quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA ÉTICA NA SAÚDE E A VIVÊNCIA DA TOLERÂNCIA NA SUSTENTABILIDADE

“O avanço da ética
        Com a recente instalação do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, em julho passado, finalizamos a composição de um modelo de governança que reúne todos os elos da cadeia para discutir ética e integridade na comercialização de dispositivos médicos implantáveis. Chegar até esse ponto exigiu esforço e muita seriedade para mostrar que o sistema de autorregulação é de fato um mecanismo eficaz para o banimento de práticas antiéticas e ilegais no segmento, que tanto comprometem a decência e a sustentabilidade da saúde em geral.
         Essa credibilidade chegou e veio acompanhada de um cenário de mais de 1.700 denúncias recebidas. Muitas em tratamento, outras tantas já encaminhadas às autoridades, mas nosso conforto se dá ao constatarmos que este elevado número de denúncias reflete, na mesma proporção, as mudanças do mercado e os significativos avanços.
         Foram dezenas de investigações, em âmbito federal, estadual e municipal, e a mais recente que tivemos notícia foi no Distrito Federal. Sem contar aquelas operações que, já em andamento, recolhem provas sigilosamente e que ainda virão à tona. É um caminho sem volta em direção à integridade e nos orgulhamos por contribuir e fomentar essas ações e discussões.
         Um importante sinal de que a situação está mudando é o resultado de um recente levantamento feito pelo Instituto Ética Saúde com as empresas afiliadas. A pesquisa, respondida por todas as 267 empresas que fazem parte do instituto, constatou uma ampla adesão aos programas de compliance e implantação interna de códigos de ética e conduta. O levantamento revelou que 32% das empresas já têm um programa de compliance estruturado e 42% estão implantando. Já em relação aos códigos de ética ou conduta, 43% das companhias têm regras estruturadas e em execução e 36% estão em andamento para concluir a implantação.
         Ainda temos uma longa trajetória e conforme vamos avançando, as discussões vão se tornando mais complexas e passam a tocar em pontos sensíveis do segmento, como, por exemplo, a necessidade de reconhecimento da chamada corrupção privada na área da saúde. Existem práticas reiteradas que ocorrem em âmbito privado e que ficam sem proteção legal, sendo consideradas apenas infrações de natureza ética.
         Apresentamos na Enccla – Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro algumas propostas que podem impactar positivamente o setor, além da proposta de alteração legislativa com vistas a penalizar práticas relevantes de corrupção privada (sem a presença de agente público). Sugerimos, também, a elaboração do Estatuto do Paciente ou Usuário de Serviços de Saúde e a proposta de elaboração do Plano de Integridade para Órgãos e Entes do Poder Público envolvidos em ações e serviços de saúde do SUS. As ações da Enccla têm impacto muito rápido no mercado e esse olhar focado para a saúde representará uma grande conquista.
         Seguimos na luta imbuídos de um espírito agregador, confiantes em que a movimentação da sociedade civil é capaz de mudar o país e de promover um setor de saúde baseado em ética, integridade e direcionado à sustentabilidade.”.

(CLAUDIA SCARPIM. Diretora-executiva do Instituto Ética Saúde, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Evangelho da tolerância
        O mundo celebra, todos os anos, o Dia da Tolerância, oportunidade para que cada pessoa reconheça a necessidade de vivenciá-la no cotidiano. A tolerância é valor necessário para o equilíbrio da sociedade. Quando se desconsidera esse valor, crescem na humanidade as inimizades, os revanchismos e muitas outras ameaças às relações pessoais, políticas e institucionais. Por isso, tolerância não pode ser compreendida apenas como uma questão governamental, relacionada ao tratamento das religiões que se diferem daquela que é partilhada pela maior parte de uma nação. O Ocidente inaugurou, a partir da Reforma Protestante e das guerras motivadas por disputas religiosas, uma grande modificação no entendimento desse conceito, tornando-o mais abrangente.
         A evolução da tolerância, enquanto valor social, pode ser percebida a partir das reflexões de muitos filósofos, que advertem a respeito da existência de uma prisão: por muitas vezes, pessoas se enjaulam na própria opinião quando se encontram com alguém que pensa diferente. Uma rigidez alicerçada na desconsideração de conceitos morais, na estreiteza de horizontes, na mediocridade de intuições e inventividade. Essa dureza traz impactos na dimensão relacional e gera o malefício terrível da intolerância. Mata diálogos, tenta justificar autoritarismos, fomenta discriminações e permite que sejam erguidas as bandeiras da exclusão, da desconsideração de raças, culturas e povos. É, assim, base para preconceitos e abusos de poder.
         A intolerância inviabiliza entendimentos e gera o caos, por obscurecer princípios básicos e, consequentemente, dar lugar às tiranias e à impiedades. Condutas que são alicerçadas nas razões afetivas contaminadas por desvios éticos e morais. Entre os desdobramentos estão as concessões de todo tipo oferecidas aos próprios pares, enquanto se trata, impiedosamente, os diferentes. Antídoto para esse mal é a tolerância compreendida a partir de sua evolução conceitual, política e social, que se relaciona à compreensão mútua entre os que partilham perspectivas divergentes. Uma atitude indispensável para não inviabilizar o funcionamento social e político, como também as relações familiares e institucionais.
         Da tolerância de governos, apontada pelo filósofo Locke, na sua Carta sobre a Tolerância, “escancaram-se as portas” para uma compreensão mais ampla e determinante na vida da sociedade: agir com tolerância evita um caos social e político que recai sobre a cabeça de todos. É conduta imprescindível para se conquistar a paz, o bem, o respeito à dignidade humana e o progresso nas relações que tecem a cultura. Assim, quando a tolerância norteia atitudes, alcança-se um grau admirável de civilidade, com desdobramentos na organização social e política. Já a direção oposta a esse qualificado modo de agir leva ao crescimento das segregações, do ódio e das disputas que alimentam os focos de guerra, gerando xenofobias e massas de refugiados perseguidos. As consequências também são percebidas nos lares, nos escritórios e nas repartições públicas, frequentemente contaminados pela desarmonia.
         No horizonte amplo e fundamental do conceito de tolerância, é urgente exercê-la, especialmente, trilhando os caminhos de uma espiritualidade que pode, com mais eficácia e rapidez, qualificar cada pessoa para conviver com quem é diferente. Essa espiritualidade sustenta a tolerância que fecunda projetos, respeita e promove dignidades, salva a sociedade da violência e de outras ameaças. Nesse sentido, oportunidade de ouro é conhecer o Evangelho da Tolerância, que reflete o jeito de uma pessoa: Jesus Cristo, o Mestre de Nazaré.
         A vida de Jesus é o Evangelho da Tolerância, escrito para nortear os gestos cotidianos de todos e, assim, sustentar grandes transformações. A luz desse evangelho balizou a essencialidade das práticas do cristianismo em interface com outras religiões e escolhas confessionais. Encontros guiados por valores que superam a mesquinhez do egoísmo e permitem compreender que qualquer tipo de discriminação é inadmissível. Parâmetros a partir dos quais se reconhece que o mundo é de Deus e deve ser partilhado, igualmente, por todos.
         Nesse rico Evangelho da Tolerância há um núcleo fundamental, nascido no coração de Jesus e eternamente desenhado por suas palavras: o Sermão da Montanha, capítulos cinco a sete, apresentado pelo evangelista Mateus. Trata-se de uma leitura a ser adotada diariamente, fecundando a meditação que orienta as práticas do dia a dia. A preciosidade desse núcleo pode ser reconhecida a partir do comentário instigador e provocante de Mahatma Gandhi, ao dizer que se os cristãos levassem a sério o Sermão da Montanha, operariam uma radical revolução no mundo, nas relações e nos propósitos, desencadeando uma civilização fundamentada no amor e na paz.
         O exercício diário de ler o Sermão da Montanha é simples e custa muito pouco – somente o tempo do silêncio restaurador, que também é fonte de sabedoria e de saúde. Por isso, todos são convidados para, individualmente, em família, no trabalho, ou mesmo na roda de amigos, ler um trecho, ainda que seja um só versículo. Assim é possível exercitar o coração e a vida no Evangelho da Tolerância.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A CONSTRUÇÃO DO SUCESSO DA EQUIPE E A FORÇA E DESAFIOS DO ENSINO MÉDIO

“O sucesso depende da equipe
        O bom desempenho de uma organização depende de diversos fatores: liderança, estratégias, planos, processos, pessoas, conhecimento e informação. Tudo harmonizado por meio de um sistema de gestão que busque continuamente a excelência. Alguns empreendedores ainda acreditam que o sucesso nos negócios é decorrente apenas do faturamento e dos resultados financeiros imediatos. Esse pensamento pode ser fatal, já que a empresa depende do alinhamento de diversos outros elementos até atingir o seu objetivo primordial, que se sustente no longo prazo.
         Para ser competitiva no mercado, é preciso uma equipe de alta performance e, para isso, é de suma importância uma boa relação dos colaboradores com a organização, já que bons resultados são decorrentes de processos bem executados por pessoas capacitadas. Pensando assim, o núcleo de gestão de pessoas tem um grande desafio, pois a motivação, o engajamento e a valorização do potencial das equipes são diferenciais do negócio.
         Pesquisa realizada pela Endeavor, no ano passado, com mil empresários, constatou que gestão de pessoas é um dos maiores desafios dos empreendedores. Entretanto, é importante ressaltar que, sendo esse um processo gerencial contínuo, investir em seus colaboradores é essencial para qualquer empreendimento. De acordo com o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), deve-se pensar a gestão de pessoas sob três aspectos.
         Sistema de trabalho: a maneira como o trabalho é ordenado e como os colaboradores são organizados, selecionados e avaliados, de acordo com as metas da organização.
         Capacitação e desenvolvimento: esses dois itens fazem parte do aprimoramento das competências, sejam técnicas, comportamentais ou operacionais, focando na produtividade da organização.
         Qualidade de vida: um dos fatores primordiais para a retenção dos grandes talentos da empresa. Proporcioná-la significa um trabalho em um local tranquilo, agradável e, ao mesmo tempo, desafiador.
         Os três pilares são o diferencial de uma gestão, mas para conseguir coloca-los em prática, com excelência, é necessário um bom gestor na execução. Como será desempenhado seu papel é fundamental no engajamento, retenção e prospecção de talentos. A liderança precisa ficar atenta à equipe, pois sua percepção é fundamental no processo. Assim, precisamos, em primeiro lugar, envolver todos neste trabalho para um melhor desempenho.
         Estabelecer um sistema sólido e embasado facilita a percepção do que está sendo executado de maneira correta e do que pode ser aperfeiçoado. Investir em capacitação aumenta dos resultados e engaja os colaboradores para um propósito comum. A garantia de uma boa qualidade de vida retém os talentos já presentes e atrai os que estão no mercado. Para alcançar a excelência, estabeleça uma boa gestão de pessoas, pois sem ela o sucesso fica cada vez mais distante.”.

(JAIRO MARTINS. Presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, e que merece igualmente integral transcrição:

“Reforma do ensino médio
        A convite do Congresso Nacional, participei da audiência pública promovida pela comissão mista que acolhe a medida provisória (MP) de iniciativa do Executivo federal modificando o ensino médio. Como educador, reafirmo minha tendência de valorizar as etapas de esclarecimentos e convencimentos, imprescindíveis ao sucesso educacional. Tais procedimentos conflitam com a figura da MP. Mesmo assim, há que se ressaltar que, no caso, os elementos formais MP, urgência e emergencial, são atendidos.
         O indicador de qualidade mais adotado, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), evidencia que, entre os níveis da educação básica, o ensino médio é aquele que está em pior situação. A realidade atual de 13 disciplinas obrigatórias em si contribui para limitar, ou mesmo impedir, que melhores e mais adequadas estratégias no processo ensino-aprendizagem sejam debatidas ou implementadas. Os argumentos para manter como obrigatórios tanto o ensino das artes como o de educação física são plausíveis e respeitáveis. Tanto quanto para filosofia, sociologia, história e geografia. Da mesma forma, como físico, teria pouca dificuldade em apontar os prejuízos e deficiências de um formando do ensino médio que não tivesse tido acesso a um mínimo de física e uma introdução ao raciocínio embasado no método científico. A mesma lógica vale para biologia e química. Enfim, tal caminho argumentativo, definitivamente, não funciona e melhor tratarmos mais de conteúdos e interdisciplinaridades e menos de disciplinas isoladas.
         Além disso, Anísio Teixeira apontava, desde a década de 1950, que a educação secundária era excessivamente propedêutica. Priorizava a visão de etapa preparatória a estudos mais aprofundados de nível superior, subestimando o relevante papel de preparação técnica profissional dos jovens para o mundo do trabalho. Nos países mais competitivos e bem-sucedidos, a maioria dos jovens que fazem o ensino médio regular o fazem juntamente com a educação profissional. No Brasil, somente 11% adotam tala estratégia. Como está estruturado hoje, a concepção subjacente é de o ensino médio, quase exclusivamente, prepara ao ensino superior. Porém, contraditoriamente, menos de um quinto dos jovens vão para as faculdades e menos de 12% da população adulta tem diploma universitário.
         O processo ensino-aprendizagem no ensino médio depende de muitos fatores, mas cabe especial destaque às condições de trabalho dos professores que atuam neste nível educacional. Em geral, eles são mal remunerados e os cursos de formação, quando ofertados, não conseguem capacitá-los adequadamente à adoção de metodologias inovadoras e contemporâneas, especialmente quanto ao uso de novas tecnologias no ambiente educacional.
         Má qualidade do ensino médio tem também como consequência um parque universitário extremamente limitado na sua capacidade de gerar ciência e inovação que sejam mundialmente competitivas. Seremos reduzidos, cada vez mais, a meros consumidores de tecnologias desenhadas no exterior e adquiridas via commodities com preços aviltantes, num ambiente de baixa produtividade e de altas taxas de desemprego.
         Na palestra, abordei o tema das tecnologias digitais, que permitem explorar um novo cenário educacional em que todos aprendem (não sabíamos disso, pensávamos que somente alguns aprendiam), o tempo todo (antigamente, a aprendizagem estava circunscrita ao ambiente escolar, delimitando espaços e tempos que, hoje, extrapolam os muros e os tempos da escola) e, por fim, o mais relevante, descobrimos que cada educando aprende de maneira única e personalizada (uma espécie de DNA educacional que caracteriza cada um de nós). Apoiados pela analítica da aprendizagem e por plataformas de aprendizagem, os educadores poderão conhecer muito mais sobre seus educandos, bem como estes sobre si mesmos, propiciando desenvolver trilhas educacionais personalizadas que atendam às características, circunstâncias e peculiaridades de cada aluno individualmente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS FACES DE UMA NOVA POLÍTICA E OS LÍDERES PARA A SUSTENTABILIDADE

“Uma reflexão sobre a reforma política
        É atribuída a Sófocles a expressão “o poder revela o homem”. Aristóteles, ao enveredar por esses caminhos, constrói a narrativa de que o homem é um animal político. Discípulo de Platão, Aristóteles é mais afeito às questões do mundo real que do mundo imaginário. O famoso quadro de Rafael A escola de Atenas, mostra os dois. Enquanto Platão contempla o céu, Aristóteles olha a terra.
É na terra chamada Brasil que há uma urgência de compreensão de uma filosofia prática que nos ajude a olhar o que tem de ser feito hoje em busca do amanhã. Aqueles que exercem o poder precisam saber que tudo passa. Foucault dizia que o poder é processo e não coisa. Que é dinâmico. Que é mutável. O poder em si não existe. O que existe são relações de poder. O poder é um serviço. O poder, sob a égide da ética, é um serviço, que visa ao bem. E, voltando a Aristóteles, o exercício do poder requer virtudes, requer compromisso com o bem-comum.
         A política é uma excelência moral. Recordou, recentemente, o papa Francisco, que “a política é uma elevada forma de caridade”. Mas por que então essa aversão à política? O político é aquele que deixa os seus interesses próprios por compreender que é preciso cuidar do todo, do coletivo. É o que renuncia a uma parte da própria vida para cuidar de tantas outras. Mas são essas outras vidas que hoje não querem os políticos. Por quê? Fala-se em reforma política. E não é de hoje. É razoável um país ter mais de 35 partidos políticos e outros 50 em pedidos de registro? O que é um partido político?
         Na teoria, é uma parte da sociedade que comunga de ideias e que se une para governar com base nesses princípios. É por isso que os partidos têm documentos, têm compromissos. São diferentes uns dos outros. Mas com essa quantidade de partidos será possível identificar a diferença entre eles? O que pensam? Como agirão se estiverem no governo? Como agem os legislativos?
         Há outras questões. Os partidos têm processos internos democráticos ou têm donos? Como são financiados? Como usam esses recursos? Um vereador de uma cidade do interior e um prefeito de uma outra cidade, de um outro canto do país, do mesmo partido, têm projetos comuns? Evidentemente, as pessoas são diferentes, mas se estão no mesmo partido é porque há algo que as une. Ou não? E as coligações? Respeitam quais fundamentos? Buscam quais objetivos?
         A proibição do financiamento empresarial foi um passo importante. Por que não ir além? Se as campanhas forem financiadas apenas com recursos públicos, haverá maior liberdade para que os eleitos possam agir, respeitando os princípios do próprio partido. Com menos partidos, isso será possível?
         O poder revela o homem. Revela se o homem está maduro ou não para o seu exercício. Se tem serenidade ou se busca o aplauso fácil. Seja um juiz, seja um promotor, um deputado, um ministro, um governador, um prefeito, cada um exerce o poder. E a forma de exercê-lo será exemplo correto ou incorreto para os que hoje não se sentem representados, nem ouvidos, e, talvez por isso, rejeitam a política e o poder.”.

(GABRIEL CHALITA. Presidente da Academia Paulista de Letras, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de novembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Painel de escolhas
        O painel de escolhas que afetam e desafiam a subjetividade humana no mundo contemporâneo, é de tamanho imensurável. Essa realidade oferece novas possibilidades para discernimentos, mas, ao mesmo tempo, os tornam ainda mais complexos. Uma complexidade que incide também nas relações entre grupos, pessoas e sociedades. É muito forte o fluxo da cultura globalizada, que, sem deixar de apresentar novos valores e possibilidades, produz fragmentações e fragilidades, processos que, frequentemente, desqualificam subjetividades. Por isso, são urgentes as medidas que permitam recuperar a interioridade humana.
         A carência de líderes capazes de conduzir processos sociais, culturais, políticos e religiosos com propriedade para dar novos rumos à sociedade é consequência dessa fragilidade no âmbito da subjetividade, enfraquecido nas dimensões humana e espiritual. Os desdobramentos são os atrasos nas dinâmicas conjunturais, com a desfiguração e a falência de muitas instituições. Sem líderes e agentes capazes de garantir o adequado funcionamento institucional, é estabelecida uma ambiência confusa, onde as pessoas não reconhecem o próprio papel, o serviço que devem oferecer e as prioridades.
         Diante desse quadro que atinge os recursos humanos, as instituições não conseguem se adequar às necessidades do mundo contemporâneo e, por isso, não são capazes de oferecer contribuições à sociedade. Tornam-se prisioneiras de um tipo de marasmo egoísta que incapacita pessoas, permanentemente indispostas para assumir compromissos e, por isso mesmo, apenas preocupadas em manter o “tempo livre”. Essa situação cria indisposição para posturas altruístas, que requerem dois componentes indispensáveis: a motivação e o objetivo prioritário de se promover o bem do outro.
         A esse marasmo acrescenta-se ainda a ânsia pelos resultados imediatos, um mal contemporâneo. Busca-se uma velocidade que desconsidera os necessários processos para se alcançarem certos objetivos. Essa ansiedade gera sensação de fracasso e de desânimo. Mas grave, ainda, é o pessimismo estéril que precisa ser vencido com um “não” radical. O derrotismo apenas aprisiona as pessoas em uma permanente sensação de desencanto, tornando-as lamurientas. Esse quadro, indiscutivelmente, é reflexo da falta de uma espiritualidade profunda, déficit que gera uma desertificação interior, o apego e a submissão ao que conta menos. Um mal que domina, faz perder a serenidade e a alegria de servir e de participar dos projetos que ajudam a transformar o mundo.
         As instituições, consequentemente, não conseguem agentes capazes de inovar e abrir novas frentes. Apegam-se apenas à manutenção do que já fazem, inviabilizando as dinâmicas capazes de gerar novas respostas. Mesmo reconhecendo a necessidade de caminhos novos, permanecem amarradas a processos pesados. Respondem às “perguntas de hoje” com as “respostas” de ontem.
         Ao se reconhecer a importância dos funcionamentos institucionais, que se alicerçam no agir de cada pessoa, identifica-se uma urgência: investir nas tarefas educativas que deem aos indivíduos a possibilidade de conquistarem uma subjetividade com envergadura humana, espiritual e moral, condição para que se tornem agentes de mudanças e inovações. Ao mesmo tempo, inadiável é a permanente avaliação das dinâmicas institucionais, para que elas não enjaulem as pessoas e os grupos na mediocridade. Assim, é possível romper o “círculo vicioso” que impede o desenvolvimento humano. A superação desses entraves ajudará no surgimento de líderes e agentes com criatividade para oferecer novas respostas à sociedade do atual painel de escolhas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A CHAVE DO CAMINHO ESPIRITUAL E AS SAUDÁVEIS OPORTUNIDADES DA CRISE

“O serviço abnegado, as provas e as dádivas do caminho espiritual
        Com a vivência da humildade, os ditos milagres começam a acontecer na vida dos seres já amadurecidos que ascenderam no caminho, porque outras Leis Espirituais mais adiantadas encontram campo de expressão no ser. É fundamental estar diante do Senhor sempre pequenino, pois quanto menor for visto aos olhos dos homens, maior será aos olhos de Deus.
         Muito será exigido daquele que muito recebeu; por isso as dádivas vão para aqueles que recém despertaram, enquanto aquele que ajuda a abrir a porta para o descenso da Graça frequentemente nada recebe. Porque o despertar e o caminhar de um irmão são a verdadeira dádiva e alegria na vida de um abnegado, que se esqueceu de si em prol da caridade e em benefício do bem ao próximo.
         Quando o Senhor o provê de um instrumento, seja ele de curto ou longo alcance, deverá sempre utilizá-lo sabendo que não lhe pertence, e que a Mão do Senhor deve guiar cada movimento para que não se confunda. Pois todo dom, talento e capacidade a Ele pertencem e a Ele devem retornar.
         A prática do serviço abnegado, e a vivência do estado de Graça e dos dons do espírito fazem com que o ser se transforme num “Apóstolo do Novo Tempo”, reconhecido por toda parte, porque fala a língua de quem o busca. Esse ser está, assim, preparado para viver etapas mais elevadas do caminho espiritual.
         O apóstolo deve abraçar a própria cruz, considerando que provas duras cairão sobre ele de forma a acelerar seu processo de equilíbrio e também de aceitação do sacrifício. Porque viver esse processo, que podemos denominar como “cristificação”, não é recolher as promessas e dádivas que entregou ao Senhor, mas viver como Ele os últimos momentos de Sua Paixão, transferindo seus atos para os tempos atuais.
         Saibamos que o próprio Senhor acompanha de perto os passos de seus apóstolos e isso significa que Ele dará não somente consolos nos momentos de prova, mas que lhes dará, também, provas nos momentos de paz. Tudo para que esse apóstolo, que já passou por tantos obstáculos, possa agora passar pela prova final de sua fé e de seu amor por Deus, para que o Propósito Divino se cumpra.
         Assim, todas as suas misérias reunidas, através de cada uma de suas encarnações sobre a Terra, virão à tona, inclusive tudo que já parecia estar resolvido. O ser evoluído, o apóstolo, já estará forte o suficiente para não perder tempo consigo mesmo, seguindo em sua vida abnegada, enquanto se dá a purificação do seu ser.
         Este é o momento da Cruz e deve carregá-la até o momento de ser crucificado. Não deve sonhar estar sem o seu peso, antes deve amá-la, porque nela será pregado assim como foi com o seu Senhor. E aí inicia-se o trajeto do verdadeiro sacrifício deste apóstolo. Porque somente ele saberá que carrega a própria cruz de maneira integral, somente ele saberá que as dores dos crimes que cometem contra os princípios crísticos, durante muitas encarnações, agora o dilaceram por dentro. E nada disso sentirá que deve compartilhar com alguém, pois nenhum ser encarnado o compreenderá totalmente.
         Somente uma certeza o levará adiante: a de que o Senhor o espera e que não será eterno seu martírio – assim como não o foi para o Senhor – que viveu sofrimentos tão maiores, que os seus parecem até suaves.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de novembro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINA, edição de 22 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de WELFANE CORDEIRO JÚNIOR, médico intensivista, com MBA em gestão de saúde pela FGV e mestrado em gestão de tecnologias e inovação de saúde pelo Hospital Sírio Libanês de São Paulo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A oportunidade da crise
        Do início até a década de 1990 do século 20, o mundo discutia quem era mais diabólico: capitalismo ou comunismo. Mas foi um país nórdico banhado pelas ideias dos ingleses Beatrice e Sidney Webb que logrou criar a forma de governo mais próxima do paraíso na terra. E conseguiu se nutrir  dos dois opostos. A Suécia foi o modelo mais bem acabado de estado de bem-estar social predominante na Europa após a Segunda Guerra Mundial.
         Na década de 1960, a Suécia desviou-se mais para a esquerda com a segunda geração de direitos humanos, ampliando e liberalizando a educação e o sistema de saúde universal. Essas medidas pediam cada vez mais a presença do Estado. Entre 1950 e 1990, o setor público ampliou 1 milhão de empregos e o setor privado praticamente estagnou. A solução para esse aumento de gastos era sempre o aumento de impostos. Em 1993 a crise chegou e o país teve que rever todos os conceitos anteriores. Reduziu a participação do PIB nos gastos públicos de 67% para 49% e fez uma imensa revolução fiscal, reduzindo as mais altas alíquotas.
         E a políticas sociais? Na educação os suecos introduziram escolas pagas pelo governo, mas geridas pela iniciativa privada e usaram o conceito de vouchers educativos. Mas a maior revolução veio na saúde. Estocolmo tinha seis grandes hospitais gerenciados pelo poder público. O maior deles o St. Gorans (São Jorge) passou a ser gerenciado por uma empresa privada, que fez uma verdadeira revolução, introduzindo conceitos de fluxos de pacientes, qualidade e lean healthcare, metodologia trazida da indústria (sistema Toyota de produção). Os outros hospitais logo seguiram o exemplo.
         Esse modelo tem transformado a gestão de saúde em alguns países pelo aumento assombroso da eficiência com redução de custos. Para se ter uma ideia, as filas sempre foram o maior problema do sistema de saúde sueco. Hoje, hospitais como o St. Gorans giram os seus leitos com menos de quatro dias – só como comparação na Alemanha a média é de 7,5 dias. Isso reduziu tempos de espera e necessidade de novos leitos (construção de hospitais). A Suécia tem 2,8 leitos hospitalares para cada 1.000 cidadãos, comparado com 6,6/1.000 na França e 8,2/1.000 na Alemanha (o Brasil tem 2,4 leitos/1.000). Hoje o governo sueco compara e divulga os resultados de seus hospitais, premiando-os por seus resultados.
         A Suécia tem os hospitais mais eficientes da Europa nos dias de hoje e isso se deveu a uma crise. Nós estamos passando por algo semelhante. Um Estado inchado e pessimamente gerido nos levou a este impasse. A primeira atitude é acertar a arrecadação com a despesa. Há desperdícios incríveis no sistema de saúde brasileiro e uma imensa oportunidade. Os hospitais públicos brasileiros têm média de permanência indecentes – alguns chegam a 20 dias.
         A criação de forma mal planejada de unidades não hospitalares (UPAs) se tornou um grande problema. São estruturas caras, ineficientes e se tornaram substituto equivocado de hospitais, aumentando a mortalidade de pacientes internados nesses locais. Outra tragédia que aumenta o desperdício de forma é a forma de descentralização feitas nos últimos anos no país. O modelo de descentralização municipal está esgotado. A economia de escala, sabemos hoje, se correlaciona na área da saúde com melhores resultados clínicos e econômicos. Trabalhos feitos na Índia por economistas de Harvard comprovaram isso.
         Além do mais, um modelo que muda gestores a cada quatro anos está fadado ao insucesso. Um bom exemplo é o desperdício de não utilizarmos estruturas semelhantes, porque uma só atende privado e outra só o sistema público. Estamos jogando dinheiro que não temos fora. Em Belo Horizonte caberia apenas dois bons serviços de cirurgia cardíaca, no máximo três hospitais de atendimento de trauma maior e não aproveitamos a sinergia que poderia haver entre o público e o privado, por razões extrainteligência. Um fato como este melhoraria a mortalidade da população com custos menores.
         É óbvio que o governo investe pouco na saúde do país, mas se juntarmos com o investimento privado temos 7% do PIB investidos. Precisamos e devemos urgentemente repensar nossos modelos de gestão. Essa crise é uma oportunidade de ouro. Ela expôs nossa grave ineficiência.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 480,28% para um período de doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 324,9%; e em outubro o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...