quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ESPIRITUALIDADE QUE LEVA AO SUCESSO E O PODER DAS NOVAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE


“Lei do sucesso
        O médico Deepak Chopra escreveu há mais de duas décadas um livro que hoje é sucesso de vendas. Baseado em conceitos hinduístas e espiritualistas, o autor prega a ideia de que o sucesso pessoal não é resultado de trabalho duro, planos precisos ou ambição desmedida. Muito antes pelo contrário, mostra que é o resultado da compreensão de nossa natureza básica como ser humano, e de como seguir as leis da natureza. Segundo o livro, quando entendermos essas leis e as aplicarmos em nossas vidas, tudo o que quisermos pode ser criado, “porque o mesmo campo que a natureza utiliza para criar uma floresta, uma galáxia, ou um corpo humano, também pode efetuar a realização de nossos sonhos”. O “sucesso” referido por Chopra é o espiritual, da mente e do bem-estar interior das pessoas, e não necessariamente envolve o sucesso financeiro. Cada capítulo do livro apresenta uma das leis espirituais do sucesso. De forma bastante resumida, são as seguintes:
1.Lei da potencialidade pura – A fonte de toda criação é a consciência pura ou pura potencialidade, buscando a expressão do não manifesto para o manifesto. Com a prática diária do silêncio, da meditação, e do não julgamento, e com a percepção de que nosso verdadeiro eu é de pura potencialidade, nós nos alinhamos com o poder que tudo manifesta no Universo e obtemos o que desejamos. Um bom exercício é ficar em silêncio alguns minutos do dia, descobrindo a paz e recebendo a serenidade que esses momentos lhe trarão, e exercite a meditação.
2.Lei da doação – O universo opera através de trocas dinâmicas. Dar e receber são diferentes aspectos do fluxo de energia. Com a nossa disposição de dar o que buscamos, mantemos a abundância do Universo em nossas vidas. A força motriz por trás da doação deve ser a felicidade – se quiser amor, alegria ou coisas boas, dê o mesmo aos outros. Procure ajudar quem precisa, pode ser em oração ou com atitudes.
3.Lei da causa e efeito – Colhemos o que plantamos. Toda ação gera uma força de energia que retorna de modo análogo. Quando nossas ações e escolhas conscientes trazem felicidade e sucesso para os outros, o fruto do que plantamos, ou seja, nossa colheita, será alegria e sucesso. Observe suas escolhas diárias, até as inconscientes, e traga-as para a consciência. Procure sempre perguntar se a sua escolha lhe fará bem ou mal, lhe trará conforto ou desconforto.
4.Lei do mínimo esforço – A inteligência da natureza funciona sem esforço – as flores não tentam desabrochar, elas desabrocham; os pássaros não tentam voar, eles voam. Se buscamos poder, dinheiro ou felicidade para a satisfação do ego, desperdiçamos energia, mas se nossas ações são motivadas por amor, harmonia e alegria, nossa energia se multiplica e podemos usar o excedente para criar o que quisermos. Aceite as situações sem culpar ninguém, nem você mesmo.
5.Lei da intenção e do desejo – Inerente a toda intenção e desejo está a mecânica para a sua realização. E quando colocamos uma intenção no campo da pura potencialidade, colocamos este poder organizador infinito para trabalhar para nós. No nível da mecânica quântica, o universo é uma extensão de nosso corpo, e nossa intenção detona transformações de energia e informação, e organiza sua própria realização. Faça uma lista de seus desejos e leia frequentemente.
6.Lei do distanciamento – No distanciamento está a sabedoria da incerteza, e nessa sabedoria está a liberdade em relação ao nosso passado, ao conhecido, que é a prisão do condicionamento passado. Quando nos abrimos ao desconhecido, ao campo de todas as possibilidades, nos entregamos à mente criativa que orquestra a dança do universo. O apego é baseado no medo e na insegurança, e cria ansiedade. O apego excessivo aos bens materiais – símbolos transitórios do Eu – traz a sensação de inutilidade e vazio. Aceite o dia de hoje como ele é, sem expectativas.
7.Lei do propósito de vida – Todos têm um propósito de vida, algo único para dar aos outros. E quando misturamos este talento com o serviço aos outros, experimentamos o êxtase de nosso próprio espírito, o que é o objetivo último de todos os objetivos. Primeiro, devemos descobrir nosso verdadeiro eu; depois, expressar nossos talentos especiais; e, finalmente, usar esse nosso dom para servir a humanidade. Aprofunde-se na serenidade. Faça uma lista do que gosta de fazer e que poder usado para ajudar as outras pessoas.”.

(Artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de fevereiro de 2018, caderno FEMININO & MASCULINO, coluna VIDA INTEGRAL, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Novos líderes novos
        A sociedade clama por renovação. É preciso encontrar respostas novas capazes de libertar as instituições políticas, culturais, empresariais, educacionais e também as religiosas dos engessamentos e dos funcionamentos que são pesados, custam muito e apresentam resultados insatisfatórios.
         Esse é um fenômeno de ordem mundial e se explica pelas proporções das crises de todo tipo que se abatem sobre o conjunto da humanidade, criando cenários que comprovam ineficiências e incompetências. São preocupantes a indiferença e a falta de intuição para encontrar o caminho que pode fazer alcançar as metas das inovações e das respostas eficazes.
         Na sociedade brasileira, verifica-se a falta de credibilidade nas instituições de referência, o que pode ser explicado por fatores diversos, como a caducidade do Parlamento, na esfera federal, e das instâncias de representatividade popular nos contextos estaduais e municipais. O funcionamento é viciado e pautado por formas que impedem o desabrochar do novo. Essa realidade, que se pode atribuir ao ideológico não praticado, por exemplo, no contexto pluripartidário, apresenta diversos aspectos. Um deles é a ineficácia e ausência de assertividade na fomentação do diálogo para articular a pluralidade, dificultando o aproveitamento das diferenças amalgamadas que poderia ser instrumentos na construção de novas respostas. Ao contrário, o ideológico praticado no âmbito partidário serve apenas para a defesa de interesses, manipulações e incompetente tratamento dos processos. Constatam-se insensibilidades e morosidades nos procedimentos para atender às necessidades do povo.
         Há manemolência nos processos operacionais de governos, das diferentes esferas, também no atendimento das demandas de infraestrutura. Realidade reconhecida pelo Judiciário ao fazer o mea-culpa sobre a velocidade e a qualidade das respostas institucionais. A sociedade brasileira vai ficando para trás. Vai ficando para trás em razão de governanças, exercícios e representatividades que conseguem intuir o novo e encontrar o rumo das novas respostas. Esse mal se derrama sobre o conjunto da sociedade, atingindo também as esferas privadas, religiosas e particulares. O preço pago pela sociedade é muito alto. Vê-se uma crescente degradação social, particularmente atestada pelo recrudescimento da violência, já em muitos lugares produzindo passivos que não serão superados senão longuíssimo prazo.
         A saída é a possibilidade do surgimento de novos líderes: não é uma questão etária e meramente cronológica. A exigência, em vista do atendimento de demandas urgentes, é a aposta no surgimento e desabrochar de novos líderes novos no lugar das lideranças comprometidas pelos vícios. Nenhuma instituição, seja ela qual for, dará conta de muita coisa sem líderes audaciosos, generosos, capazes de intuir novos caminhos. Líderes prudentes e respeitosos, propositivos e inovadores, além de cônscios da importante das raízes e tradições. Ao se contemplar horizontes eleitorais, para além do mecanismo de apertar botões, é hora de refletir, apostar e apoiar o surgimento de novos líderes.
         Novos líderes novos são os que podem, talvez por não estar ocupando cargos há muito tempo, dar conta de gerir processos de forma adequada. Atribuição que inclui preparação científica e acadêmica, não dispensa experiências, mas exige, sobretudo, equilíbrio emocional e psicológico para formatar decisões próprias, agir com ética e responsabilidade, sem baixar a guarda, sem medo e lamentações.
         É hora de a sociedade brasileira repensar e redefinir processos. Há um novo que precisa ser encontrado, mas não se pode fazer isso com instrumentos obsoletos e com as costumeiras dinâmicas. É hora de encontrar novos líderes, novos em isenção de vícios nos funcionamentos institucionais, novos pela audácia de ousar nas inovações, novos pela leitura competente da realidade, novos pelo gosto de governar para servir ao povo, transformando o quadro social, político e cultural. Assim, as instituições poderá ser instrumentos da construção de uma nova sociedade, de uma cultura de maior alcance em razão de suas raízes profundas e qualificadas, por vezes desconhecida ou pouco valorizada.
         É a hora dos novos líderes novos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




           

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA POLÍTICA E A LUZ DA ÉTICA PARA A HUMANIDADE

“Reforma política ou reforma dos políticos?
        A cada dia estamos mais próximos das eleições de 2018, e os brasileiros diariamente encaram uma realidade de dúvida e apreensão em suas televisões, jornais e qualquer meio de informação sobre a situação política do país. Em uma pesquisa realizada no início de 2017, pela Edelman Trust Barometer, é apresentado que 62% dos brasileiros perderam a confiança no sistema, sendo a corrupção o maior medo de 70% dos pesquisados. A descrença da população nas promessas constantes de melhorias e de reformas demonstra o grande desgaste em tudo que envolve o meio político.
         Infelizmente, a política passou a ser considerada uma escola para ficar rico da noite para o dia. Cada vez mais se veem pessoas que estão ali com o objetivo de dar uma guinada em sua própria vida. Em uma rápida pesquisa feita no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é possível constatar o grande crescimento de eleitores que se filiaram a algum partido para, assim, dar os primeiros passos na vida pública. Em 2017, já somam mais de 2.400.000 eleitores filiados na faixa etária entre 16 e 34 anos. Uma situação péssima para a população e para a imagem do governo. Essa visão de enriquecimento usando um cargo público é alimentada quando o sistema governamental é corrupto.
         Nesse cenário se enobrece a esperteza, fazendo com que a juventude brasileira seja incentivada a pensar que a possibilidade de que roubar vale a pena. E o que agrava ainda mais é fazer com que a sociedade acredite que ser honesto não traz nenhum benefício e acabará por levar o indivíduo à pobreza.
         Esse é o retrato que o homem público passa para a sociedade.
         Com essa imagem tão desgastada e sem credibilidade que os políticos no Brasil atualmente possuem, apresentar propostas de reforma política parece não ser suficiente para sanar todos os problemas escancarados para a população, durante todos esses anos. Um texto bíblico representa bem a situação do país. No livro de Ezequiel, é apresentado ao profeta um vale de ossos ressecados, e Deus o questiona: “Porventura viverão esses ossos?” – o trecho induz à reflexão sobre a ausência de esperança.
         Hoje, pela quantidade de escândalos que foram produzidos e acumulados em vários e vários anos, falar sobre a reforma não resolve a questão, precisamos falar sobre uma ressurreição política. E o que temos hoje são os ossos ressecados da profecia de Ezequiel na política brasileira.
         Então, o que seria a ressurreição política?
         A velha política está ressecada, mas continua esperta. Quando o tema reforma é debatido, parece que isso é feito apenas para garantir mais um mandato e fortalecer a si mesmo e, com isso, são construídas trincheiras para defender seus partidos. Estão legislando em causa própria, e tudo do que é proposto pelos políticos leva à ideia da literatura de que o papel aceita tudo. Mas a verdade é que a culpa da situação do governo e da sociedade brasileira não é do papel e nem da caneta, mas, sim, de quem escreve. O Brasil não precisa de uma reforma política, precisa de uma reforma do ser político, e isso é ressurreição. Ele deve entender que está lá para servir ao povo, e não para enriquecer.
         Para isso, devem-se restabelecer critérios do perfil do político, do parlamentar, do ministro, dos gestores e do próprio presidente. Para que a ressurreição política seja feita com sucesso, é preciso ver se é possível reviver como os políticos que estão ativos, ou preparar uma nova geração, e como fazer esse período de transição.
         Os ossos ressecados da política devem começar a ganhar a vida com a reforma do ser político, mas devem ir além, e também servir como motivadores da reforma do ser eleitor. A ressurreição vai realmente acontecer quando todos reverem os próprios conceitos, pensar em quem votar e o motivo que os levou a isso, reconhecendo a importância de exercer o seu direito como cidadão. Assim, será possível reconstruir a imagem dos homens públicos, e do governo do Brasil.”.

(RABINO SAMY PINTO. Especialista em educação, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de SACHA CALMON, advogado especializado em direito tributário e constitucional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Povos sem pátria
        Por volta de 620 a.C. os babilônios destruíram o Reino de Judá, na parte montanhosa sul da planície costeira palestina. Antes disso, os assírios arrasaram em 730 a.C. o Reino de Israel, ao norte, e dispersaram sua população pelo Egito, passando pela Mesopotâmia, até o Cazaquistão, para erradicar a cultura tribal de adoração a Eli (Deus em aramaico), que entronizaria Israel como o rei de todos os reis da terra no apocalipse, próximo a ocorrer.
         Desde então, e até depois da Segunda Guerra Mundial – século 21 –, tirante a curta independência dos romanos no período dos macabeus, os judeus e israelitas viveram sem pátria, conservando seus valores baseados na Torá, que nós chamamos de Velho Testamento.
         Para os estudiosos, a ligação se tornou obrigatória, para os cristãos, embora não desejada, porque Jesus, o doce rabi da Galileia, vivia invocando “o pai” (Javé). Pregava o amor e a temperança, mas apenas para o povo judeu, tanto que relutou em operar a cura de uma menina de Tiro (cidade portuária libanesa) ao argumento de que sua missão era reunir piedosamente ao seu povo “as ovelhas tresmalhadas de Israel”. Ao cabo, por insistência da mãe da menina, a curou, segundo reza o evangelho. Como Jesus nunca se declarou Deus, muito pelo contrário, e todas as inserções para vê-lo como tal são comprovadamente falsas, feitas décadas depois da sua crucificação, com sua humanidade já assentada por nascer do ventre de mulher, foi preciso dizer que era o Deus-filho, encarnado como homem, porém gerado pelo Deus-pai, por obra e graça de uma terceira entidade, da qual só se ouvira falar na Pérsia, o Espírito Santo (Ormuz). Daí o dogma da Santíssima Trindade cristã (algo inverossímil do qual é proibido duvidar).
É justamente por isso que o cristianismo não conseguiu desvencilhar-se do judaísmo, que a literatura ocidental religiosa difundiu pelo mundo que pertencemos a uma suposta “civilização judaico-cristã”, em que pese as perseguições seculares aos operosos judeus e o Holocausto protagonizado por Hitler, em nome da pureza da raça ariana, cuja origem é o Irã, ponto de dispersão da raça branca (caucasiana).
Pois bem, apesar de todas as controvérsias, o Ocidente implantou em parte da Palestina um Estado judeu após a Segunda Guerra Mundial, criando uma enorme tensão geopolítica no Oriente Próximo, a perdurar até hoje. Os judeus são 29 milhões, supõe-se, mas apenas cinco milhões, se tanto, moram lá. O restante prefere cidades como Nova York, Londres, Paris, dado ao cosmopolitismo que a diáspora decretada pelo romanos proporcionou. As comunidades judaicas estão espalhadas mundo afora.
Outro povo sem pátria, com costumes e religião milenares, são os medos (curdos) de raça ariana, e que sempre viveram nas montanhas e planaltos adjacentes hoje pertencentes a quatro países: Irã, Iraque, Síria e Turquia. Ao tempo de Ciro, o Grande, o império era medo-persa. Com a sua fragmentação, aparece outro império, igualmente ariano, o de Alexandre, o Grande, da Macedônia, impondo o grego a todo o mundo antigo. A morte prematura de Alexandre faz seu império dividir-se em quatro, que logo seriam todos conquistados pelo maior e duradouro império que o mundo conheceu, ou seja, o romano (700 anos no Ocidente e 1.600 no Oriente, até a queda de Constantinopla, hoje Istambul).
Os curdos, que hoje somam 41 milhões, foram engolfados pelas turbulências da história e tornaram-se populações dentro desses países, com identidade própria. Ao norte da Síria e do Iraque somam 25 milhões. No Irã, são três milhões. O resto está na Turquia.
Na Síria/Iraque, sempre ao norte, os pershemegas, guerreiros curdos, foram os únicos a enfrentar em terra o Estado Islâmico (EI). Os EUA deles se aproveitaram. Nenhum americano ousou botar o pé no chão, somente a sua endeusada força aérea. A Rússia mudou o curso da guerra na Síria em favor de Assad e manteve intactas suas bases, uma aérea e outra naval, naquele país. Agora, o tirano turco Erdogan, com aquiescência de Trump, o louco, está bombardeando os pershemegas da Síria/Iraque (agressão nem seque considerada pela ONU) ao argumento de que um possível Estado curdo no norte da Síria/Iraque poderá fortalecer “os terroristas” curdos em seu território, esquecido que os persegue e nega-lhes direitos dentro da Turquia.
O mundo precisa conhecer a história do valente povo curdo. E fazer manifestações antes que outra tentativa de genocídio, atingindo civis, mulheres e crianças, seja perpetrada pela Turquia, herdeira do feroz império Otomano, desmantelado no começo do século 20 (os armênios que o digam).
O tempo das invasões por razões geopolíticas e econômicas está chegando ao fim. A humanidade, cada vez mais soldada, está a exigir ou a sentir que a ética tem dimensões políticas que envolvem o planeta inteiro. E cada vez mais! Há um sensível mal-estar em nossos corações.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA INOVAÇÃO E DA EMPREGABILIDADE E A TRANSCENDÊNCIA DA IGUALDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Inovação e empregabilidade
        Para criar é necessário equivocar-se. Contudo, para a maioria das empresas, erros continuam representando somente perdas. Por causa disso, a capacidade de inovar é diretamente proporcional à capacidade de tomar riscos. A manutenção desse modelo está se mostrando altamente perigosa para muitas organizações, à medida que concorrentes mais inovadores diminuem custos operacionais, satisfazem mais compradores e consumidores e aumentam sua participação de mercado e lucros. Empresas pouco preparadas para incorporar a transformação digital serão fatalmente excluídas do contexto competitivo. E isso inclui a definição de pessoas, estratégias e tecnologias que deverão compor a gestão nas próximas décadas.
         Sob a ótica da empregabilidade, existem muitos questionamentos sobre profissões do passado e do futuro. A redefinição de nossos trabalhos será resultado de como combinar inteligência humana com a inteligência artificial (IA). Assim, sistemas vão fazer muito do que os seres humanos fazem hoje, por isso as pessoas precisam se preparar para carreiras que ainda sequer existem. Carreiras não são mais estáveis. Nossa capacidade de continuarmos profissionalmente ativos dependerá da nossa capacidade contínua de aprendizagem. Desse modo, se faz urgente desenvolver mais habilidades comportamentais (soft skills) do que as técnicas (hard skills). Conteúdos como antropologia, psicologia, política, religião, neurociência e economia do comportamento são ainda mais importantes do que nunca.
         Aqui cinco dicas para inovar na prática.
         Seja a possibilidade, não a limitação. Quer um exemplo? Foi nos Jogos Olímpicos do México, em 1968, que Richard Fosbury resolveu romper com os padrões de salto em altura e decidiu que seria melhor fazer à sua maneira, de costas. O inconformismo lhe rendeu o ouro olímpico, além de uma página importante na história. Seu feito foi batizado como Fosbury Flop e passou a ser o novo estilo a ser praticado.
         Privilegie o comportamento humano. Defina uma estratégia sobre ele e use a tecnologia como recurso. A transformação digital deve privilegiar o ser humano. A tecnologia nunca deve ser o ponto de partida.
         Crie novos ecossistemas que propiciem a inovação. Imagino que podemos pensar em quatro alavancas rápidas e práticas. A primeira: é importante implantar ideias consideradas malucas e saber que elas podem falhar. A partir disso, a segunda alavanca é premiar a iniciativa e a experiência adquirida e nunca castigar os erros. A terceira, incentivar a cooperação coletiva, porque processos de inovação são coletivos e não surgem de ambientes homogêneos e concordantes. Por fim, garantir um clima que promova entusiasmo e reconhecimento, assim como estamos habituados a fazer com artistas, celebridades e esportistas (especialmente os jogadores de futebol).
         Estude pelo menos um dia por semana! Se hoje dedicamos, dos 4 aos 35 anos, 20% do nosso tempo para aprender e, após os 25,80% do tempo para trabalhar, temos que mudar esta correlação e fazer com que aprendizagem e trabalho sigam de maneira integrada e paralela.
         Desenvolva novas capacidades. Empatia e humanidade serão nossos  diferenciais enquanto seres humanos. Sob uma perspectiva de recursos humanos, há 10 anos as competências mais valorizadas eram dedicação e capacitação. Hoje, são valorizados empatia e resiliência. Nos próximos 10 anos, serão recompensados inovação, criatividade e aprendizagem mútua.”.

(EDMAR BULLA. CEO da Croma, empresa que oferece consultoria e pesquisa para inovação em negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de GABRIELA BLANCHE, advogada, sócia e líder do escritório de advocacia Blanchet Advogados, e membro do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial), e SAMUEL SABINO, fundador da consultoria Éticas Consultoria, filósofo, mestre em bioética e professor, e membro do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial), e que merece igualmente integral transcrição:

“Igualdade no mercado de trabalho
        A melhor maneira de se iniciar este artigo é deixando claro o conceito de discurso de gênero, uma vez que as propostas para a discussão sobre o gênero do ser humano (sim, somos todos seres humanos!) são diversas, seja aqui no Brasil, seja em qualquer outro lugar do mundo.
         Alguns tratam o gênero a partir de um viés mais científico, geralmente adotado por médicos, cientistas, biólogos, os quais distinguem o gênero masculino do gênero feminino a partir das características físicas do ser humano. Outros partem de uma linha mais metafísica, geralmente adotada por psicólogos que entendem ser o gênero masculino ou feminino formado a partir de suas experiências de vida e vivências sociais.
         O fato é que todos, independentemente do gênero, são seres humanos, cujo fato real da existência é a busca da preservação da dignidade, e, consequentemente, a valorização da vida com o fim último de alcançar a felicidade em todos os campos da vida, o que inclui, a felicidade no âmbito profissional.
         Especificamente no que se refere à busca da felicidade no campo profissional, nos surge uma pergunta: por que existe tanta disparidade entre os gêneros masculino e feminino quando se fala em realização profissional? Ou seja, por que os homens são mais felizes do que as mulheres quando se fala na busca da felicidade como profissional? Por que há mais homens que mulheres no topo das carreiras de liderança e destaque no mercado de trabalho?
         Considerando que todos, independentemente de gênero, são seres humanos com as mesmas capacidades intelectuais, qual a razão da existência desta falta de igualdade? O que se faz necessário para o alcance da igualdade ideal no mercado de trabalho?
         Nesse sentido, questionamos se o discurso de gênero seria mesmo eficiente para galgarmos essa mudança nas estatísticas que mostram um abismo enorme entre o papel do homem e da mulher no mercado de trabalho. Afinal, não estamos falando de guerra dos sexos! Pelo contrário, para que haja essa mudança o papel do homem é fundamental!
         O ponto central da discussão neste artigo é a vida, o fato real da existência do ser humano, dotado de dignidade. Ora, mantida a dignidade do ser humano, não há desrespeito, não há ação segregativa e há uma valorização das reais competências de cada ser. É preciso, portanto, olhar para o ser humano e suas competências e qualidades independentemente do gênero.
         Para o alcance da igualdade ideal no mercado de trabalho, faz-se necessária uma mudança profunda de paradigma. O discurso de gênero, como vem sendo discutido pela sociedade, tem uma visão conceitual e metafísica, que não está ligada ao sexo masculino e feminino como seu reflexo, mas sim a diversos conceitos que são históricos e culturais. Esse discurso, portanto, apenas julga valores, como: melhor, pior, frágil, ruim, bom, forte, fraco, mais detalhista, mais objetivo, não sendo suficiente para combater os estereótipos do masculino e feminino construídos ao longo da história, arraigados culturalmente, e, inconscientemente, na mente dos seres humanos.
         Há séculos, criou-se um discurso de gênero que enaltece e supervaloriza o masculino e subestima o feminino, principalmente no âmbito profissional. Esqueceu-se do ser humano. Ora, quem disse que o homem era melhor do que a mulher no passado não estava observando o ser humano, estava observando seus valores individuais e querendo trazê-los para a realidade.
         Em algumas sociedades matriarcais antigas, o papel do homem era rebaixado e isso só mudou quando outro discurso de gênero foi criado. Ou seja, em uma análise mais fria, o discurso de gênero pode até buscar compensar erros passados em alguns pontos, mas pode trazer como consequência potenciais de radicalismo, e até mesmo de preconceito.
         Não há dúvida de que o discurso de gênero busca a igualdade, mas o risco é que tal discurso se torne ligado a valores pessoais de grupos específicos de seres humanos, o que o torna insuficiente. É portanto, uma medida paliativa, e não uma medida final.
         O problema é o modo como o ser humano pensa a ideologia. Sempre se está atrás de culpados, de se aliar aos semelhantes e afastar o diferente. Para acabar com isso de vez, é preciso mudar o modo como o ser humano enxerga a si mesmo e ao próximo. Tornar seu olhar objetivo, fazer dele algo pautado na realidade e não pensamento puro.
         Assim, para se alcançar a igualdade ideal, na hora de avaliar competências, para uma posição profissional, por exemplo, há que se considerar as competências e a capacidade individual de cada ser humano como ponto de partida, independentemente do gênero.
         Esse é o caminho para se construir uma sociedade melhor e mais igualitária. Esse é o caminho para que os cargos de liderança e destaque no mercado de trabalho sejam ocupados por seres humanos competentes e de fato merecedores de ocuparem aquele posição.
         Devemos começar mudando o modo como se olha para cada ser humano, entendendo que mesmo diferentes, ou melhor, de “gêneros diferentes”, somos todos iguais, e, merecemos a mesma vida, com dignidade e felicidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.