quarta-feira, 28 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NO ENSINO DA MATEMÁTICA E O REMÉDIO DA COMPAIXÃO NA SUSTENTABILIDADE


“O Brasil e a matemática: entre o orgulho e a vergonha
        O Brasil acaba de ser promovido para o Grupo 5, a elite da matemática mundial, que reúne as nações mais desenvolvidas na pesquisa da área, como Estados Unidos, Alemanha e Japão. Isso deveria ser motivo de orgulho, não fosse pelo fato de o país ter também um dos piores índices de aprendizagem nessa área. No último Pisa, exame internacional aplicado a jovens em torno dos 15 anos, o Brasil ficou em 66º lugar no ranking de proficiência em matemática entre 70 participantes – atrás do Qatar, Indonésia e de seus vizinhos da América Latina.
         Nessa prova, 70% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível básico, sem conseguir resolver problemas numéricos simples. A OCDE considera essas habilidades um pré-requisito mínimo para exercer a cidadania. No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o ensino médio brasileiro nunca atingiu a nota 4 sobre 10. Apenas 7% dos alunos atingem o aprendizado adequado em matemática; nas escolas públicas, o índice é de 3,6%.
         As deficiências de base se tornam gritantes no ensino superior. Na graduação de engenharia, só metade dos estudantes matriculados conseguem se formar. Esse quadro tem consequências graves na falta de qualificação e baixa produtividade dos profissionais e, claro, na perda de competitividade do país.
         Até o momento, não há sinais de melhora na educação matemática. Mas a virada seria possível, como já mostraram diversos países que reestruturaram o sistema educacional e hoje alcançam as melhores notas. Para isso, há três desafios fundamentais.
         O primeiro deles é a revisão do currículo, retirando a ênfase excessiva no ensino da álgebra, que exige níveis cognitivos e capacidade de abstração muitas vezes acima das faculdades de crianças e adolescentes em idade escolar. Muitos alunos temem a matemática porque não entendem as aulas. Há que trabalhar com desafios que tenham mais relação com o dia a dia do aluno e façam sentido na prática, estimulando o raciocínio lógico e o gosto por resolver problemas. Se eles curtem games, é claro que podem se apaixonar pela matemática.
         Além disso, é preciso empreender uma verdadeira cruzada para superar o analfabetismo funcional. Reforçar, desde os primeiros anos escolares, a leitura e a interpretação de textos, imprescindível para resolver exercícios e entender enunciados.
         Por fim, há que qualificar os docentes. Um em cada três professores de matemática não tem formação na área. Atualmente, há novas formas de ensinar, que são mais motivadoras para o aluno e melhoram o aprendizado. O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) vêm dando excelente contribuição para repensar o ensino dessa disciplina, por exemplo, com a Olimpíada Brasileira de Matemática. É necessário ampliar o diálogo entre esses estudiosos e os professores das escolas, muitas vezes isolados e esquecidos, sem apoio nenhum para inovar.”.

(ANDREA RAMAL. Consultora em educação, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de fevereiro de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 23, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“O remédio da compaixão
        Causam perplexidade a crescente violência e a força destruidora das indiferenças. As perseguições e o gosto mórbido de se destruir reputações ou tratar, com espetacularização, a condição humana são graves ameaças. E diante deste turbulento cenário, ainda surgem figuras que se apresentam como a “força da moralização”, mas agem com truculência e se autopromovem a partir da disseminação de notícias falsas, criando confusões e semeando desarranjos. Há, assim, uma retroalimentação das hostilidades, disputas, revides e, de modo preocupante, do espírito doentio daqueles que querem ver “o circo pegar fogo”.
Constata-se que o coração das pessoas, projetado para ser da paz, se transforma em lugar que abriga sentimentos de vingança, de apreço ao banditismo. Distancia-se, assim, do sentido humanístico indispensável para alimentar a fraternidade e a solidariedade. O processo crescente de desumanização conduz a sociedade ao colapso. Os cenários são de guerra, o que é comprovado pelas estatísticas sobre homicídios provocados pela falta de compromisso com a sacralidade da vida do outro, que é irmão.
Na contramão da indispensável e urgente sensibilização humana, o que se verifica é um processo de petrificação dos corações, uma patologia. Afinal, quem cultiva o hábito de praticar maldades é doente. As práticas que, apesar de sedutoras, levam as pessoas e instituições ao fracasso, são também indicações do grave sintoma da devastação das referências humanísticas. Há uma perda de limites: as consequências dos atos inadequados e imorais nem sequer são consideradas. Isso decorre da falta de compromisso com a honestidade. A probidade, que deveria ser norteadora de condutas, não tem seu valor reconhecido.
Uma sociedade vivida nesse horizonte confuso não tem força para se recuperar de crises. Carece de sabedoria para reencontrar caminhos e respostas. E as pessoas não conseguem perceber o sentido e o alcance da vida como dom. Pelo contrário, as condutas ficam emolduradas pelos estreitamentos humanísticos que levam a cidadania a ser palco de teatralizações. Consequentemente, a vida cotidiana distancia-se da felicidade, possível quando todos se reconhecem como pertencentes a uma grande família – todos se percebendo como irmãos uns dos outros.
É preciso um remédio que tenha força de ação no coração humano. É lá que reside o problema. Chegue, pois, aos corações, o remédio da compaixão, capaz de fazê-lo sede da experiência do amor. Os processos que tendem a brutalizar o coração humano precisam ser debelados. Isso inclui investimentos em segurança pública, legislações, infraestrutura e, principalmente, promover, no ambiente familiar, religioso, entre tantos outros, o remédio da compaixão. A compaixão permite o desenvolvimento de competências, de responsabilidades, a recuperação do sentido de irmandade, a alegria do pertencimento a um povo, o gosto de zelar por seu patrimônio e o comprometimento com aqueles que precisam de ajuda. A patologia do embrutecimento, por sua vez, leva à perda do sentido mais profundo da vida, causando sequelas e trazendo prejuízos preocupantes – mortes, suicídios, violências de todo tipo, indiferenças destruidoras. Por isso mesmo, precisa ser tratada com o remédio da compaixão.
A compaixão não é fraqueza, menos ainda conivência com os erros que requerem penas e correções. A aprendizagem e a prática da compaixão, legado próprio da espiritualidade cristã, são o remédio que trata o coração humano, fonte inesgotável para se lavar e se purificar. É preciso reconhecer-se como necessitado desse remédio. Vivenciar a semana santa, seguindo os passos de Jesus Cristo – a compaixão – é tomar esse remédio para se curar de muitos males, caminho para se tornar agente construtor de uma vida nova, de um tempo novo e um exercício que permite educar o coração para reconhecer a importância do outro, principalmente quem é pobre e indefeso.
Limpar o coração de mágoas que geram vinganças e ressentimentos. Cultivar o gosto pelo bem e pela verdade. Compreender a vida como dom. Abrir um ciclo novo para a própria vida, na vivência e celebração da semana maior, a semana santa. Eis o convite: o remédio da compaixão!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






segunda-feira, 26 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA MISSÃO E A FORÇA DA VONTADE NA SUSTENTABILIDADE


“Encontrando a resposta para a pergunta: Qual é minha missão?
        Quando um ser – já conscientemente desperto para níveis cósmicos de existência – vem à encarnação com tarefas definidas, o tempo para que se libere da densidade dos veículos materiais depende também do grau de ilusão ao qual tenha se submetido no passado.
         Não sendo um ser totalmente liberto, as fantasias do plano material o arrastarão por um período; porém, se um determinado nível de decisão interna já existe, não há possibilidade de que não realize sua tarefa, mas poderá atrasar-se dentro do ciclo geral, caso o envolvimento com a matéria ultrapasse o limite previsto – o que pode acontecer nos níveis em que ainda existe livre-arbítrio mental.
         A etapa do verdadeiro serviço inicia-se quando podeis conceber que sois uma fagulha do Centro Irradiador de toda a vida, e que essa etapa em nada corresponde ao processo externo que viveis. Quando em qualquer situação está claramente presente em vossa consciência que, independentemente dos rumos que a vida externa tome, estais em constante comunhão sutil com vossa essência, passais a assumir o caminho do regresso e o serviço junto com nossa Irmandade.
         Até então fostes um peso a ser impulsionado, e que constantemente exigia atenção de energias condutoras, as quais vos iluminavam para que não vos identificásseis ainda mais com a vida humana. Vossas forças, que antes consumíeis em processos pessoais, serão canalizadas para tarefas internas, planetárias e cósmicas.
         Os trabalhos que vos levam ao despertar exigem um direcionamento contínuo e definido de energia. Tecidas por força da inércia, teias colaram-se a quase todos vós, de modo que não mais sabeis o que sois em essência. Mesclados com esses fios que oprimem, muitos não se conscientizam de que são escravos de redes que sugam a vida. Tão cegos se tornaram pela ignorância material, que chegam a sentir prazer na própria escravidão.
         Mesmo os que se dizem seguidores do plano evolutivo questionam se devem libertar-se totalmente da matéria ou fazê-lo apenas em parte. Num caminho de fusão com as Hierarquias, como este vos apresentamos, não podemos aceitar meias medidas. A inteireza de atitude e das definições internas de cada um é essencial para podermos chegar a vós e conduzir-vos à presença da Luz Maior.
         Estais tendo, a todo instante, vossa energia trasladada. Numa próxima etapa, de maior fluidez nesse processo, podereis completar a transmutação de vossa essência.
         Contais com a proximidade e o contato com consciências solares que, como ímãs, atraem-vos para a libertação material.
         Adiantai-vos no caminho da integração, pois é chegada a hora de estardes unidos a um novo potencial. Abandonai vossas próprias ideias acerca do vosso processo evolutivo, do vosso serviço, das vossas tarefas. Abandonai toda expectativa acerca da união superior, pois é chegada a hora de serdes tomados pela energia maior do Amor Cósmico.
         Amai a Lei, amai o Ser que se eleva à Luz.
         Não mais sereis uma partícula separada que busca o seu lugar no Cosmos, perdida em peregrinações. Sereis o próprio oceano, e essa energia não mais os abandonará. Nós nos tornaremos, nesse despertar, uma só fusão energética.
         No seio do Cosmos está a semente. Resquícios humanos são queimados na Luz, e a verdadeira veste é então reconhecida. O louvor não é alcançado com pedidos ou com sentimentalismo. O louvor nasce da coragem e da determinação de avançar em direção a essa Luz que vos chama.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de março de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A força da vontade pura
        O que predomina no homem de vontade é o domínio de si mesmo. Quem pertence a essa categoria humana controla um sentido poderoso de responsabilidade, age assim com firmeza ante as circunstâncias da vida e não se deixa dobrar facilmente ou se levar pela ânsia de sucessos humanos.
         Valoriza mais o ideal que a conta bancária, mais a sinceridade que as palavras rebuscadas. Sabe que neste mundo nada levará a não ser os méritos de seu esforço. Tem noção que vem de um infinito e a outro está destinado. Respeita a vida no animal, na planta, na água e em todo o sistema. Abomina o sofrimento e a injustiça e se levanta sempre que pode diminuí-las.
         É tolerante, respeitoso, nunca passivo ou indiferente. Suporta e aguarda a hora em que a justiça divina se cumpra com perfeição.
         É inclinado naturalmente para ações positivas, persegue o bem em tudo. Costuma avançar na crista da onda, enfrenta a vida como um desafio que lhe foi dado de viver. Não se entrega à ociosidade nem à indiferença. Sabe silenciar por longo tempo para escutar melhor o que tem de mais sutil e profundo.
         Para esse tipo de homem, no xadrez da vida existe um contínuo plano de evolução que se realiza em cada momento. Não se assombra com as forças adversas e entra em ação quando as próprias lhe garantem promover o progresso.
         Aprendeu a jejuar, sofrer em silêncio, agradecer as quedas, não odiar os inimigos, guardar energias para o momento certo, manter a concentração e a fé na justiça divina.
         É quase invencível, pois a vitória que persegue não é para ele nem para satisfazer vaidades, mas para uma causa que reputa justa. Aprendeu a ver na derrota o aprendizado para vencer.
         Ele, independentemente do berço e da família que lhe deu origem, dos estudos e dos diplomas, chega ao comando de um exército. É um homem universal, místico, marcial, estoico, dotado de pureza, utopia, audácia e destemor.
         Segundo o mago, esse homem se ergue como fortaleza, não se abala com ofensas, contempla amistosamente a decadência e as alternâncias. Sai vitorioso das derrotas. Não se deprime frente à morte, que considera o início de uma vida mais importante que a terrena, não se desorienta.
         Sabe que o ideal, quando justo, nunca se perde, persiste e escorre como águas de um rio correndo ao mar. Sabe se livrar das coisas inúteis e velhas, doar sem pedir em troca, desfazer-se do supérfluo como o cão que retira a água de seu corpo ao sair do rio.
         Dispõe-se a começar nova empreitada, de mãos livres e olho na meta. Considera a austeridade não um fim, mas um dever, uma virtude imprescindível. Ele decide confiando nos princípios, tem a rapidez da intuição, é prático, não se deixa vencer pelo oportunismo, não se vende nem por um cofre cheio de ouro e pedras preciosas.
         Seu caráter se inspira nos amigos estoicos, na dignidade das ações que transformam em bons exemplos. Enxerga com clareza a relação entre os métodos e os resultados. Não suja as mãos. Não se deixa cair em tentações.
         Ele é solidamente senhor de si mesmo, superior à dor e à tristeza, ao vil metal. Quando empreende uma justa caminhada, avança sem medo,  desfruta de cada instante da existência como fosse uma oportunidade de melhorar a humanidade. É homem tão raro quanto imprescindível entre nós.
         É um ser eminente que se libertou da pequenez, dos vícios. Quando aparece um, os milagres acontecem como aconteceram na Índia com Gandhi, homem que mereceu o título de Mahatma, ou Grande Alma.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






sexta-feira, 23 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E OS DESAFIOS DOS JUROS CIVILIZADOS NA SUSTENTABILIDADE


“O profissional certo para a sua empresa
        Toda organização quer maximizar seus resultados com times cada vez mais enxutos. Os profissionais altamente capacitados são cada vez mais valorizados e contratações assertivas são fundamentais para construir empresas capazes de evoluir.
         Para garantir a alta performance de um time, o processo seletivo deve ser muito bem planejado e preciso. Hoje, um dos principais desafios nas organizações na hora de contratar é a falta de preocupação na definição do perfil e requisitos adequados para o cargo. Outro ponto relevante é o recrutamento e seleção realizados com urgência, onde o fechamento da vaga a qualquer custo se sobrepõe ao planejamento e análise.
         Em muitos momentos, torna-se imprescindível a contratação de uma consultoria de recursos humanos com expertise em recrutamento e seleção e ampla experiência em todas as etapas do processo seletivo. A consultoria viabiliza um resultado em curto prazo, de forma a atender as necessidades do cliente.
         Para se ter maior assertividade na contratação, é de suma importância que o profissional que conduzirá o processo tenha amplo conhecimento da empresa, da área, do gestor imediato, do time que irá conduzir, bem como da cultura, clima e valores da empresa e, principalmente, que faça um rico alinhamento de perfil, para, posteriormente, ir à busca do candidato ideal. O alinhamento de perfil deve ser realizado em conjunto com o RH e o gestor da área que o colaborador irá atuar.
         Para posições estratégicas, geralmente realiza-se um mapeamento de mercado e posteriormente: divulgação, análise de currículo, entrevistas por competência, aplicação e correção de testes comportamentais e técnicos, elaboração de pareceres. Feito isso, definição do short list para apresentação dos finalistas ao cliente. Enfatizando que o hunting, o banco de talentos e o networking são ferramentas muito ricas para se encontrar o candidato desejado.
         É muito importante que o profissional de recrutamento e seleção oriente o candidato quanto às informações relevantes sobre a empresa, o cargo, o desafio que estará assumindo, entre outros pontos, pois caso aconteçam falhas nesse percurso, é comum desistências e, consequentemente, recontratações. Ou seja, todo aquele ciclo de contratação recomeça. Isto implica em custos dobrados, o que, em época de crise, não é positivo para as organizações.
         Uma boa seleção deve ser capaz de analisar as habilidades e competências do candidato, bem como identificar se o mesmo está alinhado com os valores da empresa. O investimento pode reduzir uma série de custos indiretos no futuro.”.

(FERNANDA ANDRADE. Gerente de hunting e outplacement da NVH – Human Inteligence, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de FERNANDO VALENTE PIMENTEL, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), e que merece igualmente integral transcrição:

“Círculo vicioso dos juros
        A divulgação do lucro contábil não ajustado dos quatro maiores bancos brasileiros em 2017, fabulosos R$ 57,63 bilhões, num ano no qual a economia apresentou modestíssimo crescimento, repete a histórica distorção da exagerada transferência do capital dos setores produtivos para a área financeira. É algo comparável a uma transfusão de sangue do paciente para uma pessoa saudável, dificultando muito a recuperação. Para que não pairem dúvidas sobre nossa posição, somos absolutamente favoráveis ao lucro. Ademais, um sistema financeiro hígido é condição para a irrigação de crédito e para que as pessoas sintam-se seguras em lhe confiar os recursos que poupam.
         A gravidade do desequilíbrio relativo ao volume de dinheiro canalizado ao setor financeiro vem de longa data. O problema mostra-se ainda mais agudo ao constatarmos que, nos 12 meses encerrados em setembro de 2017, o lucro contábil dos quatro grandes bancos no período (R$ 54 bilhões) ficou praticamente empatado com o registrado por 260 companhias abertas não financeiras (R$ 55,3 bilhões). A rentabilidade média das instituições financeiras ficou em 13,9%, contra 4,5% das empresas não financeiras.
         Não se trata, aqui, de uma crítica ideológica aos bancos, mas sim ao modelo perverso que vem limitando o desenvolvimento. Há uma série de causas para os juros elevados: concentração bancária excessiva; insegurança jurídica e dificuldade para recuperação de créditos em default; impostos exagerados; depósitos compulsórios em percentuais muito altos, limitando a capacidade dos bancos de emprestarem recursos; política monetária conservadora; governos gastadores e ineficientes.
         Essas e outras considerações, porém, não eliminam as consequências danosas da manutenção de juros elevadíssimos no país por tanto tempo, uma das principais responsáveis pelo baixo crescimento e a intermitência de recessões. O que está sendo feito há anos é a retroalimentação de um círculo vicioso e pernicioso, com a produção de crescente déficit orçamentário e aumento da dívida pública, cujo serviço é sustentado por títulos com juros muito altos, que, por sua vez, aumentam o rombo fiscal.
         O governo (e os contribuinte), as empresas e as famílias sofrem muito com a falta do dinheiro direcionado ao pagamento de juros. São recursos que saem da economia produtiva e alimentam a ciranda financeira. Os efeitos das altas taxas são perversos: só em 2017, o setor público pagou R$ 400,8 bilhões em juros (União, R$ 341 bilhões; estados e municípios, R$ 59,9 bilhões) e as empresas e famílias, R$ 789,9 bilhões, quase o dobro. Nada pode justificar juros acima de 300% ao ano em linhas como a do cheque especial e rotativo do cartão de crédito, como ocorreu em 2017. A prática de juros básicos elevados por tantos anos, além de impactar todas as outras taxas, limita e onera muito os investimentos produtivos, torna insuportável o custeio das empresas, desestimula o consumo, amplia a inadimplência e engessa a economia.
         A decisão do Copom de reduzir, paulatinamente, a Selic, agora em 6,75%, menor taxa desde 1999, é positiva, assim como a agenda BC + voltada à revisão de questões estruturais do Banco Central e do sistema financeiro. Ainda assim, temos um dos juros básicos mais elevados do mundo. Além disso, a redução da Selic não chegou com a mesma intensidade às taxas e spreads do sistema financeiro junto aos tomadores finais, principalmente pessoas jurídicas. Caso isso continue ocorrendo, poderá ficar comprometida a expectativa de que o volume de crédito cresça entre 3% e 5% em 2018, o que seria a primeira variação positiva em dois anos.
         Os números são inquestionáveis ao apontarem a premência de, paralelamente às reformas estruturais (previdenciária, tributária e política), se reduzirem substancialmente os juros, sem voluntarismos e prestidigitações, pois as altas taxas têm sido letais para a economia produtiva, os investimentos das empresas não financeiras e o mercado de trabalho. Há diagnósticos suficientes e competência adquirida para que se estabeleça uma cruzada pela normalidade das taxas de juros e do crédito. Nesse sentido, muito ajudarão as novas tecnologias, as quais permitirão, provavelmente, maior competição no mercado financeiro e novas formas e maneiras de fazer o crédito chegar ao tomador final.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.