segunda-feira, 28 de junho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO BÁSICO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E OS TRANSCENDENTES E INADIÁVEIS PROPÓSITOS DE PROFUNDAS MUDANÇAS ESTRUTURAIS DO ESTADO NA SUSTENTABILIDADE

“Brasil pode muito

 mais na educação

        O debate em torno do Fundeb, independentemente do resultado final, tem sido positivo para o país. Devagar vamos derrubando alguns mitos que por muito tempo pautaram nossa visão sobre gestão pública.

         Um deles é a velha ideia de que um serviço só é público se for estatal. Só pensa assim quem confunde Estado com máquina pública e é exatamente essa confusão que estamos aprendendo a desfazer.

         Esse debate já avançou em muitas áreas. Ninguém entra, por exemplo, no Hospital do Subúrbio, em Salvador, gerenciado via PPP, ou no Hospital Regional de Jundiaí, gerido pelo Instituto Sírio-Libanês, uma organização social, e diz: “Que absurdo, estes hospitais estão tirando recursos da saúde pública”.

         O mesmo acontece com orquestras, como a Osesp, com parques, como o Ibirapuera, com unidades básicas de saúde e creches conveniadas, em todo o país.

         Em todas essas áreas, o recurso público não é percebido como do “sistema”, seja ou não estatal. O recurso existe para atender da melhor maneira possível aos cidadãos.

         Isso nada tem a ver com esquerda x direita ou sobre a discussão em abstrato sobre o tamanho do Estado. A pergunta é bem mais simples: como tornar efetivos os direitos que enunciamos na Constituição?

         Esse debate agora ganhou espaço na educação básica. Todos sabemos que nossos resultados não são bons nessa área e que é perfeitamente plausível introduzir inovações. Uma dessas inovações, e nem de longe a única, é representada pelos contratos de gestão com instituições filantrópicas.

         Um estudo recente, conduzido por M. Danish Shakeel e Paulo E. Peterson, de Harvard, mostrou que os alunos de escolas charter, nos Estados Unidos, tiveram um ganho médio duas vezes superior ao dos alunos de escolas tradicionais, ao longo de 12 anos (2005-2017). E que “o ganho em matemática foi de quatro vezes mais para os alunos afro-americanos da oitava série”.

         Os ganhos são pouco expressivos para alunos de classe média e no curto prazo, mas surgem com força em um prazo maior, com alunos em desvantagem. É apenas um indício, há muitos outros critérios a observar. A simples adoção de um modelo não resolve o problema. Mas nos sugere que pode ser temerário desconsiderar que existem alternativas e estabelecer em lei o monopólio de um ou outro sistema.

         O argumento que mais me toca é a possibilidade da quebra do apartheid educacional. Isso ninguém me contou. Eu vi, foi aqui no Brasil, fruto de um programa criado pelo Estado brasileiro, sobre o qual me permito um breve relato pessoal.

         Durante alguns anos dirigi uma instituição universitária de excelência, ótimo Enade, mensalidade alta, alunos de famílias de maior renda. Em um certo momento chegaram os alunos do ProUni. Eram cerca de 300 estudantes, que passei a acompanhar no dia a dia.

         É evidente que eles tinham dificuldades. Não tinham curso de inglês nem feito high school nos Estados Unidos. Vinham de longe, não usavam as melhores mochilas e havia, sim, muito preconceito.

         Preconceito que vinha muito mais das famílias do que dos estudantes, que rapidamente aprendiam o sentido da diversidade. Lembro das conquistas, da ida dos alunos ao exterior e também das frustrações. No fundo, aquele microcosmo produzia o encontro dos Brasis que sempre teimamos em manter apartados.

         Confesso que vibrei, sozinho na minha sala, quando me chegou o dado de que os alunos bolsistas haviam conquistado uma nota média melhor do que a dos não bolsistas. Até hoje, escrevendo essas linhas, alguma coisa mexe aqui dentro.

         Alguns vão dizer que tudo é impossível, que é apenas um exemplo, que não tem jeito, que no ensino básico tem que separar, que há um mundo exclusivo para o andar de cima e que o resto deve ficar onde está e onde sempre esteve.

         Mas não concordo. Cada um pode ter a visão que quiser do Brasil. Meus respeitos, mas acho que podemos fazer bem melhor do que andamos fazendo nesses anos todos.”.

(Fernando Schüler. Professor do Insper e curador do projeto Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da Fundação Iberê Camargo; em artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 17 de dezembro de 2020, caderno poder, página A11).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 25 de junho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“(Re)Construir o Brasil

        Reconstruir é um processo intrínseco a todo percurso histórico, seja na vida pessoal ou quando se considera o conjunto de uma sociedade. Historiadores e outros mestres de saberes contribuem para que a importância dos processos de reconstrução seja mais reconhecida. O Brasil, em diferentes momentos de sua história, passou por esses processos. Em passado recente, o país reconstruiu a sua democracia, que lamentavelmente é foco de ataques e brutais tentativas de retrocesso. Agora, nesta terceira década do terceiro milênio, cenários interpelam a consciência cidadã sobre a urgente demanda de se reconstruir o Brasil. Os números da pandemia, em razão da incompetência governamental, por falta de um plano global estratégico para a gestão da crise, inscrevem no horizonte da cidadania consciente e humanitária a convicção de que é preciso (re)construir o Brasil. Sejam considerados os óbitos, as famílias enlutadas, os desdobramentos da pandemia com impactos na economia, particular e dolorosamente com o aumento da desigualdade social, com muita gente sem emprego e sem comida.

         As análises sociopolíticas independentes e cientificamente embasadas demonstram, em muitos âmbitos da conjuntura social e política, um processo crescente e perigoso de deterioração do tecido social. As considerações técnico-científicas explicitam desmontagens que atingem a própria democracia, requerendo mais lucidez e serenas considerações de todos os cidadãos. Não se pode deixar-se iludir com os sinais positivos dados por setores da economia, pois o enriquecimento considerável de oligarquias não amenizará a gravidade das crises social e política em andamento. São necessárias providências e intervenções urgentes para evitar que se constitua, na sociedade brasileira, verdadeira “abominação da desolação” – expressão bíblica que define um momento caótico da vida do povo de Israel. A história do Brasil, com seus “altos e baixos”, com seus percalços e vicissitudes, merece respeito. É uma herança com relevante potencial humanístico para alavancar a (re)construção do País. Por isso mesmo, não pode estar em mãos equivocadas e nem refém daqueles que promovem a desconstrução, maquiados como se buscassem defender princípios e valores inegociáveis, mas distantes do que é essencialmente necessário.

         A histórica crise política é a ferida diagnosticada mais preocupante. Até por isso, corre-se o risco de acreditar que a solução de fenômeno amplo esteja, simplesmente, em torno de um, dois ou três nomes para sufrágio que definirá a liderança maior. Deve preceder ao processo eleitoral, especialmente considerando o contexto político-partidário, a necessária consciência cidadã de que o Brasil vai mal e precisa mudar. Mudar e mudar muito, com urgência, para tentar recuperar oportunidades não aproveitadas, funcionamentos democráticos sucateados. O País vive retrocessos que representam o retorno a etapas superadas e, também, a carência de uma visão moderna sobre gestão capaz de oferecer respostas adequadas a este tempo. Há de se discutir e, assim, melhor perceber as degradações gravíssimas na educação, na saúde, nas lides ambientais, com escolhas equivocadas e pouco inteligentes, de indivíduos, de processos, de princípios. Antes, sempre, deve-se investir no consenso de que o Brasil, sem nenhum propósito agoureiro, vai mal, e os cidadãos todos precisam querer mudanças e um novo tempo.

         É imprescindível um novo e grande movimento civilizatório na sociedade brasileira. O ponto de partida seja a crescente consciência da necessidade de mudanças, para possibilitar novos propósitos, escolhas e posturas capazes de reconfigurar a política e a economia, com incidências sociais fortes e velozes. Muitas coisas precisam entrar em pauta agora, como profícuo movimento para desatolar a sociedade brasileira. É característica do País viver antecipadamente o período eleitoral, mas sempre contaminado com vícios interesseiros, que reduzem a discussão política a dois ou três nome. Consequentemente, permanece enjaulada a “oportunidade de ouro” para promover as mudanças necessárias e encontrar as respostas adequadas aos desafios sociais. O que se espera é uma pauta dialogal e civilizatória, que inclua também redobrada atenção ao linguajar corrente, exercício facilitado pelas redes sociais e tecnologias contemporâneas.

         Ora, as narrativas estão cada vez mais superficiais e desconexas, impedindo avanços e clarividências. Convive-se com falas descarrilhadas, incompatíveis com os cargos ocupados, comprometendo a seriedade das instituições. Um verdadeiro caos de narrativas, que aumentam a confusão, as polarizações, efetivando radicalizações, alimentando medos e desconfianças. Na tarefa de (re)construir o Brasil, é importante investir em discursos esclarecedores da verdade, com força para alargar a mundividência cidadã, fecundando escolhas que mudem cenários e personagens inadequados aos anseios da sociedade. Prevaleçam as narrativas que possam fazer a sociedade brasileira sonhar com mudanças, para que seja aberto novo ciclo civilizatório em que todos efetivamente busquem salvar vidas, respeitar dignidades e direitos, salvaguardar a casa comum com políticas ambientais sensatas, varrer os cenários de vergonhosas desigualdades sociais, garantir a vivência de valores e princípios inegociáveis. Isto é (re)construir o Brasil.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 335,25% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,51%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

  

quinta-feira, 24 de junho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA SOLIDARIEDADE, VALORES E PRINCÍPIOS MORAIS NAS PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES DO MERCADO E AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA EXCLUSÃO SOCIAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Sistema de mercado e valores morais

        O sistema de mercado vai muito além da troca de mercadorias e serviços, da geração de lucros ou do aumento da produtividade e deve ser entendido de forma bem mais ampla do que em termos estritamente econômicos. Isso tem sido exaustivamente demonstrado em estudos sociológicos que buscam identificar as relações entre a economia de mercado e a emergência de uma ordem e de uma solidariedade social específicas.

         O profundo mal-estar da sociedade contemporânea parece decorrer de dois fenômenos interligados: as transformações nas relações de mercado que, pautadas cada vez mais pelos interesses do capital monopolista e pela exclusão, tornam-se menos efetivas na promoção da coesão social; e a desorganização do mercado de trabalho que solapa a principal fonte de identidade dos indivíduos.

         Como afirma Robert Wuthnow em seu livro “Mening and Moral Order”, de 1987; “nós atribuímos ao comportamento de mercado um valor moral. Nós associamos o sistema de mercado a alguns dos nossos mais caros valores ou objetos morais”. E conclui que “a erosão do sistema de mercado ameaça a verdadeira fonte do compromisso moral e desafia algumas das fontes culturais que dão origem à autoestima”. Já àquela época vários observadores da vida social apontavam para uma profunda crise moral relacionada de uma forma ou de outra ao sistema de mercado. Tal crise se manifesta, por exemplo, através de altos níveis de alienação e ceticismo em relação ao valor do trabalho.

         A consequência mais óbvia desse fenômeno é a erosão das fontes de solidariedade e de identidade individual que nas sociedades de mercado são garantidas pela interdependência das funções promovida pela divisão social do trabalho. Não é por acaso que, nas últimas décadas, a religiosidade, notadamente o fundamentalismo evangélico, emerge como um substituto  funcional da solidariedade promovida pelas relações de mercado. É através dela que as camadas mais fragilmente inseridas no mercado de trabalho encontram seu lugar no mundo.

         Acontece que esse tipo de solidariedade é próprio das sociedades tradicionais ou primitivas e presta-se mais ao controle social e à submissão que à liberdade individual e coletiva., com sérios riscos ao exercício da democracia. Segundo Wuthnow, há indícios de que a tecnologia tende a este incorporar a força moral antes associada ao mercado. “Considerem-se, por exemplo, as realizações que nos tornam orgulhosos enquanto povo: ida à Lua, pesquisa médica, sistema de defesa sofisticado, melhorias no transporte e comunicação, avanços na tecnologia a laser, a última geração de supercomputadores”, explica.

         Este tipo de orgulho e encantamento difunde-se em maior ou menor grau em várias partes do mundo, mas, posto que se trata de um fenômeno meramente simbólico-ideológico, não tem a eficácia da coesão social engendrada, na era moderna, pela divisão social do trabalho, ora em processo de profundas transformações.”.

(Flávio Saliba Cunha. Sociólogo e professor (UFMG), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de junho de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A exclusão social

        A lei maior de nosso país é clara. No artigo 227: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los à salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

         Não há lei acima da Constituição, e nos pontos em que é incontestável é inderrogável, obrigação de qualquer cidadão e dever do agente público.

         Tornou-se, entretanto, insuportável a omissão das elites que exercem o poder neste país em relação à qualidade da educação pública. O Brasil tem 50 milhões de pessoas em nível de pobreza, mais 700 mil reclusos no sistema penitenciário e, ainda, 43 milhões homicídios por ano.

         A relação de miséria, violência e criminalidade é umbilicalmente ligada ao nível educacional da população, com reconhecimento da ONU e Unicef, institutos da mais elevada e inconteste expressão. O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (Pisa). Dos jovens entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola, segundo o IBGE.

         O Brasil destoa, irresponsavelmente, pela qualidade ínfima da educação, pela pouca atenção prestada aos adolescentes. Falta pôr em prática a consideração humanitária destacada no artigo 227 da Constituição. Por lei, o jovem adolescente é prioridade sobre qualquer outro ser humano de idade superior à dele e tem prioridade em saúde e preservação da existência e do direito à educação. Uma condição sagrada para manter a continuidade de uma sociedade justa.

         Na ausência de consciência coletiva e no esquecimento da lei maior deste país, a cada ano milhões de jovens deixam o sistema educacional fundamental despreparados para cuidar de si mesmos, excluídos e condenados definitivamente a uma posição marginalizada.

         As elites, quem ganha bem, têm acesso aos colégios, equipamentos e métodos de ensino qualificado. Não enxergam, com algumas exceções, a tragédia vivenciada por jovens carentes, sem voz e sem vez, que com um pouco de atenção se transformariam em engrenagens virtuosas de uma nação a que faltam médicos, engenheiros e outros profissionais qualificados.

          Na raiz de tudo está o analfabetismo funcional, de indivíduos que acabam o 9º ao ensino fundamental severamente despreparados.

         Pesquisa (Inaf) realizada com a população brasileira de 15 a 64 anos encontrou que apenas a parcela de 8% é plenamente capaz de entender e se expressar corretamente (proficiente). O restante apresente dificuldades, em graus diferentes, para entender e elaborar diversos tipos de texto, interpretar tabelas e gráficos e resolver problemas lógicos e matemáticos. Entre os 92% sem proficiência é considerada analfabeta funcional a pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever algo simples, não tem as competências necessárias para satisfazer as demandas do seu dia a dia e viabilizar o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

         O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), realizado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM), considerado o Ibope da inteligência, elabora uma escala de classificação de alfabetismo das pessoas: analfabeto (4%), rudimentar (23%), elementar (42%), intermediário (23%) e proficiente (8%). Quem está inserido nas duas primeiras categorias é considerado indivíduo analfabeto funcional, ou seja, 27% da população ativa.

         Passando pela análise da população carcerária, encontra-se 95% dela classificada como analfabeta funcional. Dessa forma, nem todos acabam na cadeia, mas quase “todos” eles são analfabetos funcionais, sem profissão definida e compreensão suficiente para atender suas necessidades básicas.

         Pode-se afirmar que, se o grau de educação dos 27% até o nível rudimentar evoluísse para elementar (42%) ou intermediário (23%), seria anulada cerca de 90% da violência e da população carcerária no Brasil.

         Teríamos uma diminuição de 700 mil para 100 mil reclusos. Quer dizer que 600 mil marginais estariam migrando para o grupo preparado para produzir, sustentar-se, contribuir positivamente para a sociedade. Também o número de homicídios diminuiria 90%, poupando 39 mil vidas. Os gastos com segurança, de R$ 120 bilhões anuais no país, poderiam cair proporcionalmente.

          O que falta para dar um basta a essa cadeia destrutiva? Vontade dos líderes e das elites, da imprensa, dos formadores de opinião.

         Os passos para a revolução já foram estabelecidos em 2014 (ano eleitoral e sempre de boas intenções) no Plano Nacional de Educação (PNE), que firmou em dez anos o aumento de 50% no número de escolas em tempo integral e a universalização do atendimento pré-escolar, com professor de verdade, com ensino cognitivo e atividades harmônicas.

         Em Betim estarão abertas, até março de 2022, 12 mil vagas em creches/pré-escolas em 20 unidades novas e modernas. Iniciou-se também a licitação para construção de dez escolas em parceria com o Estado de Minas Gerais para ensino integral destinadas a 19 mil alunos. Não vejo, entretanto, outros municípios agindo nesse sentido para atingir a meta do PNE.

         O desafio educacional foi afetado por uma tragédia: a paralisação das salas de aula desde março de 2020. Com o ano escolar integralmente perdido, os alunos do 9º ano saíram com nível escolar do 8º e em 2021 sairão, se nada for feito, com nível do 7º, ou dois anos sem aulas.

         Em Betim decidimos, mas fomos impedidos, por decisão do TJMG a pedido do MPMG, de aplicar a vacina, liberada, no dia 14.6 pela Deliberação 3.440 do Ministério da Saúde, para a faixa etária de 12 a 17 anos. Sem perder tempo e oportunidade de garantir ao menos aulas plenas até dezembro para os últimos três anos do fundamental. A decisão foi tomada calculando-se que esses alunos, dentro dos grupos em vacinação, representariam o atraso máximo de dez dias e médio de cinco dias para todos aqueles que há mais de 160 dias sonham com a vacina. Quem iria se vacinar em 180 dias passaria a se vacinar de 181 a 190 dias. Ninguém deixaria de ser vacinado.

         A medida de vacinar os alunos parecia, para a nossa equipe de governo de Betim, de grande valia e com reflexos humanitários importantes, que, por outro lado, geram um adiamento médio de cinco dias da população que não é de grupos de risco. Os 18 mil alunos que seriam vacinados até o final de junho com parte das 54 mil doses prometidas pelo Estado passam assim para o fim da fila, que acaba em novembro. Conseguirão ter apenas aulas alternadas (carga de 50%) por falta de espaço físico até dezembro.

         Num país de excluídos a pandemia com seus efeitos malignos está preparando inúmeros e tormentosos desafios para o futuro de todos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 335,25% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,51%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

        

 

       

        

segunda-feira, 21 de junho de 2021

 A EXCELÊNCIA EDUCIONAL, O PODER DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA REPRESENTATIVIDADE, FRATERNIDADE E VERDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Influência: a secreta força que age no ambiente

        Sempre ouvi da minha avó uns casos interessantes sobre algumas pessoas que viam suas flores e essas flores estranhamente secavam. Ainda menino não entendia bem esse motivo. Já com tantas leituras, lembro-me do professor Daniel Goleman, pai da inteligência emocional e social. Para ele, “captamos a energia dos outros tal qual uma gripe”. É isso mesmo; influenciamos e somos influenciados. Aromas, cores, iluminação, roupas, espaço, organizações, limpeza disposição dos móveis, fala, tom de voz, tudo, literalmente tudo, influencia. Ou seja, agem de forma discreta, sutil e inconsciente nos outros, nos lugares e em nós mesmos.

         Quando pensamos nos ambientes, já temos muitos conhecimentos acerca das influências que operam em cada um de nós. São consolidados os conhecimentos da técnica chinesa feng shui que pode ser aplicada aos lugares. Das residências aos espaços comerciais e às empresas, é possível tornar os ambientes saudáveis e atrair soluções ajustando essas forças que operam. O feng shui se dispõe a trabalhar áreas que regem a vida, como família, amigos, relacionamentos, saúde, sabedoria, sucesso, criatividade e trabalho. Esta sabedoria pode trazer benefícios e ajudar a superar dificuldades, transformar energias negativas em positivas, atrair prosperidade, conquistar equilíbrio, harmonizar ambientes e melhorar relacionamentos.

         Da aromaterapia aprendemos o poder dos óleos essenciais e seus impactos em nosso corpo e nossas emoções. A ativação de todo o sistema límbico pelos aromas é uma ciência que tem avançado muito. As essências são utilizadas em massagens, em difusores, de forma tópica ou mesmo por ingestão em casos específicos. Quando se deixa orientar por profissionais formados e especialistas nestas terapias, vê-se o quanto podemos influenciar e ser influenciados pelos aromas. Terapêuticas milenares com ações específicas no sono, no controle e no manejo das emoções, dentre outras tantas possibilidades.

         A influência no campo da imagem corporal é forte também. Chama-se “visagismo” essa técnica que busca otimizar sua aparência amplificando sua imagem na geração das reações e sentimentos que causam no outro. A técnica lança seus fundamentos na compreensão da fisionomia e da mensagem que estes movimentos sutis transmitem. Novamente o processo da influência torna-se a força efetiva. A linguagem das emoções pode ser vista nestes pequenos gestos que marcam a inter-relação. Uma leitura fundamental é a da obra “A Linguagem das Emoções”, de Paul Ekeman.

         Esta competência, a influência, potencializa seus resultados, caro leitor, nas conquistas emocionais. O maior trunfo do seu oponente é a sua reação. Reagimos a coisas, lugares, falas, cheiros, atitudes. Na psicologia, chamamos de “influência sutil”. Escrevendo aqui, lembro-me do antropólogo Claude Lévi-Strauss, que dizia que “ou nada tem sentido, ou tudo tem sentido”. Acredito, como pesquisador, que tudo tem sentido e age. Quando você raciocina sobre estas formas de influência, significa pensar em métodos de agir sobre os outros. Não de forma negativa ou como quem usasse dos outros, mas de maneira inteligente atuar sobre o cenário de forma positiva com ferramentas que, a princípio, podem passar despercebidas.

         Quando todos esses conhecimentos se alinham, seus ganhos relacionais se ampliam, e você vibra em alta performance. Uma lógica do ambiente de nós mesmos traduz a linguagem das emoções e mobiliza nosso ser em completude. É como se fizéssemos valer um princípio importante no campo nas neurociências: a lei da equivalência física. Casa arrumada, vida arrumada (e não é TOC, aquele transtorno compulsivo por organização).

         Não se trata aqui de um pensamento romântico e ingênuo, mas de uma percepção aguçada de outros tantos fatores que operam suas forças em nós. Somos esponjas e absorvemos tudo. A diferença entre um processo de osmose celular, em que não se faz força para receber os nutrientes de um ambiente externo, e o processo de influência humana é que, neste caso, o esforço e a busca pelo conhecimento vão fazer toda a diferença. E aí? Vai passar despercebido ou vai influenciar? Esse mundo precisa de pessoas que não se deixam passar sem interagir efetivamente. Chega de gente sem sabor, esse tipo diet não educa nem ama! Que sua presença seja leve, mas efetiva. Boas escolhas!”.

(Otávio Grossi. otaviogrossi@saúdeintegral.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 5 de abril de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 18 de junho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Recomeçar da verdade

        A sociedade brasileira encontra-se em uma grande encruzilhada, decisiva para a definição dos rumos que causam prejuízos sobre o conjunto da vida social, econômica e política, pesando sobre os ombros de todos os cidadãos – de modo dobrado e injusto sobre os pobres e vulneráveis. É triste e insano o coroamento destes descompassos, a esgarçar o tecido social brasileiro, com o aumento acelerado dos números dos mortos pela pandemia da Covid-19. Outros muitos números, que aparecem em âmbitos variados, ferindo etapas diferentes da vida, todas igualmente preciosas, estão iluminados pelas sombras da cruel marca dos quase quinhentos mil mortos, vítimas da pandemia. Interpelante, esta cifra contabiliza duas vezes e meia a mais do número de mortos pelas bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945, nefasto acontecimento que abalou o mundo.

         Somam-se aos números dessas vítimas fatais, as situações abomináveis de extermínio de pobres e negros, as agressões às mulheres – frutos perversos de preconceitos e discriminações que precisam assombrar o coração de cada cidadão. Uma exigência é inegociável e insubstituível: recomeçar a partir da verdade. Essa indicação é uma forte convocação do papa Francisco, apelo profético e terapêutico, nas páginas da carta encíclica Fratelli tutti, sobre a amizade social, para arquitetar a cadência de encontros que possam apontar rumos e saídas. A sociedade brasileira está adoecida e necessita de processos de tratamento das suas muitas cicatrizes, originadas em outros tempos de sua história, e resultado também dessa tragédia recente e ainda em curso. É imprescindível dar lugar a artesãos da paz, agindo com ousadia e inventividade, por meio de encontro novo na dinâmica e na qualidade.

         As representatividades governamentais, políticas, sociais, culturais, também religiosas, devem merecer e honrar a credibilidade conquistada. Não é mais possível suportar representatividades assentadas em psicopatias, produzindo loucuras de todo tipo, comprometendo duramente a identidade institucional. É hora de dar um basta e exigir o estabelecimento de novas lógicas e funcionamentos, alicerçados na percepção clarividente. É incompreensível acompanhar grupos e segmentos arrastados por uma sombra, roubados pela ilusão da defesa de valores parciais, que não passam de discursos vazios sem jamais se assentar na indispensável credibilidade. Não há espaço para diplomacias vazias e comprometedoras dos destinos de um povo, negociando com negacionismos a sua condição. Há de se combater e desmascarar as dissimulações, discursos com duplo sentido, ocultamentos interesseiros da realidade.

         Recomeçar a partir da verdade inclui uma memória penitencial capaz de assumir o passado para libertar o futuro das próprias insatisfações, confusões e projeções, conforme sublinha o papa Francisco. A sociedade brasileira está vivendo uma guerra nesta pandemia, pelos descompassos governamentais, particularmente no executivo nacional, pela baixíssima credibilidade de instituições centrais na sociedade, em razão da falta de lucidez cidadã para escolhas que promovam o novo artesanato da paz. Agora, particularmente, as pessoas precisam saber a verdade a respeito dos acontecimentos. Verdade que nunca será instrumento de vingança, mas caminho da reconciliação e de indispensável reconstrução. O Brasil carece prioritariamente da hora da verdade, sem poupar nenhuma dor resgatadora desta busca.

         A encíclica Fratelli tutti, do papa Francisco, aponta que a verdade está em reconhecer quem são os agentes da violência: dos sofrimentos das mulheres vítimas de agressões e abusos, no tratamento racista a negros e pobres; da vergonha das manipulações por parte de quem está no poder ou possui o poder sedutor do dinheiro. A sociedade brasileira, sob a aparência de um irenismo camuflado, é palco de violências, por meio de agentes que precisam ser legalmente responsabilizados por seus desmandos, atingindo seres humanos, na sua individualidade e na casa comum, como chagas abertas. O brasileiro, com a força das instituições credíveis, deve exigir a correção dos rumos e a implementação de novos processos. A tarefa é tão exigente que não se pode mais perder tempo e recursos de modo a comprometer as ações no horizonte inspirador da arquitetura e do artesanato da paz.

         É hora de trabalhar juntos, sem a pretensão falsa de homogeneizar. Não há meios de se avançar sem se trabalhar pelo bem comum. Todos são chamados a contribuir, independentemente das diferenças. Vale o conselho basilar da Fratelli tutti – perante a sociedade brasileira, lamentavelmente polarizada – ao apontar que o esforço árduo para superar o que divide os cidadãos, sem perder a identidade de cada um, pressupõe que em todos permaneça vivo e atuante um profundo sentido de pertença. A sociedade brasileira tem um longo caminho para recuperar e configurar seu lugar tão necessário como casa de todos, com tarefas exigentes e urgentes na superação da vergonhosa e perversa desigualdade social, com o rompimento da corrupção, enraizada nos seus funcionamentos, privilegiando grupos oligárquicos e sacrificando as grandes porções das camadas pobres. A hora é da verdade. O único caminho para a reconstrução da sociedade é recomeçar da verdade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 335,25% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,51%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.