terça-feira, 31 de maio de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA VOCAÇÃO EMPREENDEDORA, BOA GOVERNANÇA E ÉTICA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ZELO COM A CASA COMUM, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, JUSTIÇA E HUMANISMO NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Vocação empreendedora

       O maior valor de uma sociedade vem de sua capacidade de empreender. Sabemos que esta é uma das características típicas do brasileiro. É possível que, por sermos uma terra de imigrantes e vivermos em um país tão adverso e difícil, desenvolvemos a capacidade de tentar e da tentativa surgem as grandes iniciativas e ideias, além de incríveis histórias de superação. Esta pandemia mostrou que mais do que apoio do governo, descobrimos que a nossa maior fortaleza está em nós mesmos e em nossa capacidade de resiliência.

         O número de empresas abertas no Brasil chegou a 4,026 milhões em 2021, crescimento de 19,7% em comparação com o ano anterior. Essa foi a maior quantidade de companhias criadas no país em um ano. O resultado deixa claro que os brasileiros não esperaram por ações do governo para superar as dificuldades econômicas criadas pela pandemia. O caminho escolhido foi se tornar responsável por seu próprio futuro e fazer desses tempos difíceis um novo começo.

         Em Minas Gerais não foi diferente. Mas Minas foi além. Nosso Estado viu o número de empresas crescer 32,38%. O foco foi o setor foi o setor de serviços, estrela do empreendedorismo em tempos de pandemia. No comparativo aos últimos dois anos, Montes Claros se destacou com o maior crescimento, 41,7%, seguida de Dvinópolis, 39,4%, Uberaba, com 35,3%, Juiz de Fora, 34,5% e Uberlândia, 21,5%. No último ano, Belo Horizonte se sobressaiu com 33,05%: foram 18.595 novas empresas.

         Contudo, o país ainda se mostra um local hostil para nossos empreendedores. No ranking de liberdade econômica publicado anualmente pela Heritage Foundation, o Brasil ocupa um nada honroso 133º lugar em escala global e 26º entre 33 países nas Américas. Nosso país está na categoria das nações com maiores restrições para se empreender, mantendo uma incômoda estabilidade nos últimos cinco anos entre as nações com menor liberdade econômica.

         Percebemos que conseguiríamos avançar muito mais e evitar os problemas econômicos que o país enfrenta se tivéssemos leis menos restritivas, que não evitassem nossos empreendedores de gerar riqueza e empregos. Infelizmente, as reformas necessárias ficaram pelo caminho, enquanto interesses de castas de privilegiados falaram mais alto do que a necessidade de nosso povo de trabalhar, empreender e fazer o país crescer.

         Certamente há muito por fazer, mas sabemos que possuímos o ativo mais importante para a virada, que é a capacidade empreendedora de nosso povo. A pandemia mostrou que a vocação empreendedora do brasileiro foi responsável por segurar nossa economia nos momentos mais difíceis e com as políticas certas, reduzindo a interferência e o peso do governo, pode se tornar facilmente no mais eficiente instrumento de recuperação econômica no pós-pandemia.

         Cabe ao país não retroceder, evitando a sedução por políticas ultrapassadas e restritivas, assim como medidas populistas que se apresentam com uma nova roupagem. Ambas representam caminhos superados que devemos abandonar. Para encarar o futuro que se apresenta e colher os frutos do empreendedorismo brasileiro, precisamos atacar a corrupção, reformar leis arcaicas e mirar em um modelo de governança moderno longe dos populismos que insistem em nos assombrar. A opção preferencial pela riqueza está diante de nós.”.

(MÁRCIO COIMBRA. contato@casapolítica.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de fevereiro de 2022, caderno A.PARTE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 28 de maio de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE OLIVEIRA, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Humanismo e retrocessos

O momento atual requer da sociedade redobrada atenção e comprometimento para enfrentar os graves retrocessos civilizatórios. Esses retrocessos são evidentes e estão, claramente, na contramão dos avanços da ciência e da tecnologia. Constata-se que as conquistas científico-tecnológicas ainda não conduzem a humanidade a parâmetros civilizatórios capazes de garantir a justiça e a defesa de direitos - urgências gritantes. Por isso mesmo, deve-se trabalhar para que esses avanços possam contribuir na recomposição do tecido social, vergonhosamente esgarçado, especialmente quando se olha de perto a sociedade brasileira. Neste horizonte, a Igreja Católica, com suas academias e outros segmentos, trabalha incansavelmente para fazer ecoar a convocação por um Novo Humanismo, inspirado no pontificado do Papa Francisco. O Santo Padre oferece novo garimpado da riqueza humanística e espiritual da Igreja - especialista em humanidade. Importante conhecer, é altamente recomendável, a recém-publicada obra intitulada O novo humanismo: Paradigmas civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco, editora Paulus. O livro reúne uma constelação de especialistas que, a partir do estudo-pesquisa, oferecem abordagens e reflexões qualificadas, com profundidade e fartura de perspectivas sobre os crescentes retrocessos civilizatórios.

A publicação, quase uma enciclopédia, possibilita leitura atraente, incentivando um investimento humanístico na qualificação do agir cidadão, pela conquista da clarividência nos juízos e configuração de um horizonte inspirador, válido e indispensável. É, pois, indicada para todos os segmentos da sociedade, sobretudo para líderes de todo matiz, políticos, educadores, pais e mães. Recomendada também para profissionais que procuram investir sempre mais nas suas competências, considerando a exigência contemporânea de se superar o conceito de que “bem-sucedido” seja associado apenas àqueles que conquistam o lucro, ostentando muitos bens. No horizonte amplo das crises mundiais, multiplicando cenários de guerra e exclusões que descompassam as relações sociais, torna-se ainda mais urgente vencer o individualismo, acolhendo a convocação do Papa Francisco para se viver um novo humanismo, ancorado em atitudes e palavras coerentes com o Evangelho de Jesus Cristo.

Nesse sentido, as mudanças radicais e impactantes deste tempo precisam ser entendidas a partir de critérios que promovam nova lucidez, capaz de dar rumo diferente a instituições que configuram contextos locais e globais. Igualmente importante, a partir de um novo humanismo deve-se cultivar esperança e, assim, encontrar forças para resgatar a civilização contemporânea do caos. Sensibilizar-se ante o desafio de se enfrentar os problemas atuais, acolhendo indicações para a construção de um tempo novo condizente com as conquistas científico-tecnológicas deste terceiro milênio. Esta obra - O novo humanismo: Paradigmas civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco – é uma escola de formação e de diálogo, aberta àqueles que reconhecem a própria responsabilidade na transformação do mundo. O momento atual exige a sabedoria para reconhecer a centralidade da vida, em contraposição às lógicas de destruição do planeta. Sem a assimilação e a promoção de um novo humanismo não serão rompidas as barreiras estreitas e prisionais do cenário atual, que impõem retrocessos civilizatórios.

Os retrocessos são muitos, multiplicados por diferentes mecanismos que priorizam interesses mesquinhos em prejuízo do adequado exercício da cidadania. O horizonte interpelante da obra O novo humanismo: Paradigmas civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco precisa ser conhecido por todos, a partir de estudos, individualmente ou em grupo, para desmontar estruturas que validam retrocessos, a exemplo da manipulação de letras que deveriam garantir a justiça – e não objetivar favorecimentos lucrativos; ou os ataques irracionais à democracia, pela opção de precipitar tudo e todos no caos, incoerentemente defendendo valores intocáveis, mas com posturas que negam esses mesmos valores. É preciso reagir, investindo no estudo, nas reflexões e ações fecundadas por um novo humanismo - caminho para vencer a avalanche de retrocessos civilizatórios da atualidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS HABILIDADES COMPORTAMENTAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DO EMPREENDEDORISMO NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A importância das habilidades comportamentais

       Por muito tempo o mercado valorizou a capacitação técnica dos seus funcionários, ou seja, quanto mais capacitado e especializado o profissional fosse, mais chances ele teria em conseguir boas oportunidades de trabalho. Com o passar dos anos, as empresas começaram a perceber que um bom profissional precisa ter mais do que conhecimentos técnicos e, com isso, as chamadas “soft skills” se tornaram um requisito do mercado de trabalho.

         O termo se refere às habilidades comportamentais que uma pessoa tem e que são de grande utilidade para lidar com diferentes situações no ambiente profissional ou na vida privada. De acordo com o levantamento do site de recrutamento CareerBuilder, em 2021, 77% das empresas acreditam que as habilidades emocionais são tão importantes quanto as técnicas. E, segundo um estudo da plataforma Linkedin, 92% dos recrutadores vão priorizar essas habilidades em 2022.

         Por isso, entender quais são as soft skills que o ambiente de trabalho exige é fundamental para alcançar o sucesso profissional. Comunicação e oratória são duas habilidades essenciais e podem ser desenvolvidas ao longo da carreira. Saber falar bem e interagir com outras pessoas é requisito para se ter um bom fluxo de trabalho. Existem várias formas de melhorar essas habilidades, como a leitura, que tem a capacidade de ampliar o vocabulário, e dinâmicas de grupo.

         Além disso, a inteligência emocional tem se destacado como uma das principais características procuradas pelos recrutadores. No dia a dia de uma empresa podem ocorrer diversas situações nas quais o funcionário é pressionado, sofrendo muitas cobranças, fazendo com que o colaborador que consiga suportar esse tipo de pressão, equilibrando suas emoções e lidando com diferentes cenários seja muito valorizado nas organizações. Esses requisitos são especialmente observados para os candidatos que almejam cargos na liderança, já que o controle de sentimentos é essencial e pode ser desenvolvido por meio de atividades que melhoram o foco e estimulam a adaptação, como práticas esportivas.

         Em um meio onde a inovação é buscada constantemente, outra habilidade valorizada atualmente é a criatividade. O mercado espera que os profissionais possam oferecer soluções diferentes e que “saiam da caixa”, como estratégia para atrair novos clientes e elevar o nível da empresa. Dessa forma, encontrar formas de ser mais criativo é o caminho para ter mais oportunidades de trabalho.

         Vale destacar que apesar de algumas pessoas já terem naturalmente algumas habilidades comportamentais mais afloradas, todas as soft skills podem ser aprimoradas e treinadas.

         A principal questão é que o trabalhador precisa entender que por trás de uma carreira de sucesso não existem apenas conhecimentos técnicos, mas sim um conjunto de experiências e habilidades que contribuem para que o indivíduo lide com diferentes situações no trabalho e na vida pessoal.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de abril de 2022, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de fevereiro de 2022, mesmo caderno, página 16, de autoria de Marcelo Navarini, COO do Bling, sistema de gestão do Grupo Locaweb, e que merece igualmente integral transcrição:

“O futuro do empreendedorismo no Brasil

       Nos últimos anos, o mundo vem passando por uma transformação digital sem precedentes, com um volume incrível de soluções ofertadas ao mercado nos mais diversos modelos (B2C,B2B, B2B2C...) e segmentos (varejo, saúde, financeiro, serviços, entre outros). A pandemia, que inicialmente gerou receio dos investidores e empresários em geral, na verdade, acabou acelerando tendências estruturais que vinham modificando as relações de consumo.

         Vimos surgirem diversas soluções tecnológicas com o intuito de automatizar e solucionar os problemas de gestão das empresas. Mesmo em setores mais tradicionais, como indústria e agronegócio, observamos uma maior busca por incorporar novas ferramentas, impulsionar os processos internos, intensificar os negócios e também os esforços do poder público em estimular as micro e pequenas empresas, com muitos programas de apoio e iniciativas de capacitação.

         Além disso, na esteira da reforma trabalhista de 2019, que ampliou os espaços para relações de trabalho, a crise econômica causada pela pandemia fez com que diversas pessoas partissem para o empreendedorismo em busca de uma renda para restabelecer suas finanças. Nesse cenário, desde o começo de 2020, o Brasil viu crescer de forma significativa o número de microempreendedores individuais (MEIs).

         Segundo o Mapa de Empresas do Ministério da Economia, somente em 2020, cerca de 3,6 milhões de empresas foram abertas no país, sendo 2,66 milhões de MEIs. Já em 2021, esse quadro se manteve, e, apenas nos primeiros seis meses do ano, foram abertas 2,03 milhões de empresas, das quais 79% foram MEIs. Entre as atividades, destaca-se comércio de bebidas, serviços administrativos, padarias e confeitarias.

         Esse crescimento faz com que atualmente os microempreendedores individuais representem 56,7% do número total de empresas brasileiras, de acordo com dados do Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos do Simples Nacional (Simei). No entanto, com a economia voltando ao normal e a taxa de desemprego diminuindo, é possível que a curva de crescimento observada nos últimos dois anos se estabilize ou, até mesmo, diminua. Mesmo que essa tendência se confirme, os acontecimentos recentes foram importantes para que alguns profissionais encontrassem sua vocação para o negócio.

         No mundo das PMEs, em especial do varejo, destaca-se a ampliação de novos canais de vendas no digital e muita criatividade por meio de novos modelos de negócio e segmentação. Os últimos acontecimentos ampliaram as estratégias de empresas e novos negócios focados no ambiente online

         Outro indicativo que evidencia esse ciclo de mudança é o aumento do número de serviços online, como lojas virtuais, e-commerces, marketplaces e aplicativos de entrega, que estimularam o surgimento de infoprodutores e criaram um novo costume entre consumidores, que passaram a ter mais confiança na hora de fazer uma compra pela internet. Apesar das incertezas, é possível avaliar que o empreendedorismo ganhou protagonismo e as transformações tecnológicas nas relações pessoais e de trabalho continuarão estimulando seu crescimento.

         Outro aspecto importante é que esse empreendedorismo, muitas vezes suportado apenas pela necessidade e vontade de vencer, nasce com uma maior produtividade, na medida em que os trabalhos são facilitados por ecossistemas de inovação e tecnologias facilitadoras. Os desafios da base da pirâmide ainda são enormes, mas os avanços evidenciam que ainda há espaço para construir um melhor ambiente de empreendedorismo no país.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

terça-feira, 24 de maio de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER TRANSFORMADOR DA ACESSIBILIDADE DIGITAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMANIDADE, SOLIDARIEDADE, JUSTIÇA E ESPERANÇA NA NOVA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da acessibilidade digital

       Nos últimos anos a acessibilidade no ambiente físico melhorou de forma significativa, permitindo que pessoas com dificuldades de locomoção possam acessar edifícios e empresas preparados para receber esse tipo de público, oferecendo a mesma experiência para todos e aumentando a inclusão social. No entanto, no meio digital ainda são poucos os sites que têm a preocupação em tornar as informações acessíveis para pessoas com deficiência.

         De acordo com uma pesquisa de 2019 da empresa inglesa Click-Away Pound, 69% das pessoas com algum tipo de limitação física já abandonaram sites por falta de acessibilidade, e 86% disseram que, se as lojas online fossem acessíveis, comprariam mais produtos. Considerando esses dados, a empresa que investir na acessibilidade digital vai conseguir não só atrair diferentes públicos, mas também promover a diversidade e a inclusão, colocando-as à frente da concorrência.

          A ideia do conceito é garantir que todos os usuários tenham acesso às mesmas informações, independentemente se o indivíduo tem deficiências ou limitações ligadas à audição, visão ou mobilidade.

         Acessibilidade digital significa quebrar barreiras na internet para pessoas com deficiência. Trata-se de tornar sites, aplicativos ou quaisquer outras ferramentas online acessíveis para todos. Por isso, webdesigners e a gestão de empresa devem trabalhar em conjunto para melhorar a acessibilidade do site e facilitar a jornada dos clientes que apresentem alguma dessas dificuldades.

         De forma geral, todo o conteúdo digital que uma empresa produz deve seguir quatro diretrizes principais: as informações devem ser fáceis de serem percebidas; a operação do site deve ser intuitiva; o conteúdo precisa ter fácil compreensão; e o site deve ser compatível com diferentes dispositivos. Essas premissas, no entanto, são apenas o básico que a organização pode fazer.

         Para realmente ser acessível e promover uma maior diversidade, a empresa deve ir além. Tudo deve começar com uma pesquisa, buscando entender quais são as dificuldades do público-alvo, fundamental para construir um bom atendimento online. A partir daí a organização deve escolher qual forma de acessibilidade é mais necessária para os seus clientes.

         Existem vários tipos de acessibilidade que podem oferecer melhorias visuais e auditivas, entre outras. No entanto, ao contrário do que muitos empresários pensam, nem sempre é necessário fazer um alto investimento para tornar o ambiente online mais inclusivo, pois em alguns casos implantar mudanças básicas já é suficiente. Um exemplo: incluir legendas nos conteúdos em vídeo e ter uma página respondendo às dúvidas mais frequentes já são recursos que tornam o conteúdo mais acessível e ampliam o seu alcance.

         Investir na acessibilidade digital vai além de proporcionar uma boa experiência para o usuário. É uma forma de posicionar a empresa como uma marca que apoia, incentiva e pratica os princípios da diversidade e inclusão.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de abril de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 20 de maio de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Advogada da justiça

       No magistral discurso de abertura da 5ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Aparecida (SP), o então Papa Bento XVI, em uma interpelante afirmação, partilha: a Igreja Católica é advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas que, ainda hoje, clamam aos céus. A afirmação de Bento XVI, enraizada na Doutrina Social da Igreja, ecoou forte no texto do Documento de Aparecida. Fundamenta-se na Palavra de Deus e na Tradição da Igreja. Não pode, pois, ser confundida com uma opção político-partidária. Trata-se de um compromisso para contribuir com o renascer da esperança dos pobres. E o documento de Aparecida adverte: se não se é capaz de suscitar esperança para os pobres, não haverá esperança para ninguém, nem mesmo para os chamados ricos.

         Compreende-se assim que a opção preferencial pelos pobres tem sentido e raízes na autêntica fé em Cristo, o Salvador e Redentor do mundo. A compreensão dessa verdade implica na consideração prioritária dos pobres em tudo, exercício humanístico e espiritual para reconhecer critérios alinhados com a defesa da justiça. Assim, a Igreja se torna, por exigência evangélica, advogada da justiça e defensora dos pobres – desdobramento e efetivação da vivência autêntica da fé. Ora, não se pode desconsiderar que a fé em Cristo nasce também da solidariedade – atitude permanente de encontro, de fraternidade e de serviço. Isto significa fazer valer uma justiça que advoga em defesa da vida, em todas as suas etapas, da concepção ao declínio com a morte natural, englobando a superação de situações ameaçadoras do meio ambiente. Dentre essas situações, uma perspectiva de certos agentes do sistema legal eivada de contaminações, particularmente daquelas advindas do espectro do lucro, de um mercado que manipula escolhas, votações e pareceres, enquadrados, não raramente, na frieza de interpretações que desconsideram a busca pela justiça.

         Por isso, longe de qualquer viés ideológico político-partidário, nestes tempos difíceis, faz-se importante e prioritário partir sempre da perspectiva dos pobres, possibilidade para um novo despertar humanístico, na superação dos cenários de exclusão, de discriminações e de desigualdades sociais. O cuidado com os pobres, dedicando-lhes amável prestação de serviço, escutando seus clamores, alicerça o despertar[M1]  de uma cidadania essencial a uma sociedade que precisa ser mais justa, ou sofrerá com um fracasso generalizado. Urgente é desenvolver, conforme orienta o Papa Francisco, na sua Carta Encíclica sobre a Amizade Social, a capacidade de escutar o próximo, especialmente os pobres, atitude receptiva exemplar, superando perspectivas narcisistas. Mas a cegueira imposta a partir do interesse pelo lucro a todo custo está produzindo uma séria deficiência auditiva. Cegueira moral e deficiência auditiva impostas pelo narcisismo dos que escutam apenas a si mesmos, procurando simplesmente contemplar seus próprios interesses. Posturas egoístas que acentuam freneticamente as disputas, fazendo valer tudo, a qualquer preço.

         O bem da humanidade depende do reconhecimento de que todo ser humano é irmão e irmã, princípio essencial para que prevaleça uma amizade social capaz de integrar cada vez mais pessoas. A efetivação dessa meta exige o adequado exercício da política, vivida como elevada expressão da caridade, unindo pessoas em torno de processos construtivos, bem administrando diferenças para alavancar o desenvolvimento humanístico integral. É doloroso e preocupante conviver com os acirramentos, os ódios provocados pelo desarvoro de se buscar a vitória a qualquer custo, sobretudo pela destruição de reputação moral, ilusoriamente alimentando o imaginário que se pauta pela lucratividade. Uma realidade que impõe preço impagável de atrasos, danos ao patrimônio de todos, inclusive à memória histórica. Prejuízos que são fruto da inadequada relação com o meio ambiente e entre os cidadãos, com parâmetros legislativos que impõem atrasos – significativas perdas apresentadas como se fossem “progressos” e “avanços”. O alto preço pago pelos inadequados tratamentos do meio ambiente, dos cidadãos e de seu patrimônio histórico e cultural urge a união de instituições sérias que atuem como advogadas da justiça.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 


 [M1]