quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA OBRA ESPIRITUAL E A TRANSCENDÊNCIA DO ESCOTISMO NA SUSTENTABILIDADE


“Como se manifesta uma obra de 
cunho espiritual na vida material
        Todo aquele que manifesta uma obra de cunho estritamente espiritual sabe que não é dela o autor. Do ponto de vista interno, e não acadêmico, uma obra verdadeira, qualquer que seja, não tem autor, mas uma fonte interna a inspirá-la. Um indivíduo ou um grupo atuam como canais no mundo material, para a sua construção externa.
         Cabe a uma obra espiritual refletir, em variadas proporções, a luz da sabedoria. O processo de manifestação de uma obra espiritual é delicado e vulnerável. Um erro muito frequente dos que se colocam disponíveis como canais é levarem ao público os frutos colhidos na união com o centro do próprio ser antes de terem seus contatos interiores aprofundados a ponto de não serem prejudicados por isso. A divulgação prematura desses frutos coloca em risco a continuidade do contato com as fontes internas, e os transforma em meio de realização pessoal e material, desvirtuando-se com a busca de prestígio, de reconhecimento, de apoio, e assim por diante. Se, ainda mais, a manifestação de uma obra espiritual entra no âmbito da especulação financeira, a fonte de inspiração retira-se, fazendo com que se transforme em “um corpo sem alma”.
         A verdade é que uma obra espiritual surge por si mesma. O “autor” é, portanto, mero instrumento e pode ser mais ou menos adequado para a tarefa. Porém, estar em harmonia com a essência que por seu intermédio deve emergir é um fator básico para a sua capacitação, e por isso é requerido dele humildade e entrega incondicional às fontes internas. Esses estados são praticamente desconhecidos da maioria dos homens, que se encontram em estágios meramente emocionais ou intelectuais, ainda sem um contato interno mínimo efetivado.
         Numa fase mais madura de um trabalho espiritual, a sua manifestação externa deve ser permeada pela doação e entrega de cada um nele implicado. Isso produz a abertura de novos caminhos e é uma das contribuições que a obra pode dar ao mundo em geral. Entretanto, para que se desenvolva na correta direção, o “autor” ou “autores” devem despreocupar-se dos resultados do serviço que possa estar sendo prestado.
         Nas palavras que compõem um texto desse tipo precisa haver o belo, o leve, o puro, e também o desconcertante e o inesperado. Por meio delas nada se deve pretender para que a energia possa reuni-las e compor a obra.
         Uma obra espiritual não é, portanto, fruto do querer humano, e os que forem instrumento de sua concretização já devem ter sido experimentados nas tarefas que ela própria inspira. Dessa maneira, a manifestação de uma obra espiritual será equilibrada.
         A Hierarquia Espiritual procura sempre manter a evolução da humanidade num ritmo ascendente. Assim, se uma obra consegue materializar-se, o impulso seguinte será mais potente – o que não significa que tenha de ser recebido pelos mesmo canais. As indicações para que um trabalho acompanhe esse ritmo sempre são dadas com clareza. Por isso, apesar da Hierarquia Espiritual poder contar com o homem como colaborador na execução de certas tarefas evolutivas, nunca se deve ambicionar o desenvolvimento espiritual, pois a vida fornece tudo que é preciso para que a consciência avance em direção ao porto que a aguarda, sem que necessite interferir nisso.
         Disse Morya, conhecido Mestre ascensionado: “O literato em letras só pode agir na superfície da Terra. O literato do espírito pode agir além de todos os limites”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de agosto de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e membro voluntário do Grupo Escoteiro Gavião Real, e que merece igualmente integral transcrição:

“Escotismo no mundo em mudança
        Uma nova globalização está nascendo com a transformação digital, fenômeno que produz profundas mudanças na forma como a tecnologia é criada, gerenciada e consumida. O resultado é que estamos sendo surpreendidos por múltiplas rupturas, à medida que inovações como big data, inteligência artificial, realidade virtual, robótica, internet das coisas, entre muitas outras, alteram as formas de trabalho, com impactos para trabalhadores, fornecedores e clientes de todas as organizações, públicas ou privadas, em todos os cantos do globo. Esses fenômenos já estão derrubando velhos modelos de negócios e colocando em xeque as organizações que não conseguem se ajustar, anunciando uma nova era na história econômica, social e política.
         É, pois, imperativo que pensemos nas nossas crianças e jovens diante dessa realidade de transformações profundas que vive a sociedade. A indústria 4.0, baseada na proliferação de dispositivos inteligentes e interconectados nas cadeias de produção e de logística, chega avassaladora e ninguém consegue antever quantos empregos serão perdidos ou criados à medida que robôs e algoritmos ganham espaço no nosso dia a dia. Que impactos terão na formação e na motivação das novas gerações as insistentes notícias de que a inteligência artificial e a automação destruirão empregos ao redor do mundo? Teremos, nós, a capacidade de alcançar um futuro tecnológico que nos sirva, em vez de nos escravizar?
         O pesquisador da Universidade Harvard David Deming nos traz um alento com o estudo A crescente importância de habilidades sociais no mercado de trabalho, publicado em 2017, que demonstra, ao contrário de muitas previsões catastróficas, aumento na oferta de empregos para funções que requerem alto grau de interação humana. Ele mostra ser pouco provável que softwares e sistemas inteligentes se tornem mais capazes que nós, humanos, na execução de tarefas que envolvam relações complexas e dependam de empatia, como ensinar, aconselhar e cuidar, por exemplo. E mesmo as profissões baseadas na transformação digital, na inteligência artificial, na robótica e afins exigirão habilidades de relacionamento e cooperação cada vez mais sofisticadas e necessárias ao trabalho em equipes, que, por sua vez, serão cada vez mais diversificadas.
         Portanto, será fundamental que os jovens tenham a mente aberta e busquem ser muito bons no trabalho coletivo e na colaboração com outras pessoas. Um enorme desafio na direção inversa, com crescente número de jovens que dedicam cada vez mais tempo aos computadores, TVs e smartphones que às relações e interações diretas com outras pessoas. E, pior, muitos têm sido capturados pela polarização e pelos embates, muitas vezes agressivos, que emergem da internet e das mídias sociais.
         Sebastian Gallander, que é diretor-executivo da Fundação Vodafone, na Alemanha, organização dedicada a fortalecer a coesão social na era digital, destaca o Movimento Escoteiro por se constituir em um caminho para o fortalecimento das habilidades dos novos jovens, em especial as aptidões que não são inatas e precisam ser adquiridas e desenvolvidas desde a mais tenra idade. Interessantemente, escolas inglesas já desenvolvem programas-piloto que buscam sinergia e complementaridade com o Movimento Escoteiro, com resultados muito positivos, como melhoras na liderança, na comunicação e no relacionamento geral dos alunos com a escola.
         O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 pelo general inglês Baden-Powell, que, sem incorporar a rigidez militar ao movimento, aproveitou os elementos positivos de fomento à camaradagem, iniciativa, coragem e autodisciplina para consolidar um movimento juvenil mundial, sem fins lucrativos e fortemente fundado na educação e no voluntariado. Por meio desse movimento, meninos e meninas aprendem o que importa na vida em geral, de que maneira se organizar em pequenos grupos, como lidar com conflitos e ajudar os outros, práticas que conduzem a compreender e gradualmente incorporar valores como solidariedade, perseverança e resiliência, essenciais numa sociedade em transformação, repleta de desafios.
         Trata-se, na verdade, de um fenômeno global, como demonstram os números antecipados para o seu próximo encontro – denominado Jamboree Mundial – a ser realizado em julho/agosto de 2019, nos EUA. Ali, estarão reunidos 50 mil jovens de mais de 160 organizações escoteiras nacionais, representando mais de 200 nações e territórios, em uma celebração única de intercâmbio cultural, compreensão mútua, paz e amizade. No Brasil, o Movimento Escoteiro conta com mais de 105 mil participantes – entre jovens e cerca de 25 mil adultos voluntários, em mais de 600 cidades.
         O escotismo é, portanto, um dos melhores exemplos de esforço coletivo para promover habilidades sociais e emocionais nas nossas crianças e jovens. A palavra “escoteiro” significa “explorador”, o que vai na frente, o que dá a notícia do que está para acontecer, de modo similar aos muitos pioneiros que contribuíram para a construção da nossa história. Neste momento de mudanças profundas que a sociedade vive, é fundamental valorizar e jogar luz nessas experiências exitosas que contribuem para a formação e crescimento das nossas crianças e jovens, que precisam ser norteados a se tornar cidadãos ativos e agentes de mudança positiva neste mundo mutável e desafiador à nossa frente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO AMOR NA NOVA HUMANIDADE E A CIÊNCIA DO PROGRESSO NA SUSTENTABILIDADE


“Nossa permissão é necessária 
para que a liberdade desperte
        O caminho evolutivo vai se estreitando à medida que é trilhado e traz ao indivíduo provas cada vez mais sutis. Quando elas se apresentam, o caminhante pode sentir-se agraciado, pois é sinal de que ele será elevado a outro plano de consciência.
         Os que estão conseguindo contatar níveis superiores de consciência são os que estão desenvolvendo o consciente direito após terem entregado o livre-arbítrio à sua própria Alma, ao seu Eu Superior. Entregar o livre-arbítrio não significa tornar-se um autômato nas mãos de forças estranhas, mas sim deixar de viver às cegas.
         Quando o homem faz suas escolhas baseado em experiências que acumulou, não pode saber que direção está tomando. Mas quando entrega seu livre arbítrio, renuncia a andar às escuras e dá início a outro tipo de caminho: o do conhecimento das leis evolutivas superiores, emanadas do Cosmos, não da mente humana.
         Os que fizeram essa renúncia e aspiram a servir entram em novos padrões de conduta, o que os leva a usarem todo o seu tempo (até suas horas livres) em benefício de tarefas inseridas em vasto Plano Evolutivo que gradualmente vão conhecendo. A renúncia e o serviço são básicos para que os demais aspectos desse plano lhes sejam pouco a pouco apresentados.
         Alguns procuram chegar a essa disciplina e aspiração, mas usam o próprio tempo em benefício de si mesmos ou daqueles que lhes estão coligados por diferentes tipos de laços terrenos. Um dos passos que precisam dar, segundo os novos padrões planetários, é ocuparem-se primordialmente do serviço incondicional ao Plano Evolutivo, independentemente de preferências por pessoas, conceitos, dogmas, raças ou situações.
         Fará parte da nova vida que se instalará sobre o planeta a entrada do homem em um estado de energia mais pura que lhe dará mais liberdade de agir. Essa liberdade já está à disposição de alguns de nós e neste momento cíclico já se podem encontrar os meios para alcançá-la. Os que optam por ela buscam orientar sua vida através do conhecimento das leis cósmicas que regem o Universo.
         Como se sabe, as águas dormem enquanto não são movidas. Analogamente, é necessário darmos permissão para que a nossa liberdade interior desperte e viva não apenas no profundo do ser, mas se expresse também externamente.
         A primeira Lei que rege o Cosmos em toda a sua dimensão e extensão infinita é a Lei do Amor. Dela emanam outras Leis Cósmicas, como as que governam as galáxias e os planetas. Emanam segundo o Plano o Plano Evolutivo dos Universos, elaborado para que as etapas se desenvolvam em cada planeta segundo a conjuntura em que ele se encontra.
         “Sois merecedores quando entregais algo e, se nada entregais, menos ainda recebeis”. Esta Lei também é aplicável a todos os planos e a todas escalas evolutivas. Sem ela não poderiam reger-se nem aplicar-se as outras. O Cosmos dá quando existe em seus filhos, sincera e autêntica entrega. Seja qual for nossa escala ou etapa evolutiva, do seio do Cosmos será vertida sobre todos nós uma graça especial.
         Se cumprimos a Lei do Amor, a Lei Primeira, tudo o mais teremos em acréscimo. Se com amor aceitarmos a Lei da própria força que nos elevará espiritualmente, ingressaremos na escala ascendente que nos aguarda. O Amor tudo pode.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JOSÉ PIO MARTINS, economista e reitor da Universidade Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A ciência da bondade
        Um candidato às próximas eleições fazia uma palestra e, ao final, disse que a política é a ciência do bem comum e, mais, é a ciência da bondade. A primeira expressão pode ser aceita, mas a segunda é, claramente, um exagero. Nos debates, afirmei que a economia se contenta em ser a “ciência da realidade”. O filósofo Thomas Carlyle (1795-1881), ao estudar o funcionamento do sistema produtivo, deparou-se com a dura realidade da vida e afirmou que a economia é a “ciência sombria” (ou “ciência melancólica”, em outras traduções).
         Lembrei ao candidato que os políticos, até para merecer o cargo que ocupam, deveriam saber que o Estado (no sentido de ente público) somente dá à sociedade o que dela tenha retirado. O governo não administra recursos próprios. Ele administra os recursos que a sociedade lhe entrega em forma de tributos. Ao decidir em que gastar o dinheiro arrecadado, o governo se depara como limites e a necessidade de optar. Um dólar gasto em uma direção não será gasto em outra. Um dólar gasto na compra de um fuzil não será gasto na compra de uma vacina.
         Instado a explicar sua visão da política como a ciência da bondade, ele mencionou os gastos a favor dos pobres, como Bolsa-Família, postos de saúde, seguro-desemprego e outros. Lembrei-lhe que não há bondade alguma nisso; trata-se de simples obrigação do governo. O capitalismo tem duas máquinas. A máquina de produzir (o setor privado) e a máquina de distribuir (o setor público). O governo é um mero síndico e o dinheiro que ele retira da população é para executar programas sociais, serviços públicos e investimento em obras de interesse nacional.
         Cumprir as funções de “máquina de distribuir” (com o dinheiro que a sociedade privada lhe entregou) não é bondade, é mera obrigação, como também não é por bondade que o síndico de meu prédio mantém o pátio limpo e o elevador funcionando. Ambos arrecadam dinheiro exatamente para serviços coletivos a quem paga a conta: os contribuintes. O candidato havia defendido aumentar o imposto sobre herança (que hoje é de 4% em alguns estados e 8% em outros) e tributar a distribuição de dividendos, num total de uns R$ 135 bilhões. Com isso, a arrecadação tributária do governo passaria de 34% da renda nacional para 36%.
         Argumentei que o lado realista da economia se impõe sobre qualquer intenção bondosa. Ora, se o governo tomar mais R$ 135 bilhões da sociedade, é fácil concluir que o consumo das pessoas e o investimento das empresas vão diminuir, logo, menos empregos serão gerados no setor privado. E há outro aspecto, que grande parte dos políticos parece não entender: se o governo gastar toda receita nova em aumentos salariais do funcionalismo público já existente, nem um centavo a mais irá para o bolso dos pobres (porque perderá R$ 135 bilhões com o aumento de impostos), investirá menos e gerará menos empregos, e a população pobre não terá nenhum benefício.
         No Brasil, há uma clara cultura antilucro e antiempresarial, coisa ilógica, pois dos 104 milhões de brasileiros em condições de trabalhar, 13 milhões (12,5%) trabalham no setor público e 91 milhões (87,5%) trabalham no setor privado. Se mais dinheiro for tomado das pessoas e das empresas via aumento de tributos, como já foi dito, menos investimentos serão realizados e menos empregos serão gerados no setor privado. A economia é a ciência da realidade, que pode ser dura e difícil. O país somente sairá da pobreza se o produto nacional crescer mais do que o aumento da população, se o governo for eficiente, se houver menos corrupção e se todos entenderem que governo não gera recursos, mas apenas gasta recursos dos outros.
         O problema é que se criou no Brasil a ideia de que o lucro é um mal. Em uma sociedade livre, um dos pilares do progresso é o direito de propriedade privada e os meios de produção pertencem às pessoas e às empresas. Em países ricos, o número de pessoas ricas é maior e o padrão de bem-estar social médio é maior. Se o Brasil tivesse o dobro de fábricas, lojas, escritórios, empresas de serviços, máquinas, equipamentos, prédios etc., haveria o dobro de riqueza, logo, muito mais gente rica. A tal “ciência da bondade” não existe.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






   


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA PEDAGOGIA DAS TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS E O PLANETA QUE DESAFIA AS URNAS NA SUSTENTABILIDADE


“Mudanças na educação
        Neste mundo cada vez mais veloz e de tantas mudanças, em que transformações afetam os mais diversos aspectos da vida cotidiana, por que a educação ainda é vista por muita gente como algo fora de sintonia com os tempos atuais? Ouvimos, com frequência, que “a escola é a mesma faz 200 anos”. Será mesmo que não conseguimos mudar um dos maiores e mais importantes pilares da sociedade?
         Acho que estamos justamente em um momento de transição. No meio de um processo de desconstrução e reconstrução. Os pilares da educação tradicional, estabelecidos durante a Revolução Industrial, são cada vez mais questionados. E há quatro pontos fundamentais que têm provocado esse questionamento e que podem tornar obsoleto esse modelo utilizado por tanto tempo.
         O primeiro é o local de aprendizado. Antes, o aluno precisava estar em um ambiente determinado, de corpo presente. Hoje, com os cursos on-line, é possível aprender em qualquer lugar: em casa, no transporte público, no escritório, no parque etc. A sala de aula, portanto, deixou de ser imprescindível no processo educacional.
         O segundo diz respeito ao tempo. O modelo antigo exigia um momento específico para aprender, de acordo com a faixa etária do aluno e com o planejamento da instituição de ensino escolhida, gostássemos do conteúdo ou não. Atualmente, cabe ao estudante decidir o que vai aprender, considerando suas preferências e necessidades.
         O sistema de avaliação por meio de provas e notas também tem sido revisto, já que representa uma maneira muito simples de mensurar os conhecimentos e, principalmente, as potencialidades de alguém. O erro é parte essencial do processo de aprendizagem e deve ser encarado como meio de atingir um objetivo, não como sentença de fracasso.
         É importante constatar, ainda a evolução do papel do professor, de quem não se espera mais a missão solitária de ensinar. Com tantos recursos à disposição, seu perfil está mais próximo ao de um mentor, guiando e estimulando o aluno, este sim o maior responsável pela aquisição de conhecimento.
         E é olhando para essa forma de ensino, que conseguimos ver uma série de iniciativas que estão mudando a educação. Sites de cursos on-line, pessoas buscando informações no Google ou vendo vídeos no YouTube. Essas e muitas outras iniciativas estão, cada uma a seu modo, promovendo uma nova forma de ensinar e aprender.
         Diante disso, um questionamento muito comum é: qual dessas formas é melhor? A resposta que não tem um modelo definitivo. Cada uma vai ajudar uma pessoa diferente, para um desafio diferente, em um processo diferente. E essa é a beleza dos novos modelos de educação. É a quebra definitiva com o modelo antigo, igual para todo mundo, com severo controle e nenhuma personalização.
         Tudo isso já está em pleno andamento no Brasil, por meio de uma série de iniciativas que visam trazer o ensino, definitivamente, para o século 21. Dando ao aluno mais autonomia, implementando novas formas de pensar e tirando proveito das possibilidades abertas pela internet. A educação está, sim, acompanhando as mudanças do mundo. E é só o começo.”.

(ANDRÉ TANESI. CEO da Descola, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RACHEL BIDERMAN, diretora-executiva do WRI Brasil e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, e que merece igualmente integral transcrição:

“A arca de Noé atual
        A falsa polêmica sobre existir ou não mudança do clima no planeta é assunto que já aborrece os especialistas da área. Afinal, se a grande maioria dos cientistas diz que sim, e essa maioria estuda e pesquisa nos institutos de maior reputação no mundo todo, por que ir atrás daquela meia dúzia que continua negando o fenômeno? Parece que, se há polêmica, então há matéria jornalística, e vale o esforço da cobertura. Aí reside o problema. Dar atenção ao que não é substantivo é apenas uma opção. Portanto, não cobrir os negacionistas que refutam a existência da mudança do clima deveria ser uma alternativa mais relevante para os meios de comunicação – assim como não dar ouvidos aos extremistas na política e na guerra poderia ser uma opção impulsionar democracias e economias mais saudáveis. Abrir as principais vitrines do mundo na mídia impressa ou virtual é um ato de grande responsabilidade. Quem guarda essa chave poderia pensar mais a sério antes de dar o palco para notícias cujas consequências são destrutivas. Uso esse exemplo para chamar a atenção do que considero que deveria ser bem mais exposto na mídia do que a negação do aquecimento global ou sensacionalistas em busca da mídia para sua projeção e busca por poder.
         Se você entende que o cenário das mudanças climáticas é pra valer, seja porque leu os estudos publicados aos milhares, seja por ter observado os exemplos recentes de eventos climáticos extremos, como as secas e incêndios na Grécia, Califórnia ou Portugal, certamente vai ficar curioso para entender quais as consequências desse fenômeno. As perdas globais por incêndios atingiram níveis recordes no ano passado – e isso pode piorar à medida que a ameaça da mudança climática cresce. Somos novamente atingidos por uma grande seca no Sudeste do país e a escassez hídrica começa a bater em nossa porta, sem que tenhamos agido suficientemente para combater o problema no curto e longo prazo. Quebrar recordes de diferentes safras agrícolas no país também é sinal a que precisamos ficar atentos.
         Vale a pena ir um pouco além e investigar as consequências disso para as diferentes formas de vida no planeta. Há cientistas que alegam que estamos vivendo a 6ª mais extinção de espécies da história, numa fase chamada de Antropoceno – a época geológica em que humanos se tornam a principal causa de alterações do planeta. Estamos perdendo espécies de plantas e animais em grande escala, muitos dos quais sequer chegamos a conhecer. Com esse processo acelerado, tornam-se ainda mais urgentes as ações de conservação ambiental, principalmente aquelas em terras públicas (áreas protegidas) e privadas (reservas legais ou áreas de preservação permanente obrigatórias nas propriedades). Além de conservar, é fundamental também restaurar áreas degradas, a fim de resgatar a capacidade de produção de alimentos, promover segurança hídrica, reter carbono no solo e estoca-lo nas plantas.
         O lado bom da história é que vivemos um grande despertar de atores que se têm dedicado à restauração florestal (ou de outros tipos de vegetação) e à produção agropecuária sustentável, convencidos de que ainda temos oportunidade de salvar algumas regiões e espécies no planeta de uma devastação ainda maior. Do lado da conservação, sofremos também com a falta de investimento em parques e áreas de conservação, pois o que é considerado bem público não tem recebido a devida atenção, muito menos investimento. E o mais irônico disso tudo é que é justamente nessas áreas que reside a nossa esperança: milhões de espécies de fauna e flora que podem nos salvar das situações extremas em que o aquecimento global está nos colocando. De onde virão as sementes para o reflorestamento de áreas degradadas, se nossas áreas preservadas pegarem fogo ou sucumbirem às secas? De onde virá a água para abastecimento e produção, se comprometemos as áreas protegidas?
         Para sairmos da ação de alguns poucos voluntaristas, o ideal seria que, além dos governos, houvesse um forte engajamento do setor privado, para que pudéssemos dar escala às ações para salvar espécies relevantes de fauna e flora para as futuras gerações. Muitas das ações necessárias podem acontecer na forma de negócios, de micro a grande porte, gerando economia relevante. Os negócios de impacto social e ambiental, nesse momento da história, tornam-se peça-chave para os desafios planetários.
         Estaríamos vivendo um momento “arca de Noé”? O que falta para a sociedade despertar? Além da oportunidade de uma nova economia como aqui descrito, temos opção ímpar a cada eleição. Nosso voto na urna pode ser a diferença entre ter políticas que negam os problemas aqui relatados ou ter gestores responsáveis e comprometidos com as atuais e futuras gerações e com soluções para esses desafios que afetam a todos nós.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.