terça-feira, 29 de setembro de 2009

A CIDADANIA E A LUTA PELA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

“Ainda que sejamos inábeis ao falar e escrever, se as nossas palavras forem ditas e escritas com sinceridade, terão o poder de mover as pessoas.
Precisamos encontrar, discutir e atacar os nossos problemas com espírito cooperativo. Precisamos começar por nós mesmos. Precisamos ser melhores do que somos e ajudarmos os que não conseguem melhorar sozinhos. Estamos nos descobrindo, através da QUALIDADE TOTAL”.
(MOKITI OKADA e GORBACHEV)

Mais uma IMPORTANTE e INCISIVA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo de DARCY RIBEIRO, Senador e Relator da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de dezembro de 1996, Caderno RETROSPECTIVA/96, página 4, que também merece INTEGRAL transcrição:

“O Brasil ainda fracassa na educação

O Brasil tem problemas graves. Gravíssimos. O desemprego, a fome, o latifúndio e outros. Entre eles, a educação. Nenhum país alcançou o nível de desenvolvimento sócio-econômico que temos com um sistema educacional tão precário e ruim.

O pior que os governantes e os políticos que se acercam da educação estão sempre a alegar suas pequenas conquistas, mostrando escolinhas boas e iniciativas educacionais meritórias. Não falam é da incapacidade do sistema educacional para coisas simples, elementares, que todos os países alcançaram antes de ter o nível de desenvolvimento que exibimos: alfabetizar todas as suas crianças.

As estatísticas da UNESCO mostram que o Brasil é tão ruim quanto o resto da América Latina. Situa-se entre os piores países, porque seus índices de alfabetização e escolaridade só são comparáveis aos de Honduras.

Devíamos morrer de vergonha e de medo de sermos tão ruins nessa matéria fundamental, que é incorporar todo o povo brasileiro à civilização letrada. Pelo menos ao passo inicial dela, que é uma 4.ª série primária completa e bem feita. Só então, efetivamente, se tira o pé do analfabetismo alcançando a capacidade elementar de ler, escrever e contar, indispensável para o funcionamento de uma sociedade moderna.

A situação se agravou ultimamente porque o sistema produtivo exige de sua força de trabalho que saiba ler compreendendo o que lê, escrever informações fundamentais e fazer as quatro operações. Hoje, o que determina o nível que um trabalhar (sic) pode alcançar em seu emprego, qualquer que seja, é esta capacidade.

Nossas escolas primárias, de fato, formam mais analfabetos que alfabetizados. Isso porque a maioria das crianças as abandonam antes de completar a 4.ª série primária. Chamam isso de evasão. É mentira. Não existe evasão quando 90% das crianças se mantém por quatro anos nas escolas. Vale dizer, os pais compreendem perfeitamente a importância da educação para seus filhos e, apensar de sua pobreza, os mantêm na escola. Esta é que os hostiliza através de seu sistema de exames punitivos e de sua verdadeira lealdade que é a educação das classes médias.

Nossas escolas operam é para ensinar às crianças que podem fazer exercícios em casa, porque têm casa e na casa uma pessoa previamente escolarizada, capaz de ajudá-las. Como isso não ocorre com a imensa maioria de nossa infância, o que há é uma expulsória. Depois de manter os filhos por quatro anos na escola sem qualquer proveito visível, os pais desistem, para alegria da escola, que não quer saber mesmo de criança pobre.

O meu maior esforço no Senado foi para alcançar do Congresso Nacional uma boa lei geral de educação. Ela acaba de ser aprovada e sancionada pelo presidente da República. É uma boa lei. Não foi, nem podia ser, uma lei imperativa, que determinasse rigorosamente aos estados o que devem fazer. Seu papel é definir as diretrizes gerais e estimular os sistemas estaduais de educação a procurarem alcançá-las no ritmo mais acelerado de que forem capazes.

Duas medidas são de importância capital. Primeiro, separar a escola primária de 1.ª a 4.ª séries, destinadas a crianças, e regida por professoras de turma, da escola de 5.ª a 8.ª, destinada a adolescentes e regida por professores de matéria.

Em segundo lugar, ir implantando, sobretudo nas áreas metropolitanas, junto às populações periféricas e marginalizadas, escolas de tempo integral para alunos e professores. Escolas em que cada criança tenha pelo menos uma hora de estudo dirigido, num ambiente em que contem com todo o material didático de que necessitam.

Outra saída praticável é criar centros de atenção às crianças por quatro horas mais, antes e depois das aulas, onde elas tenham aquela hora de estudo dirigido. Ela é tão ou mais importante que o refeitório. Indispensável para que a criança pobre possa completar a 4.ª série primária para integrar-se na civilização letrada. Dona Jacy Faria Ribeiro criou centros destes em Montes Claros e 90% de seus alunos progrediu nos estudos e passava de ano. A nova lei traz muitas inovações mais. Inclusive sobre a formação em nível superior das professoras de turma.

As universidades, por sua vez, são libertadas da ditadura do Ministério da Educação. Vale dizer, assumem o comando de si mesmo, com verdadeira autonomia, inclusive para variarem. São admitidas universidades especializadas em saúde, agricultura, educação e outras. A grande novidade é a instituição de cursos por seqüência de um mesmo campo, que dão direito a um certificado de estudos superiores. Liberta, assim, nossas universidades de só ministrarem cursos curriculares e as convoca para abrir seus cursos, sobretudo de ciências e tecnologia, a quem queira inscrever-se neles.

Outra novidade é exigir nas universidades públicas um mínimo de oito horas semanais de aula ou trabalho direto com os alunos. Isto parece pouco para quem vê de fora, mas obrigará as universidades a suarem para cumprir esse novo preceito. Entre as novas liberdades está a de cada universidade organizar seu vestibular como bem queira. Prevaleceu na lei, apesar das opiniões contrárias que surgiram durante o debate, a exigência de que pelo menos um terço dos professores, nos próximos oito anos, tenha o grau de mestrado.

Uma bela virada da nova lei é o estímulo para que se dêem cursos de educação a distância para os três níveis de ensino, com uso das novas tecnologias didáticas. Com esta medida o Brasil passa a ter acesso à grande inovação educacional das últimas décadas, que é a educação a distância. Importantíssima sobretudo para a formação e o aperfeiçoamento do magistério de 1.º e 2.º graus.”

Com a perspectiva do BRASIL 2014, que a EDUCAÇÃO possa INCORPORAR,em caráter PRIVILEGIADO, o rol dos INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS que estão em GESTAÇÃO no País, CONTEMPLANDO principalmente a EDUCAÇÃO BÁSICA – ou seja, a EDUCAÇÃO INFANTIL, a EDUCAÇÃO ESPECIAL, a EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS e a EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, bem como o ENSINO FUNDAMENTAL e o ENSINO MÉDIO – e VIGOROSAMENTE buscando BENEFICIAR efetivamente TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, exigência de uma SOCIEDADE autenticamente JUSTA, LIVRE e SOLIDÁRIA.

O BRASIL TEM JEITO!...

sábado, 26 de setembro de 2009

A CIDADANIA E A VIGILÂNCIA SOBRE A ESCOLA

“Dos fundamentos do Estado se deduz evidentemente que sua finalidade não é dominar os homens nem os calar pelo medo ou subjugá-los ao direito de outrem, mas pelo contrário libertar cada um do medo para que, na medida do possível, viva com segurança, isto é, para que conserve o direito natural à existência, sem dano próprio nem alheio. Repito que o fim do Estado não é transformar os homens de seres racionais em animais ou autômatos, mas, pelo contrário, que seu espírito e seu corpo se desenvolvam em todas as suas funções e façam livre uso da razão sem rivalizar pelo ódio, a cólera ou o engano, nem se façam guerra com ânimo injusto. O fim verdadeiro do Estado é, pois, a liberdade.”
(B. SPINOZA, em Tratado teológico-político)

A “escola da cidadania” ganha mais uma IMPORTANTE lição que vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de dezembro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CLÁUDIO DE MOURA CASTRO, Pesquisador do CNPQ e do Banco Mundial, que merece INTEGRAL transcrição:

“A escola precisa ser vigiada

O milagre brasileiro foi ter ido tão longe com pouca educação. Esse também foi o nosso azar. O Brasil chega ao fim do século com um ensino básico catastrófico – só ganhamos do Haiti. E hoje sabemos ser esta base educativa mais crítica para o nosso sucesso econômico e social. A única mudança significativa no panorama educacional é o aumento da consciência de que as coisas vão muito mal no ensino básico. Não é muito, mas já é um começo.

Todas as pesquisas mostram nosso desempenho e abundantes teorias explicam porque isto aconteceu. Gastamos mais de uma década encontrando boas explicações para nossos e buscando soluções mágicas. No entanto, países muito mais pobres do que o Brasil resolveram todos estes mesmos desafios do ensino básico (China, Cingapura, Coréia, Costa Rica, Sri Lanka e Tailândia). Os atuais países ricos os resolveram quando eram mais pobres do que o Brasil. Nenhum precisou de fórmulas mágicas e nenhum conhecia tantas teorias do fracasso escolar. Simplesmente agiram, ao invés de falar. Bastou quadro negro, cartilha, vara de marmelo e muito desvelo. A pedagogia feijão com arroz sempre funcionou.
Em contraste com sua inapetência na educação, o Brasil demonstrou fôlego e competência para fazer coisas muito mais complicadas nas áreas econônicas, científicas e tecnológicas: aviões, armamentos, automóveis, máquinas ferramenta, pesquisa científica, bio-engenharia da soja, carnaval e futebol. Ou seja, tudo que levou a sério o país fez bem. Por que será que falhou tão lamentavelmente no ensino básico? Como é que pode ter uma educação tão ruim e fazer coisas tão difíceis?

Acreditamos que a resposta seja simples: não fez bem porque não teve empenho, não tentou seriamente. A educação não tem sido uma prioridade real da sociedade. Se o brasileiro vigiasse a escola como vigiou a seleção, o problema do ensino básico estaria resolvido.

Em nossa democracia pé duro e nas nossas ditaduras ralas, os políticos e administradores ouvem e respondem mais ou menos ao que querem os eleitores e os reclamadores. O sistema não é insensível à demanda. As respostas não estão desalinhadas com as propriedades dos que votam conscientemente e dos que fazem barulho. Há demanda por vagas e o sistema as oferece para todos. Há demanda por novas escolas que enriquecem construtoras e dão belas inaugurações, como resultado, não faltam prédios. Há muito mais professores do que salas de aula, já que isso dá poder a quem os nomeia. Mas só demandam qualidade os menos pobres que resolveram seus problemas no ensino privado. E se não há política por qualidade, o sistema não a oferece e os políticos não brigam por ela. Politicamente,o sistema está em equilíbrio.Se há crise, esta apenas vive em nossas cabeças.

Se isto é verdade, resolver o problema da educação básica requer convencer os brasileiros de que é preciso cobrar um ensino de qualidade e não aceitar nada senão qualidade. Feito isto, com a competência atinginda (sic) pela nossa sociedade, o resto acontecerá. Reclamar faz milagres. Mas quantos pais vão reclamar quando a escola não passa dever para casa, que o professor falta, que a escola está em greve, que o currículo não foi cumprido? Quando pais, empresários, sindicatos, imprensa e outros atores cobrarem para valer, a educação mudará, sem fórmulas mágicas, apenas com desvelo, cobrança e presença. Acabará o clientelismo corrosivo no dia em que o deputado pedir ao prefeito para contratar a afilhada do seu cabo eleitoral e ouvir a resposta de que se fizer isso terá no dia seguinte os pais dos alunos acampados em frente ao seu gabinete.

Neste país tão dinâmico para o que considera importante, o resto vem sozinho.
As pessoas que estão cuidando da educação vão encontrar as soluções necessárias, os salários competitivos para os professores, os livros e as pedagogias.

Portanto, a resolução do problema da educação básica começa com uma questão de “marketing”. É preciso convencer os brasileiros a não aceitar uma educação tão ruim e educá-los para cobrar inteligentemente bons resultados.

Vender esta idéia aos nossos patrícios é o grande desafio.

Felizmente, parece que há um novo alvorecer. Velhos atores assumem novas posturas e novos atores entram em cena. Há estados dando bons exemplos, como é o caso de Minas Gerais e de outros que seguem na esteira. Há campanhas de mídia particularmente criativas, como a da UNICEF/Odebrecht. Há um começo de mobilização da sociedade e uma percepção de que a solução está nesta direção, de que a escola será consertada pelos milhões de pequenos cuidados e cobranças. As soluções grandes serão provocadas por este mini-ativismo do cidadão comum e de outros atores que até então têm estado ausentes.

Nota-se o crescimento no número e militância de atores lutando por melhores escolas, embora no total ainda seja muito pouco. Há indicações interessantes, de que muitas ações em micro-universos estão alcançando vôo e explorando suas conseqüências macro-sociais. Realmente, parece que há uma plantinha que germina e promete frutos generosos, mas que é ainda muito frágil.”

Assim, nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE ganha mais uma RICA e BELA contribuição, nos PROVOCANDO para, com LUCIDEZ e DETERMINAÇÃO, “cobrar um ensino de qualidade e não aceitar nada senão qualidade”. E tratar com ABSOLUTO DESVELO a EDUCAÇÃO BÁSICA, ou seja, a EDUCAÇÃO INFANTIL, a EDUCAÇÃO ESPECIAL, a EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS e a EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, bem como o ENSINO FUNDAMENTAL e o ENSINO MÉDIO.

Através da EDUCAÇÃO nos FORTALECEMOS na construção de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE e SOLIDÁRIA, onde TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS sejam os BENEFICIÁRIOS dos BILIONÁRIOS investimentos e RIQUEZAS INESTIMÁVEIS deste FÉRTIL solo GENTIL.

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A CIDADANIA NOS LEVA A ACREDITAR NA EDUCAÇÃO

“ESTAMOS NOS CONSTRUINDO NA LUTA PARA FLORESCER AMANHÃ COMO UMA NOVA CIVILIZAÇÃO, MESTIÇA E TROPICAL, ORGULHOSA DE SI MESMA. MAIS ALEGRE, PORQUE MAIS SOFRIDA. MELHOR, PORQUE INCORPORA EM SI MAIS HUMANIDADES. MAIS GENEROSA, PORQUE ABERTA À CONVIVÊNCIA COM TODAS AS RAÇAS E TODAS AS CULTURAS E PORQUE ASSENTADA NA MAIS BELA E LUMINOSA PROVÍNCIA DA TERRA.”
(DARCY RIBEIRO, in O povo brasileiro, Companhia das Letras).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de janeiro de 1995, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de AUGUSTO FERREIRA NETO, Presidente Nacional da CNEC, membro do Conselho Estadual de Educação (CEE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Miséria moral e intelectual

A Revista Ensaio nos brindou com a publicação de excelente trabalho do pesquisador Sérgio Costa Ribeiro (**) em que o autor, seguindo a trilha lúcida de seu colega Cláudio de Moura Castro, analisou o desempenho do sistema educacional brasileiro e aponta erros nas pesquisas utilizadas pelo MEC para analisar nossas deficiências educacionais.

Sérgio Ribeiro mostrou que os dados são inconsistentes e os verdadeiros propósitos dessas distorções consistem em privilegiar interesses de grupos, sustentar esquemas abomináveis de educação desejados pelas elites dominantes e nada têm de sério em termos de apontar caminhos relevantes para corrigir nossos crônicos males educacionais.

Analisando o contexto histórico de vários países que se dedicaram à educação de massa, iniciada com a revolução inglesa de 1640 – movimento decisivo para a formação do império britânico – até modernamente, com o bom desempenho dos chamados “tigres asiáticos”, ele nos mostra, em suas reflexões, que o desempenho excelente de uma economia e o desenvolvimento das nações têm tudo a ver com um compromisso sério para universalizar o ensino e fazê-lo da melhor qualidade possível.

A crise ética que hoje incomoda o País e que foi popularizada na denominada “Lei do Gerson” está presente, com mais intensidade, nas elites dominantes, nos grupos políticos, governamentais e empresariais que “gostam de levar vantagem em tudo – certo”, já que a esmagadora maioria de nossa população repudia tais comportamentos e utiliza frágeis mecanismos ao seu alcance para manifestar o seu descontentamento para com a decadente prática moral que avilta a alma de nossa cidadania.

É preciso reconhecer que há um movimento cultural em marcha para mudar esta lamentável situação e neste contexto o papel da escola e dos educadores é de fundamental importância. Mas é preciso também que a escola e os educadores reexaminem seu papel na construção de uma nova sociedade. Só a escola pode mudar o Brasil. Mas a escola capaz de mudar o país não pode ser esta que resiste à avaliação de seu próprio desempenho, que descarrega nos ombros do aluno as mazelas de sua incompetência; que não admite gestão compartilhada ou responsabilidade solidária com a aprendizagem e que não assume o seu papel de impulsionadora das transformações sociais, tão indispensáveis à salubridade desta nação.

Só a partir de novos paradigmas a educação poderá contribuir decisivamente para a restauração dos valores culturais e morais agora deteriorados, oferecendo aos alunos, além dos indispensáveis conhecimentos cognitivos nas áreas de línguas, ciências e estudos sociais, os componentes éticos e estéticos educacionais indispensáveis à construção de um verdadeiro cidadão, dono de si e parceiro de outros na trajetória humana, consciente da dignidade do viver – e da importância do viver com dignidade – cônscio do sentido da vida, do amor a si mesmo, do amor e do respeito devido ao semelhante e do uso adequado da liberdade como inviolável patrimônio de bem estar social. Só a escola, somente os professores dotados desta energia cívica e espiritual singular poderão concorrer para que os valores universais consagrados possam tornar-se práticas de vida de nossos cidadãos, tais como o compromisso com o bem comum, a solidariedade com os seus semelhantes, a prática da justiça como ideal de vida, bem como a difusão entre nossas crianças e adolescentes de tratamento adequado a outras questões críticas que permeiam as várias dimensões da existência humana.

Nossa educação está carente de um novo professor, verdadeiramente consciente de seu papel de cúmplice e seus alunos no processo de aprendizagem, que seja avesso ao fracasso, que esteja imbuído da consciência profissional crítica de que a aprendizagem é um processo de responsabilidades compartilhadas, e que ser bom professor é conseguir que os alunos dominem a parcela de conhecimentos inerentes à sua responsabilidade docente, a fim de que seus alunos estejam sempre preparados para responder positiva e criticamente às imprevisíveis solicitações do meio ambiente.

(**) N. R. – O pesquisador Sérgio Costa Ribeiro, que na década de 80 alertou os educadores brasileiros com um trabalho sobre a pedagogia da repetência, faleceu no Rio de Janeiro, aos 58 anos, de câncer, no último dia 8 de janeiro.”

Eis, pois, com TODAS as letras a importância da EDUCAÇÃO para a construção de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA como nos ditames dos OBJETIVOS CONSTITUCIONAIS e, quase QUINZE ANOS depois, o texto nos MOVE à MOBILIZAÇÃO de TODAS as forças VIVAS da NAÇÃO visando o BRASIL 2014, com as GRANDES TRANSFORMAÇÕES que o século XXI está a nos EXIGIR e, em especial, a era FASCINANTE e BELA do CONHECIMENTO e da INFORMAÇÃO.

É a nossa FÉ e nossa ESPERANÇA!...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A HISTÓRIA AJUDA A CIDADANIA NA MUDANÇA DE RUMO

“... A questão maior de nosso tempo é adequar o crescimento econômico de acordo com as necessidades essenciais do ser humano. O mal da chamada civilização ocidental é que tem transmitido a idéia de que a riqueza – dinheiro, mansões suntuosas, automóveis, consumismo exacerbado, luxo, etc. – é o bem supremo. É por isso que as campanhas políticas que falam da ética não produzem efeito e, a cada dia, registram-se feitos e atos que degradam a vida política nacional. A verdade, entretanto, é que não se fará a referida reforma do Estado sem antes se resolver o problema ético. Problema que está na escala de valores de cada um. Cobre-se do político um comportamento digno não apenas por exercer função pública, mas principalmente em razão de sua condição humana. É preciso que todos – não apenas os que exercem cargos públicos – sejam varões de Plutarco. Isto é: homens e mulheres que não se envergonhem de um só ato que tenham praticado.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 1994)

Mais uma “HISTÓRICA” contribuição vem de artigo também publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de VIEIRA CHRISTO, com INTEGRAL transcrição:

Introdução da moeda

Não é da URV, a introdução de que vou falar. É da introdução mesmo, pela primeira vez, nas terras do Brasil, da moeda metálica.

Não cabe aqui a descrição do que foi essa colossal e colonial experiência. Mas vale a pena compulsar a História (os dez volumes de Rocha Pombo), para se ter uma ligeira idéia do que foi.

Num deles está a história toda de como aconteceu o processo de implantação da moeda, lá pelos mil e seiscentos e tantos, em razão do que não puderam mais, reis e súditos, dormir a sono solto.

Roubalheira, nada mais. “Os livros – escreve Rocha Pombo – acusavam despesas escrituradas e, duplicata, enquanto pelo que respeitava à receita, uma grande parte por escriturar, “não se falando – dizia o governador na comunicação a el-rei – nesta matéria em muitas despesas, “dúvidas”, por excessos de preços...”

Ah! Já nos velhos tempos, os excessos de preços!

E o notável historiador – cujo nome parece hoje desmaiado na memória de muitos – fecha uma das páginas mais tristes da introdução da moeda, com estas palavras: “O que se conclui... é que provedores, almoxarifes, arrematantes de impostos, contratadores de sal e outros artigos, e funcionários de toda ordem, e até altas autoridades da colônia (como não podia deixar de ser, acrescento eu) chegavam a formar verdadeiras quadrilhas para tais depredações sob a égide da lei”.

Estão a ver? Um mal de origem.

Daí, não haver eu concluído a leitura do capítulo histórico, de Rocha Pombo, sobre a introdução da moeda no Brasil. Sofrer?

Sim, extensíssimo é o relato das patifarias, tudo por causa da moeda. Cobre, pataca ou patacão, cruzado, cruzeiro novo, cruzeiro real, “URV”, nos seus primeiros vagidos, pela-nos saber que a moeda tem sido e pode ser fonte de desesperos e desesperanças.

Pessimismo?

Não, realidade.

Tão real quando o escândalo do Sambódromo.”

Como no dizer de CÍCERO: “A História é a mestra da vida”, que o SÉCULO 21 seja mesmo um ABSOLUTO marco no trato das COISAS DAS CIDADES e que POSSAMOS – TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIROS – ser de fato, como queria PLUTARCO, “homens e mulheres que não se envergonhem de um só ato que tenham praticado”...

Assim, digerindo BEM lições como essas, estaremos nos FORTALECENDO e nos QUALIFICANDO para a construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, a mesma FÉ e a mesma ESPERANÇA que MOVEM às grandes CONQUISTAS...

O BRASIL TEM JEITO!...

sábado, 19 de setembro de 2009

LIÇÕES DE ONTEM NECESSÁRIAS À POLÍTICA AINDA HOJE

“Os governantes nacionais, regra geral, carecem de brilho. Falta-lhes espírito inventivo. Sobra-lhes uma gordura epidérmica, que os torna pachorrentos e inertes. Acostumam-se com rituais ensaiados nos Palácios por burocratas, puxa-sacos e carregadores de maleta. Afundam-se nos sofás acomodatícios, onde fazem que ouvem, prometem o que não podem, desdizem o dito, desmontam compromissos para desespero de cabos eleitorais, choramingas e prefeitos desassistidos. Governar, no Brasil, tem sido uma ação continuada de perpetuação de poder. E o pior é que a um pedido concedido ou a uma obra realizada, mesmo que relevante socialmente, se atribui o valor da generosidade governamental. Ou seja, ao povo se impôs a marca de devedor do Governo.

....................................................................

Passam-se as administrações e as carências continuam as mesmas. Os diagnósticos são bem montados, as realidades bem definidas. O chão é intensamente irrigado na época das campanhas. Mas a semente plantada é pouca e fraca. Por isso, a safra dos atuais governadores é muito escassa em grãos”.
(GAUDÊNCIO TORQUATO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS de 26 de fevereiro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 7).

Na mesma edição do Jornal ESTADO DE MINAS, mesmo Caderno e página, buscamos também outra IMPORTANTE contribuição de autoria de JÉSUS TRINDADE BARRETO, com INTEGRAL transcrição:

“Homens de ontem

Inconformado, irresistivelmente inconformado e revoltado com o terrível quadro aético deste nosso mundo político hodierno, quero, uma vez ainda, fazer minhas caras reminiscências, que, em sendo minhas, são as do povo igualmente, que sonha com a política respeitável e digna. Com a arte de gerir os povos e as coisas com o maior idealismo e os melhores propósitos, nunca, mas nunca mesmo, com a oportunidade dos negócios e o momento das vaidades tolas.

Política é assunto para gente pensante e modelar, e é por isso que dela se ocuparam imortais vultos da cultura universal, como, dentre tantos outros, Aristóteles, em “A Política”, e Platão, com “A República”. Em os nossos tempos, Benedetto Croce, o filósofo da estesia, igualmente dessa ciência da cidade ou questão dos civilizados, escreve pequeno mas interessante livro denominado “Aspectos Morais da Vida Política”.

Admitindo que muitos dos militantes políticos brasileiros, hoje em cena, jamais leram, e nem desejariam fazê-lo, tais obras, lembremo-nos de alguns de nossos políticos anteriores, com passagens edificantes de suas preciosas vidas. Anotemos e admiremos:

1 – Quando procuraram o ex-presidente Wenceslau Brás para que apoiasse a criação do Conselho de Ministros do Estado, a ser composto por ex-chefes da Nação, que seriam remunerados, ele desencorajou a idéia e declarou não lhe ficar bem receber dos cofres públicos, para tal.

2 – O ex-presidente Afonso Pena, criador da Faculdade de Direito, hoje UFMG, não concordou em receber honorários advocatícios do Estado de Minas Gerais, por serviços eficientes e vitoriosos, que lhe prestara, ao argumento de que fora presidente de Minas. Diante da insistência do Governo de então (Silviano Brandão), mandou reverter o dinheiro para a aquisição do lote em que se construiria a sede da Faculdade em Belo Horizonte, a nova Capital.

3 – O ex-presidente Artur Bernardes, num debate, na Câmara, quando do exercício de mandato de deputado: “Senhores, isto aqui não é assembléia de acionistas, mas o Parlamento do Povo”. Discutia-se a respeito de imensas e eternamente cobiçadas riquezas do nosso subsolo.

4 – O ex-presidente de Minas, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, recusou-se a receber o prêmio total da loteria do Estado, mandando revertê-lo ao erário público. É que o bilhete premiado lhe fora ofertado por amigos... (?).

5 – O ex-governador Milton Campos recusou e agradeceu, com delicadeza, ao presidente Castelo Branco, o convite para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, cargo vitalício, dos mais bem remunerados do País. “Não posso aceitar, presidente, porque, em dois anos e pouco, cairei na aposentadoria compulsória...

6 – O ex-vice presidente da República, Pedro Aleixo, dos raros parlamentares que não aceitaram abusivo aumento de subsídio, retrucando a ferrenho adversário menos educado, que criticava o governo, de que era secretário, de ineficiente, de “braços cruzados”: “Vossa excelência não faz justiça a um dos mais dignos e nobres governos que Minas já teve. Saiba v. excia. que governar não é só fazer obras visíveis, às vezes mais para serem vista do que para real utilidade. Saiba, ainda, v. excia., que já faz bastante quem não alcança os cofres públicos e até ter os braços cruzados pode ter o seu valor, pois assim não se põe a mão no bolso alheio e, em se tratando de governante, não se mete a mão nos dinheiros públicos”.

7 – O ex-deputado José Bonifácio de Andrada, grande parlamentar e líder do governo da República, tão querido de seus pares e de quantos o conhecessem, dizia-me, inteligente e vivaz: “Olhe, Jésus, a política nasceu nobre; depois, virou popular. Agora, está a caminho de se transformar em vulgar. Resista a isso. Ajude sempre a combater isso!”

8 – Os ex-governadores Benedito Valadares Ribeiro, Bias Fortes, Israel Pinheiro e Tancredo Neves sempre recomendaram e exigiram o maior respeito para com a coisa pública e, tendo dedicado a sua existência à política, faleceram sem deixar fortuna, a não ser a respeitabilidade, que é, aliás, a grande riqueza dos homens de bem.

Terminaria, lembrando um verso camoniano: ‘Doces lembranças da passada glória...’.”

Quinze anos são passados e essas LIÇÕES ainda ecoam SONORAS, embora sejam MUITOS os OUVIDOS MOUCOS... E aí, sim, AGIGANTA-SE o papel de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS numa MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, motivados pela FORÇA do IDEALISMO, do AMOR à PÁTRIA e dos nossos MELHORES sentimentos CÍVICOS, e, principalmente, tendo em vista o BRASIL 2014, para FINCARMOS de vez as BASES de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, onde as RIQUEZAS do País, quer CULTURAIS, ECONÔMICAS, NATURAIS, do SOLO ou do SUBSOLO, ou das profundezas do PRÉ-SAL, sejam INTEGRALMENTE PARTILHADAS em favor de TODO o POVO.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A CIDADANIA BUSCA AS COISAS BOAS DA POLÍTICA

“Os fins e os ideais que nos movem engendram-se a partir da imaginação. Mas não são feitos de substâncias imaginárias. Formam-se com a dura substância do mundo da experiência física e social”.
(JOHN DEWEY, in Uma fé comum).

Mais uma OPORTUNA e CONCISA lição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de setembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro, professor universitário, que também merece INTEGRAL transcrição:

“Coisas da boa política

Em vésperas de eleições é importante falar de política, pois se constitui na ferramenta que molda nossos destinos. Ela só existe porque tem que lidar com a diferença entre os grupos e as pessoas, ou, como dizia Hannah Arendt, a condição do político é da pluralidade. As formigas, porque parecem todas iguais e no que pese possuírem uma organização social que costura o coletivo, muito certamente não exercem a política. As citadas diferenças que propiciam o político deveriam se consolidar nos partidos, que se constituem nas vias por onde fluem as visões de mundo, e, porque não, os interesses legítimos dos grupos sociais. É desse entrechoque que surgem as decisões em prol do bem comum, sempre acima do particular e do privado. (sic)

Fala-se muito que a ética não se coaduna com o exercício do poder, em uma interpretação muita larga de Maquiavel. No entanto ela é a argamassa de qualquer ação pública substantiva. Como dizia Aristóteles (300 a. C.), política é a realização da ética do bem comum ou do interesse público em oposição aos negócios privados. O nosso dramaturgo e também filósofo Augusto Boal, nas entrelinhas de suas peças de teatro, falava que “a política não é a arte do possível, e sim a de tornar possível o que é necessário, para o povo”. Isso como contraponto ao que afirmava o nosso sociólogo maior, quando no exercício da política.

Há muita discussão sobre a chamada ética de resultados e a ética dos princípios em que a primeira parece dizer que o fim justifica os meios. E Norberto Bobbio pergunta: mas o que justifica os fins? Não é caso de se perguntar também se os maus meios por acaso não corrompem os bons fins? Dizer que a ética política é a ética dos resultados, e não dos princípios, leva-nos a questionar: mas de todos os resultados? Os vencidos sempre estarão sem razão, simplesmente porque foram vencidos? A chave de tudo, segundo Bobbio, está na legitimidade dos objetivos que também obriga à legitimidade dos meios. Daí ele conclui que toda ação livre, como é o caso da política, não pode fugir ao julgamento do lícito e do ilícito, mesmo se por alegadas razões de estado. Donde a conclusão de que qualquer corrupção política é ilícita pela presunção de que o interesse particular está sendo passado à frente do interesse coletivo.

Não se faz boa política sem bons políticos. Em uma democracia sã somos nós os eleitores, em última instância, os responsáveis pela escolha desses representantes. Está nascendo uma consciência no Brasil, ainda incipiente, em função da transparência dos meios de comunicação, que nossa democracia está doente nos três níveis de poder. Ela é percorrida por uma frouxidão ética, que aparece nos atos e nas declarações de quase todos os líderes em evidência. Há até um certo cinismo pragmático de aceitação dos desvios como fatos inevitáveis do fazer político. Face a essa conjuntura, cabe a nós em 2010 cairmos em um certo exagero de exacerbar nosso julgamento dos candidatos, ao ponto de diminuir o tamanho dos furos de nossas peneiras e bloquear todo postulante com uma biografia que esteja maculada por qualquer desvio publicamente constatado.”

Isto posto, entre outras SEVERAS ações da agenda da MOBILIZAÇÃO, certamente PONTIFICAM as CAMPANHAS FICHA LIMPA e VOTO FORTE, como nos MOTIVAM os clamores do presente texto.

O nosso PRESIDENTE LULA outra dia afirmava em bom som: “...O século 21 é o século do Brasil...”

E que seja VERDADEIRAMENTE o século do BRASIL DECENTE, DIGNO, AFEITO aos VALORES e PRINCÍPIOS MORAIS, onde NUNCA MAIS existam movimentos ABOMINÁVEIS e ABSURDOS - necessários (?) – como ... “PELA ÉTICA NA POLÍTICA”, pois a questão é simples: se NÃO é ÉTICA, também POLÍTICA NÃO PODE SER... Também é bom que GOVERNANTES e POLÍTICOS honrem seu PATRONO SÃO TOMÁS MORO e lhe sejam fiéis seguidores...


O BRASIL TEM JEITO!... É a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A CIDADANIA E A LEGITIMIDADE DO JUDICIÁRIO

“...Há quem acreditou poder captar um nexo entre princípio de representação e publicidade do poder, como Carlos Schmidt, segundo o qual ‘a representação apenas pode ocorrer na esfera da publicidade’ e ‘não existe nenhuma representação que se desenvolva em segredo e a sós’, donde ‘um parlamento tem caráter representativo apenas na medida em que se acredita que a sua atividade é pública’ [1928, p. 208]. Sob esse aspecto, é essencial à democracia o exercício dos vários direitos de liberdade, que permitem a formação da opinião pública e asseguram assim que as ações dos governantes sejam subtraídas ao funcionamento secreto da câmara de conselho, desentocadas das sedes ocultas em que procuram fugir dos olhos do público, esmiuçadas, julgadas e criticadas quando tornadas públicas.”
(NORBERTO BOBBIO, in ESTADO, GOVERNO, SOCIEDADE – Por uma teoria geral da política; tradução Marco Aurélio Nogueira – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, página 30).

Para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE buscamos mais um IMPORTANTE e INTERESSANTE artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de novembro de 2008, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de MARCELO CAMPOS GALUPPO, Professor universitário, presidente do Conselho Nacional de Pesquisa e de Pós-graduação em Direito, cuja reflexão merece INTEGRAL transcrição:

“Legitimidade do Judiciário

Em artigo nesta seção – “Corrupção e o Judiciário (9/9/08) -, escrevi que uma pesquisa sobre corrupção no Brasil apontava que, de todos os poderes, o mais corrupto seria, como a percepção popular, o Poder Judiciário. Levantei duas hipóteses para explicar o fenômeno. A primeira diz respeito ao fato de que o Judiciário não tem a exposição midiática nem da Polícia Federal, nem do Poder Legislativo e, por isso, suas ações são invisíveis ao imaginário popular. A segunda diz respeito ao fato de que atos que coíbem abusos de poder podem ser percebidos como manifestação de corrupção.

Essas questões tocam em um problema com o qual o Judiciário precisa lidar: de déficit de legitimidade. Se remontarmos à origem do Constitucionalismo, perceberemos que a lógica da separação dos poderes advinha de uma desconfiança popular em relação aos poderes constituídos. A reivindicação de que as leis deveriam ser elaboradas apenas pelo Legislativo decorria do fato de que somente esse poder emanava do próprio povo. Em outros termos, enquanto o Poder Executivo se constituía hereditariamente e o Judiciário por nomeação, a legitimidade do Legislativo provinha do próprio povo, por meio do voto. A partir do século 18, o Executivo passou a ser constituído também pelo voto popular e a contar com um novo modo de legitimação: a legitimação democrática. O Judiciário, no entanto, não conta, salvo casos excepcionais, com esse modo de legitimação, razão pela qual ele parece registrar déficit de legitimidade. Some-se a isso o fato de que os seus integrantes são vitalícios, o que o separa ainda mais da lógica da legitimação pelo sufrágio, que pressupõe a temporariedade do mandato.

Apesar de não se legitimar pelo voto, o Judiciário não é completamente destituído de legitimidade, que decorre, no caso, daquilo que Max Weber chamou de dominação nacional. Analisando o que isso significa, Weber identifica a racionalidade com a eficiência dos meios para atingir determinado fim, demonstrando que o conceito de eficiência está ligado, por sua vez, ao conceito de conhecimento. Quanto mais conhecimento se detém, maiores as probabilidades de escolher eficientemente os meios para realizar uma ação. É por isso que, na modernidade, os juízes são escolhidos por concurso público, e não por sorteio, como se fazia em Atenas, no século 4 a. C. Modernamente, a legitimidade do Judiciário assenta-se em sua capacidade de resolver os conflitos sociais.

No entanto, essa não é a única condição de legitimidade do Judiciário. A legitimidade não se assenta apenas na eficiência, mas também na pretensão de correção normativa contida em suas decisões: espera-se que as sentenças e acórdãos judiciais sejam justos porque, se o direito for reduzido à mera eficiência, ou à mera força necessária para atingir a eficiência, não mais é possível distingui-lo da política. Sem referência ao conceito de justiça, o direito deixa de ser direito. Ora, no Brasil, um problema grave é o da ineficiência do Judiciário em resolver as causas que deveria solucionar rapidamente. Lembrando Rui Barbosa: “a justiça tardia é na verdade uma injustiça”. Mas, se sacrificarmos os direitos constitucionais, sobretudo aqueles que dizem respeito à defesa judicial, correremos o risco de produzir decisões injustas. A grande dificuldade é conciliar essas duas exigências. No entanto, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) professora Carmem Lúcia Antunes Rocha tem dito, muito apropriadamente, que seria problemático conciliar uma justiça que decide lides artesanalmente com uma sociedade que as produz industrialmente. Cada ministro do STF recebe por semana uma média de 50 processos. É impossível emitir votos para tal volume de processos. E acredito que a situação dos demais membros do Judiciário seja ainda mais grave. Como conciliar a quantidade necessária de decisões judiciais com a qualidade que se espera delas? Se quiser resolver o problema de seu déficit de legitimidade, o Judiciário precisa equacionar eficiência e justiça, já que não é possível constituir-se pelo voto. As condições para isso, no entanto, não parecem favoráveis.”

Num grande esforço para compreensão da problemática colocada, nos recorremos à pedagogia da cidadania e aos ditames da CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, que postula nos enunciados que se seguem:

Art. 2° - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Art. 3° - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
.....................................................................

Art. 37 – A Administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
.....................................................................

Assim, entre tantas, buscamos uma poderosa LIÇÃO do texto: “...Quanto mais conhecimento se detém, maiores as probabilidades de escolher eficientemente os meios para realizar uma ação.” E nesta MOBILIZAÇÃO queremos reunir TODAS as forças VIVAS do País para, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma FÉ, a mesma DETERMINAÇÃO, o mesmo PATRIOTISMO, para a construção de uma SOCIEDADE verdadeiramente LIVRE, JUSTA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA.

O BRASIL TEM JEITO!...

sábado, 12 de setembro de 2009

A CIDADANIA NO COMBATE À DELINQUENCIA POLÍTICA

“Na sociedade moderna registre-se inicialmente dois aspectos distintos: de um lado a estruturação das comunidades em grupos sociais e econômicos, corporações, associações de classe. Do outro, o fabuloso avanço tecnológico dos últimos tempos, que gerou verdadeira revolução, havida não só nos meios de produção, sistemas, etc. mas até nas regras de convivência, afetando relações pessoais e estruturas sociais.

Continua, porém, a busca da sociedade ideal e da felicidade do Homem, norteada pela Filosofia, que, em seu sentido mais amplo, abrange não só os conceitos de autores e escolas, mas também os ensinamentos das religiões.

E nessa busca, ao lado das teorias e pensamentos, haveremos de ter a firmeza do idealista e a disposição do guerreiro, para que possamos reocupar os lugares que os bastardos têm usurpado, ainda que temporariamente e varrer, de onde estiverem, os novos vendilhões do Templo, da dignidade e a honestidade. Este é clamor do Brasil de hoje.”
(NEY OCTAVIANI BERNIS, in Clamor nacional, Palestra pronunciada na última semanal do Rotary Clube de Belo Horizonte, publicada no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de outubro de 1993, Caderno OPINIÃO, página 7).

São duas IMPORTANTES contribuições que vêm de artigos publicados no Jornal ESTADO DE MINAS, de 23 de outubro de 1993 – há praticamente, portanto, DEZESSEIS anos – que, como veremos abaixo em texto de autoria de CID CARVALHO, Diretor do Departamento de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, na página 6, se revestem de PORTENTOSA atualidade, o que nos MOTIVA ainda mais em nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE:

“Delinqüência política

Jamais em nossa história os fatos denunciaram com tamanha evidência um drama político de proporções tão catastróficas. A história política de nosso País nunca registrou tantos abusos e tamanha irresponsabilidade na condução da coisa pública.

Chegamos ao limite do insuportável e por um dever cívico e moral a reação contra essa impostura inominável, abarrotada de indignidades, deve corresponder à imputabilidade imediata de uma punição aos responsáveis, porém, mais severa do que aquela imposta por Jesus Cristo aos vendilhões do Templo.

É humanamente impossível ao povo brasileiro tolerar por mais tempo essa voragem abominável dos cofres públicos. Estejam certos os senhores congressistas de que o desespero e o desejo de se fazer justiça já se encontram impregnados no sentimento de revolta de nosso povo e a qualquer momento essa realidade poderá transformar-se num exemplo histórico irreversível.

Todos os brasileiros já conhecem sobejamente – costumam citá-los a todo instante – os nomes dos integrantes dessa quadrilha de congressistas que são contumazes dilapidadores do erário. Pergunta-se, agora: só as autoridades constituídas são incapazes de identificá-los? Ignoram por completo tais fatos ou são coniventes? É mais do que necessário que o Brasil seja passado a limpo. Ninguém suportará mais esse mar de iniqüidades.

Por outro lado, a violência urbana tornou-se uma rotina e os homens de bem têm consciência da extrema necessidade de que as leis sejam absolutamente inflexíveis neste País com relação aos autores de crimes hediondos, e também no que se refere aos profumanHHissionais do crime. Faz-se necessário, ainda, o saneamento moral de certas instituições policiais. Todos assistem a fatos estarrecedores como os que ocorrem no Rio de Janeiro, onde o comando das ações criminosas situa-se dentro dos presídios. Esse fato só pode ocorrer se houver conluio entre os detentos e os agentes da autoridade.

Há, de fato, uma situação emergencial gravíssima e, nessas circunstâncias, devem ser instituídas leis capazes de restabelecer a ordem pública pela imposição rígida da disciplina do comportamento. São as Sagradas Escrituras que anunciam com inexcedível e percuciente sabedoria: “Não é necessário ser bom, basta ser justo”. O bom, muitas vezes, é injusto dentre os critérios éticos consagrados por uma sociedade que inadmite comportamentos pusilânimes e desprezíveis.

Neste País, só as crianças, os bóias-frias e os garis são dignos de respeito. As primeiras porque são puras e inocentes, os segundos porque trabalham de verdade e vivem miseravelmente, os terceiros porque operam a limpeza pública com a maior dignidade e, ainda, transportam o lixo, de mãos limpas e vazias.”

Com a perspectiva do BRASIL 2014, e nos debruçando sobre LIÇÕES como as que tiramos de um cenário de DEZESSEIS ANOS passados, somos chamados à grande MOBILIZAÇÃO de TODOS, sem qualquer exceção, para as GRANDES e INADIÁVEIS transformações em nossa Pátria, buscando nos VALORES ÉTICOS E PRINCÍPIOS MORAIS, a ENERGIA e o ENTUSIASMO exigidos para a realização dos nossos IDEAIS e mais CAROS SONHOS: um BRASIL de fato JUSTO, LIVRE, PRÓSPERO e SOLIDÁRIO, a COPA DA CIDADANIA e a inserção DEFINITIVA de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS neste NOVO MUNDO – FASCINANTE e BELO!...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

“Desde quando, ao final do século XVIII e início do XIX, edificou-se e se consolidou o discurso da educação enquanto um direito do cidadão e uma obrigação do Estado, em todos os lugares onde a democracia burguesa assentou suas bases a luta pela efetivação desse discurso parece ter sido o elemento unificador do amplo debate que passou a compor o campo pedagógico. Através de instrumentos os mais diversos, no contexto das mais diferentes realidades econômicas, sociais, políticas e culturais e de uma fantástica diversidade de personagens, de ideais e de práticas, esse debate teve em comum o princípio segundo o qual a cidadania era o princípio constitucional de uma sociedade de homens livres, autônomos e iguais em direitos e deveres e que caberia à escola formar os cidadãos de que essa ordem social se constituiria.”
(JOÃO VALDIR ALVES DE SOUZA, professor de Sociologia da Educação na Faculdade de Educação da UFMG e doutorando em História Cultural na PUC-SP, em artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de janeiro de 2000, Caderno PENSAR, página 1)

Com esta IMPORTANTE consideração pedagógica nos lançamos a mais uma LIÇÃO para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, que vem de artigo publicado também no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de junho de 2009, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de TÂNIA CAMINHA O´GRADY FELIPE, Psicopedagoga, especialista em relações humanas e dinâmicas grupais, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educar para a cidadania

Penso que o educador de hoje deve oferecer aos alunos não só a construção de conhecimento para eles entenderem o mundo, compreenderem a vida e conceberem valores que os levem à prática da cidadania. Acredito que o papel da escola atualmente é o de ter a obrigação de formar seres capazes de criar, em cooperação com os demais, uma ordem social para que se possa viver com dignidade. Faz-se necessário dar ao aluno formação e informação para atuar como cidadão, ou seja, converter dificuldades em oportunidades; solucionar problemas, por meio do diálogo e da negociação; propiciar o aprimoramento de valores e atitudes, além de informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano.
Para desempenhar bem o papel do professor num novo contexto, a postura frente à classe deve mudar. De dono absoluto do saber, o educador passa a ser intermediário entre o conhecimento acumulado e o interesse a necessidade do aluno. Mais do isso, ele se torna o elemento que desencadeia e sacia a curiosidade da turma, ao mesmo tempo em que aprende com ela.

O trabalho do professor deve levar o aluno a respeitar as diferenças entre as pessoas, aplicar os saberes adquiridos na escola para edificar uma sociedade democrática e solidária, valorizar o diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas. O aluno precisa ser formado como um sujeito capaz de interagir e influenciar no meio em que vive, com criticidade, autonomia e capacidade de organização, construindo uma cidadania consciente e responsável. O educador deve promover as condições para o pensar e o agir dos alunos, com vistas ao crescimento e desenvolvimento aluno sujeito-cidadão, que tenha responsabilidade de aperfeiçoar-se para melhor compreender e “tocar” o mundo que o cerca, estabelecendo um vínculo significativo com a realidade e a transpor barreiras, a fim de preparar-se solidamente para a vida futura.

De acordo com Os Parâmetros Curriculares Nacionais, espera-se que ao longo do ensino fundamental, o aluno possa compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las. O aluno deve tomar conhecimento de que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma realidade em que as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado, do qual ele faz parte.

Só seremos capazes de transformar o país sendo verdadeiramente humanos e agindo com justiça, solidariedade e fraternidade. Assim, estaremos exercitando a cidadania. É imprescindível para o “nosso ser” estar no mundo. Sejamos educadores contribuintes para um mundo melhor, como dizia Paulo Freire: “A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que pode ser feito. Mas, se eu não fizer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer.”


Eis, pois, mais uma EFICIENTE contribuição para nos FORTALECER na FÉ e na ESPERANÇA de congregarmos TODOS no sagrado esforço de TRANSFORMARMOS o BRASIL numa NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, num PLENO exercício de CIDADANIA.

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A CIDADANIA E A CORTESIA

...QUE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL SEJA VERDADEIRAMENTE A DE TODOS OS BRASILEIROS E A DE TODAS AS BRASILEIRAS...

“Ninguém pode dar a si, como deve, todos os direitos fundamentais. Por isso nos reunimos em sociedade, onde cada um dá um direito a si e aos outros, desse modo tendo todos eles, um graças a si e os demais graças aos outros. Note-se que em tal sociedade o cidadão cumpre o seu dever e detém seus direitos: é a cidadania. Veja-se como o amor a si mesmo e ao próximo como a si tece a sociedade democrática, justa e solidária.”
(JOÃO DE FREITAS, professor titular na PUC-Minas, autor do livro “Filosofia Neo-socrática”, 2000, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2001, Caderno OPINIÃO, página 7, sob o título de A filosofia do social).

Buscamos, para enriquecer a PEDAGOGIA da nossa MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de mais de DEZESSEIS ANOS – 30 de maio de 1993, Segunda Seção – Em dia com a Psicanálise, página 2, de autoria de NILZA ROCHA FÉRES, psicanalista, em espaço compartilhado com Ana Lúcia Lutterbach e Regina Teixeira da Costa, com transcrição INTEGRAL:

“Da cortesia

Diariamente duas posições são veiculadas pela mídia: de um lado, os anúncios do Brasil – catástrofe, miserável inviável e que perdeu o trem da história dos estados civilizados modernos. De outro, os que apresentam as soluções para essa posição desesperadora. Extraídos da religião, da política, da economia, dos trabalhadores, empresários, dos sem-terra, dos sem-teto, donas-de-casa, dos menores de rua... enfim das instituições científicas e dos vários segmentos da sociedade, os salvacionistas proliferam.

Ao adágio de médico e de louco, acrescentando-se o de salvador da Pátria, todos temos um pouco no Brasil de hoje. São planos e mais planos que têm um ponto em comum em seu diagnóstico: o País está doente com sintomas de miséria, fome, corrupção, inflação.

Há urgência em seu tratamento.

Apesar dessa convergência de opiniões, há uma constante postergação, adiando-se sempre o início do tratamento., levando-nos a questionar: Será que os brasileiros, os políticos estão verdadeiramente interessados em curar o Brasil? A quem interessaria um Brasil doente ou um Brasil saudável?

Planos de especialistas para a eliminação da fome, erradicação do analfabetismo e melhoria de vida da população carente podem surpreender-nos de certa forma, pois além de conterem as operações econômicas, matemáticas e outras necessárias à implementação os objetivos, apontam também para pontos de não saber. Pontos que se pode ver demonstrados na seguinte conclusão de um desses projetos: “Porém, o que a proposta mostra é que a questão da pobreza tem solução, desde que estejamos dispostos a distribuir uma parte da riqueza do país entre seus habitantes. Apesar de existir consenso quanto à necessidade de se distribuir melhor o estoque de capital humano entre a população brasileira, será que este consenso permanecerá quando os custos deste processo ficarem claros para os que não são pobres”?

Questão que se articula com a opinião do autor do “Programa Segurança Alimentar” apresentado ao governo, quando afirma: “Acho positivo a fome estar virando uma questão política. Anos atrás, tentavam suavizar o problema falando de desnutrição dentro de um aspecto puramente biológico”.

Parece que aí está a chave da questão, chave que não abre todas as portas, pois há um fosso intransponível, um não sabido entre o biológico, o natural e a cultura. Daí ser fundamental que a Política opere com o saber: recursos para alimentos e para solucionar problemas da população estão disponíveis, mas esbarram nas formas de distribuição. Distribuição dos bens, além da economia, da política, da sociologia, tocando a estrutura do sujeito e do coletivo, no coração do seu ser, exigindo um tratamento ético.

A Ética é a ciência do fazer bem o que se deve fazer, como se afirma: toda arte, toda investigação, toda escolha tendem para o bem. E a Política , ocupando-se da organização da polis – que se refere à vida e às leis da cidade – é o lugar da máxima realização ética, sendo aí também o lugar onde aparecerão todos os problemas de resistência da estrutura do sujeito humano em seguir completamente um ideal, mesmo que aponte para a bondade, a beleza e o bem.

A Ética, como ciência do agir humano, expressa a vida do ser de uma forma cultural, onde o costume, o hábito e o exercício também determinam as maneiras do fazer, dando razão a todos os atos. Até o que não é determinado pela natureza mas resultante do encontro do homem com a cultura, deixando-o sempre em mal-estar, pois nenhuma concepção de vida ou programa político fará do homem uma criatura completamente satisfeita ou feliz. Não por defeito do plano, mas por impossibilidade. Impossibilidade ética que exige de cada um o dever de descobrir por si próprio – desde que a Política, em sendo ética, o permita – de que modo específico poderá encontrar o caminho de seu bem, que é a lei do desejo que o causa e de como faz laço com as leis da cidade. E a política que se quer Ética deve saber desse limite e tratar as questões da polis pela via da impossibilidade – que é saber que há um não saber sobre a satisfação e seu objeto, impossibilitando satisfazer o desejo de todos – e não pela via do discurso da impotência, que coloca a culpa do fracasso sempre no outro, esperando que algum dia um Mestre-Partido chegará para solucionar todos os problemas.

Diante de tais questões, como cada um poderá ter uma implicação ética na polis? Independente do dólar ou qualquer moeda indexada?

No livro “Na Sala com Danuza” vamos encontrar o diagnóstico e a prescrição do remédio: “Terminei de escrever este livro pensando no quanto o Brasil anda mal-educado. Da vulgaridade à grosseria, os homens que dirigem nosso se tratam – e nos tratam – sem o menor respeito. É possível que a boa educação tenha desaparecido dos nossos costumes? Ninguém respeita ninguém, os códigos desapareceram. Não será esse o momento de conviver mais educadamente com nosso semelhante? Um sorriso, segurar a porta para o outro passar significam a mesma coisa, aqui ou em qualquer outro lugar do mundo. Se tratada com gentileza, a pessoa, por um instante que seja,se sente especial, e isso a faz não se sentir tão só”.

Recuperar a cortesia, quer se trate de um mendigo, menino de rua, doméstica, professor, empresário, político, homem ou mulher, letrados ou ignorantes. E mesmo sabendo da impossibilidade do mandamento “amar ao próximo com a si mesmo” e da incompatibilidade entre amor e cultura, continuar restabelecendo o laço da cortesia na polis é possível, mesmo porque cortesia não paga imposto. E talvez até a cura de vários sintomas poderá ocorrer, pois é falta de cortesia fartar-se à mesma enquanto o semelhante está olhando com fome para você, assim como trata-se da maior gafe querer ser e ter mais com outros, exibindo força, poder, saber e dinheiro diante de menos dotados. Da mesma forma, é falta de cortesia assaltar, roubar, matar, seqüestrar, jogar lixo nas ruas, demolir obras do patrimônio histórico, incomodar vizinhos, mentir... E é a maior falta de cortesia ter uma cidade onde uns moram em casas ultra-confortáveis enquanto outros cidadãos estão expostos nas ruas.
E se há tanta falta de cortesia que impossível seria enumerar, quem sabe de moeda não indexada, a cortesia poderá tornar-se moeda forte, fazendo laço social, instaurando uma nova ética?”.

Então, movidos pela INABALÁVEL FÉ nos PROMISSORES DESTINOS de uma PÁTRIA nascida sob o manto da SANTA CRUZ, vamos REUNINDO estas LIÇÕES que servem de ALICERCE para a grande MOBILIZAÇÃO de TODOS para a realização dos nossos SONHOS e IDEAIS: construção de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, e ainda a CONSOLIDAÇÃO da nossa SOBERANIA e a INDEPENDÊNCIA seja de fato um grito vindo do fundo da ALMA de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS, mais do que simples leitura de compêndios de HISTÓRIA.

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A CIDADANIA REDUZ A CORRUPÇÃO E A POBREZA

“A sociedade está se tornando mais consciente da importância da educação, e isto permite que ela forneça novos recursos ao setor, além daqueles proporcionados pelo Estado. Entre as contribuições positivas da educação para a sociedade, duas pareciam estar por ocorrer e teriam forte impacto: reorganização da cidadania, pela criação de uma ordem social mais justa; e o desenvolvimento de habilidades e competências para a vida, que permitiria reduzir as desigualdades sociais e econômicas.
(SIMON SCHARTZMAN, em As causas da pobreza – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, página 146)

Mais uma OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1° de setembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FÁBIO CALDEIRA CASTRO SILVA, Mestre em ciência política, doutor em direito (UFMG), com INTEGRAL transcrição:

“Corrupção e pobreza

Quando a relação entre o setor privado e os poderes constituídos do Estado são obscuros e promíscuos, a corrupção se mostra presente na sua forma mais avassaladora e com conseqüências mais nefastas, desconsiderando, principalmente, os princípios constitucionais da legalidade e da moralidade. Estudos mostram que essa promiscuidade ocorre em todo o mundo, mas é mais marcante nos antigos países da Europa comunista e em nações em desenvolvimento, inclusive o Brasil.

Susan Rose Ackerman, em sua pesquisa apoiada pelo Banco Mundial Corruption and Government – Causes, Consequences and Reform, expõe que a corrupção traz como principais conseqüências o aumento da desigualdade e da pobreza, quando recursos públicos são irrigados de áreas sociais; a degradação de imagem dos políticos e da democracia; e fuga do investimento sadio, em setores nacionais e internacionais. “Altos níveis de corrupção se associam a baixos níveis de investimento e crescimento”, diz a autora. Os dois primeiros itens são mais visíveis em âmbito nacional, quando é analisado o paradoxo do enorme potencial econômico brasileiro com o vergonhoso título de um dos países mais desiguais do planeta, com um enorme abismo entre ricos e pobres. Com grande preocupação, a imagem dos políticos, não sem motivos, vem se degradando a cada dia, pois são cada vez mais comuns situações e exemplos de sobreposições de interesses pessoais, muitas vezes, escusos, às nobres causas voltadas para o interesse público e o bem comum. A luz no fim do túnel só será realidade quando o cidadão for visto como destinatário de políticas públicas e, na condição de pagador de impostos, financiador das atividades estatais, em suas funções executivas, legislativas e judiciárias.

Em recente estudo, a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) revela que, de cada 100 latino-americanos, em torno de 40 são pobres e pelo menos 18 são indigentes – não é à toa que a corrupção seja marcante no buscontinente. Segundo Susan Rose, em geral, é marcante e explícita a relação entre níveis de corrupção de um país e pobreza da população. Sendo um crime, deve ser combatida, pois a impunidade a torna cada vez mais agressiva e abrangente. Quando trata da corrupção na política, a autora revela que a estabilidade do sistema político e da democracia efetiva de um país são fatores inibidores e que dificultam a ação dos corruptos e corruptores.

Como não podia deixar de ser, o capítulo do financiamento de campanhas ganha destaque, à medida que grupos privados poderosos financiam campanhas posteriormente obterem vantagens ilícitas, como as fraudes licitatórias. Segundo Susan, “os sistemas políticos democráticos devem encontrar uma forma de financiar as campanhas políticas sem promover a venda de políticos aos respectivos doadores”. Com a globalização, foi alterada a dinâmica das doações de campanha, seja nas contribuições legais como nas de caixa dois: antes, sobressaíam as doações de empresas locais e nacionais; hoje, ganham destaque as multinacionais e bancos. Vale lembrar Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.”

Eis, no final, a PROSTRAÇÃO que, naquela época (Rui Barbosa: 1849 – 1923), tomou conta de boa parte do CONSCIENTE e INCONSCIENTE coletivos, perpassando cerca de UM SÉCULO sem NENHUMA perspectiva do ANTÍDOTO: a MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, que nos ANIMA e MOTIVA com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ENERGIA, a mesma ALEGRIA, a mesma CORAGEM, a mesma DETERMINAÇÃO de BRASILEIROS e BRASILEIRAS que, a DESPEITO do mar de lama, NUNCA se sujaram. Assim, diante das IMENSAS potencialidades e riquezas do PAÍS, conseguiremos MANTER ACESA a chama da FÉ e da ESPERANÇA na construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, cujos BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS tenham como DESTINATÁRIOS TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS!

Que no horizonte do BRASIL 2014, tenhamos a perspectiva REAL da CONQUISTA da COPA da CIDADANIA e da FRATERNIDADE e da PAZ
e, de ACRÉSCIMO, a COPA DO MUNDO DE FUTEBOL!...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A CIDADANIA VALORIZA AS VIRTUDES (3/57)

(SETEMBRO = Mês 3; Faltam 57 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)


“Um governo livre é um governo que não prejudica os cidadãos, mas que, pelo contrário, lhes dá segurança e tranqüilidade. Mas ainda há muito chão daí à felicidade, e o homem deve percorrê-lo por conta própria, pois seria uma alma muito grosseira a que se considerasse perfeitamente feliz por desfrutar de segurança e felicidade.”
(STENDHAL, in Do amor)

Nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE acolhe mais uma OPORTUNA e IMPORTANTE contribuição que vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de agosto de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, com a assinatura do Jornalista OTACÍLIO LAGE, com INTEGRAL transcrição:

“Virtudes esquecidas

No dia a dia do país, palavras como fraude, corrupção, golpe, falcatrua, maracutaia, desvio, superfaturamento, contrabando, falsificação, roubo, furto e afins povoam os noticiários. Nas redações de jornais, revistas, rádios e TVs, elas são inseridas em boa parte dos textos que vão para as páginas e ao ar, numa costura cansativa, repetitiva e enfadonha. Não há um só dia que os repórteres se vêem livres delas. No contexto, elas decorrem de outras palavras e expressões como desonestidade, falta de integridade moral e de caráter. Entre as virtudes que o ser humano deve aprender a desenvolver para expressar sua perfeição latente, a integridade constitui um dos fundamentos da dignidade da pessoa. Aquele que é desprovido dela é então indigno de si mesmo e da confiança dos outros. Diriam uns que é relativamente difícil ser totalmente íntegro em pensamento, palavra e ato, porque as circunstâncias da vida nos confrontam constantemente com nossa própria imperfeição e nos submetem a múltiplas tentações.

Mas o que é integridade? É o respeito aos valores morais em que acreditamos, desde que eles estejam em sintonia com o bem-estar físico, mental e espiritual dos outros. Ser íntegro é viver em conformidade com seus ideais., desde que estes não se oponham aos interesses alheios. Inversamente, não ser íntegro é mentir para si mesmo, seja para se consolar por agir mal e tentar ficar de consciência limpa, seja para enganar os menos experientes em algum momento. A integridade anda abraçada com a honestidade, virtude que é a expressão de uma alma pura. Na escolta das duas, está a equidade (senso de justiça).

Hoje, no Brasil, honestidade, integridade e equidade estão vivendo nas sombras, com receio danado de dar as caras. No cenário cotidiano, a sujeira é tanta e falta de brio, de honra e de cumprimentos de promessas e tão vergonhosamente patente que elas parecem deserdadas pela maioria dos
190 milhões de habitantes deste país de substantivo potencial. Não se pode ser íntegro quando se é desonesto. No sentido mais claro, honestidade é a virtude da pessoa de respeitar os bens materiais de outrem e nunca procurar se apropriar deles de maneira indigna ou fraudulenta. Infelizmente, há pessoas – hoje, em grande número – sem escrúpulos que se enriquecem dando trambiques ou roubando mesmo os pertences alheios. Falta aí espiritualidade e sobra vontade vontade desmedida de possuir bens materiais. Muitos desses espertos querem provar que são mais inteligentes ou mais poderosos do que aqueles a quem prejudicam. Não importa o motivo, mas nada justifica o fato de ser desonesto, a não ser a falta de evolução ou de educação desses indivíduos.

Os noticiários envolvendo políticos, então, passam recibo do que vivemos no país em termos de integridade e honestidade. Nas edições de ontem e de hoje, o EM mostra como a chaga da corrupção está presente em cidades pequenas e pobres de Minas Gerais. Na área empresarial, pipocam todos os dias casos de fraudes, falsificação de medicamentos, sonegação fiscal, desvio de cargas, recepção de contrabando, gasolina adulterada, queimadas criminosas, desleixo com a conservação do meio ambiente e do patrimônio histórico etc. Em todos esses exemplos, a desonestidade campeia solta, rodeada por mentiras e até mesmo por ações do crime organizado. No campo político, as pessoas usam e abusam de seu carisma para implantar na opinião pública ideais partidários e dogmáticos, às vezes, com vieses filosófico ou religioso? Quase sempre, elas não são sinceras e carecem totalmente de honestidade em seus propósitos. Geralmente, sua motivação principal é a busca de poder e honrarias, o que revela paralelamente um ego dominador. Essa forma de desonestidade é, ao mesmo tempo, insidiosa e perigosa, pois, sob aparência de sinceridade e verdade, pode induzir a erro milhões de pessoas e subjugar sua consciência.

No cotidiano brasileiro, muitos estão convencidos de serem honestos, e o são efetivamente. Entretanto, será que sua honestidade é baseada numa integridade real ou no medo de que lhes poderia ocorrer se fossem apanhados em delito de desonestidade? Seriam eles também respeitadores das leis caso tivessem certeza de poder violá-las com total impunidade? Nada é menos seguro que isso. Um indivíduo é considerado muito honesto quando a todas as tentações para sair dos trilhos da integridade, caracterizando-se como incorruptível, no sentido mais nobre do termo. A incorruptibilidade é uma virtude que todos deveriam ter a intenção de desenvolver; é a honestidade plena.

O Brasil está envolto por um manancial de fatos escusos, para não dizer termos mais fortes, como se jogássemos água no terreno já encharcado. Haja falta de integridade, tão escassas por nossas plagas. Esta virtude também recorre ao senso de justiça, embora saibamos que é difícil ser justo, tanto para consigo mesmo como outros, porque somos imperfeitos e julgamos em função das nossas próprias opiniões, que, muitas vezes, não são necessariamente boas. No nosso dia a dia, há comportamentos de certos políticos, governantes e empresários que revelam uma evidente má fé ou vontade de ser injusto, quase sempre por interesse. Os mais inclinados a esse tipo de comportamento estão entre os que acham que o fim justifica os meios. A pessoa justa jamais usa sua função, sua autoridade, seu poder ou sua força para obrigar as outras a dizer ou fazer seja lá o que for que eles desaprovem ou que vá contra o sem bem-estar. A integridade não deve ser limitada a mantermos relações sinceras com os outros. Ela está relacionada à maneira como aplicamos à nossa própria vida os princípios morais que defendemos frente aos outros. Apesar de suas fraquezas, inerentes ao homem, melhor seria que as pessoas se esforçassem para viver tanto quanto possível em consonância com seus ideais, a fim de serem um exemplo para as outras com as quais convive ou sobre as quais exercem poder de influência. No Brasil, os honestos e íntegros têm pouca regalia. A maioria depende de promessas cumpridas, da integridade e da lisura dos que governam e administram e da honestidade de quem produz, transporta e negocia.

Sonhar nunca é demais, mas quem sabe um dia o nosso país abraçará de vez as palavras integridade e honestidade, escoltadas pela equidade e avalizadas pela justiça. Integridade é ainda o respeito à palavra dada, o que implica cumprirmos nossos compromissos, sejam quais forem. Antes de prometermos isso ou aquilo, devemos, portanto, mensurar com cuidado se somos efetivamente capazes de cumprir as promessas feitas. Na verdade, mais vale nos abstermos de prometer, dizer ou fazer seja o que for. Há muitas pessoas que ao longo da vida, às vezes, se vêem obrigadas a voltar atrás em suas promessas. Mas fazer disso um hábito é porque realmente não têm palavra ou mesmo honra. E, quando a pessoa perde a confiança das outras e a honra, até sua integridade física está comprometida. Haja carapuça!”

São, portanto, mananciais como esse que devem servir para MITIGAR nossas CARÊNCIAS que nos AFASTAM dos IDEAIS coletivos e, POSSAMOS, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma FÉ, a mesma ESPERANÇA, prosseguir na construção de uma NAÇÃO JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, onde a SUPREMA RIQUEZA seja a PARTILHA, a profunda REDUÇÃO das DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e a verdadeira PROMOÇÃO HUMANA.

O BRASIL TEM JEITO!...