sexta-feira, 25 de agosto de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA UNIVERSALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA INCLUSÃO NO ENSINO HUMANO E INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA REPUBLICANA E DEMOCRÁTICA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Como colocar a inclusão em prática na escola

       Não é de hoje que lutamos por um sistema educacional mais igualitário, acolhedor, em que pessoas (que são diferentes umas das outras!) possam compartilhar os mesmos ambientes de maneira respeitosa em que todos se sintam iguais e representados.

         No entanto, por mais que esse assunto esteja em voga e muitas instituições de ensino estejam comprometidas com essa pauta, ainda temos muitas barreiras para atravessar. Afinal, o Brasil é reconhecidamente um dos países mais desiguais do mundo, o que acaba dificultando dar um passo à frente.

         Para se ter uma ideia, de acordo com o IBGE, as pessoas negras representam 56% da população brasileira, mas menos de 10% dos alunos das 20 melhores escolas do país pertencem a esse grupo. A constatação foi feita por um levantamento do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa da Uerj (Gemaa), que analisou as instituições mais bem colocadas no Enem de 2019.

         Este é um cenário que precisamos mudar. Sendo assim, se as escolas querem mesmo ser inclusivas, elas precisam buscar meios para que isso se torne uma realidade, começando a falar, agir e debater sobre o tema, ao mesmo tempo que se cria um ambiente com mais representatividade.

         Uma escola inclusiva é aquela que acolhe cada estudante, independentemente de suas características, origens ou habilidades, proporcionando a todos um ambiente seguro e propício ao aprendizado. Ao valorizar e respeitar as singularidades de cada indivíduo, a escola se torna um espaço de troca de experiências, enriquecendo o processo educativo e preparando os alunos para a vida em sociedade.

         Professores capacitados têm o poder de promover um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e estimulante, adaptando suas práticas pedagógicas para atender a todos os alunos, garantindo que cada um alcance seu potencial máximo. Além disso, é essencial que a gestão escolar esteja comprometida com a promoção da inclusão.

         Os conteúdos pedagógicos devem abranger temas que abordem a história, cultura e contribuições de diferentes grupos étnicos, religiões, gêneros e pessoas com deficiência. Dessa forma, os alunos aprendem sobre a riqueza da diversidade humana e desenvolvem uma compreensão empática do mundo que os cerca.

         Um ponto crucial para o sucesso da inclusão é a conscientização de toda a comunidade escolar. Pais, alunos, professores e funcionários precisam estar engajados nessa jornada, entendendo a importância da diversidade e da inclusão para o desenvolvimento saudável e equitativo de cada aluno.

         Políticas claras de não discriminação, estratégias para combater o bullying e a implementação de medidas para garantir a acessibilidade física e educacional são algumas das ações que podem ser adotadas para tornar a escola mais inclusiva.

         Já percebemos que os alunos que estudam em ambientes inclusivos, com pessoas diversas, desenvolvem habilidades sociais mais sólidas, apresentam maior autoestima e têm um melhor desempenho acadêmico. Além disso, a convivência com a diversidade prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo real, construindo uma sociedade mais justa, respeitosa e acolhedora.”.

(Gilberto Alvarez. Presidente da Fundação Polisaber e diretor do cursinho da Poli, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de agosto de 2023, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O básico da saúde

       Quando ouvida, a população cita o atendimento à saúde pública como insuficiente, precário e até péssimo. Especialmente as classes de menor renda não têm outra opção àquela oferecida pelos municípios e Estados.

         São os carentes que, por menor nível de educação e preparo, acabam mais expostos às doenças decorrentes da insalubridade das moradias, da falta de saneamento básico, do desconhecimento de condições de higiene e de risco e, ainda, da alimentação desregrada, da dependência de drogas lícitas e ilícitas. Estas são as principais causas que alongam as filas de milhões de indivíduos à procura de atendimento.

         Pesa também o aumento da expectativa de vida, que alcançou recentemente os 77 anos, gerando um crescimento exponencial de demandas no SUS e, também, de abrigamento de idosos desamparados.

         Nestes dias o Ministério da Saúde está elaborando um programa de enfrentamento das longas e intermináveis “filas” que ficam a cargo dos municípios, exatamente no ponto de contato do sistema público com a população. União e Estados escapam do contato direto e, bem por isso, estão “poucos interessados”.

          A “terceirização” coloca municípios em situação extremamente exposta e penosa. Dessa forma, o Ministério da Saúde está elaborando planos para aumentar o horário de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) municipais, recorrendo a uma “dobra” do período de funcionamento.

         Não mais um turno em horário comercial, mas dois, disponibilizando equipes das 6h às 22h e aos sábados, para consultas e outros atendimentos.

         A proposta parece válida em teoria, entretanto resta ver, na prática, até que ponto será encontrada mão de obra especializada (atualmente já escassa) para tanto.

         Por uma experiência direta, como prefeito de uma cidade de meio milhão de habitantes, tenho notado uma crônica “falta de médicos” nas UBSs e nas UPAs, que encontrei ao assumir meu primeiro mandato.

         A frase “Não temos pessoal suficiente”, que era criada e repetida como um mantra em todas as discussões, não mostrava bem a causa real, mas apenas a aparente. Mas esta era a conclusão que foi colocada, pedindo-me para ampliar as contratações.

         Saindo para vistoriar os locais (as UBSs), encontrei velhas casas alugadas que não atendiam sequer metade das condições sanitárias preconizadas para cumprir suas obrigações. Dessa forma, os esforços eram frustrados, e os atendimentos, “negados”. O tempo perdido era superior ao empregado para dar resposta efetiva à demanda.

         A primeira proposta que recebi tratava de aumentar os “médicos de família” de 114 para 150. Antes de decidir e depois negar o pedido, visitei as UBSs do município e encontrei uma situação vergonhosa das instalações de saúde municipais.

         Aquela era a herança de décadas de descaso, de abandono e de omissão, condenando a população usuária das UBSs, das UPAs e das maternidades, todas construídas a esmo e sem projetos sanitários aprovados.

         Construções eleitoreiras vendias demagogicamente como solução que, na realidade, não permitiam a demanda. “O dever constitucional” de prestar um bom atendimento de saúde não chegava a ser atendido, e os últimos prefeitos acabaram sepultados nas tentativas eleitorais pelo fracasso na área de saúde.

         Mais de 78% da população indicava sua revolta e impossibilidade de votar nos últimos gestores justamente por terem fracassado estrondosamente na tentativa de solucionar os problemas crônicos no setor de saúde.

         Com tantos recursos que passaram pelo município, não se encontrou aquilo que era imprescindível para atender a demanda na área. Não existiam almoxarifados, estoques de insumos e medicamentos, locais adequados e conforme as regras sanitárias de atendimento. Não havia sequer equipamentos básicos e até de pouco custo para atender demandas dramáticas.

         Muita gente sofreu e até morreu pelo descaso no planejamento e na aplicação dos recursos, num contexto em que abundam denúncias de peculato, corrupção, desvios monumentais, literalmente ignorados por quem tem o dever de perseguir os infratores e recuperar os recursos desviados.

         Os ambientes, mais do que cuidar das pessoas, eram laboratórios de contaminação e propagação de doenças.

         Assim, realizado um diagnóstico e identificadas as “causas”, descobriu-se a construção de um novo sistema. Iniciou-se pela construção de equipamentos em formato, dimensões e qualidades imprescindíveis ao funcionamento. Fazendo-se um paradoxal exemplo, era como ter que transportar milhares de toneladas usando mototáxis, e não caminhões pesados, resultando em desastre.

         Mais do que mototáxis, precisava-se de caminhões adequados aos pesos e à segurança dos serviços prestados. Aforaram dados espantosos, que encobriam com lençol curto – e agravavam tristemente – o sofrimento dos usuários.

         Nos consultórios em corredores de velhas casas mofadas e decrépitas ou, ainda, nas UPAs (unidades de urgência e emergência 24 horas) com menos da metade do mínimo necessário de espaço, de leitos, de salas, sem adequações mínimas (condenadas pela Justiça a serem desativadas e substituídas há mais de dez anos), não havia, nem por milagre, como os servidores atenderem pacientes nem em número, nem minimamente em qualidade suficiente.

         O principal desafio da saúde básica nacional está na absoluta inadequação de suas instalações.

         Os governos, tanto o federal quanto os estaduais, são verdadeiros avestruzes enterrando suas cabeças na areia para não reconhecer o drama nacional; pior, terceirizando-o aos municípios, que, por ignorância ou por pressão, em face de o setor de saúde ser o que mais pesa numa eleição municipal, acabam se comprometendo como salvadores da saúde, mas desconhecendo as fórmulas corretas de enfrentar a questão.

         Não há como ter atendimentos eficientes e econômicos em ambientes mal projetados, mal construídos (também a corrupção em obras públicas é outro fator devastador) e, pior, fazendo da saúde moeda de troca eleitoral com incapacitados moral e profissionalmente.

         Os problemas se entrechocam e se amplificam. Fazem com que casinhas decrépitas em decomposição, de menos de 100 m2 de área construída, sejam improvisadas toscamente para serviços que exigem um mínimo de 360 m2. Ou uma UPA de 900 m2 no lugar de uma eficiente, que deveria ocupar ao menos 2.000 m2.

         Assim, naquele dramático momento, partimos para construir 25 novas UBSs, todas com farmácia, consultórios odontológico, ginecológico e ao menos quatro de atendimento geral. Salas de vacinação e de coleta de materiais para exames, descarte de infectáveis, dotadas de uma dezena de computadores para cadastrar e acompanhar pacientes. Também já foram substituídas duas UPAs “em frangalhos” por outras de 2.000 m2 (e a terceira está em construção), duas maternidades problemáticas por uma moderna, com 170 leitos (até com heliponto), que já realiza o dobro de partos, tendo passado de 3.400 para 6.200 ao ano, com qualidade infinitamente superior.

         Toda a rede física de UBSs, UPAs e maternidade foi realizada rapidamente com recursos integralmente de contrapartidas privadas, aprovadas pela Câmara dos Vereadores, por valores muito inferiores aos que eram previstos.

         Não foi necessário aumentar médicos nem equipes, que já eram adequados aos habitantes atendidos. Bastou dar a eles condições, ambiente e insumos que são previstos nas normas sanitárias em vigor.

         Em muitas unidades, já depois das 10h, não se encontram filas, não faltam medicamentos, vacinas, e as equipes de profissionais conseguem fazer um bom atendimento domiciliar, especialmente com pacientes sem mobilidade.

         Hoje, existe o desafio de zerar as filas de cirurgias e consultas especializadas. Em todo o país, milhões de pessoas aguardam por sua vez.

         Em Betim decidimos descentralizar parte das consultas especializadas, criamos um centro de especialidades da mulher e da criança e escolhemos usar as melhores UBSs também para atendimento especializado em regime de marcação regional.

         Nosso planejamento aponta zerar e normalizar as piores filas até março de 2024, mas a maioria até o final de 2023.

         Permito-me compartilhar essas experiências para tentar contribuir para o alcance de soluções, que afetam, neste momento, a maioria dos municípios e milhões de brasileiros em condições assombrosas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em julho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

        

 

 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA AGENDA 2030 PARA ORGANIZAÇÕES EFICIENTES E EFICAZES E A TRANSCENDÊNCIA DA TENDA FAMILIAR COMO FONTE DE QUALIFICAÇÃO HUMANA, SOLIDARIEDADE, CIDADANIA E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A adesão à Agenda 2030 pelas empresas privadas

       Em 2015, os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aderiram à Agenda 2030. Derivam dessa agenda os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que, por sua vez, se desdobram em 169 metas a serem atingidas pela ação conjunta de diferentes atores sociais até o ano de 2030. A Agenda 2030 constitui-se de uma política global que tem como objetivo elevar os níveis de bem-estar do mundo e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. Todas.

         Não só os 193 países-membros, que se comprometeram formalmente com a consecução do maior pacto global já firmado pela humanidade, podem aderir aos ODSs. A iniciativa privada pode se engajar voluntariamente com a agenda e obter vantagens e lucros, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade do planeta.

         Incentivos para a adesão privada à Agenda 2030 não faltam. As empresas têm a prerrogativa de escolher uma ou mais metas dos ODSs, as que façam mais sentido aos seus negócios. As metas podem, inclusive, ser totalmente adaptadas às capacidades e necessidades de cada player. Não importa o porte. Pequenos, médios e grandes negócios são capazes de participar desses esforços, “agindo localmente e pensando globalmente”.

         A adesão mercadológica às melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) tem claras contrapartidas. O ecossistema global socioambiental e econômico é beneficiado por investimentos em projetos de responsabilidade social corporativa que remontam a questão que não serão resolvidas somente pela atração dos Estados. As empresas percebem a necessidade de fazer algo e precisam rever seus modelos de negócios. Por exemplo, ao buscar o ODS 1, de “Erradicação da pobreza”, assumimos a responsabilidade de ser a primeira geração a presenciar o fim da pobreza extrema no âmbito global. Para isso, as empresas precisam tomar lugar nessa jornada.

         Além disso, as aspirações privadas também ganham. A adesão aos ODSs constrói reputação, pavimenta o caminho do acesso a linhas de financiamento, gera valor agregado e novas oportunidades de negócios.

         Essas novas oportunidades gerarão trilhões de dólares e milhões de empregos. Em 2017, a Business & Sustainable Development Commission publicou um estudo em que afirma que a adesão aos ODSs pelas empresas pode movimentar US$ 12 trilhões e gerar 380 milhões de novos empregos.

         Para as empresas que não sabem por onde começar, é possível consultar documentos que fornecem o caminho das pedras para uma mudança de paradigmas gerenciais.

         A Global Reporting Initiative (GRI), a UM Global Compact e a World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) desenvolveram o Guia dos ODSs para as Empresas, disponível também em português , para orientar o setor privado na adoção dos ODSs em suas estratégias corporativas. Está gratuitamente disponibilizado na web. Um capitalismo mais socialmente sustentável e economicamente viável está a um clique.

         A Foco Inteligência de Relacionamento é uma consultoria especializada na comunicação e no relacionamento entre marcas, comunidades e demais stakeholders. A Foco contribui para que as empresas atinjam seus objetivos de forma sustentável, socialmente responsável e com viabilidade financeira, com base nas melhores práticas. O futuro pode ser nebuloso ou emancipador. Apostamos na prosperidade que se afigura.”.

(Carolina Brauer* e Fabrício Soares**. (*)Produtora de conteúdo e (**)diretor executivo da Foco Inteligência de Relacionamento, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 18 de agosto de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Família, uma tenda

       O Povo de Deus na sua peregrinação se vale da tenda como lugar das mais estruturantes conquistas, tornando qualificado o caminho de cada um. A referência à tenda remete, pois, ao sentido bíblico de que a humanidade é povo a caminho, em busca de aprendizados, acolhimentos e do cultivo de valores. Por isso mesmo, o imperativo de “alargar a tenda” para comportar sempre mais pessoas deve inspirar a vida de todos: é preciso alargar o próprio coração, tornando-o “tenda interior” que alicerça a fraternidade solidária. Ao mesmo tempo, deve-se investir no cuidado de uma tenda essencial à vida, que permite o aconchegar-se, a partilha e o aprendizado da escuta: a família. Neste horizonte, a Igreja Católica no Brasil mobiliza suas comunidades e instâncias para a celebração, a cada mês de agosto, da Semana Nacional das Famílias, iniciada no domingo, Dia dos Pais. Em clima de oração, retoma-se o significado da família, a partir do que ensina a doutrina da Igreja Católica. Especialmente em agosto, celebrado como Mês das Vocações – e no contexto da vivência do Ano Vocacional – a Igreja oferece a sua contribuição para que a sociedade reconheça e reafirme a centralidade da família. Uma necessidade neste tempo marcado por profundas transformações.

         A Igreja compreende que a família possibilita conhecer e aprender a amar o Senhor da vida, com desdobramentos na configuração de vínculos relacionais que geram qualidade ao viver humano. A família, assim, é essencial para construir uma sociedade nos parâmetros da fraternidade universal. Cada contexto familiar, considerados seus limites e vicissitudes, tem potencial para ser escola do amor conjugal, do amor a Deus, desenvolvendo, consequentemente, a competência para amar cada semelhante. Por isso, iluminada pela Palavra de Deus, a Igreja, em diálogo e cooperação com outros segmentos da sociedade, considera a família como a primeira sociedade natural, titular de direitos próprios e originários, colocando-a no centro da vida social. Essa convicção sustenta um trabalho incansável para não permitir que seja atribuído à família um papel subalterno ou irrelevante.

         A sociedade precisa da família com a sua vocação – primeiro lugar para se viver a experiência da comunhão. Obviamente não se trata de um lugar perfeito, mas constitui alicerce sólido e renovador, capaz de inspirar um exercício da cidadania que é essencial à qualificação da sociedade, tornando-a mais justa e solidária. Há, pois, um protagonismo da instituição familiar no contexto social e na existência de cada pessoa, pois a família é berço da vida e do amor. Promover a família é gesto em defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte, com o declínio natural, reconhecendo que cada pessoa é dom de Deus. Um compromisso que precisa se desdobrar na busca pela superação dos vergonhosos cenários de exclusões e misérias que ameaçam as famílias. E o ser humano precisa da “tenda familiar” para desenvolver suas potencialidades, fecundadas pela força singular da primeira experiência de amor, proporcionada no contexto de sua família.

         A experiência afetiva da comunidade familiar, apesar de suas idiossincrasias, tem força estruturante. A ausência ou o comprometimento dessa experiência afetiva podem trazer prejuízos insuperáveis. A família é o lugar primordial onde se inicia o desenvolvimento de habilidades essenciais à sociabilidade. Buscar fortalecer o contexto familiar amplia a possibilidade de se alcançar uma civilização à altura da dignidade humana. Por isso mesmo, a Igreja afirma que “sem famílias fortes na comunhão e estáveis no seu compromisso os povos se debilitam”. Na tenda familiar são estruturados e aprendidos valores morais, a partir da experiência da fé, com a transmissão de importantes patrimônios religiosos e culturais. A família possibilita, assim, a cada ser humano, reconhecer a sua responsabilidade no exercício da solidariedade.

         Reflexões oportunas precisam unir diferentes segmentos da sociedade para proteger e promover a família. Trata-se de propósito da celebração da Semana da Família, buscando afastar a possibilidade terrível de relativizações e imposições que desconsideram a primeira escola do ser humano. Ecoe, portanto, a convocação de se reconhecer a importância da família – preciosa tenda. Assim, cada pessoa, em sua peregrinação, possa sempre se ancorar e encontrar amparo na indispensável tenda familiar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em julho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

        

 

 

        

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA ALEGRIA DA VOCAÇÃO, EMPATIA E PROPÓSITO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA JUSTIÇA, IGUALDADE, CRIATIVIDADE, EMPREENDEDORISMO E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Construção do legado

       Sempre tive a ansiedade de agregar valor e fazer a diferença por onde quer que eu passasse. Era como se eu vivesse em uma espécie de dívida constante com a vida, por receber sempre além das expectativas.

         Confesso que esse movimento sempre me impulsionou a ir além. Eu me formei em psicologia e mergulhei profundamente na profissão de recursos humanos, certamente um caminho que me tem possibilitado trazer um novo olhar para as relações. Isso eu chamo de propósito, o motor que move nossas ações.

         Em um tempo em que as mudanças são constantes e a discussão sobre saúde, principalmente no contexto mental, tomou um espaço de destaque, fico pensando sobre tudo o que fiz e sempre acreditei. Tratar gente como gente sempre foi a chave para o sucesso de qualquer organização e/ou sociedade, pois dessa forma somos mais sensíveis ao que é valor para o outro, respeitando suas diferenças, o seu tempo, a sua capacidade e, com isso, vamos nos permitindo evoluir e atingir resultados, independentemente do ambiente em que estamos.

         Há oito anos assumi o desafio de consolidar a estrutura a área de RH em uma indústria voltada para a saúde visual. O momento era de um contexto em que precisávamos sair de uma visão operacional e transformar a atuação em um cenário mais estratégico, mas o que significava isso?

         Em poucas palavras, crescer considerando as pessoas como parte do processo. Parece simples, não é? Porém, vemos que este é o maior desafio das empresas no mundo atual: considerar que as pessoas, de fato, fazem o sucesso do negócio.

         Naquele tempo, foi a hora de, literalmente, “arregaçar as mangas”. Organizamos os processos, reavaliamos os sistemas, fizemos avaliações de clima, amarramos tudo o que era de RH com as particularidades do negócio, focando os objetivos de negócio. Resultado: fomos evoluindo ano após ano, com impacto significativo para a empresa e, principalmente, para as pessoas.

         Como posso comprovar isso?

         Gosto muito da máxima do respeitado escritor, professor e consultor administrativo Peter Drucker: “O que não é medido não pode ser gerenciado”.

         E, como não podia ser diferente, ao longo dos anos fomos acompanhando os resultados e, em seis anos consecutivos de pesquisas e uma atuação séria de time, que buscava sempre ser o melhor dentro de uma das melhores empresas do mercado, evoluímos significativamente em engajamento, produtividade, penetração de mercado, bem como reduzimos o nosso turnover, fortalecendo o orgulho de pertencer das nossas pessoas.

         Aqui eu chamo de “disciplina”, pois a jornada nunca é fácil e está sempre em evolução; afinal de contas, o mundo muda, e nós temos que acompanhar, administrando o que nem sempre está o nosso controle.

         Em reconhecimento a esse movimento, já recebemos diversos selos, comprovando que estamos no caminho certo, o que mostra que, de fato, colocamos as pessoas no centro, e elas nos possibilitam seguir fazendo a diferença, não só internamente, mas principalmente no mercado em que atuamos.

         E você sabe claramente qual é o seu propósito? Tem a disciplina para fazê-lo valer e, com isso, consolidar a construção do seu legado?

         Esses dias vi uma frase que falava: trabalhe para deixar saudades, e não um alívio...

         Como você será lembrado nesta existência?

         Reflita e faça a diferença, cuide de você e dê o seu melhor, dentro do melhor que se pode ter. a plantação é árdua, mas não tenha dúvida de que a colheita compensa e fortalece o orgulho do dever cumprido.”.

(Gabriele Carlos. Diretora de RH da Zeiss Vision Brasil e membro da Open Mind Brazil, e artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de agosto de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de julho de 2023, mesmo caderno, página 17, de autoria de André Naves, Defensor público federal, especialista em direitos humanos e inclusão social, e que merece igualmente integral transcrição:

“Exclusão, desigualdade social e desafios ambientais

       A desigualdade social é um dos principais fatores que contribuem para a perpetuação da pobreza em nossa sociedade. E ela vai além das diferenças econômicas entre indivíduos e grupos, alcançando os aspectos mais profundos de nossas relações sociais.

         Essa desigualdade resulta no esgarçamento dos laços que nos conectam como comunidade e acaba por capturar o ambiente político, resultando em políticas públicas enviesadas e prejudiciais. Ou seja, uma das consequências diretas é a presença estatal precária nas áreas menos favorecidas, aquelas não atendidas pelos programas políticos.

         A falta de políticas públicas efetivas serve para aprofundar as estruturas sociais excludentes, gerando uma série de barreiras que restringem o acesso aos recursos básicos e às oportunidades. Essas barreiras são uma manifestação material das estruturas excludentes e é imprescindível equalizá-las para alcançar uma verdadeira justiça social.

         Combater as desigualdades e, portanto, uma das formas mais eficazes de promover a inclusão. E é importante lembrar que pessoas com deficiência também enfrentam uma série de barreiras em seu dia a dia, sendo impedidas, por diferentes preconceitos, de participar ativamente da sociedade.

         Além disso, outra consequência da desigualdade social é o aprofundamento da emergência climática. Indivíduos mais carentes e as pessoas com deficiência, em geral, enfrentam maiores desafios de saúde e tendem a morar em regiões mais vulneráveis aos efeitos negativos de eventos extremos relacionados às mudanças do clima. Portanto, a igualdade de oportunidades e o acesso a recursos adequados são fundamentais para garantir a resiliência das comunidades em face dos desafios ambientais.

         No entanto, é importante ressaltar que a busca pela sustentabilidade ambiental não pode servir como pretexto para a reprodução de estruturas sociais excludentes. Devemos priorizar a justiça, a educação, o trabalho, o empreendedorismo e a criatividade na construção de estruturas sociais verdes, inclusivas e justas. Somente assim seremos capazes de enfrentar de forma efetiva a desigualdade social e, consequentemente, a pobreza, ao mesmo tempo em que trabalhamos para resolver a emergência climática.

         Portanto, é fundamental reconhecermos a interconexão entre a desigualdade social; a exclusão das pessoas com deficiência e dos mais carentes; e os desafios ambientais.

         A equalização das barreiras e a promoção de estruturas sociais mais justas são passos cruciais para superar as desigualdades, garantir a inclusão plena de todos os membros da sociedade e, assim, criar um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em julho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!