quinta-feira, 31 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER E EXIGÊNCIAS DO EMPREENDEDORISMO E ÉTICA PARA UMA POLÍTICA TRANSFORMADORA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO À LUZ DO AMOR E SABEDORIA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Empreendedorismo político

       O Brasil está diante de uma encruzilhada como nação, um transe coletivo, que levou o país a uma polarização de enorme serventia somente aos dois grupos que duelam pelo poder. Longe de apresentar soluções para o país, nossos políticos vivem em estado de graça, representado pela acomodação e por um falso sentimento de rejeição mútua que somente alimenta os dois polos de um duelo que recusa aquilo que o país mais precisa.

         Faltam ao país projetos de nação, planos de governos realistas, compromissos com ideias e valores. Na verdade, vivemos dependentes de lideranças frágeis que almejam o poder pela simples satisfação pessoal e bem-estar de seu grupo, governando por narrativas, ódios, manipulações, seguidos por pessoas incapazes de julgar a política de forma racional, movidos apenas por uma emoção cega.

         Enquanto sobram iniciativas empresariais, projetos de inovação e empreendimentos sociais, falta ao Brasil empreendedorismo político, representado pela iniciativa cidadã de propor ideias, liderar movimentos, expor projetos e pedir a confiança da população nas eleições para implementar, por meio da política, novos rumos em nossos municípios, Estados e em nível federal, em Brasília.

         Este ano é uma das raras oportunidades para os que acreditam que podem fazer a diferença, empreender politicamente e lançar suas ideias, propostas e projetos. A polarização que tomou conta do Brasil abre também uma janela de oportunidades para aqueles que desejam mostrar-se como uma alternativa ao velho jogo da política que tenta se reinventar mais uma vez, com os mesmos atores e enredo.

         Precisamos de novos líderes, capazes de iniciar um processo de mudança longe das práticas que tornaram o Brasil refém de dois grupos que se alternam no poder e se tornaram donos do país, garantidos por uma base alugada, que assegura sua estabilidade no poder e o falso confronto eleitoral que serve apenas para legitimar suas escolhas. Nós nos tornamos reféns de uma classe política velha e ultrapassada.

         A política jamais deve ser uma carreira, mas uma etapa dentro de uma trilha profissional, em que o cidadão procura contribuir para a sociedade, durante um período definido, servindo sua comunidade ou seu país. Findo esse tempo, o caminho mais apropriado é seguir o curso natural e retornar para a vida profissional privada. Política jamais deve se tornar uma atividade com um fim em si mesma e perene, sob pena de se desviar de sua atividade principal, que é servir a sociedade.

         Um povo empreendedor como o brasileiro merece mais que uma polarização entre iguais. Já chegou o momento de transpor o empreendedorismo que funciona como motor de nosso país, tanta na área econômica, assim como na frente social, e aplicá-lo na política. O empreendedorismo político é um caminho natural para uma sociedade que deseja tomar as rédeas de seu próprio país e torná-lo uma nação vitoriosa. Existem muito mais do que dois caminhos no horizonte, e certamente as alternativas passam pelos brasileiros dispostos a encarar uma forma efetiva de ser a sociedade já nestas eleições. Nunca precisamos tanto desse grupo de brasileiros.”.

(MÁRCIO COIMBRA. contato@casapolítica.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de março de 2022, caderno A.PARTE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 20 de março de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

 “Ensina com amor

Ensinar com amor é meta prioritária e compromisso interpelante da Campanha da Fraternidade 2022 - de tema “Fraternidade e Educação” -, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iluminada pelo horizonte do tempo da Quaresma. A prioridade desta meta - ensinar com amor - formando o binômio com o “falar com sabedoria”, contém propriedades para respostas urgentes na configuração civilizatória do mundo contemporâneo. E somente é capaz de ensinar com amor aqueles que são aprendizes do amor a ser ensinado. Essa capacidade para educar remete a um inteligente pensamento de Santa Tereza d´Ávila, Doutora da Igreja: ensinar não é teorizar, mas transmitir convicções e compartilhar experiências.

A qualidade da educação vai além da transmissão e do aprendizado de conteúdos informativos e técnicos - essenciais para a condução de processos. Envolve o compartilhamento de convicções e de experiências, emoldurando e fecundando as dinâmicas do contexto educacional. Compreende-se, consequentemente, que ensinar com amor é força pedagógica determinante e investimento importante para que a humanidade consiga revestir-se de um novo tecido civilizatório, com mais fraternidade, justiça e paz. Por isso, abordagens relacionadas aos processos educativos não se limitam aos ambientes das escolas e academias. Oportuna é a convocação do Papa Francisco para que todas as forças sejam investidas na efetivação de um Pacto Educativo Global. Isto significa compreender e atuar por uma nova realidade e um novo horizonte para a educação, incontestavelmente porque o atual cenário dá sinais evidentes de que precisa mudar, em diversos âmbitos e aspectos.

A sociedade pede rápidas mudanças, que podem ser alcançadas por meio de um processo educativo capaz de levar o ser humano a reconhecer a sacralidade da vida e a necessidade de se priorizar a fraternidade universal. Tristemente, o mundo convive com escolhas e decisões equivocadas que inviabilizam esse reconhecimento. Com isso, a justiça e a paz ficam comprometidas, convive-se com os horrores das guerras, com a exclusão social que agrava cenários de miséria e de fome. A vida - da concepção à morte, com o declínio natural – fica permanentemente ameaçada, por escolhas e decisões equivocadas, também de dirigentes e líderes. Convive-se com o envenenamento das manipulações de interesses e até de legislações, para favorecer desmandos e ilegalidades. Atitudes egoístas que atrasam a sociedade na conquista de uma lucidez possível, quando considerados os avanços científicos e as lições oferecidas pela história.

Ensinar com amor é, pois, o desafio a ser assumido para que se possa transformar a realidade. Particularmente, merece atenção o que ocorre no Brasil, onde o ensino formal avançou significativamente nas últimas décadas, mas, ao mesmo tempo, há graves desafios estruturais no campo da educação. As dimensões continentais do País, marcadas pelas singularidades regionais, configuram um cenário complexo, com problemas que, para serem superados, pedem a participação de toda a sociedade, com inteligente e arrojada articulação de instâncias governamentais. De modo especial, é preciso acabar com uma dívida histórica, relacionada à escolarização dos mais pobres. Trata-se de “um dever de casa” que o Brasil não conseguiu concluir.

Investimentos mais determinantes no ensino, para superar as carências desse campo no Brasil, é especialmente relevante no contexto de um pacto educativo global - que considera a necessidade de avanços mais expressivos, em todo o planeta, edificando nova consciência civilizatória. É hora de um novo tempo na educação - não como um processo sectário, singular, mas uma obra necessariamente social. Uma educação integral e inclusiva, cuidadosa - para não se contaminar com ideologias venenosas e prejudiciais -, capaz de promover diálogos construtivos, contribuindo para que prevaleça a unidade e sejam superados os conflitos. Pertinente é a observação do Papa Francisco, na Carta Encíclica Laudato Si’: a educação será ineficaz e seus esforços estéreis se não houver compromisso com a construção de novos parâmetros relacionados ao ser humano, à sociedade e ao cuidado com a natureza.

A atuação de educadores no âmbito formal escolar, na família, nas instâncias governamentais e empresariais é, pois, decisiva. Igualmente importante: cada cidadão compreenda que processos educativos são válidos e cumprem bem o seu papel na medida em que se ensina com amor. Isto significa reconhecer a importância do outro, do sentido de alteridade, conforme ensina a fé cristã. Essa compreensão sublinha a importância do amor, invalidando ódios e disputas. Assim, revela-se prioridade investir na educação dos sentimentos e das emoções, de onde podem nascer preconceitos e discriminações que ferem o tecido civilizacional. Consegue aprender e, consequentemente, ensinar com amor quem se deixa fecundar pela espiritualidade da solidariedade fraterna, curando-se dos extremismos e das polarizações. Trata-se do caminho que leva à competência para falar com sabedoria. O mundo precisa, muito e urgentemente, de quem ensina com amor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,54%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira, pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

segunda-feira, 28 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS TECNOLOGIAS, STARTUPS E INOVAÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA PAZ NA NOVA ORDEM HUMANITÁRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Pandemia e relação entre startups e grandes empresas

       Até o início de 2020, muitas organizações tradicionais, que já contavam com um modelo de negócios consolidado se encontravam em certa zona de conforto e não enxergavam os investimentos em inovação como prioridade. Então, veio a pandemia, seguida por medidas de isolamento e crise econômica. Assim, a adaptação à nova realidade se tornou obrigatória para a sobrevivência.

         Na maioria dos casos, essa transformação está relacionada ao uso do Índice Cesar de Transformação Digital (ICTd), divulgada em 2020, mostrou que 23,7% dos empresários brasileiros passaram a considerar a transformação digital como prioridade máxima no planejamento estratégico. O salto de 7,3%  em relação ao ano anterior comprova que esse movimento era uma tendência, mas que foi acelerado pela pandemia.

         Quando se fala em inovação, é impossível não mencionar as startups. Os empreendimentos, como modelos de negócios escaláveis e que visam atender demandas específicas, exercem um papel importante nesse cenário, pois são os que estão mais atentos às constantes transformações nas necessidades da sociedade e, consequentemente, do mercado.

         Apesar de as startups terem a seu favor a habilidade de se adaptar mais rapidamente às mudanças de cenário, as empresas tradicionais ainda ocupam lugar de destaque na economia de modo geral. Portanto, a melhor alternativa para ambos os tipos de negócio é a convergência.

         Na maioria das vezes, essa relação se concretiza por meio de parcerias e programas de aceleração.

         As grandes corporações conseguem enxergar nas startups a capacidade de solução de um problema específico de uma forma ágil e de rápida aplicação. Isso permite que consigam seguir o dinamismo do mercado atuando em situações específicas e pontuais através de parcerias, deixando o core do negócio sempre dentro de casa.

         Além disso, também é importante destacar a forma como a mentalidade das startups tem sido incorporada nas grandes organizações. Cada vez mais, os gestores adotam a redução da burocracia, o foco em resultados e o incentivo à inovação como elementos da cultura organizacional em suas empresas.

         Esse movimento tem sido observado em todas as áreas, com destaque para varejo, financeiro, educação e saúde.

         Segundo o estudo Health Tech Report 2020, realizado pela consultoria Distrito, o número de startups que atuam na área da saúde cresceu 118% no Brasil entre 2018 e 2020. Número que indica a receptividade do mercado em relação a esse tipo de empreendimento. Para as grandes empresas, isso significa uma oportunidade.

         Afinal, na hora de atravessar momentos como o que vivemos atualmente, de instabilidade e turbulência, toda ajuda é bem-vinda. E ter as startups como aliadas pode ser decisivo.”.

(Leonardo Carvalho. Coordenador de MBAs em gestão de negócios e gestão de projetos no Centro Universitário Newton Paiva, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 5 de abril de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-03/papa-francisco-ato-consagração-imaculado-coracao-maria.print.html, edição de 25 de março de 2022, de autoria do PAPA FRANCISCO, e que merece igualmente integral transcrição:

“A oração do ato de consagração

‘Ao final da liturgia penitencial na Basílica de São Pedro, o Papa pronuncia a seguinte oração para consagrar e confiar a humanidade, e especialmente a Rússia e a Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria:’

       Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz.

         Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!

         Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra. Vós, Mãe Santa, lembrai-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais conosco e conduzis-nos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história.

         Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: <<Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?>>. Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio.

         Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: <<Não têm vinho!>> (Jo 2,3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, dilui-se a fraternidade. Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna.

         Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica:

         Vós, estrela do mar, nãos nos deixeis naufragar na tempestade da guerra;

         Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação;

         Vós, ‘terra do Céu’, trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus;

         Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão;

         Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear;

         Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar;

         Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade;

         Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo.

         O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada.

         Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: <<Eis o teu filho!>> (Jo 19,26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: <<Eis a tua mãe!>> (19,27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome a injustiça e a miséria.

         Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhe este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abrir as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.

         Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, Vós que <<sois fonte viva de esperança>>. Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Amém.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,54%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira, pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

sexta-feira, 25 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO ALTRUÍSMO, EMPATIA, COMUNICAÇÃO EFETIVA E CONFRONTAÇÃO PARA MELHOR NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO, HUMANISMO INTEGRAL E SOLIDARIEDADE PARA UMA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A importância de humanizar o setor de recursos humanos

       Empregados já não são mais motivados exclusivamente por fatores que vão muito além de uma boa remuneração. Benefícios como plano de saúde e horários flexíveis deixaram de ser diferenciais que fazem com que o trabalhador se decida por determinada empresa. Daí a necessidade de a área de recursos humanos investir em um atendimento cada mais humanizado.

         O setor de RH é um dos mais relevantes dentro de uma empresa, pois é por meio dele que novos talentos são captados e conflitos internos são resolvidos. Com isso, o RH humanizado passou a ir além dessas tarefas, valorizando o capital humano e tentando suprir as expectativas profissionais e pessoais dos colaboradores.

         Esse tipo de abordagem não trata o profissional apenas como uma peça da empresa, mas tem o papel de buscar identificar o perfil dos colaboradores com o objetivo de mapear os talentos e as dificuldades de forma a incentivar a utilização máxima do potencial de cada um.

         Esse estilo de RH ficou ainda mais forte com a pandemia da Covid-19, já que foi exigido que as empresas desenvolvessem mais empatia e tivessem mais preocupação com o bem-estar dos funcionários. No entanto, ainda se tem uma dificuldade em aplicar e perceber os benefícios dessa abordagem.

         Existem três pilares fundamentais para o sucesso dessa ação. O primeiro é a boa comunicação. A troca de informações e experiências entre gestores, funcionários e o setor de RH é essencial para que os times se conheçam e saibam dos potenciais e dificuldades de cada um.

         O segundo pilar é a atenção com o bem-estar. O ambiente de trabalho deve ser favorável para que as atividades sejam executadas com excelência. Vale ressaltar que esse pilar também é fundamental para o trabalho em esquema de home office. É papel do RH humanizado traçar estratégias como oferecer bons equipamentos de trabalho para que o funcionário, mesmo em casa, tenha conforto e estrutura necessária para desempenhar suas funções.

         O terceiro pilar prioriza justamente o colaborador. No RH humanizado, a pessoa deve ser o centro de todas as ações desenvolvidas. A grande meta desta ação é fazer com que os profissionais se sintam mais valorizados, tenham suas necessidades atendidas e, assim, sejam mais produtivos. Um estudo de 2017 da consultora de gestão Bain & Company aponta que um colaborador engajado é 44% mais produtivo do que um trabalhador somente satisfeito. Por isso, escutar e incentivar os colaboradores passou a ser essencial, revertendo para a própria empresa os ganhos com essa ação.

         Como demonstrado anteriormente, ter uma área de RH humanizado significa colocar as pessoas como prioridade máxima da organização, que precisa entender o trabalhador além da sua vida profissional e que incentivá-lo a crescer o fará mais engajado e motivado, fazendo com que a empresa também prospere.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1 de março de 2022, mesmo caderno, página 16, de autoria de Mauro Sérgio Santos da Silva, doutor em educação (UFU) e membro da Academia de Letras e Artes de Araguari, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação e fraternidade

       Todos os anos, desde 1964, a Igreja Católica no Brasil, sob a tutela da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove a Campanha da Fraternidade (CF). trata-se de um conjunto de ações, reflexões e programas encetados a partir de um tema social e politicamente pertinente da realidade brasileira.

         As Campanhas da Fraternidade têm por mote despertar o espírito comunitário, propalar o sentimento de responsabilidade coletiva, educando para uma sociedade fraterna e justa. Em 2022, com o tema “Fraternidade e educação”, a CF toma por lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr, 31,26) com o objetivo de realizar “diálogos a partir da realidade educativa brasileira, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”.

         O referencial bíblico da campanha é o encontro de Jesus com a chamada “mulher adúltera”, evento no qual o Mestre, com verve professoral, em poucas palavras e gestos, deflagra a hipocrisia, alvitra para o perdão, orienta e aponta para o caminho correto.

         Profeticamente, a Igreja insta à análise do contexto educacional brasileiro e seus desafios exponencialmente potencializados pela pandemia da Covid-19, mas, antes de tudo, torna premente uma reflexão radical acerca da essência ou razão de ser da educação.

         A educação, tal como a concebe Hannah Arendt, é atividade humana ligada à condição da natalidade, ou seja, ao fato de que novos seres humanos nascem para o mundo ininterruptamente. Educar é, pois, nessa direção, acolher aqueles que chegam a um mundo que lhes é estranho a fim de que, tomando parte desse mundo, adquiram condições para construir o seu próprio universo. Educar é “iniciar processos”.

         Pela educação, os jovens são inseridos no legado do universo simbólico, histórico e cultural da humanidade. Por isso, conforme antigo provérbio africano, “é necessária uma aldeia para se educar uma criança”. A educação é projeto de humanidade. Nós nos humanizamos na companhia dos demais. Somos parte do todo que é a comunidade humana e nossa casa comum, a Terra. Destarte, assim afirma a filosofia ubuntu: “Eu sou porque nós somos”.

         A atividade educativa inicia-se no domínio privado do lar, no seio familiar, prolonga-se na esfera escolar e se perpetua na vida em sociedade, na comunidade, no espaço público.

         Educar é ato de fé nos seres humanos e gesto de amor pelo mundo. Nós nos educamos porque acreditamos que as gerações futuras são capazes de criar um mundo melhor do que aquele que herdaram.

         A educação, seguramente, não é panaceia, não é remédio para todos os males. Todavia, se a educação, por si só, não muda a sociedade, tampouco, sem ela, a sociedade muda. As transformações sociais passam pela educação. Nesse sentido, a CNBB, atenta ao exemplo de Jesus, paradigma por excelência, do mestre educador, torna imperativa uma educação para o diálogo, a tolerância, a solidariedade, o humanismo, a formação integral dos sujeitos e, mormente, a centralidade da dignidade humana.

         Sob a perspectiva cristã, os Evangelhos constituem um excelente projeto político-pedagógico capitaneado por Jesus. A constituição do discipulado se assemelha à formação de educadores daquele e de nosso tempo. E a evangelização não é outra senão a educação para outro mundo possível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,54%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira, pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.