sábado, 29 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA EMPATIA, COERÊNCIA, VISÃO OLÍMPICA, RESPONSABILIDADE COM OS CUSTOS E TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA INCLUSÃO, DIVERSIDADE, EQUIDADE E HUMANIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Liderança com estratégia torna líderes memoráveis

       Toda liderança estratégica precisa estar atrelada ao modelo de gestão entre equipes. Será por meio desse caminho que o líder poderá encontrar formas de impressionar para além dos números de crescimento. Mas aí vem uma pergunta: é possível se preparar para ser um bom líder? Se sim, como? Liderança e estratégia são dos aspectos fundamentais para levar uma empresa ao sucesso.

         E, de fato, é a forma como muitas companhias estão trabalhando para melhorar os impactos de maneira positiva, seja dentro ou fora do ambiente de trabalho. Nunca esquecendo os clientes e a forma como todo esse processo poderá influenciar as vendas, sendo um bom gestor.

         A liderança estratégica vem de um conceito visionário. O gestor visa ao crescimento da empresa e de cada membro do seu time. O processo importa, mas o líder estratégico considera inovações para conquistar resultados de melhor qualidade. Oposto ao meio tradicional que é mais engessado, sendo guiado por execução de atividades preestabelecidas.

         Autonomia e independência são palavras que também estão dentro desse conceito. O foco também deve ser direcionado às pessoas, afinal, são elas que viabilizam os resultados. O investimento mais importante é o capital humano.

         Outros pontos que precisam estar atrelados são a disciplina, alinhamento de ideias e foco no time. Cumprir o acordado ou plano estabelecido é a chave para a teoria começar a funcionar, e é aí que os líderes precisam ter como chave criar rituais no que diz respeito aos colegas de trabalho. Ter noção no acompanhamento dos recursos financeiros poderá ser um facilitador na hora de fazer a empresa funcionar. Outro fator é estar sempre estimulando as pessoas para que se tornem campeãs e, com isso, revelar novos talentos sem a necessidade de contratar.

         Com o boom da modernidade, é preciso abraçar a tecnologia, principalmente a digital, que poderá, inclusive, ser utilizada de forma gratuita. Tenha uma equipe forte nesse ramo, que consiga levar os conceitos da empresa para qualquer canto. De maneira interna, a automação de tarefas e de geração de relatórios otimiza as tarefas manuais e burocráticas e permite que os times sejam direcionados a atividades mais estratégicas.

         Numa recente passagem pelo Brasil, Suzanne Powers, CSO do grupo McCann Worldgroup, comentou problemas e desafios que possam surgir no meio corporativo. Para ela, as crises que assolaram o mundo deram algumas oportunidades aos líderes de se reinventar, inovar e repensar novas formas de trabalhar. “Estamos vendo uma mudança sísmica na forma como o talento aborda nossa indústria e nossos negócios”, comentou.

         Portanto, o líder aproveita o seu tempo de maneira valiosa. Ele deve estar disponível e aberto para encontrar, ouvir e falar com as multidões. Muitas vezes, um funcionário só quer que seu líder preste atenção ao esforço que ele está fazendo. Para isso é imprescindível criar momentos especiais que trazem sintonia e conexão entre os envolvidos dentro daquela organização ou lugar.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 25).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e caderno, página 26, de autoria de Alessandra Blanco, country manager do Yahoo Brasil e head de editorial do Yahoo Américas, e que merece igualmente integral transcrição:

“Inovação e diversidade no âmbito tecnológico

       Diversidade e inclusão talvez sejam um dos temas mais discutidos pelas empresas nos últimos anos. Basta rolar o feed de posts do LinkedIn, assistir palestras de qualquer evento, de qualquer setor ou participar de uma reunião que envolva líderes de diferentes empresas que o tema estará em discussão. O termo “CDO”, Chief Diversity Officer, passou a ser um novo C importante na diretoria das organizações. E, em um artigo sobre o futuro do trabalho publicado recentemente, a “Harvard Business Review” cita que, em uma análise de resultados do S&P 500, a frequência com que os CEOs falam sobre questões de equidade, justiça e inclusão aumentou 658% desde 2018. O que é maravilhoso. Há apenas dez anos era completamente diferente. Então demos um primeiro passo.

         Mas qual o impacto social real dessas ações? O que as empresas implementando para ser inclusivas de verdade? Uma pesquisa recente da KPMG revela que, à medida que a agenda Environmental, Social and Governance (ESG) evolui, os clientes e os investidores acabam pressionando as organizações para conectar a inclusão, a diversidade e a equidade de gênero nas decisões do negócio.

         Faz sentido. Um relatório recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que os elevados níveis de diversidade e inclusão nas empresas estão associados a maior produtividade, inovação e, claro, ao bem-estar dos funcionários. Meio óbvio, não é? Afinal, olhares diversos trazem ideias diferentes, mais abrangentes e ampliam resultados nas organizações.

         De acordo com um levantamento, realizado em 2019 pela Accenture Strategy, 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de marcas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida. Ao consumirem e defenderem empresas que estão atreladas às suas preferências, os clientes se tornam responsáveis por divulgar a organização, além de compartilhar esses valores com todos, atraindo, naturalmente, novos públicos. São os chamados “brand lovers”, ou fanáticos, que queremos tanto atrair para nossos negócios.

         E entre os da geração Z, essa relação com a escolha do consumo x marcas com propósito é ainda mais intensa. A pesquisa True Gen, realizada pela Box1824 e McKinsey, aponta que “os consumidores da geração Z são muito bem informados sobre as marcas e a realidade por trás delas – e, quando não são, podem rapidamente acessar informações, atualizar-se e formar uma opinião. Se uma marca anuncia diversidade, mas não possui diversidade em sua equipe, esse fato dificilmente será ignorado”.

         A pesquisa mostra que 87% da geração Z deixou de comprar produtos de empresas envolvidas em escândalos; 82% afirmaram lembrar-se de pelos menos um escândalo ou caso polêmico envolvendo empresas; 50% deixaram de comprar de uma marca que não consideram ética.

         Portanto, não é só falar sobre diversidade. É preciso aplicar. Para que as companhias sejam, de fato, consideradas diversas e inclusivas, é preciso investir em ações para acolher todos os públicos e olhar com atenção para os talentos que possuem dentro de casa.

         Mais do que uma obrigação legal, a diversidade nas empresas tem o poder de abrilhantar os olhares dos colaboradores e investidores sobre aquela organização. Afinal, ninguém quer ter seu nome associado a um lugar preconceituoso e fechado para transformações.

         Se fizermos uma pesquisa rápida de mercado sobre as companhias em que as pessoas gostariam de trabalhar, tenho plena convicção de que as respostas girariam em torno de: “eu gostaria de trabalhar em um lugar acolhedor e transformador” ou “eu seria feliz trabalhando em uma empresa que enxerga a minha capacidade e valoriza o meu potencial, independentemente de orientação sexual, gênero ou etnia”.

         É fundamental compreendermos que, antes de realizar programas e iniciativas, é necessário que as empresas entendam o ponto de partida em relação ao tema. Com pesquisas internas, estudos e dados, será possível realizar uma análise profunda das informações para avaliar as lacunas da organização e definir prioridades a serem transformadas. É uma jornada longa, mas que precisa ser persistente. Com a ajuda de todos os colaboradores, a companhia poderá se tornar referência para tantas outras.

         O fato é que o mundo vem passando por diversas mudanças dia após dia, e é imprescindível que nós, como líderes, colaboradores e, principalmente, como seres humanos, façamos a nossa lição de todos os dias de refletir sobre a importância do acolhimento e de respeitarmos todas as pessoas como únicas. Temos muito a aprender e evoluir daqui para a frente, mas apenas com a compreensão, entendimento e respeito ao próximo conseguiremos chegar ao grande objetivo final de um mundo melhor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E POTENCIALIDADES DA SABEDORIA, EMPATIA, TALENTOS E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E AS LUZES E DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Uma boa liderança não fica em cima do muro

Ao falarmos de liderança, é primordial que devamos conhecer o conceito que essa palavra está relacionada. Liderar é nada mais que a prática de influenciar nos comportamentos das pessoas no dia a dia, seja no meio corporativo, nos esportes, na governança do país ou até mesmo dentro de um condomínio, por exemplo. Uns nascem líderes, já outros desenvolvem essa habilidade com o passar dos anos. Mas aí vem uma pergunta: é possível se preparar para ser um bom líder? Caso sim, como?

No século XXI, as características essenciais de um bom líder estão voltadas para aquelas pessoas que saibam se comprometer com a saúde mental daqueles que estão ao seu lado. Ao longo da história tivemos casos de repressão por parte de falsos líderes e, dessa forma, vieram necessidades de olhar para quem está do lado e, com isso, influenciar de maneira positiva e transformar pessoas em bons líderes.

A autenticidade precisa estar com o líder. É importante não fazer devaneios na hora de usar da sua liderança. Não entre em “joguinhos”. Ser transparente é ter voz e com isso mostrar aos seus liderados confiança. É determinante mostrar sabedoria. Ser um “grande professor” ajuda a influenciar e ser assertivo ao falar com as pessoas. Um exemplo: nunca aconselhe os outros sobre uma experiência que você nunca passou – caso contrário, pode colocar a pessoa em risco. Líderes só dizem que sabem quando realmente sabem.

Ao longo da vida o ser humano passa por “reciclagens de ideias” – talvez alguns ainda não, mas muitos pensavam de uma forma e resolveram mudar. A mudança traz medo e incertezas, mas, quando é feita de maneira que possa trazer um “legado” positivo e de crescimento individual ou até mesmo coletivo, vale a pena. Reconhecer também os fracassos é valoroso para crescer e prosperar. É o “guia da vida” que vai apontar os maus momentos e como fazer para não repeti-los.

O líder aproveita o seu tempo de maneira valiosa. Ele deve estar disponível e aberto para encontrar, ouvir e falar com as multidões. Muitas vezes, um funcionário só quer que seu líder preste atenção ao esforço que ele está fazendo. Para isso é imprescindível criar momentos especiais que trazem sintonia e conexão entre os envolvidos dentro daquela organização ou lugar. Os líderes memoráveis estão extremamente sintonizados às necessidades de seus colaboradores, à cultura e ao tom da instituição que ele defende.

Olhar para os talentos de quem nos cerca é manter uma equipe unida, forte e plural para novas ideias. Estar muito atarefado e não olhar para o lado é a chance ideal de perder aquele “ativo” que estando ao seu lado poderá caminhar e trazer bons frutos. Portanto, a liderança é feita sobre pessoas e quem esquecer ou deixar isso de lado vai perder. Será esquecido. Seja motivador, tenha autoconfiança, não esqueça que ser equilibrado e inspirador à frente do time é fundamental na hora de estimular.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de outubro de 2022, mesmo caderno, página 32, de autoria de Alberto Ono, CEO da Usiminas, e que merece igualmente integral transcrição:

“Realidade e expectativas

       Nas últimas décadas, o país vem enfrentando um processo de desindustrialização, com uma decrescente participação do setor de transformação no Produto Interno Bruto que, por sua vez, se soma às altas taxas de extinção de empresas de todos os portes. É um cenário preocupante, que merece maior atenção de toda a sociedade. Os números, em todas as frentes que se possa avaliar, são um indicativo de urgência de se debater com mais profundidade o tema.

         As estatísticas mostram que a participação de cerca de 35% que a indústria tinha no nosso PIB em 1980 foi reduzida para os atuais cerca de 10%. Dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que em uma década a indústria fechou cerca de 1 milhão de vagas de trabalho. Segundo o instituto, eram 8,7 milhões de pessoas trabalhando no setor em 2011 e 7,7 milhões em 2020. Para completar, a estimativa é de que apenas 0,01% das empresas brasileiras tenham mais de cem anos de atividade.

         À parte, a complexidade do contexto que provoca o encolhimento da atividade do setor, nossa indústria está preparada para apoiar o crescimento do país e segue confiante na capacidade de uma retomada mais firme do Brasil na rota de desenvolvimento econômico e social.

         A competitividade do setor do aço fora dos muros de suas unidades produtivas, porém, segue atrelada, ainda, às várias urgências como as reformas tributária e administrativa, ao enfrentamento dos problemas logísticos do país e de tantos outros desafios novos e antigos.

         A Usiminas é uma empresa que está completando neste mês de outubro 60 anos de operações e reafirma um compromisso que remonta à sua criação no governo Kubitschek: permanecer com foco no futuro, nas pessoas, nos clientes e na geração de resultados sustentáveis. A indústria do aço mantém o otimismo com o país e segue com uma importante disposição de investimentos. Segundo o Instituto Aço Brasil, entidade que reúne alguns dos principais players do mercado, a indústria brasileira do aço está investindo, neste ano, R$ 11,9 bilhões. Além disso, a expectativa da entidade é que o consumo, hoje em cerca de 125 kg por habitante, dobre na próxima década, alcançando a média global da ordem de 250 kg por habitante.

         Mesmo com todos os desafios, o setor industrial vem mostrando  uma grande capacidade de adaptação e apresentando resultados relevantes, embora ainda aquém do seu potencial. Na Usiminas não tem sido diferente. Temos conseguido enfrentar os cenários desafiadores, tanto internos quanto externos, e compartilhar resultados com diferentes stakeholders.

         Seguimos acreditando na nossa capacidade de superação e na retomada de um crescimento econômico consistente. Estamos investindo R$ 2,7 bilhões na reforma do alto-forno 3 da Usina de Ipatinga e buscando cada vez mais a sustentabilidade das nossas operações.

         Estamos às vésperas da COP27, que reunirá liderança mundiais em busca de acelerar os esforços no combate ao aquecimento global e reafirmar o compromisso das nações com a transição energética. Este é outro tema que está na pauta das grandes empresas e que vem recebendo também toda nossa atenção.

         Como ocorrido ao longo das últimas seis décadas, vamos, juntos com a indústria, enfrentar os desafios e nos preparar para atender as nossas demandas da sociedade. Nossa trajetória escreve uma história que, frequentemente, reflete a de tantas outras empresas do país que conseguem se mobilizar para construir valor.

         Mais que sua importância para o desenvolvimento econômico, a Usiminas se orgulha da atuação destacada também em responsabilidade social. Temos tido a oportunidade de ver toda uma cidade – Ipatinga, hoje entre os maiores municípios do país – crescer no entorno da usina. Por meio de iniciativas da companhia, foram criadas estruturas nas áreas de saúde, educação, cultura, esportes e tantas outras, garantindo legados que fazem a diferença na vida das comunidades onde estamos inseridos.

         Cientes dessa nossa capacidade de influenciar positivamente e contribuir para o crescimento econômico e social do nosso país, estamos cada vez mais engajados para que nós e muitas outras indústrias brasileiras possam sonhar em completar um século de existência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA AGENDA ESG, INOVAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CONSUMO PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E HUMANO E O PODER DOS NOVOS MATERIAIS, TECNOLOGIAS E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NAS TRANSFORMAÇÕES CIVILIZATÓRIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Como avançar no Brasil?

       Produzir menos lixo, planejar as compras, conhecer a origem e os processos de fabricação dos produtos que adquirimos, entender os impactos que eles causam ao longo de toda sua vida útil. Da extração da matéria-prima ao descarte final, essas são algumas simples atitudes que colaboram com o consumo consciente, também conhecido como consumo sustentável.

         Segundo a Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021, desenvolvida pelo Instituto Akatu em parceria com a GlobeScan, 86% dos brasileiros desejam reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza. Mas, afinal, como ser contrário ao paradigma de consumo imediatista?

         O consumo consciente nada mais é do que um exercício diário que envolve repensar todos os nossos hábitos de consumo. Porém, embora a agenda ESG esteja em alta desde 2020, ainda há um processo árduo para que o consumo sustentável, de fato, fortaleça a economia brasileira. Inicialmente, o consumidor precisa ter em mente que as famosas compras por impulso, estimuladas pelas empresas e, principalmente, pela mídia, são as vilãs do consumo consciente. Quem começa a controlar o consumo, além de reduzir os impactos ambientais, faz diferença para o bolso.

         Um ponto positivo é que as novas gerações priorizam marcas ambientalmente mais atuantes, ainda que sejam mais caras. Intitulada a geração da sustentabilidade, a geração Z, além de mais propensa a tomar decisões de compra com base em valores e princípios, também é a mais consciente em seus hábitos de consumo. Eles estão mais atentos às suas escolhas e, consequentemente, empresários e investidores deverão ouvir e mapear atentamente estas novas gerações para entender e atender suas reais necessidades e conseguir apoiá-las.

         Outro ponto de reflexão é que o próprio consumo mundial, além de mal distribuído, está descontrolado: cerca de 20% da população mundial concentra o consumo de 80% de todos os produtos e serviços do planeta, segundo um levantamento do Akatu. Isto demonstra o quanto esse olhar atento ao consumo consciente, se tornou cada vez mais relevante para a construção e promoção da economia circular.

         Mas, de fato, como avançarmos o consumo consciente no Brasil? Inicialmente, o ecossistema de negócio brasileiro deve estabelecer ambições claras vinculadas a agenda ESG, a partir de KPIs que compreendam essa transformação como uma jornada que necessita de inovação e consistência.

         Além disso, o mercado brasileiro precisa do apoio de todos os setores – público, privado e sociedade. Estas entidades possuem papel fundamental na disseminação do ESG e, principalmente, na mudança de mentalidade da população. O caminho ainda é longo, mas estamos na rota.”.

(Pamela Paz. CEO do Grupo John Richard, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de setembro de 2022, mesmo caderno, página 22, de autoria de Carlos Alberto Silva de Miranda, professor dos cursos de engenharia do Ibmec BH, e que merece igualmente integral transcrição:

“A pesquisa de novos materiais

       Estamos presenciando um momento único e vanguardista na pesquisa de novos materiais. Os países mais industrializados consideram o desenvolvimento de novos materiais um fator essencial para estimular a inovação em diversas áreas, como a engenharia, o design, a arquitetura, a medicina, entre outros tantos. Apostam na ciência dos materiais como a tecnologia mais imprescindível para o desenvolvimento de novos produtos, processos e aplicações.

         A fabricação de um determinado artefato, como por exemplo um novo modelo de implante para substituição de uma válvula cardíaca, ou uma simples cerda para escova de dentes de melhor performance, partes do jipe Curiosity, da Nasa –, determinam necessidades específicas de aplicação. E essas necessidades determinam características de propriedades, estrutura e processo de fabricação que serão aplicados em sua consecução. As necessidades são intencionais e miram objetivos que podem ser de mercado (orientadas a um público-alvo, por exemplo), econômicas (redução de custos de fabricação, por exemplo), sustentáveis (biodegradabilidade, por exemplo), ou mesmo relacionadas à performance (resistir à atmosfera de Marte, por exemplo).

         As propriedades são as características que distinguem os materiais entre si e são mensuráveis. A estrutura trata do arranjo de seus átomos, ligações químicas, interações eletromagnéticas, dentre outras, cuja organização se dá de forma tridimensional. E os processos determinam técnicas que irão permitir dar ao material a forma e compor o artefato desejado.

         São muitas combinações possíveis e, em função das necessidades da evolução tecnológica do ser humano, cientistas já previam há 30 anos que atualmente estaríamos (e estamos) desenvolvendo plásticos de alta temperatura, como por exemplo bandejas plásticas que possam ir ao forno, tal como os vasilhames metálicos tradicionais; compósitos cerâmicos de alta performance, que têm sido aplicados em implantes dentários, próteses ósseas ou mesmo em ferramentas de usinagem de alta dureza e resistência ao desgaste. Podemos citar ainda os metais vítreos, os transparentes e as novas superligas.

         Geralmente os novos materiais são demandados e adotados com maior rapidez em setores da indústria que têm maior necessidade econômica, como os fabricantes de automóveis, eletrodomésticos, artigos esportivos, indústria aeroespacial e a biomédica, como nos exemplos citados.

         O setor de artigos esportivos, por exemplo, é um dos que mais demandam e investem em novos materiais, pois atribui um valor enorme ao desempenho, adotando qualquer novidade que possa oferecer algum ganho possível em performance dos seus produtos. Em épocas passadas, de conflitos e guerras, as pesquisas de materiais eram demandadas em aplicações militares.

         Hoje em dia, vemos a incorporação de muitas daquelas tecnologias e materiais, cada vez mais presentes em produtos comuns. É sob essa ótica que entendemos que a pesquisa científica proporcionará possibilidades de desenvolvimento de novas tecnologias, que irão gerar novos materiais, que irão demandar novos processos, superfícies e funções e, portanto, irão possibilitar o desenvolvimento de novos produtos, com performance e funções cada vez mais surpreendentes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.