sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NA CONQUISTA DA VIDA ESPIRITUAL E OS CAMINHOS DA UNIVERSIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“O serviço como libertador 
do fogo da verdadeira vida
        Durante muito tempo em nossa trajetória as ilusões impedem a vida espiritual do homem, chamando para o materialismo em seus aspectos de excesso de consumo, luxo ou apego a objetos, bens, situações ou pessoas – ilusões que levam a energia para os níveis inferiores do ser. Outras ilusões são de natureza puramente psíquica como, por exemplo, o medo, que acaba trazendo a inércia e a paralisia. Se refletirmos sobre nosso caminho de encontro à alma, provavelmente poderemos encontrar em nós mesmos pontos a serem transformados.
         Um deles é o medo. E o que é o medo? Concretamente, é um resíduo da vida pré-histórica. As condições difíceis que havia na órbita física e psíquica da Terra em seus primórdios deixaram no subconsciente do homem profundas marcas. Desastres geológicos, lutas com animais gigantescos que normalmente o venciam e o destruíam, condições difíceis de sobrevivência e climas inóspitos imprimiram no ser humano marcas que ele carrega até hoje.
         O medo somente será desalojado do planeta à medida que o homem for fazendo a ligação entre sua consciência pessoal (com seus recursos falíveis) e a sua supraconsciência (com suas possibilidades ilimitadas). A construir essa ponte entre a mente racional e a mente superior, o homem vai dando-se conta de sua imortalidade, porque começa a experimentar a vida em outros níveis de existência.
         A contínua aspiração, do ponto de vista da personalidade do homem, a conhecer as realidades dos níveis superiores do próprio ser, níveis estes que estão além do mental comum e analítico, vai construindo uma ponte. Por outro lado, havendo tal aspiração, a consciência mais elevada do indivíduo vai respondendo e construindo a mesma ponte a partir da extremidade superior, chegando o dia em que os esforços se encontram e a ligação é feita. Esse trabalho é inconsciente e não pode ser controlado pela mente analítica. No nível físico, ele se dá por meio de uma autodisciplina voluntária e oportuna; no nível emocional, é empreendido por meio do desejo de servir, de ser um elo positivo na corrente evolutiva e, principalmente, de dissolver a possessividade sobre os demais seres e sobre os objetos puramente materiais. No nível mental, o trabalho de construção da ponte é feito automaticamente quando se mantém a aspiração firme e inalterada, o que só é possível por meio da energia da fé existente na alma do homem como parte de sua íntima essência.
         Três grandes obstáculos precisam ser vencidos: a sensação, o desejo e as boas intenções. O desejo precisa ser o primeiro a ser superado, porque é o principal deles, o que motiva e dirige os outros. Todos sabemos que as boas intenções da criatura humana quase nunca correspondem à sua verdadeira necessidade ou à de outrem; elas têm origem no desejo e por isso permanecem em nível ilusório, como que lutando contra moinhos de vento. Quanto às sensações, sempre deixam a mente ocupada quando esta deveria estar livre.
         Apenas quando passamos pelo inferno pessoal e deixamos de sesr prisioneiros nos tornamos aptos para ajudar os demais e podemos ingressar no inferno coletivo para, aí, servir ao plano evolutivo. Tendo aprendido a lidar com o próprio subconsciente, temos condições agora de servir em âmbito maior. Essa ampliação de nossa capacidade de prestar serviço é uma verdadeira realização do ponto de vista da alma.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2017, página 7, de autoria de ADEMAR FERREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:

“A reforma do Fies
        Os últimos indicadores da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o Brasil ainda está longe de ocupar uma posição satisfatória em relação ao desenvolvimento educacional do país. Em um ranking de 70 países, o Brasil ocupa os últimos lugares na avaliação do Pisa 2015 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que pesquisou o desempenho em leitura, ciências e matemática, e no qual ficamos na 59ª, 63ª e 65ª posições, respectivamente, sendo o último da América Latina nessa lista. Os dados reforçam que o desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média de outros países da OCDE. Precisamos fazer com os que os investimentos em educação sejam convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos estudantes! Sem melhorar o básico, continuamos dificultando a vida dos jovens que almejam entrar no ensino superior e sonham com um futuro melhor!
         E é nesse contexto que vemos o governo editar uma medida provisória que visa reformar o principal instrumento de política pública de acesso ao ensino superior, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Entretanto, o relatório da Medida Provisória 785/2017, que foi aprovada na Comissão Especial do Congresso, não amplia a democratização do acesso, pois conta com mudanças meramente focadas no ajuste fiscal e econômico do governo. O texto deve ser votado no plenário da Câmara nas próximas semanas, já que a MP expira no próximo mês. A situação preocupa, pois, ainda segundo a OCDE, no relatório “Educação: trampolim para o emprego”, o Brasil é apontado em última posição, em um ranking de 35 países, com o menor índice de população com nível superior completo, além de ser o terceiro pior na lista dos que completam o nível médio.
         É verdade que a matéria, que segue para aprovação em plenário, traz alguns avanços, como a possibilidade de quitar o financiamento com recursos do FGTS, de poder ser usado por alunos com bolsa parcial e ser resgatado para pagamento de cursos de pós-graduação e ensino técnico. Mas os critérios de adesão ainda deixam muito a desejar, e limitam o acesso.
         O Brasil tem uma história de ineficiência e desperdício de recursos na educação superior. Vale ressaltar que o custo médio de um aluno na universidade pública passa de R$ 40 mil por ano. Ou seja, mais de R$ 3,5 mil por mês por aluno, numa média de todos os cursos. Tais custos por aluno são parecidos com os da França, mas com resultados bem inferiores. Além de ser mais que o dobro da média dos preços das IES privadas, as universidades públicas e gratuitas são para quem pode pagar. Ou seja, perpetuamos uma realidade em que as universidades públicas são frequentadas, em geral, pelas elites e seus filhos. E mais uma vez, o governo deixa de fazer seu papel nas ações e políticas de combate à desigualdade social, transferência de renda e mobilidade social.
         Sabemos que para as classes menos abastadas, oriundas das escolas públicas da educação básica, resta buscar uma bolsa nas instituições privadas através dos programas sociais, como o Fies e o Prouni. Muitos se desdobram trabalhando durante o dia para pagar as faculdades que cursam à noite. E o que mais temos visto com a crise econômica são alunos tendo de trancar seus cursos porque perderam o emprego.
         A vida desses jovens poderia ser menos difícil se o governo tornasse o Fies um programa mais simples, acessível e economicamente sustentável. Precisamos pensar em critérios melhores e mais justos para que os estudantes possam obter o financiamento como a nota do Enem, capacidade de pagamento etc. Temos de pensar em mais incentivo para cursos de licenciatura, bolsas de financiamento para alunos exemplares e para aqueles que prestam serviços à sociedade. O financiamento poderia se dar em forma de uma carta de crédito, por exemplo. O estudante receberia para sacar em quatro ou cinco anos a partir do início do curso, na instituição de ensino de sua escolha, com liberação mensal conforme o serviço educacional fosse prestado. Caso o aluno resolvesse mudar de faculdade, levaria o restante do seu crédito para a escola ou curso escolhido. As IES teriam que trabalhar com e para os alunos e menos para o governo.
         Enfim, é preciso pensar em soluções que facilitem o acesso ao mesmo tempo em que mantenham a viabilidade do Fies. É preciso descomplicar o futuro dos nossos jovens!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      



   

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS COMPETÊNCIAS DA RESILIÊNCIA E AS TEIMOSIAS NA CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

“Resiliência: por que ela é a ‘competência do século’ – e o que isso tem a ver com você
        Resiliência. Termo comumente usado na física e que significa o nível de resistência que um material sofre frente a pressões e, ainda assim, consegue retornar ao estado original. Mas de uns tempos pra cá essa palavra, até então de uso restrito nas aulas do ensino fundamental, passou a figurar no ambiente empresarial, nas conversas empreendedoras, nas universidades, nas disciplinas relacionadas ao comportamento humano. E o motivo não poderia ser mais óbvio: a resiliência é uma competência fundamental para enfrentar os desafios de um mundo no qual as mudanças nunca foram tantas, tão rápidas e tão intensas.
         O Brasil está passando por uma das piores crises políticas e econômicas da sua história recente. O mercado de trabalho apresenta, a cada mês, índices altos de desemprego. Os profissionais nunca sofreram tanta pressão – e nunca se sentiram tão competitivos como agora. Todos esses fatores justificam a resiliência como a competência do século. Para sobreviver, as pessoas precisam, mais do nunca, voltar ao estado normal após situações de extrema instabilidade.
         Há um provérbio japonês que diz “caia sete vezes e levante oito”. Apesar de antigo, ele nunca fez tanto sentido como agora, momento em que somos praticamente obrigados a enxergar as mudanças como oportunidades, simplesmente porque não há outra escolha. Mas sim: a resiliência nos beneficia com a capacidade de desenvolver novas competências, de realizar novos projetos, conseguir outros recursos, estimular a criatividade e, por que não, alcançar nossas metas de forma mais rápida. Porque quando estamos abertos a minimizar o impacto das mudanças é que vamos aprendendo a lidar com as intempéries da vida e, assim, “ganhamos músculos” para seguir o caminho mais fortes.
         Mas como minimizar tantos impactos de uma só vez? Objetivo, planejamento e foco, Ter os objetivos claros (e aqui destaco a importância do autoconhecimento), planejar-se para alcançá-los e não perder o foco diante das adversidades. Muitas conquistas, novos projetos, ideias inovadoras e disruptivas nascem de momentos de mudança e incerteza, porque neles somos obrigados a, de forma criativa, evoluir.
         E a ótima notícia é que, como qualquer outra competência, a resiliência pode ser aprendida e estimulada em qualquer estágio da vida, não só no ambiente profissional, mas em vários outros aspectos sociais. Mudanças acontecem o tempo todo e em todos os sentidos. A nossa atitude e reação diante delas é que nos permitem avaliar o quão estamos encarando o processo com leveza, otimismo e abertura para o novo.
         Um ponto relevante é que, como tudo na vida, o equilíbrio é a solução. Um profissional que sofre assédio ou é maltratado pelo chefe não tem que ficar resiliente nessa posição. É claro que situações negativas são comuns, principalmente em tempos mais críticos como o atual, mas cada um precisa definir o seu limite para que ser resiliente não seja confundido com aguentar qualquer situação, inclusive as que afetem diretamente a sua saúde física, mental e emocional e, principalmente, os valores de cada um.
         Por isso é tão importante que as pessoas saibam aonde querem chegar. Que estabeleçam metas desafiadoras e tomem as iniciativas necessárias para alcançá-las. O sucesso não é uma linha reta, mas, com foco no resultado, ou seja, no objetivo final, fica mais fácil compreender que as experiências do caminho são importantes aprendizados. E que, abertas a elas, o universo vai conspirar sempre a favor.”.

(ALESSANDRA FONSECA. Consultora organizacional, instrutora e palestrante especializada em empreendedorismo, gestão de pessoas e recursos humanos, professora da pós-graduação da FGV, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de outubro de 2017, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de outubro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Teimosias
        Característica humana e tema complexo, a teimosia pode ser detalhada em uma poesia, gênero literário consagrado a partir de inspirados e talentosos autores. Nas cultuas e na história, a poesia é uma alicerce sustentador capaz de gerar o sentido necessário para a vida humana. Afinal, o que seria de nosso mundo sem a força poética? A poesia é um recursos imprescindível para pensar e agir com parâmetros que vão além do conhecimento técnico. E é nesse sentido que a teimosia pode inspirar os poetas a novas composições capazes de transformar modos de agir a partir de diferentes sensibilidades. Mas, aqui, a reflexão sobre as teimosias se faz em prosa: um convite para que cada pessoa pense sobre o significado de ser “cabeça-dura” no contexto de instituições, famílias e no exercício da cidadania.
         Ser teimoso, intransigente, remete à ignorância, à falta de formação humanística. Evidencia também desajustes na dimensão psicoafetiva – obscuridade que gera uma postura fechada ao diálogo. Essa teimosia se alimenta e também contribui com a síndrome do pensamento único, que gera muitos danos. Há também, entre os diferentes tipos de teimosias, uma que não gera prejuízos. Trata-se da esperada perseverança em continuar agindo no bem e pelo bem, mesmo que sejam enfrentadas inúmeras dificuldades.
         Esse tipo de teimosia permite não desistir, avançar sempre, até o fim, cultivando o compromisso de fazer o bem. Cada pessoa é desafiada a percorrer, assim, o itinerário da própria vida, como um peregrino, perseverante no exercício da bondade. Isso requer um processo de revisão pessoal. Além de buscar uma vida saudável do ponto de vista psicológico, esse exercício exige vencer os radicalismos. É preciso, pois, debelar o crescimento assustador das intolerâncias que alimentam preconceitos e acirram as disputas. Desse modo, serão enfrentados diferentes tipos de violência – desde torcedores de futebol a atiradores que atacam multidões.
         Para avaliar criticamente se a teimosia é construtiva ou prejudicial, devem-se rastrear as dinâmicas da estrutura psicológica de cada pessoa. Nesse processo, é preciso observar se há alguma “enfermidade” que compromete a insubstituível competência moral, tão necessária para o fecundo exercício da cidadania, cultivo da honestidade, adoção de gestos marcados por fraterna solidariedade. As teimosias patológicas precisam ser combatidas por diferentes instituições – familiar, educativas, religiosas e tantas outras. Essas instituições sociais não podem ser reféns das loucuras de ditadores, das inoperâncias de quem quer apenas conquistar benefícios, sem priorizar a busca pelo bem do semelhante. É também questão prioritária de saúde pública investir no equilíbrio dos cidadãos, pois a violência, a incontrolável busca por dinheiro, o prazer mórbido pelo poder e outras situações que geram prejuízos para a sociedade podem ser loucuras que merecem tratamento.
         Importante destacar ainda o dever das instituições que se dedicam aos processos de formação humana. Essas instituições precisam combater a “síndrome do pensamento único”, capaz de formar agrupamentos a partir de objetivos questionáveis, gerando campo fértil para fundamentalismos e radicalismos. Nas instituições, a “síndrome do pensamento único” ainda faz com que pessoas se encastelem nos seus próprios posicionamentos, trazendo prejuízos tanto para o indivíduo, fechado ao diálogo, quanto para o lugar de onde recebe seu sustento. Essas teimosias descompassam a sociedade.
         Por isso, a humanidade precisa investir na compreensão das diferentes teimosias. O desafio é contribuir para cultivar um jeito teimoso que signifique dedicar-se, perseverantemente, à prática do bem, sem nunca desistir. Desse modo, os projetos e as causas que contribuam para a paz no planeta, a Casa Comum, ganharão mais apoiadores. Haverá uma teimosia crescente que se desdobra no altruísmo, capacidade humana de agir pelo bem, de não desistir dos bons projetos, ainda que demorem décadas para ser assimilados e compreendidos. Essa é a teimosia da perseverança no bem, na verdade e na luta pela justiça, que não permite radicalismo ou fundamentalismo, alicerça-se sempre na busca pelo diálogo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA ESPERANÇA E A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA E DAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE

“A esperança não morre
        Chega uma hora em que o desânimo parece nos dominar, chega uma hora em que a sensação de impotência é tão grande que chego a acreditar não ter mais jeito, que o Brasil nunca vai sair deste lamaçal. Chega uma hora em que o corpo e a mente não querem mais lutar, parecem estar tremendamente abatidos, sem forças para reagir. Chega uma hora em que acreditamos não existir mais luz no fim do túnel, que seremos eternamente um país dos coronéis, dos corruptos, da ladroagem desenfreada.
         Todos os dias surgem novidades desagradáveis. Chega a ser deprimente, melancólico assistir a qualquer telejornal. Com isso, a alienação transfigura-se como uma solução menos dolorosa. Esse é o ponto a que chegamos!
         O caso das malas e caixas cheias de dinheiro, cerca de R$ 51 milhões em notas, é mais um retrato, uma cópia fiel, um símbolo do que se transformou a gestão pública brasileira. A que ponto chegamos, ou melhor, a que ponto avançamos em direção ao caos!
         Mas o triste de tudo isso é constatar que a grande e esmagadora maioria dos trabalhadores brasileiros, durante a vida toda, de forma honesta, nunca conseguirá obter 1% desse montante. Isso mesmo, 1%, faça as contas e verá que um trabalhador que ganha uma salário mínimo, que é o salário da maioria dos brasileiros, pode trabalhar cerca de 40 anos e mesmo assim não atingirá o valor estipulado. Uma vergonha!!
         Mas é justamente isso que os nossos políticos querem que aconteça. O nosso desânimo significa a vitória desse modo de conduzir os rumos do nosso gigante e adormecido Brasil. Por mais que pareça ser desolador, é preciso combater sempre.
         A história nos mostra que é possível reverter cenários semelhantes a esses. Outros países já viveram situações semelhantes e deram a volta por cima, conseguiram sobreviver ao caos e se tornar dignas nações. Mas, em todos esses casos, o povo se mobilizou, apostou em líderes realmente comprometidos com as mudanças que o povo precisava e tornou-se presente nas decisões que foram tomadas através das atitudes.
         Por isso, um texto como esse chega a ser, como diria no popular, “chover no molhado”. Pois são tantas as vezes que escrevi sobre o mesmo tema. Mas, enquanto nossos políticos e demais comparsas insistirem pelo caminho da corrupção, insistiremos também no combate a ela. Pouco adianta gritar isolados, mas pior ainda é se não houvesse grito nenhum.
         Nosso desânimo não pode ser maior que a nossa vontade de construir um país livre, justo e fraterno. Avante, brasileiros, o bom combate precisa começar!”.

(WALBER GONÇALVES DE SOUZA. Professor e membro das academias de letras de Caratinga e Teófilo Otoni, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de outubro de 2017, caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de fevereiro de 2017, mesmo caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Cidadania e lideranças
        A cidadania sofre um avançado processo de deterioração, comprometendo o equilíbrio de processos complexos e importantes para o bem viver. São enormes os prejuízos – incluem desde as brutalidades, que ameaçam o relacionamento entre pessoas, até os descompassos nas instituições e governos –, evidenciando a gravidade dessa deterioração. Isso acelera a desumanização na sociedade contemporânea e o descontrole dos funcionamentos que deveriam garantir, minimamente, a convivência sadia na urbanidade. Percebe-se que o ser humano, diferentemente das outras criaturas, quando se considera o conjunto da criação, percorre uma via na contramão da sua natureza, identidade e missão. A ação depredadora da humanidade no tratamento da “casa comum”, produzindo desequilíbrio ambiental, causa triste impacto. A racionalidade não consegue delinear atitudes e estilos de vida capazes de evitar os prejuízos que, cedo ou tarde, caem na conta da sociedade. Uma conta alta que resulta da dificuldade para mudar hábitos e definir prioridades.
         As posturas egoístas e interesseiras impedem as pessoas de abrir mão de certas práticas, confortos e bem-estar aparentes, aumentando descontroladamente os danos que impactam todo o planeta. Há um processo crescente de distanciamento da vida social, política e ecológica equilibrada. Parece importar ao cidadão tão somente as garantias de suas benesses, confortos, o dinheiro que ganha e o seu usufruto. Tudo balizado por irracionalidades no comprar, comer, viajar e possuir. São valorizadas no cotidiano as experiências marcadas pela fugacidade. Ao mesmo tempo, cresce uma insatisfação inscrita na subjetividade humana. Esse descontentamento ateia fogo abrasador nas disputas por títulos, lugares e vantagens. O outro é sempre o inimigo e o concorrente. Um individualismo mesquinho contamina a vida familiar, e até o lar se torna palco de disputas. Acaba-se, inclusive, com a garantia dos vínculos, desde os matrimoniais aos da amizade sincera.
         Não se consegue enxergar o outro. E não há cidadania sem que se enxergue o outro, particularmente os mais pobres e sofredores. No turbilhão dessa avalanche individualista, que evidencia a perda da direção do amor, a cidadania é substituída pela incivilidade. A sociedade, enlouquecida, vira uma arena de batalha. E vai ficando distante o sentido da solidariedade, o compromisso com a fraternidade, a coragem altruísta de ser bom e partilhar, sem medo de perder. É crescente o instinto devastador do apego aos próprios bens, sem se importar com o próximo, desconsiderando as dádivas de Deus. Por isso, são acirradas as brigas por privilégios, embrutecendo as relações. As pessoas são reduzidas a peças de uma engrenagem social e política, desprovidas da responsabilidade de buscar o bem maior, o respeito ao bem comum. Ignora-se o fato de que é abominável uma sociedade de privilégios que causam discriminações e a exclusão social.
         A sombra que delineia o horizonte da sociedade cega os indivíduos e, consequentemente, os conduz a situações de guerra, confirmadas pelos números de homicídios e que revelam o aumento da miséria. Triste é a mesquinhez e a indiferença de quem conseguiu um “lugar ao sol” e não abre mão de nada para oferecer um pouco a quem precisa. Uma situação que contamina a convivência entre pessoas, mas também impacta a relação entre nações, grupos e culturas. “Primeiro o meu, o que importa sou eu, a minha nação, o meu grupo, os meus aliados, meu partido, a minha Igreja. É assim que se pensa e, por isso, a cidadania se deteriora, não se constituindo mais como parâmetro para o exercício da liderança. Os “líderes” – nos âmbitos políticos, culturais, educacionais e mesmo religiosos – tornam-se prisioneiros no tecido cidadão corroído. Tendem a lutar simplesmente para se manter no lugar que ocupam e continuar a usufruir das benesses. Buscam apenas alimentar vaidades e, assim, se contentam com uma atuação pífia, pouco inventiva. Não oferecem respostas adequadas às necessidades de reformas e atuações.
         O assoreamento da cidadania inviabiliza o surgimento de líderes altruístas. Gera uma opacidade que impede de enxergar mais adiante. Assim, tornam-se cada vez mais raras as pessoas que se desdobram para fazer a diferença no cumprimento dos próprios deveres. Percebe-se que a cidadania comprometida por modos mesquinhos de se viver mata a natural e indispensável índole de liderança que está na essência do ser humano. Cada pessoa deve ser protagonista do desenvolvimento, responsável por rumos novos no horizonte humanitário e civilizatório. Isso quer dizer que, nas diferentes situações, da cozinha da própria casa à mesa dos tribunais e dos parlamentos, incluindo os laboratórios, as salas de aulas, os templos e as ruas, é inegociável a cada cidadão desempenhar bem a sua liderança em vista de um tempo novo. Caso contrário, todos ficarão presos nas mediocridades que impedem avanços. Crescerá a barreira da resistência que atrapalha a inovação nas instituições, nos modelos e nos procedimentos.
         Urgente é investir cotidianamente na recuperação do tecido cidadão, a partir das posturas, gestos e adoção de princípios. Vencer as condutas individualistas e as disputas sem sentido, para reacender o gosto pela liderança, que não deve ser compreendida como forma de garantir privilégios mesquinhos e alimento para vaidades. Em vez disso, o exercício da liderança deve revelar o amor por uma vida cidadã, que traz equilíbrio para a sociedade. Assim, é possível a cada pessoa cumprir bem o próprio papel, assumindo o compromisso com o bem maior das instituições e do povo. Essencial é o exame de consciência de cada um, com a coragem de assumir a própria responsabilidade, e a oferta da própria inteligência, das competências, a serviço de uma cidadania que conduza o mundo na direção da justiça e do amor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

 


 



          

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA PAZ E DA SERENIDADE E A OUSADIA DA INOVAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

“Buscar incansavelmente a paz e a 
serenidade é o exercício de hoje
        A rápida deterioração pela qual passam as formas materiais pode iludir a consciência, despertando nela certa ansiedade. Viver com alegria e inteireza o ritmo dos ciclos externos e ao mesmo tempo estar desprendido dele permite a sintonia com leis superiores.
         Nada pode justificar uma preocupação ou ansiedade. Que se tenha fé na abundância que transforma as provas em momentos de grande evolução, ou ao menos que se permita que a consciência dê passos ao deixar de lado a expectativa.
         O tempo para as transformações internas aflorarem não é o mesmo dos relógios. Assim, para descobri-lo e acompanhá-lo faz-se necessário abdicar de contar o que falta para o destino e entrar em sintonia com engrenagens em que leis de outra natureza prevalecem. É sábio coligar-se com o universo desconhecido que existe no centro do próprio ser, desligando-se então de todo o resto. Esse universo não se encontra em lugar físico algum, é um estado no qual não há conflitos que a vida externa apresenta. Da interação com ele emerge a capacidade de permanecer em paz diante de situações que no momento ainda não podem ser transformadas.
         Quanto mais o homem reage contra circunstâncias que prensa serem desfavoráveis, mais entra em choque com as forças do nível em que elas se desenvolvem. Enreda-se assim com forças do jogo cármico, adiando as mudanças que poderiam ocorrer. Essa capacidade de aceitar a condução superior amadurece quando se deixa de lutar com eventos que se dissolvem por si mesmos na hora mais adequada.
         A vida interna e a externa tendem a aproximar-se e a tornar-se um conjunto coeso e compacto, onde as energias de um estado não se oponham ao de outro; mas essa unificação é feita pelos núcleos internos e não pela personalidade. O papel da personalidade é o de manter-se em abertura, serenidade e entrega, sem querer por si mesma determinar caminhos, pois estes estão escritos em níveis profundos. O livre-arbítrio é para ser superado em todos os setores da existência, principalmente abstendo-se o ser de querer conduzir a própria evolução sem inspirar-se na vontade da própria essência interior.
         Ou se tem fé na Sabedoria que a tudo e a todos rege, ou se prossegue querendo eleger o próprio rumo pessoalmente. É uma questão de escolha, mas a verdade é que em muitos já existe a possibilidade de, ao surgir um conflito, optar pela paz e pela neutralidade e entregar os resultados às correntes evolutivas.
         Para ser útil ao desenvolvimento do todo, é necessário ter compulsão dos demais, porém vigilância e rigor consigo mesmo. Os que assumiram servir à evolução devem cultivar em si próprios um estado que estimule outros a buscar serenidade. Em períodos de transição, a harmonia e a paz são fontes de auxílio.
         Mesmo que a princípio não se perceba a importância da serenidade, à medida que ela se instala é possível notar os seus reflexos naqueles com quem se entra em contato. Então se compreendem os benefícios advindos do apaziguamento de certas tendências e da submissão aos apetites sensoriais.
         Uma inabalável abertura à transmutação de forças densas presentes nos corpos materiais de um ser (físico, emocional e mental) traz à sua aura cristalinidade, transparência e limpidez. Mas é necessário, além dessa contínua abertura, coragem e firmeza para não ceder ao assédio das correntes negativas que, por enquanto, circulam no planeta.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de julho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JÚLIA RIBEIRO, coordenadora regional Endeavor em Minas Gerais, e que merece igualmente integral transcrição:

“Inovar sem medo do governo
        Basta passar os olhos pelo jornal para ler alguma notícia envolvendo escândalos de corrupção envolvendo o poder público – e empresas. Por motivos como esse, além de fatores como o longo processo de contratação, o empreendedor João Gallo tinha receio de negociar com instituições públicas.
         Gallo é um dos criadores do AppProva, uma plataforma analítica que permite que as escolas e os professores descubram pontos fortes e fracos dos estudantes e direcionem de modo assertivo as atividades pedagógicas. Fora dos colégios públicos, Gallo deixava de, potencialmente, atingir a imensa maioria dos alunos brasileiros, já que mais de 80% deles estudam nesse tipo de instituição. Era uma situação em que todo mundo saía perdendo: a empresa, os alunos...
         O caso é emblemático de como o potencial de parcerias sadias entre a iniciativa privada e o setor público é subaproveitada no Brasil. Nosso país tem grandes desafios em diversas áreas, e o trabalho conjunto entre as duas esferas tem se mostrado, em várias cidades do mundo, extremamente poderoso. É a força da inovação aberta.
         No exterior, cidades como Barcelona (Espanha) e Filadélfia (EUA) são referências no assunto. Elas convocam empresas a propor soluções inovadoras para seis desafios relacionados a áreas como gestão pública, mobilidade, educação, inovação urbana e serviços sociais.
         Neste ano, começou a funcionar em Barcelona o sistema ValdebikeBcn, que tem o objetivo de reduzir os roubos de bicicletas: usuários podem reservar uma vaga em estacionamentos de bikes, que ficam com rodas, quadro e até capacete protegidos nas ruas. O sistema foi um dos vencedores do Barcelona Open Challenge.
         Aqui no Brasil, iniciativas assim começam a florescer e a ganhar mais atenção. Apesar de ter empresa com sede em Belo Horizonte, João Gallo começou a mudar sua percepção sobre o setor público em 2015, em uma iniciativa do governo de São Paulo, O Pitch Gov SP. Nele empreendedores apresentam soluções inovadoras para desafios de relevância pública a representantes dos órgãos governamentais.
         Temos o propósito de impactar a maior quantidade possível de pessoas, ser um agente transformador da educação. Se não trabalharmos com o setor público, estamos nos fechando para 85% dos alunos, e justamente os que mais precisam, ele se deu conta.
         No ano passado, o AppProva foi um dos escolhidos para participar do BrazilLAB, um programa que fornece aos empreendedores ajuda financeira e apoio de uma equipe para aproximação com as administrações municipais. As inscrições para a segunda turma, que vai selecionar 10 projetos de áreas com equilíbrio fiscal, agricultura urbana e comunicação, se encerram hoje pelo site brazil-llab.org.br. A Endeavor é parceira institucional da iniciativa.
         Durante o processo, João conseguiu enxergar melhor as formas de contratação pelo setor público, que, há, sim, formas de atuar corretamente. E que, no caso de empreendedores inovadores, eles têm também o papel de atuar como “educadores” de gestores públicos, que podem não estar acostumados a analisar soluções de tecnologia (adquirir a licença de uso de uma plataforma tecnológica é diferente de comprar giz para lousas, certo?).
         E que as empresas também precisam estar preparadas. “Às vezes, o empreendedor não tem a visão do tamanho que é a coisa pública. Algo que é usado em um condomínio pode não ser escalável para a cidade”, ele me contou.
         No próximo semestre, AppProva começa um projeto-piloto em 29 escolas públicas de Belo Horizonte, por meio de um convênio firmado com a Secretaria Municipal de Educação. A expectativa é de que a iniciativa ajude os professores a direcionar melhor o conteúdo para que os alunos, efetivamente, aprendam. Quando governo e iniciativa privada trabalham juntos, de modo ético, efetivo e inovador, todos mundo tem a ganhar.
         A AppProva é um exemplo de scale-up (empresa de crescimento contínuo e escalável) que colocará em prática um programa de inovação aberta, promovido pelo Brazil Lab e pela prefeitura de Belo Horizonte, para resolver um problema prático de forma inovadora.
         Esse tipo de iniciativa era um dos pleitos da campanha+Empreendedores+Empregos, uma iniciativa da Endeavor e outras 60 organizações do ecossistema empreendedor, realizada nas eleições do ano passado: criar, no primeiro ano de governo, um programa de inovação aberta que traga scale-ups para ajudar a resolver desafios públicos. Mais de 40 candidatos, incluindo o prefeito Alexandre Kallil, assumiram publicamente o compromisso.
         Um dos compromissos era, passada a eleição, ter chegada a hora de fazer acontecer. Em um país com tantos desafios, precisamos trabalhar juntos e ter mais exemplos com o de Gallo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...