terça-feira, 26 de setembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES, DESAFIOS E POTENCIALIDADES DA AMAZÔNIA NA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO E INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, SACRALIDADE DA VIDA, JUSTIÇA E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Educação por um mundo com Amazônias

       Como seria o mundo sem a Amazônia? Seria um mundo mais quente e seco: somente no Brasil, a temperatura subiria 0,25ºC, e haveria 25% menos chuvas, segundo uma estimativa feita em 2019 pelos pesquisadores.

         O problema, porém, vai muito além. A Amazônia também é casa de uma enorme diversidade de pessoas, histórias e contextos, que, em comum, são marcados por uma imensa desigualdade.

         Enquanto o percentual de pessoas em situação de pobreza registradas em 2021 na Amazônia Legal é de 45%, no restante do Brasil é de 26,9%, segundo o IBGE. Informações do DataSUS apontam que a mortalidade infantil em 2021 na Amazônia Legal foi de 14,4 para cada mil nascidos vivos – acima da média no resto do país, de 11,4. Já o Ideb foi 3,4 no ensino médio dos Estados da região, em 2021, frente a 4,1 no Brasil; e o percentual de jovens de 25 a 29 anos com ensino superior completo, 22,5%, e 14,5%, respectivamente.

         Lidar com tantos desafios demanda medidas estruturais, e a educação é uma das principais entre elas. Um caminho promissor é promover o desenvolvimento integral dos jovens para que possam fazer escolhas conscientes sobre sua vida e a participação que querem ter no meio em que vivem.

         Nesse sentido, conhecer todas as Amazônias, suas histórias, desafios e potencialidades pela voz de quem vive no território é fundamental para que os estudantes possam se conectar com esse conhecimento e transformá-lo em consciência cidadã, agindo para transformar o mundo.

         É isso que se pretende com o Programa Itinerários Amazônicos, realização conjunta do Instituto iungo, do Instituto Reúna e da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, em parceria e com investimentos do BNDES, Fundo de Sustentabilidade Hydro, Instituto Arapyaú, Movimento Bem Maior e patrocínio da Vale.

         A iniciativa tem como objetivo promover a Amazônia – em sua complexidade ambiental, social, histórica, cultural e econômica – nos currículos de ensino médio. Ele consiste em ofertar às redes de ensino materiais pedagógicos e formação docente para que os jovens do ensino médio possam aprender, em profundidade, sobre mudanças climáticas, questões sociais, culturais e econômicas da região e os valores tradicionais dos povos da região favoráveis à conservação da floresta.

         O programa, feito com a participação ativa de pessoas que conhecem profundamente todas as Amazônias do Brasil, oferece um material que é, ao mesmo tempo, aprofundado e flexível, pois permite que as redes de ensino o incorporem da forma que for mais adequada à sua realidade educacional. E também promove a formação continuada para professores e gestores das escolas públicas da região, por meio de parceria com as redes de ensino estaduais.

         Reforçar a Amazônia nos currículos é necessário, pois pensar seu desenvolvimento sustentável é papel de todos. Diante do alerta da ONU sobre o risco do não cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) até 2030, a parceria entre governos e sociedade civil é apontada como algo essencial para alavancar as ações rumo a essas metas nos próximos sete anos.

         Mesmo que o cumprimento integral dos ODSs seja pouco provável no prazo definido pelas Nações Unidas, e ainda que o desmatamento irreversível de partes da Amazônia não tenha sido completamente evitado, agir para alcançar o máximo de resultados é fundamental para evitarmos uma catástrofe ambiental e social. Promover uma educação capaz de possibilitar que os jovens do ensino médio de todo o Brasil conheçam e ajam a favor da Amazônia é cuidar do planeta.”.

(Eduardo Fischer (*) e Paulo Andrade (**), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de setembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 16).

(*) Eduardo Fischer é CEO da MRV&CO, presidente do Instituto MRV e líder de impacto pelo Pacto Global da ONU Brasil; (**) e Paulo Andrade é presidente do Instituto iungo.

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 22 de setembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Vida em primeiro lugar

       A vida em primeiro lugar é o inegociável e insubstituível princípio do Evangelho da vida, centro da mensagem de Jesus. Solenemente, o Mestre proclama: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Os que creem em Jesus Cristo, em diálogo e cooperação com os que defendem a vida desde a concepção até o declínio com a morte natural, se posicionam, sem concessões, contra o aborto. Não há espaço para ceifar vidas – um desatino criminal – ampliando legislações abortistas, sob a justificativa de que se busca solução para outros problemas graves. A correção de descompassos que sacrificam vidas humanas não pode significar a eliminação de outras vidas, dos nascituros, especialmente indefesos. Por isso mesmo, a Igreja Católica se opõe ao precedente que se busca abrir com a Arguição do Descumprimeto de Preceito Fundamental (ADPF) 442, em análise no Supremo Tribunal Federal. Esse precedente diz respeito à consideração da legalidade do aborto até 12ª semana de gestação. E a Igreja é contra a legalização do aborto.

         Quem defende a legalização do aborto fundamenta-se em três princípios: o primeiro princípio refere-se à consideração que a vida uterina tem irrelevância jurídica. Essa premissa pode levar à legalização do aborto em outras fases da gestação, como ocorre em outros países. O segundo princípio relaciona-se à “proteção gradativa da vida”. Isto significa considerar que o ser humano, a depender do estágio de sua vida, se torna mais ou menos merecedor da proteção de seu direito de viver. Quem defende a legalização do aborto que, sublinhe-se, não existe na Constituição Federal do Brasil. Uma discussão tão séria, com consequência direta na promoção e defesa da vida, deve motivar a sociedade brasileira a questionar: por que não se aceita a participação de instituições representativas e de reconhecida autoridade moral e social, a exemplo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nessa discussão que ocorre na Suprema Corte? Oportuno lembrar que o diálogo com diferentes segmentos é um dos pilares da sociedade democrática.

         Ao invés do diálogo, o calendário proposto para a discussão do tema revela desrespeitos à democrática participação. Há de se considerar que um tema de graves repercussões, que está em confronto com o pensamento antiabortista da maioria da população brasileira, não pode se limitar a uma discussão restrita – respeitada a competência do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao deliberar sobre o aborto, sem envolver ampla participação democrática, a Suprema Corte é chamada a responder: o STF considera o Congresso omisso e, por isso, ultrapassa a sua própria competência para legislar sobre o aborto? Oportuno lembrar que essa discussão, sem envolver o Parlamento, representa ferida na democracia, pois além de desconsiderar a participação da sociedade civil, também não contempla os representantes eleitos pela população. Trilhe-se adequadamente o caminho para tratar tema tão grave – não por uma ADPF, que parece ter mais força que grande parte da população brasileira e de procedimentos democráticos. Importante recordar que o Brasil é signatário de tratados internacionais em que se compromete a proteger a vida.

         Aborto é a eliminação de uma vida humana. E ninguém tem o direito de escolher se uma pessoa deve ou não viver – todo ser humano é sagrado. Legalizar o aborto é uma imoralidade e, por isso mesmo, todos que são fiéis ao Evangelho da Vida devem se posicionar pela defesa de cada ser humano, especialmente dos nascituros e vulneráveis. A discussão no STF conduza a aprimoramentos de princípios democráticos, que demandam iluminação de parâmetros morais. Esses princípios contribuam para que representantes do povo brasileiro definam necessárias políticas públicas, pois é justamente a ausência dessas políticas que, equivocadamente, fundamenta o argumento de quem defende o crime do aborto. O rico horizonte do Evangelho da Vida precisa emoldurar o entendimento jurídico e sociopolítico da sociedade, para que todos reconheçam a dignidade incomparável de cada ser humano.

         A vida humana, para além de suas dimensões terrenas, contempla a participação na vida de Deus. A sublimidade dessa vocação sobrenatural revela o valor e a grandeza do ser humano, que precisa ser respeitado em todas as etapas de sua existência. Por isso, a Igreja sabe e faz ecoar na interioridade de crentes e não crentes, pela luz da razão e por força da graça, o reconhecimento da Lei Natural que está inscrita no coração humano. Essa Lei Natural expressa o valor da vida de cada pessoa, desde a concepção até o declínio natural. Não se pode contemporizar e relativizar essa Lei Natural inscrição no coração, tornando urgente e massivo o anúncio do Evangelho da Vida, para debelar todas as ameaças à existência humana – aborto, guerras, misérias, violências e discriminações. O panorama atual é inquietante e exige coragem profética, em uma movimentação forte e veloz, para reverter situações configuradas pelo mal. Nesta perspectiva, todos se unam para que o Brasil não se afaste do horizonte de sua Constituição Federal, não aprove o aborto, uma derrocada moral. É preciso discernir entre o bem e o mal pela do Evangelho da Vida, pela lição de colocar sempre a vida, dom sagrado, em primeiro lugar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 12,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em agosto, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,61%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA INOVAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCUTA AMOROSA, VERDADE QUE ILUMINA E PALAVRA EDIFICANTE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“As oportunidades de um país maduro

       Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o envelhecimento avança de forma acelerada no Brasil.

         Até o final desta década, o número de jovens será menos da metade da população, configurando o fim do atual bônus demográfico, que ocorre quando um país tem mais pessoas com idade economicamente ativa em comparação à população inativa (idosos e crianças).

         A questão que se coloca no país é a perspectiva de envelhecer sem ter enriquecido, a exemplo que ocorreu majoritariamente nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Diante da iminente perda do bônus demográfico, temos o desafio de buscar alternativas de desenvolvimento que sejam consistentes com o novo padrão etário e econômico que se desenha no país.

         A economia brasileira tem experimentado nas últimas décadas um processo de desindustrialização acelerada, o que indica a necessidade de buscar alternativas para o país. Neste sentido, um novo padrão de desenvolvimento baseado na economia sustentável e do conhecimento parece uma boa alternativa a ser seguida.

         A sustentabilidade econômica está ligada ao conhecimento e à inserção competitiva das empresas brasileiras no jogo global, além de ser a base de uma sociedade estável e mais justa. Já o acúmulo de conhecimento é uma condição necessária para o desenvolvimento de soluções que causem menos impactos ao meio ambiente.

         Diferentemente do que havia nas sociedades industriais, o principal recurso econômico deixando de ser os recursos da natureza, capital ou mão de obra (muitas das vezes pouco qualificada), para ter como base o conhecimento e a inovação.

         Deste modo, o envelhecimento populacional, antes de ser uma ameaça ao desenvolvimento, pode se constituir uma oportunidade. Estamos diante da evidência que a experiência e o conhecimento acumulado serão decisivos na construção do novo paradigma econômico que se avizinha.

         Naturalmente, os custos com a previdência e saúde se elevam com o passar dos anos, entretanto, o envelhecimento uma vez acompanhado de políticas de prevenção de doenças e de promoção de hábitos saudáveis, pode, paradoxalmente, se constituir num pilar da sustentabilidade dos sistemas sociais, já que o casamento da economia sustentável e do conhecimento com hábitos saudáveis, indica uma perspectiva de consistente elevação na expectativa de vida. Assim, o sistema econômico passaria a contar com indivíduos hígidos e produtivos em maior período, o que potencializará a a viabilidade do padrão de desenvolvimento.”.

(João Matos. Professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio – FPMR, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de julho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tradução do silêncio

       O tradutor oficial da corte inglesa na segunda parte do século XVI, o poliglota Giovanni Florio, era versado, ao mesmo tempo, em latim, italiano, alemão, francês, espanhol e inglês. Como excelso tradutor da sua época, sustentava teorias de perfeccionismo na sua profissão: “Precisa interpretar (de um pronunciamento) corretamente o silêncio, além de ser necessário conhecer muito bem a língua de um homem”.

         Ele era mais que um simples intérprete e chegou a colher uma admiração irrestrita de Elizabeth I por suas “traduções” que iam além da transliteração e captavam o “não dito”, as entrelinhas, as nuances que ficariam ocultas.

         A palavra, é preciso lembrar, é um ato de criação – não apenas de ideias, mas de descrições. Pode ser vista como uma magia dos homens, já que os animais não a possuem.

         Pode alegrar, felicitar ou, ainda, machucar mais que uma lâmina. Faz surgir, do nada, objetos, sentimentos, circunstâncias. Não há limites para a palavra. Substitui as imagens não presenciadas. Pode fazer descer às profundezas e captar o segredo dos bons, as maldades dos diabos; revelar a inconsistência dos ignorantes, o vasto oceano de sabedoria.

         A palavra certa, no momento certo, no local adequado, pode iluminar a compreensão – até dar voo e criar um ambiente sublime. Pode também entristecer, aterrorizar, levar à morte.

         Florio tinha ciência de que uma má tradução poderia provocar perda irreparável, condenação imerecida e até ódios e horrores. Bem por isso, no fim de sua existência, forjado pelas responsabilidades cruciais, confessava que “a gramática e a palavra eram os meios úteis para pacificar a humanidade, mais do que tratados de paz e acordos comerciais firmados entre homens de Estado”.

         A palavra correta, no tom mais próprio à circunstância, quebra a resistência da ignorância, penetra no íntimo, abre o coração, conquista territórios e riquezas, ergue a paz no meio dos desentendimentos e das incompreensões. Mas, cuidado: “Para compreender o ânimo de um homem, é preciso escutar como ele fala, pois a maioria das coisas fica sem ser dita, nas entrelinhas silenciosas. A parte não dita pode ser a mais importante e fixa o sentido da verdade.

         Pode parecer complicado, mas é próprio do homem, por tendência egoísta e preservacionista, fugir do que lhe desagrada, do que o complica, do que o desmente, do que o faz lembrar-se de que está em falta com a verdade.

         Se um cisco no olho alheio assume mais gravidade que a trave que cega a visão do próprio estulto, é por aí: “As palavras são as cores de um quadro; o silêncio, as sombras”. Por isso, é preciso prestar mais atenção às áreas de treva; nelas, como no silêncio, o indivíduo esconde o que o incomoda, aquilo que o povo não pode sonhar. Transcorridos mais de 400 anos, se o tradutor de Elizabeth I reencarnasse no Brasil, teria que se dedicar a “interpretar o não dito dos culpados”, daqueles que, do trono, falam despudoradamente sem parar. Falam por medo de ter que escutar. Viajam para longe porque recolhem menos vaias que por aqui.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em agosto, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,61%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

  

terça-feira, 19 de setembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO CIDADÃ E PROFISSIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DAS EXUBERÂNCIAS NATURAIS, PAISAGÍSTICAS E RELIGIOSAS DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Preparação para o Enem

       O ensino médio e a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são etapas cruciais na vida dos estudantes, pois representam o momento em que eles consolidam conhecimentos e competências essenciais para o futuro. Nesse contexto, o papel dos pais e professores é fundamental para garantir uma formação sólida e bem-sucedida. Ambos desempenham funções que se completam, trabalhando em conjunto para oferecer suporte, orientação e incentivo aos estudantes.

         Os pais são os primeiros educadores de seus filhos e exercem um papel essencial no desenvolvimento acadêmico. Desde a infância, são responsáveis por estimular o interesse pelo aprendizado e cultivar hábitos de estudo e disciplina. No ensino médio, o envolvimento dos pais continua sendo crucial, pois eles podem ajudar a identificar as habilidades e dificuldades do estudante, auxiliar na organização do tempo de estudo e proporcionar um ambiente adequado para a concentração nos estudos. Além disso, o apoio emocional e encorajamento dos pais são fundamentais para que os estudantes enfrentem os desafios com confiança e perseverança.

         Os professores têm um impacto profundo na formação dos alunos durante o ensino médio. Eles são responsáveis por transmitir conhecimentos, incentivar a curiosidade intelectual e despertar o interesse pelos diferentes conteúdos. Além disso, educadores comprometidos podem ser mentores valiosos, orientando os estudantes na escolha de carreiras e no planejamento para o futuro, o que é especialmente importante em um momento em que os jovens enfrentam tantas dúvidas e incertezas.

         O engajamento de educadores também reflete na motivação dos estudantes para se prepararem adequadamente para o Enem, bem como em outros outras oportunidades acadêmicas.

         Ter os pais e professores trabalhando em harmonia pode ser um divisor de águas na preparação do aluno, pois tal sinergia beneficia significativamente sua formação. A comunicação frequente entre esses dois agentes educacionais é fundamental para acompanhar o progresso dos alunos, identificar eventuais dificuldades, discutir estratégias de melhoria e celebrar conquistas. A colaboração entre eles também pode contribuir para a criação de um ambiente escolar mais acolhedor, que estimule a participação ativa dos pais na vida escolar e, por consequência, o desempenho acadêmico dos estudantes.

         A união dos pais e professores na jornada educacional dos estudantes vai além do ensino médio e da preparação para o Enem. A parceria fortalece a base para o desenvolvimento contínuo dos jovens, preparando-os para enfrentar os desafios da vida adulta e da vida acadêmica futura. O exemplo de uma colaboração bem-sucedida entre pais e professores também inspira os estudantes a valorizarem a educação e a busca pelo conhecimento como pilares fundamentais para o crescimento pessoal e profissional.

         Em conclusão, o papel dos pais e professores no ensino médio e na preparação para o Enem é de extrema importância, pois esses atores educacionais desempenham funções complementares para o desenvolvimento integral dos estudantes. A união entre eles cria um ambiente propício para o crescimento intelectual e emocional dos jovens, preparando-os para enfrentar com confiança as adversidades que o futuro reserva.

         Essa parceria é fundamental para construir uma sociedade mais preparada e consciente da relevância da educação na formação de indivíduos capacitados e comprometidos com o desenvolvimento do país.”.

(Carlos Pirovani. CEO da Estuda.com, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de setembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 15 de setembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Lições da Piedade

       A Festa da Padroeira de Minas Gerais – Nossa Senhora da Piedade, no dia 15 de setembro, convoca todos os mineiros, e os devotos mundo afora, a peregrinar ao alto da Serra da Piedade, magnífica arquitetura divina. Percorrer cinco quilômetros – da entrada ao topo da montanha sagrada – até atingir 1746 metros de altura, para visitar a Ermida da Padroeira de Minas Gerais, a menor basílica do mundo. Lá é a casa de clemência e de bondade – a casa da Mãe da Piedade. A devoção à Nossa Senhora da Piedade identifica a alma mineira, com a singularidade da Mãe que aconchega o filho, Homem-Deus, no seu colo, participante de sua paixão, morte e ressurreição. Maria garante aos seus filhos proteção e intercessão. É também exemplar para aqueles que seguem Jesus, pois é Mãe que se torna discípula de seu Filho, mostrando ser Jesus o centro de tudo. Uma lição que educa o ser humano para viver a fé em seu sentido mais autêntico. A devoção mariana é, assim, indispensável, pois ajuda a temperar sentimentos, contribuindo para que a humanidade encontre equilíbrio. Promove o sentido autêntico e belo da vida – uma proteção para as ameaças dos radicalismos, das ideologizações extremadas, dos racionalismos e das relativizações, emoldurados pela pretensão humana de eleger sua “régua” como medida única de tudo.

         Quando essas ameaças tomam conta do coração, desertificando-o, perde-se o encantamento que só o dom maior da vida tem. Debelam essas ameaças as estampas contempladas na Serra da Piedade, de mil facetas, pela exuberância das manifestações da natureza que configuram o jardim de Nossa Senhora da Piedade. No impressionante território do Santuário da Padroeira de Minas Gerais estão reunidas belezas da Mata Atlântica, dos Campos Rupestres e do Cerrado – remédios que curam, temperos que dão sabor ao viver. Um jardim formatado pelas mãos divinas, sem engenharia humana, com manifestações que sensibilizam mentes e corações. Uma sensibilização com força educativa, nascida de uma academia especializada, com leveza e tantas outras propriedades capazes de dar relevo e lucidez ao ser humano. As exuberâncias do jardim de Nossa Senhora – com um milhão e 200 mil metros quadrados – revelam, da maneira mais completa, o que Minas Gerais é, definindo a sua identidade geográfica, humana e religiosa.

         O mais singular das montanhas de Minas – a aragem e o silêncio – se experimenta intensa e fortemente na Serra da Piedade. Uma aragem que limpa a alma desanuviando o olhar para fecundá-lo com os traços da beleza, dando poesia à existência, com um silêncio que remete ao coração de Deus. Alimenta, assim, a indispensável competência humana e espiritual para dialogar, condição insubstituível na tarefa cidadã de construir uma sociedade justa, fraterna e solidária. Todo diálogo necessita de adequada capacidade para escutar, fecundada por uma aprendizagem que só o silêncio arquiteta na mente e na inteligência. Na Serra da Piedade, o silêncio exercita uma contemplação temperada pela aragem e pelo encantamento das belezas da natureza, com singularidade terapêutica de uma medicina, exercício com força educativa de uma escola. Esse exercício é praticado sem a condução de um maestro – lá no alto da Serra, todos, com idades diferentes, crianças, jovens e adultos, tornam-se aprendizes do viver humano qualificado. Na medida própria de cada um, o olhar colhe detalhes com força educativa e terapêutica, sem as artimanhas ou as ilusões de “belezas” comercializadas.

         Contata-se, com convicção, que cada visita, cada momento – manhã, tarde ou noite –, na Serra da Piedade, apresenta lições únicas, sem repetições. Lugar que reúne as riquezas de Minas – minerais, ambientais e um relevante aquífero –, constituindo uma escola para a educação ambiental. O Santuário Basílica da Padroeira de Minas Gerais, assim, aponta para a luta da preservação, para a necessidade de se construir entendimentos essenciais à configuração de legislações não predatórias. Um território sagrado que inspira a inteligência por mostrar a importância de um desenvolvimento sustentável e integral. Nesse sentido, reconheça-se o inesgotável potencial turístico da Serra da Piedade, com singularidades que desafiam autoridades e construtores da sociedade para a necessidade de investimentos em mobilidade. Esses investimentos podem alavancar o desenvolvimento econômico, a partir da incontestável potencialidade do turismo religioso – promotor de avanços econômicos e sociais contando com o zelo singular da Igreja Católica, que conserva seus patrimônios – também patrimônios de toda a humanidade.

         Esta barra de ouro, a Serra da Piedade, é incrustada pelo diamante do Santuário da Piedade. No altar das montanhas de Minas, Cristo fincou sua cruz redentora, e a Mãe da Piedade, pela devoção de Antônio da Silva, o Bracarena, há mais de dois séculos e meio, pôs sua casa de clemência e de bondade. Uma casa que é escola qualificada para a aprendizagem e a prática do seguimento de Jesus Cristo – máxima realização da existência cristã. Nossa Senhora é o modelo da obediência à vontade de Deus, que se desdobra em compromisso com a justiça, defesa dos pobres e fidelidade à verdade que liberta. No topo da montanha, a Praça Cardeal Motta lembra um filho ilustre e iluminado de Minas Gerais. O Cardeal Motta foi quem conseguiu os encaminhamentos necessários para que a Mãe da Piedade se tornasse a Padroeira de Minas. Maria, Mãe da Piedade, além de modelo e paradigma para a humanidade, é artífice de comunhão, atraindo multidões à proximidade com Jesus Cristo e a sua Igreja. Neste dia da Festa de Nossa Senhora da Piedade interpele os corações o convite para peregrinar ao Santuário da Piedade, caminho para sempre aprender muitas e novas lições.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em agosto, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,61%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!