unidas em 2009. Porém, foi criado em 1970 pelo senador norte-americano Gaylord Nelson para criar consciência sobre as questões de poluição, conservação da biodiversidade, desenvolvimento sustentável e cada dia mais pensarmos no impacto do consumo para o meio ambiente e para as questões sociais.
         Sem pensarmos nesta mãe Terra como um organismo vivo, como muitos chamam de Gaia, temos que entender que cada vez mais existe um organismo que está se multiplicando rápido demais em cima da sua “pele” e extraindo os seus minerais, usando sua água, aquecendo seu clima, derretendo os seus “pontos gelados” e tirando sua cobertura vegetal.
         Este organismo chamado ser humano possui 7,3 bilhões de representantes (em 2015) e pode chegar a 10 bilhões em 2050. O problema é exatamente o crescimento exagerado. Há 2 mil anos éramos 300 milhões, em 1800 chegamos ao primeiro bilhão, dois bilhões em 1927, três bilhões em 1959 e quatro em 1974, só para ter uma ideia de como estamos povoando rápido demais. O problema não é estarmos aqui e sim o que precisamos para estarmos aqui.
         Diziam antigamente que precisávamos de ar para respirar, água, alimento, moradia e vestimenta, segundo as necessidades fisiológicas da pirâmide de Maslow. Mas fomos subindo nesta pirâmide das necessidades, “evoluindo” segundo alguns pensadores, buscando segurança, questões sociais e psicológicas, e agora cada dia mais autorrealização. Óbvio, se pensarmos em todos os habitantes do planeta, a maioria ainda está buscando as necessidades básicas. Isso mostra o primeiro ponto de repensarmos neste dia da mãe Terra, que seus filhos estão sofrendo e sendo tratados desigualmente em suas necessidades. Acho que nenhuma mãe gosta disso!
         Outro ponto é que, para aqueles que já passaram dos pontos básicos da pirâmide de Maslow, estão buscando satisfazer a sua necessidade de autorrealização, comprando produtos e serviços que muitas vezes não precisam ou nem queriam. Pois é, estranho, não? Compram ou consomem para poder mostrar status e poder. O problema disso é que para esse produto ou serviço ser feito, utilizará “pedaços” da mãe Terra. Segundo o Global Footprint Network (GFN), uma organização de pesquisa que mede a pegada ecológica das atividades humanas do mundo, os “organismos pensantes” utilizam os recursos existentes da nossa mãe Terra que seriam para o ano inteiro em apenas 8 meses, os outros meses já seriam o “cheque especial” dos recursos. Ou seja, em função do atual ritmo de consumo, a demanda por recursos naturais excede a capacidade de reposição da mãe Terra. Sendo assim, dependendo do seu estilo de vida, precisaremos de 1,5 a 3 planetas para sustentá-los. Lembrando: temos só UM planeta!
         Ufa! Que comemoração mais triste!
         Não, a ideia é conscientizar que precisamos repensar o nosso consumo, o nosso jeito de produzir energia, de valorizar o que vale a pena para a nossa autorrealização. Entender que o consumo é necessário, porém, com menos impacto social e ambiental. Necessitamos explicar para nossas queridas marcas, produtos e serviços que a mãe Terra não vai suportar este modelo atual de captação de recursos naturais e descarte no ar e no mar. Entender que para a sobrevivência e perenidade destas empresas, os processos e mentalidade precisam mudar, e que com isso os acionistas poderão ter seus retornos mais sustentáveis do ponto de vista financeiro, ambiental e social.
         Vida longa à nossa mãe Terra que sempre nos suportou e nos ajudou a evoluir! E que agora consigamos, com esta evolução, devolver o “cheque especial” que estamos emprestando dela e harmonicamente consumir para as nossas necessidades, sejam elas quais forem.”.

(MARCUS NAKAGAWA. Professor da ESPM; sócio-diretor da iSetor; idealizador e diretor da Abraps; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de abril de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Piedade, a serra nobre
        Minas Gerais são muitas. Um axioma incontestável que registra as marcas culturais que desenham o território mineiro com singularidades, tradições, riquezas e valores diversificados do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste. Singularidades que responsabilizam a cidadania mineira na tarefa de bem administrar essas riquezas todas. Em quando se tem pouco, administrar é mais simples, mas se os bens são muitos, a exemplo do que ocorre nas diferentes culturas que tecem as muitas Minas, esse empreendimento é complexo. Exige qualificado exercício da cidadania, atenção amorosa redobrada e a competência inventiva para intervenções de maior alcance. Desconsiderar essas necessidades alimenta um risco abominável: o de negociar, a qualquer preço, as identidades culturais de Minas que podem impulsionar projetos com potencial para beneficiar toda a nação.
         Assim, deve crescer a consciência entre os mineiros a respeito do inestimável valor das muitas culturas que integram o estado. O começo de tudo é acabar com antipáticas chacotas a respeito da própria identidade. É preciso valorizar a mineiridade e entender a sua riqueza – tão importante quanto a terra e a natureza de Minas Gerais. Uma cultura sustentada pela história tricentenária deste estado, fecundada pela religiosidade e pela nobreza da fé cristã. Eivada, sobretudo, pelos personagens de destaque nos mais diferentes âmbitos – cultura, artes, educação e política. O magnífico patrimônio de Minas exige mais, muito mais, de todos. E o primeiro passo é o respeito reverente à própria memória, que integra a religiosidade, a cultua e a história.
         Por isso, a tarefa primeira de cada mineiro é enraizar-se mais no próprio chão contribuir no seu desenvolvimento integral, promovendo, assim, avanços e conquistas para todos. Esse é o único caminho que as autoridades também devem percorrer para exercer, de modo nobre, a representatividade do cidadão nas instituições todas. Olhar para si, reconhecer-se como povo que partilha rica história e cultura, reconhecer valores, é desafio dos mineiros. Oportunidade para o crescimento da consciência cidadã de pertencer a Minas Gerais e cultivar o orgulho de ser gente dessa terra. Assim, cresce a força e o destemor para defender Minas, trabalhar por seu desenvolvimento e buscar o seu progresso, com ações efetivas nos campos da infraestrutura, da educação e da preservação do seu rico patrimônio material e imaterial.
         A consciência de pertencer a Minas deve ser testemunhada por todos para gerar uma união que faça justiça ao protagonismo do estado no cenário nacional. Nesse sentido, são indispensáveis a correção de rumos, a ampliação de horizontes e o diálogo para desenvolver projetos inovadores, audaciosos. Tarefas que exigem superar a subestimação do patrimônio do povo mineiro. E no cenário rico de pluralidades culturais de riquezas naturais de Minas, há um tesouro que merece atenção redobrada: a Serra da Piedade.
         Entre as serras e as montanhas do estado, muitas danificadas pela mineração – um alerta para a necessidade de novos marcos regulatórios –, altaneira e nobre está a Serra da Piedade. Minas, “Estado Diamante”, tem muitas cadeias de montanhas que oferecem inúmeras belezas naturais, a aragem e o silêncio, características únicas que edificam identidades, moldam um jeito cativante de ser. E a Serra da Piedade abriga uma singularidade entre tantas outras: lá está o Santuário da Padroeira de Minas, um complexo paisagístico e ambiental que agrega biomas importantes – a mata atlântica, o cerrado e os campos rupestres. Guarda o tesouro de uma história – 250 anos do povo peregrinando na fé.
         Uma serra, herança mineira que todos devem sempre preservar e defender, para livrá-la das iniciativas movidas pelo lucro que cega e produz situações terríveis: as feridas no seu entorno.
         Preservar a Serra da Piedade é tarefa de cada cidadão, com o qualificado discernimento das instâncias judiciárias, a garra do Ministério Público e a inteligência de todo o mundo político. A intocabilidade da Serra da Piedade e dos seu entorno deve ser compromisso legal, bandeira e símbolo de uma cidadania mineira lúcida, capaz de respeitar o patrimônio que é de todos, sob a missão guardiã da Arquidiocese de Belo Horizonte. Eleger e selar no coração a Piedade, o que ela é, a serra nobre, eis uma questão de honra para Minas e para os mineiros.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro/2017 a ainda estratosférica marca de 481,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 326,96%; e já o IPCA em março, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 

           


          

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA GESTÃO DOS PROCESSOS E A EXIGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS

“É preciso gerenciar o desempenho dos processos
        A experiência adquirida em vários ambientes de negócios tem reforçado a nossa convicção de que a boa gestão requer, como premissa, o uso intensivo de indicadores. Sem eles, o exercício se torna uma aventura de alto risco. Com eles, tudo tende a ficar mais fácil, na medida em que os indicadores jogam luz sobre as questões com as quais lidamos e, na claridade, aumentam as nossas chances de tomar decisões mais adequadas.
         Assim é que “mediu, melhorou”. Essa assertiva, simples e vigorosa, é a percepção que vem se confirmando consistentemente ao longo do tempo, seja na vida pessoal, seja no trabalho ou nos demais relacionamentos.
         Os gestores, além de computadores, têm muitas ferramentas, extraordinárias e de baixo custo, muito embora nem sempre boa parte deles suspeitem do tesouro que têm. Entre as boas e indispensáveis ferramentas estão os indicadores (ou indicadores de desempenho), que permitem conhecer o estado atual dos objetos com que lidam (processos, produtos/serviços e projetos), naturalmente sem deixar de considerar a essencialidade de qualidade das pessoas que compõem as suas equipes. É senso comum que o exercício da (boa) gestão requer a utilização adequada de indicadores, sem os quais é até possível dirigir uma organização, mas será impossível controlá-la.
         Não dispor de indicadores adequados, como é relativamente comum em não poucas organizações, é estar despreparado para comandar equipes, programas e projetos. Saber identificar e interpretar indicadores é condição indispensável para evitar que, em qualquer tipo de atividade, os gestores corram riscos desnecessários. Quando os gestores sinceramente aplicados não dispõem de indicadores adequados, o efeito mais comum é ter percepção de que estão desesperadamente ocupados e que não há tempo para solucionar as múltiplas e inadiáveis demandas. Essa síndrome, geralmente, é resultado apenas de uma armadilha preparada por eles mesmos, em face de, por falta de referências ou medidas, serem incapazes de determinar os gargalos, separando o que é importante do que é urgente.
         Nesse contexto nebuloso, há tendência de os gestores desenvolverem a chamada “cegueira do ambiente”, condição que os torna incapazes de chegar às raízes dos problemas. Agem por impulso, tratando apenas os efeitos, não as causas dos problemas. Ora, se a causa está presente, é uma questão de tempo os mesmos problemas se repetirem, embora sejam, enganosamente, vistos como “novos”.
         Tais gestores, como de praxe, tendem a vislumbrar a primeira, mais imediata e mais enganosa solução: “Precisamos de mais gente”. Não percebem que eles mesmos são os responsáveis pela situação, que estimula e alimenta um ambiente de trabalho cada vez pior para tudo e para todos.
         O fato relevante é sabermos em que grau nós governamos a situação (processos sob controle) ou se somos governados pelos acontecimentos (processos fora de controle). Nas organizações mais competentes, provavelmente, os seus processos estarão todos sob controle. Nesse caso, estaremos vivendo sob um ambiente de planejamento consciente e, portanto, de previsibilidade dos resultados. Gerar e manter esse ambiente previsível, isto é, gerenciável, é um dos grandes objetivos da gestão organizacional.
         Quando os processos são medidos, é possível revelar informações sobre sua realidade de resultados, habilitando o gestor a tomar decisões mais apropriadas. As medidas são a fonte mais segura e insuspeita para tomar decisões consistentes. Por outro lado, o feeling e a sensibilidade são atributos de natureza essencialmente subjetiva e, portanto, de cunho meramente emocional. Sem dúvida, esses atributos são também indispensáveis para se chegar às decisões acertadas. Todavia, são as medidas que agregarão o caráter mais racional e objetivo às decisões.
         São as medidas realizadas que permitem as comparações e, em boa parte, instrumentalizam o gestor para reconhecer e atribuir aos responsáveis o mérito devido, pelo bom ou pelo mau resultado alcançado.
         Nossa torcida é para que os gestores reflitam diuturnamente sobre os benefícios de adotarem a gestão de processos, combinado com o gerenciamento de indicadores, levando em conta que “o processo de melhorias contínuas numa organização é uma corrida sem linha de chegada”.”.

(MARIA ELISA MACIEIRA. Professora do MBA em gestão de processos da FGV/Faculdade IBS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de março de 2017, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de abril de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ALEXANDRE BOSSI QUEIROZ, professor de contabilidade e finanças do Centro Universitário Uma, e que merece igualmente integral transcrição:

“Controle, corrupção e tribunais de Contas
        A Operação Lava-Jato tem mostrado à sociedade quão profundos são os esquemas de corrupção que envergonham nossa nação e consomem boa parte do dinheiro público. Até então, os principais denunciados são parlamentares e agentes políticos do Poder Executivo. Com a deflagração, pela Polícia Federal, da Operação “O Quinto do Ouro”, cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro que foram presos sob acusação de participar de um esquema de pagamento de propina oriunda de recursos desviados de contratos com órgãos públicos continuam afastados de suas atribuições. Além disso, recente decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autoriza a abertura de inquérito contra um membro do Tribunal de Contas da União.
         O Tribunal de Contas é o órgão governamental incumbido de fazer a auditoria externa das administrações públicas. A ele compete verificar se o dinheiro público está sendo aplicado com lisura e sem desvios. Em todos os estados da federação, e no Distrito Federal, o agente público responsável pelo julgamento das contas públicas são os conselheiros, também conhecidos como juízes de contas públicas. Eles têm a função de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, identificando malversações e punindo condutas ilegais ou inadequadas.
         Nos tempos atuais, em que se observa um crescente distanciamento da população pelas estruturas de governo, que gastam cada vez mais e prestam menos serviços, e em que escândalos de corrupção fazem parte de nosso cotidiano, as cortes de Contas se constituem em um importante instrumento de controle dos atos e gastos dos gestores públicos.
         No entanto, a atuação dos tribunais de Contas no Brasil tem sido falha, intempestiva e totalmente distante dos olhos da população, que clama por moralidade na gestão dos recursos públicos. Os diversos casos de desvio de dinheiro público que, com frequência, aparecem nas primeiras páginas dos jornais são prova de que os tribunais de Contas não andam exercendo, satisfatoriamente, o seu papel fiscalizador.
         O principal motivo dessa ineficácia reside na forma como são indicados os conselheiros dos tribunais de Contas. Para que o futuro conselheiro possa exercer corretamente seu papel fiscalizador e julgador, espera-se que atenda a, pelo menos, dois requisitos: imparcialidade e competência. Ser imparcial deveria ser uma condição indispensável para a sua indicação. No entanto, o que ocorre no Brasil é uma incoerência: o governador ou os deputados indicam o nome de um aliado político que analisará e votará suas próprias contas. Bastante duvidoso será o grau de independência de sua análise.
         A competência técnica é outro fator preponderante. É importante que o escolhido tenha a formação e a experiência necessárias para a função que exercerá. Afinal, o objeto de sua análise são as contas públicas e, portanto, deve ser conhecedor de temas como contabilidade pública, execução orçamentária, os passos das despesas e receitas governamentais, licitações e contratos, e avaliação da gestão patrimonial, financeira e econômica. Desta forma, escândalos como esse, envolvendo a quase totalidade dos conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, mostram que já passou da hora de repensarmos o atual modelo de constituição das nossas cortes de Contas, eliminando de vez a prática de indicar políticos para fiscalizar políticos.
         Nossa população não merece tribunais de Contas corruptos, dispendiosos e burocráticos, cuja atuação é de uma passividade preocupante diante dos diversos casos de corrupção que assolam nosso país.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro/2017 a ainda estratosférica marca de 481,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 326,96%; e já o IPCA em março, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...