quarta-feira, 31 de março de 2010

A CIDADANIA, A RAZÃO E A FÉ

“Os quadros que compõem o ritual da Semana Santa foram narrados e escritos pelos evangelistas. No decurso de vinte séculos, os textos dos Evangelhos se reproduziram em quantidade sem conta. Copiados e recopiados, guardam, todavia, fidelidade aos originais, graças ao meticuloso exame das reproduções. Naqueles documentos bíblicos está a autenticidade das celebrações da Igreja, que não se podem confundir com meras representações de efeito cênico. [...]”.
(ALUÍSIO VIEIRA CARNEIRO, em artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“A razão e a fé

O homem age no mundo usando a razão, apoiando-se na sua experiência e na tradição que recebe de sua comunidade. A razão define possibilidades e impossibilidades em função de esquemas lógicos e do acúmulo de conhecimentos sistemáticos fornecidos pela ciência.

A tradição elabora e transmite sabedoria acumulada, que é mais do que conhecimento, refletindo uma experiência de vida sedimentada ao longo de muitas gerações que se sucederam no tempo.

É nesse jogo de razão e experiência/tradição que o homem dá sentido à sua vida. Aceitar os fatos apresentados pela tradição é um ato de fé no testemunho e na vivência dos antepassados. Ato de fé que a razão molda e controla os limites de forma que a crença não vire superstição. Ter fé, antes de ser um fato religioso, é um ato corriqueiro no homem e intrínseco à sua natureza.

A ciência constata os fenômenos e a fé empresta sentido ao mundo, propiciando ao homem tomar decisões. Mas ciência e a fé são, como o homem, itinerantes. Se constroem, se refinam ao longo de sua história. Sem fé o homem ficaria totalmente imobilizado, porque tudo que ele faz, planeja e decide está na área do provável. Sem também não se praticaria a ciência, que se baseia na crença de que a natureza obedece a regularidades e responde ao raciocínio lógico/matemático.

O homem não vem pronto. Sua vida é um constante jogar de dados, em que ele cria possibilidades de ação e, a partir daí, constrói sua existência pelos caminhos dos acertos e dos erros. Por isso o homem é um ente em projeto e um permanente poder ser por toda a sua vida, até a morte.

A fé assume e reinterpreta o passado, mas também tem confiança no futuro. A razão busca o exato, o que pode ser provado. A fé intui o correto e o verdadeiro da experiência da vida, concreta e transmitida de geração em geração.

Exatidão, correção e veracidade se intercruzam na vida do homem. A experiência vivida e passada pela tradição é evocativa. Ela se coloca para ser recriada a cada geração, apontando novos sentidos para o homem. A simbologia da fé é muito mais aberta do que aquela que é normalmente usada pela ciência, porque se caracteriza por retratar um percurso de aventura, que extrapola o jogo da linguagem lógico-matemática.

A razão torna o mundo cada vez mais controlável, dentro dos limites que ela consegue demarcar. A fé é um risco que abre o mundo ao sentido, à esperança, ao transcendente. Portanto, ninguém deve se enganar, por mais que as aparências enganem, a mente do homem só se torna completa ao incorporar a razão e a fé.”

São páginas, pois, que ampliam nossa visão acerca da complexidade da existência humana e nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e mais ainda tendo como horizonte eventos de TRANSCENDENTAL importância como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 29 de março de 2010

A CIDADANIA E A FÉ INSTINTIVA NO HOMEM

“Mundo-cão

Muito se deplora em nosso país a dificuldade que “o brasileiro” tem para fazer doações em favor do bem comum. A observação se refere, naturalmente, aos cidadãos que dispõem de dinheiro suficiente para doar alguma coisa que valha a pena: se esses dão pouco ou nada, imagine-se então os que mal conseguem cuidar de si próprios. Os críticos dessa triste atitude nacional tornam-se particularmente severos quando nos comparam com os Estados Unidos. Ali sim, lembram eles, o povo tem razão de sentir orgulho de seus milionários; vivem dando fortunas a museus, universidades, bibliotecas e outras obras de grande mérito. Já aqui, ao contrário, o que se tem é três vezes nada. É o retrato perfeito daquilo que consideram a selvageria do brasileiro rico – inculto, egoísta, insensível, primitivo e incapaz de entender o conceito de espírito público. É também, segundo ouvimos com frequência, um dos motivos pelos quais este país não vai para a frente. [...]”
(J. R. GUZZO, em artigo publicado na Revista VEJA – edição 2158 – ano 43 – nº 13, de 31 de março de 2010, sob o título Mundo cão, página 142).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de AUSTREGESILO DE ATHAYDE, que merece INTEGRAL transcrição:

“Fé instintiva no homem

RIO – Comentando a ascensão de Franklin Delano Roosevelt ao governo dos Estados Unidos, na hora culminante da crise econômica gerada pelo desastre da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, um historiador lembra que ele não chegara à Casa Branca por mero acaso político e, sim, pela consciência de uma liderança que já se afiançara no governo do Estado de Nova Iorque, sobretudo no poder aliciador de sua palavra. Sua mulher, Eleanor Roosevelt, disse-me, durante os meses em que junto trabalhamos na elaboração da Carta Universal dos Direitos Humanos, que o marido fora, em dúvida, um homem providencial, concebido nos mistérios da História com os mesmos carismas de Abraão Lincoln e de Woodrow Wilson. A grande energia do seu espírito, como que se tornara mais acendrada quando vítima da paralisia, sobrepujou a deficiência física, na continuidade de uma carreira política que, pela duração do êxito, não teve similar na história norte-americana. Pela sua experiência, senso de oportunidade e agudeza da compreensão psicológica do seu povo, nenhum outro homem o superava na hora em que se apresentou para disputar o comando supremo do seu país.

Ressaltam os analistas do tempo, como o fazem ainda os historiadores, que Roosevelt possuía uma fé instintiva no homem comum, “tão profunda quanto a de Bryan, e uma fé racionalizada na democracia tão profunda quanto a de Wilson”. E, traçando rigoroso perfil desse predestinado, afirmavam que ele “era politicamente astuto, compreendia a arte da liderança e possuía a percepção para o ponto principal das grandes questões. Como Jefferson, era oportunista quanto aos meios e tenazmente firme quanto aos fins. Aceitava acordo nas questões de menor importância, mas raramente nas de importância capital e sabia que política é uma arte e uma ciência”.

Cabe relembrar aqui o famoso discurso com que tomou posse em sua cadeira presidencial. São palavras estimuladoras, contendo permanente lição. “Queremos enfrentar os dias difíceis que estão à nossa frente com a coragem da unidade nacional, com a clara consciência de buscar velhos e preciosos valores morais. Com a satisfação que provém do rigoroso cumprimento do dever por moços e velhos. Almejamos a garantia de uma via nacional farta e permanente. Não desconfiamos do futuro da democracia”. Estas palavras devem ser postas aos olhos dos governantes brasileiros, neste transe agônico que estamos vivendo. Agonia quer dizer luta corajosa, nas da confiança e da fé, sem as quais nenhum povo consciente realiza o seu destino.”

A propósito ainda do tema, se faz também IMPORTANTE e OPORTUNO o encerramento de artigo publicado no veículo ESTADO DE MINAS, idem, ibidem, de autoria de ALFEU BARBOSA, sob o título Laços fraternos, em referência à Campanha da Fraternidade daquele ano:

“Por derradeiro, proclame-se: ainda persistem no Brasil, bem expostos, ao lado da incompetência, os dois grandes males que, segundo São Francisco, afligiam o mundo cristão de seu tempo: a arrogância dos ricos e a arrogância dos doutores. Essas duas pragas, que são diferentes, destroem qualquer vinha. A mais fraterna das comunidades”.

São, pois, lições que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente ÉTICA, JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR e COMPARTILHAR de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, devendo fazer seus BENEFICIÁRIOS diretos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 26 de março de 2010

A CIDADANIA E A ROTA DA MODERNIDADE

“[...] As sociedades democráticas, baseadas na liberdade e não na unanimidade coativa, são portanto as mais conflituosas que já houve na história da humanidade. O esforço permanente tem de fazer para pensar por conta própria o que lhe convém, justificá-lo, romper com o passado ou buscar nele novas idéias, escolher o que deve ser feito e quem está mais apto a realizá-lo... que complicação! Que responsabilidade enorme! E você ouvirá lhe perguntarem: aonde nos leva tanta liberdade? Francamente, creio que só se podem pedir à política remédios políticos, e a felicidade não é um assunto político. Os governos não podem fazer ninguém feliz; basta que não façam ninguém desgraçado, o que é coisa que, em compensação, podem conseguir muito facilmente. Nos períodos de grande excitação política, como nas revoluções, as pessoas crêem que as transformações radicais não só resolverão os problemas da coletividade, como darão a cada um aquilo que ele mais deseja no fundo do coração. Como isso nunca acontece, as pessoas se “desenganam” da política e a ressaca das grandes mudanças costuma deixar marcas de descontentamento íntimo. Acho que é preciso aprender a buscar a felicidade, o que torna a vida digna de ser vivida, em coisas aparentemente menores, que pouco têm a ver com os grandes planos políticos, e menos ainda, é claro, com a riqueza ou armazenamento de posses e bugigangas. [...]”
(FERNANDO SAVATER, in Política para meu filho; tradução Eduardo Brandão. – São Paulo: Martins Fontes, 1996, páginas 187 e 188).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de março de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de ALFEU BARBOSA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Rota da modernidade

‘A tirania e a injustiça no mundo começaram por uma coisa infinitamente pequena’, ensinava o imperador Nuch-Irreuã, personagem do livro “O Jardim das Rosas”, do escritor Saadi, que viveu de 1194 a 1290. “Se o príncipe resolve tomar um ovo de alguém, os seus súditos, por trás dele, tomarão mil galinhas.Se o sultão come a romã de um jardim e não paga, os seus escravos, por trás dele, levarão a árvore”, acrescentava o rei. “As palavras movem, os exemplos arrastam”, concluía.

Desculpem os leitores (em especial os notáveis da USP e da Unicamp) se na abordagem de tema transcendental, a “modernidade”, objeto ainda agora de pomposos debates acadêmicos, iniciemos estas mal traçadas linhas de forma tão singela, sem ornatos, citando autor desconhecido, lá das Arábias, que passou a maior parte de seu tempo no distante século XIII. Saadi, se vivo, teria hoje 808 anos cravados.

Mas achamos, apenas isso, que na historieta do ovo e da romã, pensando bem, estão contidos ensinamentos indestacáveis do objetivo da modernidade que se quer no momento para o Brasil. O bom exemplo, como todos sabem, tem um fantástico poder de atração. A coerência entre a palavra e o ato, a doutrina e a vida, a teoria e a prática, exercem um papel decisivo na comunidade. Da mesma forma que a influência nefasta do mal exemplo é incalculável: espalha-se como uma reação em cadeia (“em efeito cascata”, diriam os modernos), cuja conseqüência costuma a ser até mesmo a ruína de toda uma geração.

Certo é que não se deve dizer moderno, senão com impropriedade, modernizado ou “em fase de transição para a modernidade”, um país onde os maus exemplos partem de quem deve lições de bom comportamento: um pai, um mestre, um governante.

Pois bem, se é verdade, como se divulga, que os maiores inadimplentes da Previdência Social brasileira são as estatais, os municípios e os Estados, o governo já pode serenamente dar o primeiro passo no caminho da modernidade simplesmente determinando que todos saldem logo, de imediato, os seus débitos. O passo seguinte seria verificar se alguém, em algum momento, cometeu o chamado crime de apropriação indébita, caracterizado pelo ato grotesco de passar a mão nas contribuições dos empregados sem recolhê-las depois aos cofres da Previdência.

Por derradeiro, seria bom parar com essa mania feia de tomar coercitivamente o dinheiro dos contribuintes sob a promessa de uma restituição que sabem ser impossível, até mesmo por questão de operacionalidade para usar uma palavra mais ao gosto dos modernólogos. Vide FNT, imposto sobre combustíveis e outras maracutaias de Terceiro Mundo.

Um príncipe que se queira respeitado, diria o sábio imperador Nuch-Irreuã, não pode falar mentira, nem tirar um grão de arroz de seus súditos sem antes pagar. Se o fizer, os seus assessores, por trás dele, vão mentir também, vão querer levar todo o arrozal, o que, convenhamos, afronta todos os conceitos de modernidade. Os exemplos arrastam, as palavras movem...”.

Vale a pena repetir e grifar: “...NÃO PODE FALAR MENTIRA, NEM TIRAR UM GRÃO DE ARROZ DE SEUS SÚDITOS SEM ANTES PAGAR...”

E quando sabemos que a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO e o DESPERDÍCIO tiram BILHÕES e BILHÕES de REAIS do POVO BRASILEIRO a cada ano, mais e mais a NECESSIDADE e URGÊNCIA dessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, HONRADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e que entre efetivamente na ROTA DA MODERNIDADE, num mundo GLOBALIZADO, das NOVAS TECNOLOGIAS, do CONHECIMENTO, da VERDADE, da INFORMAÇÃO e da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 24 de março de 2010

A CIDADANIA, AS UTOPIAS E POSSIBILIDADES

“A SINERGIA ESTADO-MERCADO-SOCIEDADE CIVIL

‘Uma plataforma desse tipo não poderá ser viabilizada somente pelo Estado, nem se consumará se ficar apenas ao sabor do Mercado. Ela requer uma sinergia entre os esforços do Estado e do Mercado, a qual, entretanto, jamais será obtida sem a mediação e a participação da Sociedade Civil, como um novo lugar de geração de políticas públicas e como um novo âmbito de atores capazes de se associarem à implementação dessas políticas’

160. As realidades brasileira e mundial estão mostrando, à farta, que o Estado é tão necessário quanto insuficiente; quer dizer, que o Estado, sozinho, não basta. É preciso que os entes e os processos empresariais sejam igualmente atualizados, reestruturados, aumentando sua eficiência para atingir um grau satisfatório de inserção competitiva na nova ordem mundial e para assumir um novo papel nos processos nacional, regional e local de desenvolvimento, inclusive um papel social.”
(UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL – Fórum Brasil Século XXI; Instituto de Política. – Brasília, 1998, páginas 117 e 118).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FÁBIO CALDEIRA CASTRO SILVA, Advogado, mestre em ciência política, doutor em direito UFMG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Utopias e possibilidades

É possível imaginarmos um país chamado Brasil em que os políticos sobrepõem o interesse público ao pessoal? Assim, será possível perceber de maneira concreta, e não por meio de propagandas e discursos oficiais, a diminuição da pobreza de forma radical, deixando o país o vergonhoso posto de mais desigual do planeta. É possível uma convivência respeitosa e séria entre governo e oposição, em que a preocupação principal seja a busca do bem comum, e não o famoso “jogar para a plateia” ? É um tremendo absurdo o fato de os atores políticos enxergarem a população simplesmente como eleitores e não como cidadãos detentores de direitos e deveres. Esses têm uma relação dupla com o poder público: clientes, na condição de destinatários das políticas públicas e verdadeiros patrões, pois mediante uma brutal carga tributária, uma vultosa receita é recolhida para, entre outros fins, pagar os salários de vereadores, deputados, senadores e chefes dos poderes executivos dos três níveis.

É possível acreditar no absoluto cumprimento aos princípios constitucionais da legalidade, da moralidade, da impessoalidade e da razoabilidade em todos os processos licitatórios realizados pelo poder público dos três níveis da Federação? É incrível como a corrupção drena os recursos públicos dos seus verdadeiros fins, sejam na construção de uma ponte, de uma estrada, de uma hidrelétrica, sejam mesmo daqueles destinados à educação e à saúde. É possível conduzirmos nossas ações do dia a dia respeitando sobremaneira o meio ambiente, direcionando a uma melhor qualidade de vida atual e das próximas gerações? A percepção é clara que os brutais crimes ambientais cometidos tanto pelos governos, tanto pelas grandes corporações, aliados às ações dos indivíduos, têm proporcionado uma acentuada queda na qualidade de vida de todos. A busca de mais lucros e ganhos tem posto as questões ambientais em plano inferior de onde realmente deveriam estar.

É possível uma sociedade em que os cidadãos, na condição de consumidores, antes de comprar os produtos, refletirem sobre em que lugares estão gerando empregos e se direitos trabalhistas são respeitados? É de extrema relevância o desenvolvimento local, principalmente no caso do Brasil, país de dimensões continentais, organizado na forma de Federação, com seus mais de 5,5 mil municípios. É possível um país sem discriminações, seja por raça, credo religioso ou por classe social? Mais do que oportuno, os ensinamentos de Rui Barbosa, acerca do princípio da igualdade: “A regra da igualdade não consiste senão em aquinhoar desigualmente aos desiguais, à medida que se desigualam. Nessa desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade.” É possível vermos nossas crianças tendo garantidos os mais elementares direitos, como saúde, educação de qualidade, lazer, ou seja, uma infância plena, dando suporte a condições para uma cidadania ampla e um futuro promissor, longe das drogas e da marginalidade, que destroem famílias e semeiam discórdias? O mesmo para nossos idosos: uma vida digna, podendo usufruir de um merecido lazer e descanso, com uma justa aposentadoria, depois de um longo tempo de labor e das devidas responsabilidades familiares? Os dados são explícitos, os brasileiros vivem cada vez mais. Destarte, cada vez mais o poder público tem que se preocupar com esse importante estrato da população.

Nesses termos, não a título de conclusão, mas como início de reflexões e de uma nova forma de enxergar nosso país e de darmos nossa contribuição como sujeitos ativos para uma nação mais justa e fraterna, revigorando o ânimo e a disposição, uma lição primorosa do escritor uruguaio Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho 10 passos e o horizonte corre 10 passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.””

Eis, pois, mais lições que demonstram o AMOR À PÁTRIA que nos MOTIVA e nos FORTALECE nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, EDUCADA, FRATERNA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, e principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, fazer BENEFICIARIOS efetivos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, abrindo assim mão do vergonhoso posto de CAMPEÃO das desigualdades sociais e econômicas.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 22 de março de 2010

DE CIDADANIA, FICHAS E CONDUTAS...



“[...] Nas descrições de sociedades ideais, que em todos os tempos foram propostas e repropostas com intenção de antecipar os temos, são habitualmente anunciadas e descritas, de um lado, mirabolantes invenções de instrumentos ou máquinas destinadas a melhorar a vida do homem; de outro lado, radicais reformas sociais e novas instalações que deveriam tornar a vida humana mais livre, justa, mais feliz. Nos sucessivos séculos, as primeiras, como o vôo humano, a navegação abaixo do nível do mar, até mesmo a viagem à Lua, foram realizadas para além das mais ousadas expectativas. Mas as sociedades livres, justas e felizes nunca foram realizadas e, a julgar por aquilo que acontece a cada dia diante dos nossos olhos, a sua realização está mais distante do que nunca.”
(NORBERTO BOBBIO, in Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos; organizado por Michelangelo Bovero; tradução Daniela Beccaccia Versiani. – Rio de Janeiro: Campus, 2000, página 678).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Fichas e condutas

Era uma vez... Essa forma técnica, introdutória do gênero literário de contar histórias, que remete ao passado glorioso e edificante de famílias, grupos e instituições, tem caído em desuso. É lamentável e preocupante, porque a razão disso é a escassez da honradez assumida como o tesouro maior da conduta de todo cidadão. O tempo vai passando e tornando distantes as referências daqueles depositários de credibilidade , merecedores de confiança e dignos da condição assumida por compromisso profissional, tarefa política e por razão cidadã. Esse quadro é preocupante. Desacostuma a consciência dos indivíduos em relação à dignidade, a fidelidade à palavra dada e a capacidade de não negociar a verdade e pôr acima de tudo o bem comum.

As nefastas conseqüências desses desdobramentos determinam a necessidade, em se tratando especificamente do mundo da política, de configurar as fichas dos cidadãos para distinguir quem é ficha limpa de quem é ficha suja. A honradez da cidadania, se vivida e assumida como resultado de educação familiar recebida e de formação consolidada nas instituições, dispensaria essa distinção. Quando o Projeto de Lei de Iniciativa Popular Ficha Limpa adentra o Parlamento com mais de 1,5 milhão de assinaturas, pedindo a legislação da matéria, e a sociedade gritando como denúncia, o esvaziamento e a desqualificação comum das condutas. Nos tempos de antanho, embora existissem os que agiam e viviam na contramão dessa honradez, ainda não se exigiam leis para pôr esse divisor entre cidadãos ficha limpa e suja, pretendentes ao exercício de cargos públicos e de funções representativas do povo.

É grave a desconsideração por essa honradez. É tão grave que o imperativo de legislar o assunto não deixa de ter quem o considere inconstitucional, e não consegue ver a premência de balizamentos que defendem o povo no seu direito de ter governantes honestos e probos. Assim, não se reconhece a urgência de introduzir normativas com força educativa para recriar, na consciência de cada um, o fluxo inteligente que mostra a inadiável necessidade de mudanças na própria conduta. Do contrário, a política se tornará fonte permanente de crise desestabilizadora, objeto de insatisfação e descrença geral. A credibilidade na política é insubstituível e a conduta cidadão, isto é, ficha limpa, é seu sustentáculo.

O apoio ao Projeto Ficha Limpa é comprovação do desejo de uma intervenção imediata para não deixar que a política seja entendida, menos ainda vivida, como coisa suja. A sujeira da política é a fonte responsável por essa crise sistêmica que se abate sobre os destinos da sociedade contemporânea. A crise e suas conseqüências são tão corrosivas e sérias que urgem a coragem de uma apurada reforma política. A Igreja Católica – sempre iluminada pelo evangelho, cujo núcleo central é a conversão, com intervenções radicais na mudança da própria conduta por esforço pessoal e por graça de Deus – torna-se porta-voz na sociedade brasileira da necessidade de se proceder uma reforma política profunda. Não é tão fácil assumir esse caminho revolucionário porque os interesses partidários são muitos, são condutas comprometidas emoldurando procedimentos políticos e, particularmente, a ganância por dinheiro e vantagens outras. A coragem de encaminhar a aprovação da Lei de Iniciativa Popular Ficha Limpa se torna agora, nesse contexto, um gesto político corajoso e audaz da maior importância. Uma expectativa que é direito de todos os eleitores, que voltam o olhar para o comportamento daqueles que foram por eles eleitos e que, agora, retornam ao cenário para sufragar seus nomes.

A reforma política se torna exigente porque deve tocar o Estado na sua estrutura organizacional e na concepção dos seus funcionamentos. Mas, de modo especial, a reforma inclui o capítulo central das mudanças que dizem respeito à conduta dos cidadãos que põem seus nomes nas listas de candidaturas. A nebulosidade das intenções, as confusões nos entendimentos políticos de tantos e as razões advogadas pelos que se consideram os iluminados e salvadores da pátria demonstram mesmo que é hora de avaliar suas fichas. Esses e outros procedimentos reformatórios são indicações e sinal de esperança quanto à urgência de se entender que a comunidade política é constituída para estar a serviço da sociedade da qual deriva. Essa é a honradez, a jóia maior que todos os cidadãos precisam ter e venerar com amor.”

Eis, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa URGENTE e INADIÁVEL e efetiva CRUZADA NACIONAL, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências de uma NOVA ERA, da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO e da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 17 de março de 2010

A CIDADANIA E O CONHECIMENTO NECESSÁRIO

“[...] A visão expandida do papel da educação, formulada no início dos anos 1990 pela iniciativa Educação para Todos, é ainda uma excelente formulação a respeito do que devemos almejar para o futuro, em contraste com os sistemas escolares tradicionais que ainda predominam. Estudantes diferentes – diferentes idades, culturas e condições econômicas – requisitarão diferentes tipos de escola e ambientes de aprendizagem, e diferentes sociedades, comunidades e instituições educacionais buscarão implementar seus modelos a respeito de como crêem que as escolas deveriam ser. Se a economia não consegue proporcionar aos jovens os valores e os modelos de vida que necessitam, se os governos não conseguem reunir os recursos materiais e imateriais para apoiar a educação, então é improvável que as escolas, por si mesmas, sejam capazes de substituir a todos. Mas as escolas não desaparecerão, os jovens continuarão a passar a maior parte de seus dias entre suas paredes, e os professores continuarão a ser o principal vínculo entre os estudantes e o mundo maior. Tudo que possamos fazer para melhorar as escolas, e fortalecer a competência e o compromisso dos professores com seu trabalho, valerá o esforço despendido.”
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA POBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, páginas 172 e 173).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de EDUARDO POCETTI, Auditor, que merece INTEGRAL transcrição:

“Conhecimento necessário

Foi amplamente noticiado o fato de o Brasil não ter alcançado as metas traçadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no tocante à educação. Ficamos aquém dos nossos objetivos em qualidade de ensino, erradicação do analfabetismo e diminuição da repetência e da evasão escolar. Nessas horas, procede-se a uma espécie de caça às bruxas. Pedagogos, secretários de Educação dos municípios e dos estados, professores, empresários são instados a se manifestar sobre o problema, a apontar culpados e sugerir soluções. Não sou da área da educação, por isso não vou me aventurar a discutir esses aspectos. Porém, considero fundamental salientar que essa dificuldade em suprir lacunas na educação vem impactando diretamente a vida do país.

O Brasil tem plenas condições de se tornar uma das maiores economias do mundo em menos de quatro décadas. Mas, para chegar a esse patamar, vai depender basicamente da produtividade da sua força de trabalho. Hoje, é comum os empresários se queixarem da falta de mão de obra qualificada. Há um verdadeiro “apagão” de engenheiros, geólogos, estatísticos e outros profissionais com alta especialização, sobretudo na área de exatas, para atender às necessidades do país. Essa deficiência afeta justamente as áreas em que nós temos mais potencial para crescer, tais como a construção civil, a exploração de minérios e hidrocarbonetos e o agronegócio com viés autossustentável.

Além de faltar profissionais, muitos daqueles que já são diplomados têm uma preparação insuficiente para as necessidades do mundo dinâmico e globalizado no qual estamos inseridos. No Brasil, a média de tempo de estudo da população economicamente ativa é de apenas 3,5 anos, contra 10 na China, 11 anos no Japão e 12 nos Estados Unidos. Como resultado dessa falta de qualificação, metade dos brasileiros trabalha na informalidade, dos quais 20% recebem menos de um salário mínimo por mês e mais de 50% cumprem jornada integral de trabalho.

Não basta que as pessoas obtenham certificados. É preciso que seu conhecimento seja compatível com os padrões internacionais de qualidade e desempenho. Se há 20 anos o fato de uma pessoa saber escrever o próprio nome bastava para classificá-la como “alfabetizada”, hoje ela só será considerada não analfabeta se for capaz de ler e entender um manual de instruções e de produzir textos coerentes. Essa elevação do patamar de exigência se replica, de forma proporcionalmente igual, em todas as outras esferas de formação e conhecimento.

É indispensável fortalecer a base, para que a educação se construa sobre alicerces sólidos. É no ciclo básico e no ensino médio que se estrutura o profissional apto e competente para dar conta dos desafios futuros. A matemática dos bancos de colégio é o ponto de partida para a formação de um grande físico, geólogo, programador, engenheiro etc. E a pedagogia moderna deve valer-se de seus instrumentos para ajudar a formar pessoas curiosas, criativas e abertas ao aprendizado constante. Somente assim teremos como acompanhar as novas tecnologias e, quem sabe um dia, nos antecipar a elas.”

E mais ainda, quando evocamos a advertência de ALVIN TOFFLER: “Os analfabetos do século XXI serão todos aqueles que não desenvolverem a capacidade de aprender, desaprender e reaprender.”

São mais páginas que nos MOTIVAM e nosFORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a EDUCAÇÃO, CIDADANIA E QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, inserindo o PAÍS definitivamente no século das NOVAS TECNOLOGIAS, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, da GLOBALIZAÇÃO e, como queremos, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 15 de março de 2010

A CIDADANIA FORTALECE A OPINIÃO PÚBLICA

"[...] Acesso a conhecimentos e informações

A questão do acesso a informações não é debate abstrato; é uma ferramenta essencial da cidadania. O conhecimento amplia horizontes, permite que pessoas façam opções bem fundamentadas e fortaleçam sua capacidade de exigir direitos. Garantir o acesso a conhecimentos e informações é absolutamente essencial para que pessoas em situação de pobreza superem as desigualdades em termos de poder e participação que aprofundam a desigualdade em todo o mundo. Em âmbito nacional, a capacidade de absorver, adaptar e gerar conhecimentos e transformá-los em tecnologia determina, cada vez mais, as perspectivas de uma economia.”
(DUNCAN GREEN, in DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, páginas 56/57).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de Dom WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Opinião pública

A opinião pública é um gigante. Mesmo estando, muitas vezes, adormecido, é de uma força inestimável. Os meios de comunicação tem um força que é poder e, ao contracenar e lutar com a opinião pública, é preciso refletir sobre os ganhos ou prejuízos para a indispensável consciência social e política que deve presidir a vivência de toda cidadania. Na verdade, a opinião pública é que é o verdadeiro poder. O poder da mídia é compreensível enquanto serviço educativo prestado à opinião pública, porém, esta é que tem a prerrogativa de discernir, decidir, escolher.

Não raramente o poder dos meios de comunicação se arvoram em força de dominação da opinião pública para direcionar, de acordo com interesses, que não só contrariam como definem dinâmicas, escolhas e exercícios na contramão do bem, da justiça e da paz. É preciso impedir toda tentativa de barganha para a amordaçar a opinião pública e, também, evitar os entendimentos equivocados a respeito de pessoas, instituições ou situações políticas. O serviço informativo e formativo da mídia, quando são considerados os parâmetros da ética na comunicação, não pode cometer o engano, por exemplo, de desdourar o sentido da ação e da participação política, gerando descrédito e desconsideração de cidadãos, comprometendo essa sua indispensável atuação política.

É direito da opinião pública ter a mídia a seu serviço, como tarefa informativa e educativa. Há um coração comum que une as duas forças: a que é inerente à opinião pública e a que está presente no serviço prestado pelos meios de comunicação. O coração da opinião pública é a moralidade. Há um imperativo que exige a regência da vida segundo princípios e valores. Existe um anseio, escondido no coração humano, por uma vida pautada nos valores morais, nas suas exigências pela certeza do gozo vitorioso que se conquista percorrendo esse caminho. Contudo, é preocupante – e merece convocação para que se redobre a atenção – quando os meios de comunicação escolhem a perspectiva de comprometimento dessa moralidade.

É determinante a construção de uma mundividência na opinião pública e que a mídia – hoje, mais do que nunca – tem o dever e o sentido de fidelidade profissional a construir. Particularmente, esse serviço precisa ser bem prestado quando se refere à política. Um ano eleitoral, especialmente, como 2010, se torna cenário dessa consideração. É preciso encontrar no serviço que a mídia presta à opinião pública um permanente processo de purificação de interesses e do poder que deslumbram a inteligência humana, configurando-se num perigo nunca totalmente eliminado. A purificação indispensável da razão e a formação ética inadiável são sustentáculos importantes para adequada configuração da opinião pública. Assim, a mídia, como outras prestadoras de serviços à opinião pública, não pode distanciar-se das suas responsabilidades na formação da consciência. Há um desejo de moralização, contracenando, em ritmo de luta e conflito, com uma apreciada e cultivada permissividade, que seduz a razão humana e os seus afetos. É preocupante e requer reações da sociedade, dos seus diferentes segmentos, fazer frente ao império da baixaria custeada com altas somas.

É curioso e lamentável o nível de muitos programas no mundo midiático. Como entender e explicar a atratividade da espetacularização do ridículo, como se constata em programas, especialmente televisivos, ou a pornografia na internet, milionariamente custeadas pela exploração da morbidez da curiosidade ou da condição patológica na afetividade? Há um comprometimento moral que frontalmente atinge e vicia a consciência política, gerando cidadanias medíocres, por não serem sustentadas pelas forças dos princípios e valores.

A opinião publica, pois, há de recuperar e cuidar, com esmero, de sua pérola: a busca da verdade. O serviço da mídia não pode deixar de atender a essa demanda. A propaganda eleitoral não pode ser simples jogo de cena ou amordaçamento da opinião pública. A coragem de mostrar a verdade, propósito da lei de iniciativa popular (Ficha Limpa), é a tarefa adiada e temida por quem é ficha suja. A necessidade de discernir, conhecendo a verdade, é do povo. E o direito de escolher pertence não aos partidos e aos pretensiosos, mas à opinião pública.”

São páginas, pois, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, AMANTE DA VERDADE, EDUCADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, segundo as exigências de uma NOVA ERA, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL, do CONHECIMENTO e da INFORMAÇÃO, que possa PARTILHAR com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...


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sexta-feira, 12 de março de 2010

A CIDADANIA, OS 500 ANOS E A HERANÇA MALDITA


“[...] 2.2. Arquétipo oligárquico


O arquétipo oligárquico perpetua a mentalidade e as práticas herdadas da oligarquia grega e romana, e também da sociedade senhorial brasileira. São atuais os testemunhos de filósofos gregos. Na “República Ateniense”, diz Aristóteles: “No governo oligárquico, todas as pessoas humildes eram servas dos ricos”. E na “República”, Platão é enfático: “Os ricos têm o poder e o mando enquanto os pobres de nada participam. A oligarquia é a forma de governo em que as rendas decidem a sorte de cada cidadão”.

A estirpe do arquétipo oligárquico prolonga-se na sociedade brasileira através dos usineiros, de latifundiários, de empresários, da primazia da propriedade sobre o trabalho, da indústria que, em 1993, cresceu 9,6%, e o emprego caiu 2%. No Brasil, 1% da população mais rica detém 15% da renda nacional, enquanto 50% da população mais pobre só possui 11% dessa renda. Essa escandalosa concentração de renda comprova que a matriz oligárquica ainda impera por aqui.

Para que haja cidadania é preciso apear o arquétipo oligárquico que encurva a sociedade. A cidadania exige ruptura ântropo-psico-cultural que desatrele a população da Senzala do mandonismo da Casa Grande. A oligarquia manda, e os mandados são sub-ordinados, colocados debaixo de ordens. Para ser cidadão, o povo terá de des-montar a cultura do”Mando” e provocar a salutar “des-mando”. Há que ser in-subordinado para implodir a ordem oligárquica. Cidadania é também insurreição”.

(Pe. JUVENAL ARDUINI, in artigo publicado na revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, páginas 5 e 6, sob o título O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Herança maldita

Além de reafirmar o vigor do regime democrático, a realização das eleições de outubro também representa uma grave convocação à sociedade brasileira. Pela força do voto, teremos a oportunidade de nos posicionar diante de questões fundamentais que condicionam e determinam o tipo de nação que queremos construir. Nosso compromisso dever ser o de edificar um país do qual possamos nos orgulhar no presente e do qual nos orgulhemos por legar às gerações futuras. Nesse cenário, à frente de todas as outras, se destaca a questão ética. Majoritariamente honrada e moldada, segundo princípios de patriotismo e civismo, a sociedade brasileira não pode mais aceitar teses forjadas para justificar a falta de ética, a corrupção desenfreada e a ausência de compromisso com o país. Não podemos mais admitir a visão fatalista de que o Brasil é assim porque nasceu assim, fruto de uma herança maldita que viria desde os tempos do nosso descobrimento e do perfil da colonização que tivemos. Também não somos uma sociedade que sempre quer levar vantagem e está pronta para dar um jeitinho em tudo.

Nosso país, cujo povo tem a qualidade de ser pacífico, está deixando de ser passivo. Começamos o ano com a prisão de um governador em pleno exercício do seu mandato – fato inédito na história brasileira. Nos últimos anos, a um só tempo, testemunhamos cenas ao mesmo tempo tristes, mas esperançosas, como a prisão de juízes, desembargadores, cassação de parlamentares e até o impeachment de um presidente da República. Lamentavelmente, muitos acabam voltando, quase sempre pela via do voto. São estes os arautos da chamada herança maldita, que, 500 anos depois, insistem em tentar nos convencer de que prevalece na sociedade brasileira a tolerância às transgressões, uma postura cuja gênese estaria na índole dos nossos primeiros colonizadores e dos povos que habitavam a recém-descoberta Terra de Santa Cruz.

São ardilosos e a todos tentam cooptar com a propagação de seus condenáveis atos de esperteza, que envolvem grandes infrações às leis, como corrupção, mensalões e propinas. Com isso, procuram minimizar o impacto dos seus crimes e, perversamente, induzir segmentos da sociedade à prática de transgressões menores, como comprar e vender sem nota fiscal, adquirir produtos piratas, conduzir veículos acima da velocidade permitida, parar o carro em fila dupla, dizer uma pequena mentira ou jogar lixo pela janela. É uma técnica subliminar sedutora, da qual precisamos nos defender em nome da construção de uma sociedade íntegra e honrada.

Outubro está chegando e é preciso dizer um sonoro basta a todas essas práticas, que degradam a ética e desconstroem uma nação. Como cristãos, não podemos nos resignar passivamente a essa situação e, menos ainda, aceitar a condenação de que seremos sempre uma sociedade de segunda categoria, desprovida de princípios fundamentais, como honestidade, disciplina, ordem, respeito e retidão. O nosso passado é importante como fonte de lições, mas não para determinar o nosso futuro – até porque, se assim fosse, não haveria espaço para o sonho e para a esperança, que devem nos mover sempre. Como nos ensinaram nossos pais avós, devemos nos dar ao respeito!

Na verdade, devemos acelerar a nossa cobrança por padrões éticos que queremos para o nosso país e, assim, avançar na construção de uma sociedade onde prevaleça a confiança nas relações, o orgulho de ser honesta, guardiã de um tesouro valioso que dará um novo significado para nós e para as gerações que nos sucederão. Indignar-se é o primeiro passo. Vontade de mudar é o segundo – e, para que mudanças ocorram, é preciso atitudes verdadeiras e concretas, ação e coragem. Nas eleições que se aproximam, devemos nortear nossas escolhas por duas premissas fundamentais: banir da vida pública aqueles que agem contra a sociedade e escolher líderes comprometidos com valores fundamentais na construção de um país.

Precisamos de líderes que compreendam a importância da educação, da formação e valorização dos educadores. Estes são os responsáveis diretos em promover uma educação de qualidade para as crianças e os jovens – é de cedo que se incute a consciência do certo e do errado, dos direitos e das obrigações, a clara separação entre o público e o privado, a noção de liberdade e justiça, de cidadania e do bem comum. Por seu componente pedagógico, o exemplo é um poderoso instrumento de transformação e deve vir dos líderes nos universos político e empresarial. Para mostrar que estão a favor das mudanças, os políticos podem começar pela aprovação do projeto Ficha Limpa, movimento popular que angariou 1,3 milhão de assinaturas para impedir que pessoas condenadas pela Justiça de primeira instância possam se candidatar. Se insistirem em manter sua atual postura, que produz e dissemina maus exemplos, a própria sociedade haverá de expurgá-los por meio do exercício do voto.”

Eis, pois, mais lições cívicas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e principalmente tendo no horizonte eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, com previsão de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS que, de fato, tornem BENEFICIÁRIOS diretos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, contemplando, entre outros, a melhoria da nossa INFRAESTRUTURA, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, SANEAMENTO BÁSICO, MEIO AMBIENTE...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 10 de março de 2010

A CIDADANIA, A ÉTICA, O NASCIMENTO E A MORTE

“Celebrando a ética

A celebração do Dia Internacional contra a corrupção, no último domingo, vem reafirmar que este é um mal que grassa e se alastra. Por isso mesmo, também em nível mundial, mobiliza a atenção e a ação de cidadãos e de instituições da sociedade, de forma mais acentuada na última década: em 1996, a Organização dos Estados Americanos (OEA) criou a convenção interamericana contra a corrupção; em 1997, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização internacional que congrega os países mais industrializados do mundo, expediu recomendações de combate à corrupção; em 2003, a ONU criou a Convenção das Nações Unidas contra a corrupção; em 2004, a ONU estabeleceu, como 10º princípio do Pacto global, o combate à corrupção; também em 2004, o Fórum Econômico Mundial criou a “Iniciativa parceira contra a corrupção”; e, em 2006, no Brasil, o Instituto Ethos criou o Pacto empresarial pela integridade e contra a corrupção.

Certamente que a corrupção e o desrespeito aos princípios éticos não constituem doença nova.Aristóteles já se ocupava do tema, definindo a questão ética como exercício dos princípios morais, vinculando-a aos costumes dos povos, envolvendo as relações entre pessoas e instituições, entre cidadãos e no seio do Estado. Entre todos, o tempo todo. E mais: desde os primórdios, o conceito ético surgiu ligado à democracia e hoje, em todo mundo, o estágio ético de uma sociedade define o seu grau de evolução – ou involução.

Embora sejam doenças mundiais e milenares, a corrupção e o desrespeito à ética não devem e não podem ser encarados com passividade, nem com o fatalismo que pode levar à omissão. Pelo contrário, devem ser combatidos com rigor, em uma cruzada que exige a participação de todos. Afinal, além de minar o que a sociedade tem de mais precioso, que são os seus valores éticos e morais, causam danos irreparáveis também ao desenvolvimento econômico e social. No mundo, a corrupção provoca prejuízo anual de US$ 3 trilhões. No Brasil, consome R$ 10 bilhões todos os anos, conforme mostram estudos da Fundação Getúlio Vargas. É um volume de recursos que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e aproximadamente 50% de todos os recursos previstos no Orçamento Geral da União (OGU) para a realização de investimentos produtivos. [...]”
(ROBSON BRAGA DE ANDRADE, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de dezembro de 2007, Caderno OPINIÃO, página 11, sob o título Celebrando a ética).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de abril de 2007, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, Editor de Cultura, que merece INTEGRAL transcrição:

“Nascimento e morte

A cultura da morte parece governar o destino do mundo. Há mesmo certo prazer mórbido em acompanhar a apresentação cada vez mais repetida de ações que apontam o tempo todo para a finitude, como se a vida não valesse mais a pena. O curioso nessa operação é que a vida que não vale mais nada é sempre a vida do outro. O culto da morte é uma face do egoísmo. Entender que, no cenário de guerra que toca hoje a política, a economia, a religião e até as relações pessoais, a alternativa mais forte é o extermínio do outro (o diferente, o desempregado, o apóstata, o inimigo íntimo) é penetrar nesse reino no qual a morte é a senhora.

Os dois extremos da existência, o nascimento e a morte, podem ser considerados fundamentos de duas das mais importantes atitudes do homem: a política e a filosofia. Só faz política quem aposta que o nascimento muda toda a configuração do mundo. A ação política é condicionada pela fé no homem como inaugurador do sentido da existência. Cada pessoa que nasce traz com ela a possibilidade de mudança radical no destino da humanidade. Criar um mundo em que a dignidade da existência seja garantida em sua singularidade é o objetivo maior da política. “Para que houvesse início, o homem foi criado”, a frase de Santo Agostinho, sempre lembrada por Hannah Arendt, aponta para a força inaugural da política: o nascimento é a antecâmara renovada do exercício da humanidade.

Já a filosofia, em sua dimensão metafísica, parece ser moldada pela idéia da morte, pela constatação, entre cética e cínica, que o mundo, deixado à sua sorte, caminha de forma inexorável para o fim. A metafísica é perfumada pela finitude. A certeza da morte, mais que ameaça, é destino, caminho que inclusive altera o sentido da vida. Quem não pensa na morte não filosofa. A saída, se é que precisamos de uma saída, foi tentada por muitos pensadores, sobretudo os que afirmaram que, mais que temer a morte é preciso apostar na vida. Mesmo siderada pela morte, há uma filosofia do sim e uma filosofia do não. Em outras palavras, da vida como valor supremo, por um lado; e do “ainda não-morte” como contingência inescapável, por outro.

Talvez por isso a alternativa mais consistente construída pelo homem para rever esse destino tenha sido o investimento na política. No lugar de se afundar no término da existência, o homem que crê na política dirige sua atenção para a vida que começa. Há, ainda uma humildade fundante no pensamento político: tudo é feito na certeza de que não partilharemos do resultado final de tanto trabalho e empenho. O futuro em política não pode ser ameaça de vazio, mas constatação da continuidade da presença do homem em sua dimensão mais significativa, o fato de pertencer à humanidade.

A situação se complica, como se constata hoje, quando a ação política é banalizada ao extremo, os políticos perdem a dimensão pública, os jovens são afastados de seus caminhos por tentações mais imediatas e egoísticas. A vitória do apoliticismo é um round a mais no triunfo da morte sobre a vida. Recuperar a dimensão existencial da política (como algo criador de sentido e capaz de unir as pessoas em torno de projetos comuns) é tarefa dura. Mas parece ser, por ora, o único antítodo viável. No entanto, quando se pensa em política, é preciso indicar muitas vezes novos campos ainda não trilhados, que vão além das ideologias conhecidas, para obrigar a novos esforços teóricos e práticos. É preciso reinventar a política, mas sem abandonar o que ela tem ensinado ao homem até aqui.

O caso da ecologia é um exemplo dessa capacidade de manter e renovar que deve presidir todo ato político. A ciência da ecologia, há algumas décadas, mostrou problemas e questões que se tornaram bandeiras importantes e que hoje retornam à cena como urgentes. Capturada por várias tendências, a ecologia ganhou o mais difícil campo de batalha, o coração das pessoas, e hoje se esforça para conquistar também a cabeça. Infelizmente, parece não haver força moral que supere a força do interesse. Talvez, como lembrou já nos anos 80 do século passado o filósofo Felix Guatari, seja preciso ampliar o campo da ecologia além da defesa do ambiente para outras dimensões, que muitas vezes escapam às ideologias políticas convencionais. No livro As três ecologias, Guatari afirma que, além da ambiental, há a ecologia mental e a ecologia social. De alguma maneira ela já antecipava o limite da ação política ecológica tradicional, caso ela não se voltasse também para outras formas de poluição. Limpar as cabeças é fundamental.

Uma das vias para isso está na mudança de paradigmas da política, na teoria e na prática. No campo teórico, assim como Guatari levanta novas possibilidades de um “velho” conceito, é possível pensar que outras dimensões da política estão a exigir a mesma capacidade de invenção. Uma das saídas pode estar na ampliação da base racional da política além da ciência e da razão tradicional, com a incorporação de outras dimensões, sobretudo estéticas, psicológicas e espirituais. Há novas exigências dos homens e mulheres, que parecem não ganhar ambiente nas teorias convencionais. Já no que toca à ação política prática, é igualmente urgente a criação de novos modelos que apelem, com a mesma força, para a razão e emoção. A solidariedade, que hoje se dispersa em ações sem substância, embora meritórias, no campo individual, parece reclamar sua presença no território da política. As pessoas querem melhorar o mundo, só os políticos profissionais ainda não perceberam que estão atualmente na vanguarda do atraso, caso deixem passar batido esse impulso ético que anima as consciências.

Outro exemplo que mostra a necessidade de reinvenção da política, e que pode voltar a fazer dela um pólo de atração das pessoas de bem, está no campo da cultura. Fazer política cultural, quase sempre, tem sido traduzido como forma de intervir na economia da cultura. Como se no núcleo mesmo da cultura não houvesse problemas, passa-se a discutir formas de acesso, financiamento e descentralização. Todas essas áreas são muito importantes, fundamentais mesmo, mas não dão conta do maior problema da cultura hoje: a qualidade. É sempre difícil falar em qualidade, num terreno em que o gosto individual predomina. O que é qualidade para um pode não ser para outro. No entanto, existem elementos que parecem mostrar um esgarçamento das possibilidades, em nome da facilidade. A cultura se divorciou da educação (não há mais educação para a cultura) e ocupou o campo do divertimento. Tomada como lazer (que não deixa de ser uma condição psicológica importante), as obras de cultura passaram a ocupar apenas o território da sensação, não mais da inteligência.

Uma das formas de se perceber essa operação está na entronização da facilidade. Tudo que é lento, difícil, exigente, articulado, marcado pela história interna das artes e do pensamento, tudo isso ganha a pecha de erudito, quando não pernóstico, reclamando o prazer da fruição imediata, como prova dos noves da boa realização da obra cultural.

Com isso, criou-se uma geração (como querem fazer crer os críticos saudosos de uma mentirosa era de ouro, quase sempre a deles), mas uma categoria de pessoas orgulhosas da ignorância. Há uma arrogância satisfeita em não saber. Um obscurantismo gozoso, uma troca da inteligência pelas sensações imediatas.

Abertura ao aprendizado, recomposição da política e busca da totalidade parecem três tarefas que valem a pena para se alcançar a mudança do quadro de superabundância da morte, da ignorância e da alienação. Não é tarefa para amanhã, mas não pode deixar de começar hoje.”

Eis, pois, páginas de apurado cunho PEDAGÓGICO que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a DIGNIDADE NA POLÍTICA, a CIDADANIA E QUALIDADE, que permita a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, como exigência de uma NOVA ERA, do CONHECIMENTO, da LUZ, da PAZ e da FRATERNIDADE num mundo GLOBAL, BELO e FASCINANTE...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 8 de março de 2010

A CIDADANIA, O DIREITO E A POLÍTICA

“[...] O atual estágio do debate intelectual e público brasileiro apenas contribui para o desconhecimento sistemático do grande drama histórico da sociedade brasileira desde o início de seu processo de modernização: a continuação da reprodução de uma sociedade que ‘naturaliza’ a desigualdade e aceita produzir ‘gente’ de um lado e ‘subgente’ por outro. Isso não é culpa apenas dos governos. São os consensos sociais vigentes, dos quais todos nós participamos, que elegem os temas dignos de debate na esfera pública, assim como elegem a forma de (não) compreendê-los.”
(JESSÉ DE SOUZA, in A ralé brasileira: Quem é e como vive. – Editora UFMG, 484 páginas).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de LÁZARO PONTES, Mestre em direito, que merece INTEGRAL transcrição:

“O direito e a política

A imprensa nacional destaca a predominante presença de advogados o de pessoas apenas detentoras do curso de direito no cenário das disputas eleitorais. Dentro do elenco dos portadores de curso superior, o ramo das ciências jurídicas revelaria o maior número de candidatos. O fato lembra a conhecida reflexão do Norberto Bobbio: “Direito e ciência política há séculos avançam lado a lado, embora nem sempre se encontrem e muitas vezes avancem independentemente entre si”. Uma verdadeira história de valores paralelos na busca de sabedoria, mas pontilhada pelos conflitos decorrentes da arte política.

As obras fundamentais que marcaram os destinos da humanidade versaram sobre o direito e a política. Embora pertencentes a planos distintos, completaram-se reciprocamente, revelando liames concretos seja na construção da ciência do Estado, seja nos amplos aspectos da coisa pública. Dos antigos aos modernos, governos democráticos são regidos por leis e um conjunto de regras, que, por sua vez, disciplinam a vida dos cidadãos. Todos os fenômenos sociais, inclusive o da crescente violência criminal e da corrupção, que desafiam o país, somente poderá ser enfrentados sob o império da lei e da determinação política, dirigente ou representativa.

O que leva os operadores do direito a fazer ciência e cultivar política? A atuação reuniria o caráter dogmático, positivo conjugado com o exercício dos valores ideológicos e institucionais. Na realidade prática, muitos enveredam por esses insinuantes caminhos sem avaliar o conteúdo de suas próprias intenções. O constitucionalista pátrio Luiz Roberto Barroso confessa: “Quando faço política, procuro ser racional e razoável. E, quando faço ciência, faço-o emocionadamente. Não sou neutro nem imparcial. Parodiando Cortazar, sei onde tenho o coração e por quem ele bate.” Ele, com entusiasmo, põe o direito como um valor apaixonante destinado a estabelecer ordem e justiça na civilização.

O direito também se identifica com a política na luta pelas liberdades individuais e nos apelos da democratização das oportunidades. Ambos exigem de seus adeptos convicção e conhecimento das causas que defendem. Sem essas condições, as paixões fenecem e as populações adiam suas esperanças. O exercício das duas ciências requer o domínio do ofício da palavra, no sentido de doutrinar, convencer e merecer espaços. A linguagem constitui poderoso instrumento de afirmação de suas ideias, decisiva para desfraldar a bandeira de suas teses. Dessa maneira, formula mensagens e ergue os pensamentos, indispensáveis às expectativas que aguardam todos os julgamentos.

A verdade eleitoral representa a angústia da Justiça, que continua a buscar o triunfo da vontade popular. Nesse penoso caminho, existe uma série de vícios que teima e infelicitar o processo das escolhas. A reforma das leis e o advento de novos costumes permanecem distantes da desejada aliança do direito com a política.”

São lições que reforçam a imperiosa e permanente necessidade da busca da SABEDORIA, do CONHECIMENTO e a depuração das CONVICÇÕES e, mais ainda, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR as nossas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e principalmente tendo o horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, da OLIMPÍADA de 2016 e dos projetos do PRÉ-SAL...

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sexta-feira, 5 de março de 2010

A CIDADANIA E O COMBATE À INFLAÇÃO, À CORRUPÇÃO E AO DESPERDÍCIO

“[...] A escola faz de conta que ensina, o aluno finge que aprende, os níveis de capacitação profissional e cultural são vergonhosos comparados aos de outros países emergentes. Quem dera que no Brasil houvesse tantas livrarias quanto farmácias!

Hoje há mais consumo no país, o que os economistas chamam de forte demanda por bens e serviços. Processo, contudo, ameaçado pela instabilidade no emprego e o crescimento da inadimplência – a classe média tende a gastar mais do que ganha, atraída fortemente pela aquisição de produtos supérfluos que simbolizam ascensão social.

A classe média ascendente aspira a ter seu próprio negócio. Porém, o empreendedorismo no Brasil é travado pela falta de crédito, de conhecimento técnico e de capacidade de gestão. E demasiadas exigências legais e trabalhistas, somadas à pesada carga tributária, multiplicam as falências de pequenas e médias empresas e dilatam o mercado informal de trabalho.

Embora a classe média detenha em mãos poderoso capital político, ela tem dificuldade de se organizar, de criar rede sociais, estabelecer vínculos de solidariedade. Praticamente só se associa quando se trata de religião. E revela aversão à política, sobretudo devido à corrupção.

Descrente na capacidade de o governo e o Judiciário combaterem a criminalidade e a corrupção, a classe média torna-se vulnerável aos “salvadores da pátria” – figuras caudilhescas que lhe prometam ação enérgica e punições impiedosas. Foi esse o caldo de cultura capaz de fomentar a ascensão de Hitler e Mussolini.

Reduzir a desigualdade social, assegurar educação de qualidade a todos e aumentar o poder de organização e mobilização da sociedade civil, eis os maiores desafios do Brasil atual.”
(FREI BETTO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de março de 2010, Caderno CULTURA, página 10, sob o título Classe média num país injusto).

Mais uma vez, consideramos também IMPORTANTE, NECESSÁRIA e OPORTUNA a transcrição de Carta enviada ao Presidente da República, em seu primeiro dia de governo, sendo que já estamos ao término do cumprimento do QUARTO mandato, compreendendo dois períodos de OITO anos de cada um:


“ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DOS BAIRROS SANTA MARIA E ALVORADA – AMBSMA
IBIRITÉ - MG

Em 01 de janeiro de 1995.

Exmo. Sr.
DR. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
DD. Presidente da República Federativa do Brasil
Palácio do Planalto
Praça dos Três Poderes
70.150-900 – BRASÍLIA (DF)

Senhor Presidente,

O Brasil tem jeito!

A Associação dos Moradores dos Bairros Santa Maria e Alvorada (AMBSMA), de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fundada em 01/10/93, vem concentrando, modestamente, o melhor do idealismo e patriotismo de seus membros e moradores numa “mobilização para a cidadania e qualidade”, tendo como objetivo maior promover o desenvolvimento da noção de cidadania e sua relação com a qualidade, bem como desenvolver a consciência da responsabilidade civil de cada pessoa para a promoção da qualidade de vida e do bem comum.

Buscamos, com isso, estimular os participativos (estimados em 5%) e mobilizar os omissos (95%), que, acreditamos, constitui no mais eficaz processo de transformação da sociedade.

Elegemos, após dedicados e exaustivos estudos e reflexões, os 3 maiores e mais devastadores inimigos do País, num momento em que atravessamos a mais aguda crise de liderança, que são:

I – A INFLAÇÃO

É o primeiro estágio do nosso movimento de mobilização, cujo material básico encontra-se em anexo. Não passa um dia sequer sem que levantemos a mensagem e o apelo a alguma pessoa ou cidadão. Entendemos que é preciso atingir todo o País, que é a verdadeira dimensão da causa, porém se transformará em sonho irrealizável caso dependa unicamente da nossa capacidade e disponibilidade de recursos.

Jamais o desenvolvimento social estará aliado ao crescimento econômico, num regime inflacionário perverso como o que temos vivido há mais ou menos três décadas.

II – A CORRUPÇÃO

A corrupção no Brasil atinge níveis literalmente intoleráveis, campeando por todos os setores da vida pública, dissipando anualmente bilhões de reais de um povo pobre, sofrido, pacato, porém, honrado e operoso.

Preferimos, por uma questão de objetividade, transcrever trecho de editorial do Jornal do Brasil, de 01/08/94, sob o título de Controle da Qualidade:

“A corrupção dilapida anualmente no Brasil algo próximo a 20% do Produto Interno Bruto, o equivalente a US$73 bilhões, que se perdem nas malhas das licitações viciadas, do superfaturamento de obras e serviços contratados pelo Estado, das comissões embutidas nos projetos públicos e do tráfico de influência dos atravessadores”.

“Sonegação, evasão, elisão e contestação judicial estão submetendo o Fisco aparvalhado a um prejuízo anual de R$82 bilhões. Ou se preferem: perto de US$100 bilhões.” (Joelmir Beting, Estado de Minas – 29/11/94).

Como se não bastasse, chega-nos, através da Folha de São Paulo, edição de 14/12/94, o seguinte:
“Corrupção tirou US$20 bilhões do país, diz CEI – A CEI (Comissão Especial de Investigação) apurou que nos últimos quatro anos a remessa ilegal de dólares ao exterior chegou a US$20 bilhões, o que equivale a 15% da dívida externa do Brasil”.

Entendemos como assaz oportuno o comentário do advogado e membro da CEI, Modesto Carvalhosa, em artigo na Folha de São Paulo de 14/12/94:
“Não há razões e nem tempo a perder. Devem os governos, ainda nesta década, enfrentar com políticas apropriadas o problema da corrupção e seu inevitável produto, a miséria”.

Em nosso modesto juízo, a estabilização econômica, significando moeda estável e eliminação do fantasma da inflação, contribuirá decisivamente para debelarmos tal monstruosidade.

III – O DESPERDÍCIO

A indiferença e mesmo a omissão de parcela significativa de nossos governantes têm preservado e transmitido, de maneira avassaladora, uma cultura do desperdício que tem consumido também bilhões de reais, ao lado de um contingente de 32 milhões de miseráveis.

Da mesma forma, a favor da objetividade, transcrevemos parte do artigo do Prof. Luiz Alberto Machado da Faculdade de Economia da FAAP e Diretor Técnico do Sindicato dos Economistas de São Paulo e da Pesquisadora-Monitora Ana Paula Iacovino, do Centro de Divulgação, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Economia da FAAP, publicado na Revista Qualimetria, edição de setembro de 1993:

“País do café, da borracha, do cacau ...
País do futebol, do samba e das mulatas... País do futuro...
País da corrupção, do impeachment e do assassinato de milhares de crianças... etc., etc., etc. Além de todos esses títulos, alguns mais, outros menos, o Brasil está adquirindo agora mais um: País do desperdício!
Aliás, título plenamente justificável, se considerarmos a estimativa do Instituto de Engenharia sobre as perdas no Brasil em 1992. Correspondem a US$50,7 bilhões no total (cerca de 14,5% do PIB), assim distribuídas setorialmente:

Agricultura - US$ 8,8 bilhões;
Construção civil - US$ 6,7 bilhões;
Indústria - US$ 6,6 bilhões;
Setor de Serviços - US$ 8,4 bilhões;
Portos - US$ 5,0 bilhões;
Com corrosão - US$10,5 bilhões;
Com energia - US$ 4,7 bilhões.”

Senhor Presidente,

Não é o caso simples de somarmos tudo isso, mas, sim, de perguntarmos: até quando a impunidade e a falta de seriedade para com o trato da coisa pública em nosso País?

Mas, nada, absolutamente nada, arrefece o nosso ânimo e a nossa crença de podermos contribuir para ‘ a transformação do Brasil numa grande e próspera Nação’, como já nos dizia, há duzentos anos, Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperanças.

E, neste momento, V. Exa. é o mais fiel depositário das nossas esperanças.

Não vamos, pois, perder esta histórica oportunidade de implantarmos definitivamente neste País a cultura da disciplina, do verdadeiro patriotismo, da parcimônia, da austeridade e da ética em todas as nossas ações.

Creia, Senhor Presidente, estamos movidos por inabalável fé nessa cruzada cívica contra a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO e o DESPERDÍCIO, e, assim, poderemos nos tornar merecedores do orgulho de nossa pátria.

Urge, pois, uma verdadeira “mobilização para a cidadania e qualidade”, que atinja todo o País e que dê a necessária sustentação à implantação das inadiáveis e imprescindíveis reformas estruturais. Os fantasmas rondam. É preciso agir e com rapidez.

O Brasil tem jeito!

Entendemos como inaceitáveis a omissão e a indiferença de parcela expressiva de nossas lideranças diante de tão graves problemas que têm infelicitado nosso povo, registrando vergonhosos e repugnantes indicadores sociais.

Enfim, é absolutamente inútil lamentarmos falta de recursos diante de tanta sangria!

Respeitosamente,

As.) Pedro Narciso Campos – Presidente
Rua São Vicente, 230 – Bairro Santa Maria
As.) Mário Lúcio Moreira – 2° Secretário
Rua do Rosário, 174 – Bairro Alvorada – (031) 533-1301
32.400-000 – IBIRITÉ – Minas Gerais.”

ANEXO


AMBSMA – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DOS BAIRROS SANTA MARIA E ALVORADA – IBIRITÉ / MG
MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE

SEJA um cidadão. Diga NÃO à inflação.
VOCÊ pode:

Comprar apenas o necessário, pagando sempre o menor preço. Assim, VOCÊ estará comprando mais;
Planejar suas compras: o que comprar, quando e como comprar. NÃO faça estoques;
Denunciar os abusos nos preços. Assim, VOCÊ estará exercendo a verdadeira cidadania;
Valorizar o seu dinheiro. Isto só VOCÊ pode fazer.

NÃO desanime nunca. VOCÊ tem, pelo menos, dez razões para acreditar e lutar:

1. Recuperar o seu poder de compra, pois a inflação rouba a substância dos salários e das aposentadorias, sendo que as reposições são sempre inferiores aos valores perdidos.
2. Ajudar a moralizar os governos, uma vez que a inflação facilita a corrupção que, por sua vez, causa mais inflação.
3. Melhorar a aplicação do dinheiro público, pois a inflação é uma forma de violência, através da qual são apropriados, sem autorização, os recursos de todos para os gastos descontrolados dos governantes e dos grupos que se beneficiam desse descontrole.
4. Ajudar a eliminar as desigualdades sociais, porque a inflação concentra renda, beneficiando alguns em prejuízo da grande maioria, sendo diretamente responsável pela péssima distribuição de renda no País.
5. Permitir a criação de novas oportunidades, pois a inflação é responsável direta pelo alto desemprego e pelos indicadores sociais que envergonham o Brasil.
6. Promover o fortalecimento da economia, porque a inflação inibe financiamentos a médio e longo prazo, o que impossibilita empresas pequenas tornarem-se médias e empresas médias tornarem-se grandes.
7. Melhorar os relacionamentos entre as pessoas, porque a inflação é responsável pela lei de “levar vantagem em tudo”, que infelizmente prevalece no País. Ela acaba com a confiança entre as classes sociais.
8. Propiciar a expansão dos negócios, uma vez que a inflação cria a insegurança, que inibe os investimentos, tanto internos como externos, alimentando a fuga de capitais.
9. Recuperar a noção de valor das coisas, pois a inflação acaba com o referencial de preços e estimula a carestia.
10. Conquistar, enfim, a qualidade de vida, porque a inflação é um atentado contra a dignidade de cada ser humano de nosso País, afrontando diretamente a sua cidadania.


Portanto, são esses desafios que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, HUMANA, LIVRE, EDUCADA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que torne BENEFICIÁRIOS de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, de fato ,TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS e, assim , adentrarmos ainda na década que se inicia com MUDANÇAS RADICAIS em nossas ATITUDES, nosso MODO DE PENSAR E AGIR...

Este é o nosso SONHO, a nossa luta, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...







quarta-feira, 3 de março de 2010

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA: QUESTÃO DE URGÊNCIA


[...] As novas tecnologias e o mercado


O mesmo Relatório Brundtland condiciona a sustentabilidade do sistema econômico a elementos como a geração de “excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes” e a uma estrutura produtiva que “respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento”. O que significam esses pontos? No primeiro caso, trata-se de levar em conta que o crescimento econômico tem limites. No segundo, significa garantir que os recursos não sejam esgotados pela produção, impondo-se sua gestão racional.

No âmbito do sistema econômico, tanto a limitação do crescimento quanto a gestão racional dos recursos forçam a busca de novas tecnologias, visando garantir a continuidade dos processos produtivos. Um exemplo é o estímulo à adoção das chamadas tecnologias limpas. Nelas, novos materiais, componentes ou processos de produção geram menos problemas do que os que vieram substituir. São exemplos de tecnologias limpas a redução do uso de metais pesados e produtos não biodegradáveis, a diminuição do emprego do CFC e de produtos sulfurados e clorados no ar, a reciclagem de materiais e o controle do desperdício.[...]”
(ROBERTO GIANSANTI, in O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; coordenação Sueli Angelo Furlan, Francisco Scarlato. – São Paulo: Atual, 1998, página 14. – (Série meio ambiente).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JORGE WERTHEIN, Doutor em educação pela Universidade de Stanford, ex-representante da Unesco no Brasil, que merece INTEGRAL transcrição:

"Questão de urgência

Parece haver consenso. Não há quem discorde do argumento de que a educação é imprescindível para o desenvolvimento de um país. Em termos de discurso, pode-se considerar ponto pacífico. Uma educação de qualidade para todos é bandeira que nenhum partido ,ou político despreza. O que falta, então, para que países como o Brasil despontem no cenário internacional como exemplos de bom ensino e aprendizagem, assim como já aparecem em diferentes áreas, como esporte, música, agropecuária, fabricação de aviões e outras?

Tudo o que se discute em educação na América Latina passa antes pela necessidade de melhorar significativamente a qualidade do ensino mediante uma política de Estado específica para a educação, a ciência e a tecnologia. Sem essa política de Estado, permanecerão as habituais políticas de curto prazo, com duração de um ou dois mandatos do Poder Executivo, seja ele federal, estadual ou municipal. Essa questão ainda não mereceu suficiente debate, menos ainda com a periodicidade necessária. Assim, vêm sendo desperdiçados tempo e dinheiro em políticas que mal se concretizam e já saem de cena para que outra as substitua. Quem ouve professores sabe disso. Não faltam aqueles que se queixam por adotar um método hoje e precisar substituí-lo amanhã em função da dança de cadeiras no Poder Executivo local.

Áreas cruciais como a educação, a ciência e a tecnologia – estratégicas e que, por isso mesmo, demandam visão de longo prazo – não podem nem devem ficar à mercê de interesses eleitorais imediatistas. Uma educação de qualidade para todos resulta da cooperação, da união de esforços de diversos segmentos, de forma a elevar o nível de ensino e aprendizagem do maior número possível de estudantes, sobretudo dos primeiros anos escolares. A falta de uma política de Estado para a educação prejudica também os professores, pois não há como promover uma formação rigorosa de docentes nas universidades. O que eles encontrarão fora dos muros da academia? Tampouco é possível atrair os melhores alunos para a carreira do magistério. Os salários são pouco convidativos, e a realidade cotidiana, desestimulante. Sem formação adequada para os docentes, países como o Brasil não conseguem aumentar sua competitividade no plano internacional. Afinal, como desenvolver outras áreas sem avançar justamente naquela responsável pela formação de todas as outras?

Tudo isso já foi dito, mas todos os que o vêm repetindo experimentam a sensação de que se avança, porém, mais lentamente do que o desejado. Há esperanças, contudo. Recentemente, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniu para ouvir experiências em formação científica para estudantes do ensino fundamental. A ideia é reunir insumos para um relatório de recomendação ao Ministério da Educação (MEC) sobre essa área. O CNE ensaia a proposta de uma política nacional nesse âmbito. Espera-se que a louvável iniciativa não caia no esquecimento com possíveis trocas de comando do MEC no futuro. O mesmo vale dizer, evidentemente, sobre estados e municípios, que nem sempre rezam pela mesma cartilha entre si e igualmente sucumbem à tentação de mudar a política educacional a cada mandato.

Portanto, um pacto apartidário pela educação, a ciência e a tecnologia, que dê origem a uma política de Estado para essas áreas, sem o que o país terá dificuldades para encarar os próximos 30/40 anos, é imperativo. Por que não fazê-lo logo? Não há consenso sobre a relevância da educação, da ciência e da tecnologia, sobretudo da primeira, como eixo central do desenvolvimento neste século?Até quando esperar? No mundo globalizado, o Brasil já tem uma substantiva visibilidade e, por isso mesmo, precisa, o quanto antes, agregar valor ao que produz e comercializa.”

Eis, pois, mais uma CONTUNDENTE advertência quanto aos equívocos de nossas políticas públicas, que, no essencial, adota o curto prazo. URGE, assim, congregar TODAS as FORÇAS VIVAS da nossa sociedade em torno da NECESSÁRIA e INADIÁVEL e grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA para estrelar num mundo GLOBALIZADO, BELO e FASCINANTE, sob a égide da PAZ e FRATERNIDADE universal, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 1 de março de 2010

A CIDADANIA E A LUTA POR UM NOVO SENSO POLÍTICO (9/51)

(Março = Mês 9; Faltam 51 meses para a COPA DO MUNDO de 2014)


“[...] Pobreza, a conseqüência humana da desigualdade

Na pior extremidade da distorcida distribuição do poder, ativos e oportunidades há bilhões de pessoas em situação de extrema pobreza. A pobreza envolve muito mais do que apenas uma baixa renda e ela se torna particularmente clara quando pessoas afetadas por ela são solicitadas a defini-la em suas próprias palavras. Ela diz respeito a um sentimento de impotência, frustração, exaustão e exclusão de processos decisórios; refere-se ainda à falta de acesso a serviços públicos, ao sistema financeiro e a qualquer outra fonte de apoio oficial. O acadêmico Robert Chambers considera que o mundo está dividido entre os estão “por cima” e os que estão “por baixo”, uma descrição que corresponde a diversos aspectos da pobreza, como a subjugação de mulheres por homens e os desequilíbrios de poder observados entre grupos étnicos ou classes sociais. [...]” .
(DUCAN GREEN, in DA POBREZA AO PODER – Como didadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 7).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de dezembro de 2004, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOSÉ RENATO DE CASTRO CÉSAR, Administrador rural pela Universidade de Lavras, mestre em turismo pela UNA, que merece INTEGRAL transcrição:

Por um novo senso político

O povo brasileiro necessita de um senso político e filosófico de reconciliação entre si e suas múltiplas facetas culturais. Não só em ações acadêmicas tipo litterae humaniores (Read, 1967) de um pretenso e arrogante humanismo, nem só como um senso de conhecimento pontual de nobreza. O povo necessita se devotar mais às ações solidárias e os programas alternativos de agricultura ecológica (Bonilla, 1992). É preciso uma visão crítica do desenvolvimento sustentável , para inserir os programas públicos e privados coerentemente dentro das microbacias, para um futuro seguro e sem violência. As tecnologias de ponta em auditoria ambiental, contabilidade e sistemas de comunicação de dados são fundamentais. É necessário planejar a competição em redes de trabalho.

Os programas e projetos públicos e privados para desenvolvimento deveriam ser melhores, primeiramente, para a educação ambiental e o lazer dos pobres cidadãos comuns, não só para os ricos consumidores nacionais e estrangeiros. Será que a oferta inteligente de turismo, educação, saúde e alimentos, necessária para se estenderem benefícios ao povo, só pode provir dos ricos? Ora, se a oferta de turismo, saúde e ambiente é para os ricos, onde estão aplicados os recursos para os desvalidos? Os pobres dispõem do escorchante e ilusório microcrédito (juros de 24% ao ano). Como se pode afirmar que tal economia política é sustentável. Quanto tempo deverá o povo esperar pelas decisões morais desta elite econômica? Quais os caminhos necessários para se preparar as pobres comunidades humanas terceiro-mundistas, vivendo nas periferias urbanas, num contato desordenado das cidades sobre as microbacias, para uma vida melhor no futuro? Como evitar que os pobres procurem a violência nesse apartheid social?

A política nacional está viciada e frouxa, diante dos interesses alienígenas. Líderes políticos nacionais não dão mais expressividade de amor à pátria em seus atos públicos. Agridem os adversários com violência e ódio. Buscam acusações ridículas entre facções fisiocratas, visando manter só o fluxo de caixa de seus partidos milionários, as suas caríssimas vaidades pessoais e os projetos egoístas de suas instituições anômicas e mesquinhas de auto-ajuda, ignorando os desvalidos do País, submetendo-os ao mais pervertido dos assistencialismos – os programas de combate à fome e à miséria, que nunca deram resultado satisfatório. Há que se ter crédito agrícola subsidiado, terras e educação agrícola e filosófica.”

São quadros assim descritos que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e, ainda mais, no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, em meio às EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS existentes, possam EFETIVAMENTE estender seus BENEFÍCIOS a TODOS os BRASILEIROS e a TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...