terça-feira, 30 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA NOVA GESTÃO E A LUZ DOS HORIZONTES DE ESPERANÇA NA SUSTENTABILIDADE

“O perfil do novo gestor
        As empresas, em geral, estão sentindo os impactos do atual cenário econômico e, diariamente, os gestores têm suas habilidades testadas. Superar desafios, transmitindo segurança para suas equipes, exige conhecimento técnico e habilidades comportamentais, como inteligência emocional, capacidade de adaptação e metodologias eficazes.
         Historicamente, o trabalhador brasileiro tende a ser menos produtivo do que o de outros países. Conforma a Conference Board, em 2015, a produção de cinco funcionários brasileiros era equivalente de um americano. A baixa produtividade prejudica a rentabilidade das empresas e faz com que os gestores sejam mais cobrados em relação aos resultados produzidos.
         Mais do que aperfeiçoamento das práticas gerenciais, é preciso garantir que as metas sejam atingidas. Novos planos de ação só serão assertivos se o empresário implementar um método para localizar oportunidades, entender os fatos e dados e as causas que bloqueiam os resultados.
         A excelência na gestão passa pela prática. Mais do que implementar boas ações, e preciso repeti-las e encontrar um padrão ideal de processos para se replicar nas empresas. É preciso mudar a cultura. Além disso, os gestores devem estar imersos na realidade financeira, de modo a entender o cenário atual e as devidas alavancas para se mudar os resultados.
         Em face a tantos desafios, a capacidade de adaptação é uma habilidade essencial e necessária para esse profissional. Agir rapidamente diante de novas situações e fundamental. É importante manter o domínio sobre a inteligência emocional. Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para lidar com isso.
         Quando o empresário conhece as particularidades da equipe e sabe se valer do potencial de cada funcionário, certamente ele atingirá resultados mais consistentes e duradouros. Liderar nem sempre e uma habilidade nata, mas pode ser aprendida.
         Vantagem competitiva é binária, ou temos ou não temos. Para alcançá-la, e consequentemente garantir fluxos de caixa positivos por longos períodos, é preciso inovar ou copiar práticas já existentes. Desta forma, em tempos de desafios econômicos e políticos, espera-se que o gestor seja capaz de estimular a criatividade e a inovação de suas equipes.
         É crucial testar novas ideias e se perguntar: “por que não?”. A curiosidade é o primeiro passo para identificar novas soluções para problemas antigos e propagar a inovação, mas nem sempre é eficaz. Utilizar metodologias voltadas para a inovação, como o desing thinking, tem sido uma arma poderosa para muitas organizações.
         O treinamento Plataforma do Futuro mescla conhecimento teórico e práticas vivenciais para aperfeiçoar técnicas gerenciais, promovendo a superação de dificuldades e a descoberta de ações eficazes para o ambiente empresarial. Saber aonde se quer chegar e pensar no planejamento para alcançar esse resultado é fundamental.”.

(PAULO COIMBRA. Diretor de operações do Instituto Aquila, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Horizonte de esperança
        O amargor da falência das esperanças pesa forte sobre os ombros da humanidade. As derrocadas políticas com reflexos nas relações e nos funcionamentos em diferentes segmentos das civilizações obscurecem horizontes. Os fracassos na economia – com tiranos mecanismos que provocam o empobrecimento – e nas relações interpessoais apagam a luz da esperança. E essa luminosidade, quando perdida, inviabiliza as reações. A escuridão prevalece, impossibilitando encontrar caminhos novos. Mas, para ir em frente e fazer a travessia dos vales da sombra é imprescindível cultivar a esperança, capaz de nutrir os corações e as inteligências com a realidade do amor e do bem que transformam o mundo.
         Esperança que pode ser recuperada com a força e a fascinante facilidade da comunicação na partilha, em tempo real, dos acontecimentos mundo afora. A capilaridade dessa rede de informações reúne a sociedade, grupos e segmentos em torno das mesmas questões, desafios e preocupações. Também aponta para uma exigente tarefa: a responsabilidade e o desafio posto a cidadania de como lidar com as notícias boas, más, verdadeiras ou falsas.
         Singular contribuição para refletir sobre esse desafio está na mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações, celebrado neste último domingo de maio, Festa Litúrgica da Ascensão do Senhor. O papa se refere aos antigos pais na fé, que comparavam a mente humana a mó de azenha – tipo de moinho movido pela força da agua que não se podia parar. Ao moleiro cabia decidir se moeria na azenha o trigo ou o joio, e escolher o fermento que leveda a massa, dando-lhe forma e gosto ou o contrário, aquele que a estraga. A referência à mó de azenha é para remeter à enorme responsabilidade que está na condução e na conformação da mente humana que nunca para, está sempre em ação. Importa a atenção e a responsabilidade moral que determinam o material que a fornecemos, minuto a minuto.
         O “alimento” fornecido à mente pode produzir luzes de esperança que alargam horizontes com realismo, ou a precipitação da sociedade, de suas instituições e de seus funcionamentos na vala do fracasso. O propósito, pois, é investir em uma comunicação construtiva ao “moer” as informações, conforme diz o papa Francisco, para oferecer um “pão perfumado e bom”. Assim, de modo qualificado, constroem-se compreensões. São favorecidos os discernimentos para as decisões que determinam os rumos da vida de cada pessoa e de toda a sociedade. É, pois, grave e urgente a responsabilidade cidadã de investir em uma comunicação construtiva, pela rejeição de preconceitos contra outras pessoas. O vetor permanente, indica o papa Francisco, deve ser a promoção da cultura do encontro, para que o brilho do olhar da esperança permita ler, interpretar e tratar a realidade com confiança, altruísmo e competente sabedoria. Assim, é possível descobrir e trilhar rumos novos e superar fracassos.
         Obviamente, isso não significa promover desinformação ou fazer “vista grossa” ante os cenários de dramas humanos, adotando otimismo ingênuo e isentando-se, por insensibilidade ou indiferença, da tarefa de vencer o mal. Situar-se nos horizontes da esperança é iluminar o caminho que precisa ser percorrido para avançar. Permite reconfigurar mecanismos de funcionamentos governamentais, sociais, administrativos e culturais. Sublinha o papa Francisco: “Para um tempo novo de esperanças, é preciso superar o mau humor e a resignação, que lançam a pessoa na apatia, produzem medos e a incompetência que advém da convicção falsa de que não é possível impor limites ao mal.” Diante da responsabilidade de reconstruir a sociedade, nenhum cidadão tem o direito de abdicar-se do esforço necessário para acender em si a chama da esperança. Também precisa assumir o compromisso de contribuir para iluminar o coração, a mente e consciência do próximo com a chama da esperança. O passo primeiro, na avalanche de tantas informações ruins, é narrar boas notícias.
         Para os cristãos, o ponto de partida e a fonte perene de esperança é Jesus Cristo, a boa nova que tem força para mudar o mundo, alimentando a alegria de servir e de promover a vida. Ninguém tem o direito de aparar as chamas da esperança, valendo-se de lamúrias, maledicências, apatias, preguiças e mesmo da projeção de negatividades que forjam leituras pessimistas da realidade. Que a chama da esperança acesa em cada cidadão, pelas boas notícias que encantam e curam, possibilite novas dinâmicas e solidariedades, necessárias para se alcançar a almejada paz mundial e dissipar a corrupção que encharca a sociedade brasileira. Sejam alargados os horizontes de esperança.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril/2017 a ainda estratosférica marca de 422,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,3%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



sexta-feira, 26 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O TESOURO DA PAZ E DO SILÊNCIO E A LUZ DA FORMAÇÃO INTEGRAL NAS ESCOLAS

“As enfermidades humanas, as 
epidemias planetárias e a cura
O corpo mental, o emocional e o físico do ser humano alimentam-se das energias do nível da consciência do qual são parte, processam-nas, incorporam o que lhes serve e eliminam o que não lhes convém. Portanto, essa metabolismo, bem conhecido no nível físico concreto, existe também no âmbito dos sentimentos e emoções e no dos pensamentos. A enfermidade é um processo que induz o corpo a um descompasso em relação ao padrão arquetípico sadio, que lhe corresponde pela Lei Evolutiva Universal. A doença poderá vir à tona numa fase posterior. Por isso, a cura, para ser efetiva, considera a globalidade do ser, até mesmo suas intenções e seus ideais mais sinceros. Muitas vezes, ao dissiparem-se núcleos sutis de conflito, a harmonia reflete-se no corpo físico.
Desde que as forças involutivas se introduziram na matéria do planeta, do ponto de vista psíquico este corpo celeste passou a ser doente. A enfermidade tornou-se parte intrínseca da sua substância, pois essas forças afastaram-no do arquétipo que estava destinado a expressar. Entre os reinos da Natureza, o reino humano foi o que mais se entregou a essas forças negativas, devido ao uso inadequado do seu livre-arbítrio e do desejo.
Há casos em que o próprio expurgo de vibrações, que devem abandonar as células a fim de um novo equilíbrio instalar-se, apresenta sintomas de enfermidade, mas, na realidade, é um processo purificador. A causa primeira das enfermidades em nível humano é o autocentramento, cultivado pelo ego. Quando a cura interior se efetua, o desaparecimento das enfermidades físicas ou psíquicas é facilitado.
Quanto às enfermidades, elas atuam como elementos purificadores ou equilibradores de forças e energias. À medida que uma enfermidade planetária vai sendo controlada pela ciência e vai deixando de ser fatal, aparecem novas, conforme o que ainda deve ser restaurado ou purificado na raça humana e no planeta.
As enfermidades epidêmicas, que sempre emergiram, funcionam como instrumentos do Juízo pelo qual a Terra já está passando; só atingem os que necessitam de certo tipo de purificação. O atual Juízo permitirá à Terra assumir novo papel no sistema solar, bem como acolher a humanidade futura, mais sutil e harmoniosa.
O homem ainda pode ajudar na cura do planeta, pois sabe-se que o som tem grandes repercussões sobre a matéria. O ruído, não apenas de palavras faladas, mas de formas-pensamento, constitui nódulos densos a serem movidos do gangrenado tecido psíquico que hoje envolve o planeta. Esse zumbido destruidor será capaz de rasgar as camadas de proteção do planeta e de provocar abalos sísmicos. Um considerável auxílio já é dado quando o silêncio externo se instala, mas imensamente maior é a ajuda quando o homem silencia também os movimentos de seus núcleos psíquicos negativos.
Quando o ser humano amadurece, ele pode ajudar o planeta, deixado de praticar ações dispensáveis e abstendo-se de atuar se não tiver claro o que é para ser feito. Ao manifestar tal padrão, denota ter passado por uma grande cura. Todavia, se ele abdicar de querer e de buscar os resultados de suas ações, pode tornar-se receptáculo da Lei Evolutiva Universal. Não age mais à revelia da ordem cósmica e, assim, permite que se instale nos planos terrestres uma serenidade profunda.
O silêncio e a paz são uma verdadeira necessidade. Que cada um os cultive como um tesouro inestimável.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de maio de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educandário, um lugar fora de moda?
        Anos atrás, algumas escolas brasileiras se autodenominavam educandários. A palavra ficou obsoleta, mas não a educação, que continua sendo um problema a ser resolvido no país. As famílias que podem pagar fogem das escolas públicas, pois a maioria delas passou a ser sinônimo de mau ensino. Indecisos os pais, cuja maioria não tem condição de entender da realidade escolar. Contudo, a qualidade das escolas particulares não é homogênea. Pelo contrário, o ensino privado no Brasil é bem diversificado e poucos estabelecimentos se preocupam em oferecer uma formação completa aos alunos. Três principais modelos se destacam nesse mercado.
         O primeiro reúne escolas para as quais a educação é um negócio como outro qualquer. Essa concepção nasceu de um equívoco, originado pela necessidade de os estabelecimentos escolares assumirem um caráter empresarial. Orientados por um pragmatismo frio e calculista, alguns estabelecimentos de ensino passaram a considerar qualquer preocupação que fuja do currículo escolar como algo anacrônico. Todo meio de convencer a “clientela” a procurar seus serviços passou a ser válido, inclusive a propaganda agressiva e, frequentemente, enganosa. Essa questão mereceu destaque na mídia no último ano, quando ficou claro que algumas escolas estavam usando o Enem de maneira duvidosa, a fim de se promover. Criando turmas especiais, conseguiam figurar-se entre os primeiros colocados no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio, dando a impressão, às pessoas em geral, de que a qualidade do ensino de suas instituições mantinha esse padrão.
         O segundo modelo reúne escolas que se propõem seriamente a oferecer um ensino de alto nível. Com testes de seleção exigentes, conseguem reunir alunos empenhados em estudar com afinco e desenvolvem uma cultura de conseguir ingressar nos cursos mais concorridos das universidades de maior prestígio. Têm a preocupação de atrair profissionais competentes para formar suas equipes de professores e especialistas. Por conseguir, de seus alunos bons e reais resultados na hora de disputar um lugar em um curso superior, adquirem prestígio junto à sociedade e concentram seus esforços em manter esse sucesso, sua melhor propaganda.
         O terceiro grupo é formado por escolas para as quais a educação de verdade exige mais do que um bom ensino acadêmico: para esses colégios, educar implica também responsabilidade com formação. Assim, ao mesmo tempo em que adotam um modelo moderno de gestão e oferecem um ensino de qualidade indiscutível, mantendo-se sempre em ótimas colocações no ranking do Enem, oferecem aos seus alunos um grande número de atividades formativas, fora do currículo, e procuram desenvolver neles uma cultura centrada em princípios e valores, importantes por toda a vida.
         Lamentavelmente, muitos pais, por não ter tido esse tipo de educação, encontram dificuldade em compreender que seus filhos necessitam mais do que um ensino pragmático para gerir sua vida futura. Não percebem que a própria sociedade só pode caminhar para um desenvolvimento verdadeiro se tiver como integrantes e lideres pessoas que se regem por princípios e valores e que aprenderem a dar a devida importância à ética e à honestidade nas relações que envolvem a família, o convívio social em profissional.
É inegável que o ensino tem-se desenvolvido significativamente nos últimos anos. Pouco a pouco, as escolas vão substituindo o velho modelo, que privilegiava o puro conhecimento, pelo atual, que procura dar condições aos alunos de desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de analisar, interpretar e resolver problemas. Mas, é necessário mais. É preciso que as escolas que assumem a função de agentes transformadores da sociedade sejam a regra, não apenas algumas poucas exceções. Ao mudarem o foco do ensino para o raciocínio, nossos estabelecimentos de ensino devem também preocupar-se em motivar os alunos a usar a inteligência para melhorar suas relações com o outro, desenvolver a compaixão, a amizade desinteressada pelos semelhantes e procurar serem corretos no dia a dia até nos atos mais prosaicos, como o uso da internet e das redes sociais.
Um povo que anseia por uma sociedade mais justa e um mundo melhor deve primeiro insistir em melhorar a qualidade não só do ensino, mas também da formação oferecida pelas escolas. Mais do que simples estabelecimentos de ensino, seria melhor se os colégios se preocupassem em ser também educandários. Mesmo que a palavra esteja fora de moda...”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 


  


segunda-feira, 22 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DOS TALENTOS NA GESTÃO E AS IMPRESCINDÍVEIS REFORMAS NA SUSTENTABILIDADE

“Empresas e seus talentos
        No atual cenário em que vivemos, com crise financeira em diversos países, catástrofes ambientais e diferenças sociais, engana-se quem acredita que esses problemas são exclusivos dos governantes. Está mais do que na hora de todos enxergarem que já ultrapassamos há tempos a era em que as iniciativas privadas não prestavam atenção nessas questões. E, mais, as empresas que não discutem e não se preocupam com os problemas do mundo ao seu redor estão fadadas ao fracasso.
         As companhias que pensam somente em gerar lucros têm de se reinventar. É preciso enxergar que empresas são agentes de mudanças, que também têm um real compromisso com a sociedade, devem participar ativamente, extrapolar as exigências do capitalismo e ter um reposicionamento de comportamento empresarial.
         A mudança de paradigma do sistema em que vivemos está em um termo conhecido como “talentismo” – ou seja, no fato de pensar no conjunto da obra, e não apenas na organização em si. A finalidade desse novo conceito é a capacidade de inovar e circular ideias por meio do talento, da educação e do empreendedorismo, sempre com uma visão clara de compromisso junto à sociedade, ao meio ambiente e às causas sociais que envolvem a realidade ao seu entorno, seja na cidade ou no país todo. Isso significa um reposicionamento do comportamento empresarial.
         Para compreender um pouco melhor, o Fórum Econômico Mundial reúne anualmente chefes de governo, representantes empresariais, de bancos, entre outros executivos, com o intuito de debater temas presentes e propor caminhos para o futuro. Porém, é claro, nada adiantará se essas questões não saírem do papel.
         Além de colocar as iniciativas em prática, as organizações precisam seguir os Dez Objetivos do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) elaborada sobre os pilares dos direitos humanos, princípios e direitos fundamentais no trabalho, respeito e preservação do meio ambiente e o combate à corrupção. A missão do Pacto Global é engajar as empresas para que aceitem as metas propostas, apoiem e busquem alcançá-las dentro de suas dependências e também nas esferas de influência.
         O “talentismo” nada mais é que a valorização de uma empresa ao seu capital humano, seja ele parte da equipe de colaboradores, da carteira de clientes ou da comunidade que, de alguma forma, participa de sua atuação. Toda companhia que atua no cenário moderno do capitalismo precisa estar de acordo com esse conceito e perceber que as pessoas são mais importantes que o dinheiro.”.

(WELLINGTON RODGÉRIO. Diretor financeiro do Grupo Sabará, empresa especializada no desenvolvimento de tecnologias, soluções e matérias-primas de alta performance, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de janeiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de maio de 2017, mesmo caderno, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Reformar é preciso
        A sociedade brasileira enfrenta uma das mais difíceis fases de sua história, indicativo incontestável de que reformar é necessidade urgente para abrir horizontes novos. Essa tarefa exige audácia capaz de promover dinâmicas, encontrar respostas e configurações normativas que tornem a sociedade mais civilizada, com igualdade e respeito à dignidade humana. Nessa direção, devem ser superados privilégios que causam exclusão. Também é momento para se cultivar o sentimento patriótico de pertencimento, que sustenta o relacionamento harmonioso entre diferentes segmentos da sociedade. Uma nova realidade que deve ser configurada com esforços dedicados à promoção de reformas arquitetadas com clarividência, comprometidas com a busca de solução para as aflições que pesam sobre todos e, de modo mais forte, na vida dos pobres.
         Instituições diversas podem e devem procurar o caminho das mudanças. A própria Igreja Católica tem na sua configuração o princípio Ecclesia semper reformanda, mencionado em documentos e contextos históricos, levando a Igreja a compreender-se como passível de revitalizações em sua dimensão institucional. A exigência de reformas é, desse modo, inquestionável, quando se busca oferecer respostas a novos desafios. O tratamento adequado e inteligente das demandas contemporâneas e a consideração da inevitáveis mudanças culturais requerem que organizações diversas desenvolvam novos planejamentos, avaliem impactos das transformações e adotem vetores diferentes, com o objetivo de alcançar equilíbrio e a sustentabilidade. Por isso, que fique bem claro: quando a Igreja Católica, nas suas configurações institucionais, a partir de diferentes líderes, questiona processos de reformas, não significa que é contrária às mudanças.
         A própria Igreja reconhece a importância de reformar-se para corresponder às necessidades dos fiéis, a seus propósitos missionários e fortalecer seus muitos serviços sociais de amparo aos pobres. Ao posicionar-se sobre o grave momento nacional da sociedade brasileira, apontando suas causas e consequências, a Igreja não se manifesta contrária às reformas. Diferentemente disso, coloca em questão processos, conteúdos e operações nos procedimentos das reformas propostas, pois muitos condutores das iniciativas de mudança sofrem com a falta de credibilidade, em razão de suas posturas pouco alicerçadas na moral. Esses condutores, que têm a força da voz e do voto, agem na sombra da falta de ética e do pouco apreço pela honestidade. Disso resulta um incalculável déficit na sociedade brasileira e a confusão se instala: as vozes desafinam, e as intuições interpretativas para propor as reformas inadiáveis ficam contaminadas, enfraquecidas.
         Olhar a realidade social e política da sociedade brasileira atual e não admitir reformas seria, minimamente, insanidade. Sem as mudanças, acelera-se o processo que leva ao colapso ou à inadequação das instituições, sejam civis, governamentais, culturais ou religiosas. Assim, não admitir reformas é prova da falta de inteligência. Só mesmo razões ideológicas, com parcialidades comprometidas – ou interesses coletivos e partidários, guiados pela tirania, por horizontes balizados na imoralidade, no desrespeito a princípios e valores – ignoram essa urgente necessidade. As reformas são a única saída para tirar a sociedade do lamaçal de práticas abomináveis que fazem o país submergir no fosso do fracasso da sua economia, política e cidadania. É preciso mudar, e com urgência! Não tem sentido ser contra reformas, nos mais diferentes âmbitos, mas elas precisam ser capazes de imprimir novos rumos, resolver gravíssimos problemas. Para isso, não se pode esperar que as transformações necessárias sejam conduzidas por mentes contaminadas ou condutas moralmente comprometidas.
         Conta agora estabelecer o amplo diálogo exigido, para limpar os trilhos de obstáculos advindos da desonestidade, e assim ser possível avançar rumo às inadiáveis reformas. Um percurso construído a partir das atitudes cidadãs de homens e mulheres competentes e com credibilidade. As reformas têm a urgente tarefa de começar a construir uma virada civilizatória e cultural no Brasil. O desafio maior é como efetivá-las, diante do momento abissal vivido no país, de fragilidade política e moral. Um contexto que exige ainda mais lucidez, sabedoria e sentido de cidadania. Trabalhe-se de modo cidadão pelas reformas, como a que resultou na Constituições Cidadã de 1988, no que pese seus limites e fragilidades, para efetivar amplas transformações e se construir um Brasil novo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 


   

         

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A UNIVERSALIDADE DA BOA GOVERNANÇA E A QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA NA SUSTENTABILIDADE

“Compliance em todos os lugares
        O custo Brasil é tema recorrente nas mais variadas rodas de conversa. Ao compararmos preços de produtos e serviços com os praticados em outros países, sempre chegamos à conclusão de que por aqui pagamos demais. Mas o que está por trás desses altos preços?
         Nosso confuso sistema tributário, com carga altíssima, é sempre responsabilizado, mas é só isso? Muitas vezes há também uma precificação absurda, aproveitando-se da alta demanda ou da menor disponibilidade de um produto ou serviço. Produtos inovadores geralmente chegam mais caros. Por aqui ainda prevalece, erroneamente, o conceito de que é melhor vender menos quantidade com preços mais altos do que vender mais com preços baixos – menos trabalho e mais retorno.
         Embora todos esses fatores tenham seu peso, muitas vezes a má-formação, aliada a uma ambiência confusa (mercado, legislação e infraestrutura) e escolhas erradas, nos leva a descarregar essa ineficiência nos preços finais.
         Não é mais suficiente ter um bom plano de negócios. Para ter sucesso, é preciso conhecer profundamente a complexidade de muitos fatores, entre outras normas e leis. Entretanto, muitas tratam os assuntos de maneira incompleta ou ambígua, restando ao empreendedor procurar a ajuda especializada externa que, às vezes, nem é tão especializada assim.
         Ao empreendedor, fica a impressão de que ele joga sempre contra a banca, onde a possiblidade de perder é sempre maior do que a de ganhar.
         Mas, superados esses desafios externos, encontramos novas questões, agora internas: operacionais e comerciais. Para tudo dar certo, precisamos de uma rede de profissionais competentes para ajudar na entrega do nosso produto ou serviço. Planejar, comprar, produzir, vender, entregar, controlar, receber, pagar e, claro, defender a nossa empresa dos predadores internos e externos.
         Hoje não são necessários apenas sistemas informatizados, agora eles precisam interagir com os clientes e com os portais governamentais. Precisamos também de apoio externo de contabilidade e advocacia a prestadores de serviços terceirizados, de empresas de telefonia e internet a fornecedores de energia e de água etc., todos precisam ser acompanhados de perto, sob o risco de haver ineficiência e desperdício de recursos.
         Fazer uma opção errada nessa complexa rede de escolhas se refletirá negativamente no seu resultado ou no acréscimo do seu preço de venda.
         Felizmente, as empresas estão despertando para essas questões e fortalecendo e valorizando uma nova função dentro das organizações. Trata-se de compliance, um profissional ou equipe com ótimo repertório, capaz de ajuda-las a andar em linha com regras, leis, normas e procedimentos, prevenindo e diminuindo riscos que as afetam. O reflexo é a redução de custos e o aumento de sua competitividade.
         Resumidamente, o profissional de compliance poderá atuar, entre outros, na análise e prevenção dos seus riscos operacionais, gerenciamento de controles internos, desenvolvimento de normas e melhorias de processos às normas internas, prevenção de fraudes, atuação junto à área de segurança em TI, interpretação das leis e adequação da empresa ao seu cumprimento.
         Mas implementar mudanças implica vencer barreiras psicológicas e financeiras. Psicológicas porque nem sempre se está disposto a aceitar que dentro da empresa há procedimentos e comportamentos em discordância com normas e leis, e financeiras porque mudanças demandam tempo, esforço e dinheiro para surtir os efeitos desejados.
         Por fim, uma opção da governança por atualizar a empresa a princípios de compliance, adequando-a a uma realidade mais ética, competitiva e eficiente, é um grande desafio que irá separar as empresas que vão sobreviver nas próximas décadas daquelas que continuarão remediando e apagando intermináveis incêndios.”.

(EVANDRO VARELLA. Superintendente da Faculdade IBS/Fundação Getúlio Vargas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de março de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Críticas e avaliações
        A fragilidade dos fundamentos da cultura pode ser uma das causas que explicam a incapacidade que a sociedade tem ao lidar com as críticas e as avaliações. Muito frequentemente, o que deveria ser uma rica troca de argumentos se reduz a ataques e ironias. Basta observar o cotidiano das pessoas nos diferentes setores. É incrível a falta de compostura de muitos parlamentares durante seus pronunciamentos, ou mesmo certas atitudes dos cidadãos. Essa falta de respeito resulta também da incompetência para uma autoavaliação. Movidos pela revolta pessoal que nasce do desinteresse em exercitar o autoconhecimento, muitos se sentem no direito de dizer, de qualquer jeito, o que bem entender, sem medir as consequências. Por isso mesmo, é crescente a incompetência para avaliar os próprios atos e conceitos. Sem reconhecer a própria inaptidão, muitos se consideram certos em tudo. Acham-se no direito de desferir juízos sobre os outros e permanecem fechados a qualquer tipo de observação, ainda que seja pertinente.
         Essa fragilidade no tecido cultural gera uma atmosfera permanente de revolta nas relações, fazendo crescer a intolerância e os equívocos no discernimento e adoção das prioridades. Consequentemente, perde-se o sentido de limite, que é necessário para que sejam estabelecidas as relações humanas. Impulsos que brutalizam essas relações ganham força, enquanto as instituições sociais ficam enfraquecidas. Assim se estabelece uma confusão que deseduca e é responsável por retrocessos civilizatórios. O risco permanente é a sociedade ser conduzida ao marasmo e às permissividades. De um lado, ficam as massas enfurecidas e raivosas. Do outro, defensivamente e se lamentando, os dirigentes, líderes e representantes do povo. Um descompasso de terríveis proporções.
         Nesse contexto, nascem os medos paralisantes e a falta de criatividade que inviabilizam as respostas urgentes e necessárias. Tudo acaba em confusão que descompassadamente envolve o conjunto da vida. Urge aprender e praticar, culturalmente, a competência para se fazerem críticas pertinentes, que nunca pode estar desatrelada da autoavaliação. E para se alcançar essa habilidade, torna-se necessário investir na autoestima. Quem não conquistou essa qualidade não suporta críticas e permanece obtuso. Busca promoção e privilégios sem avaliar o próprio desempenho. Segue a tendência medíocre de se “formar juízo em causa própria”, com a parcialidade de quem não aceita observações ou posicionamentos divergentes.
         A sociedade e suas instituições não avançam se os cidadãos não cultivarem a competência crítica que pressupõe abertura suficiente também para se deixarem avaliar. São sempre lamentáveis a animosidade e a resistência criadas quando o discurso inclui críticas e avaliações. Buscam-se justificativas para tudo. Dessa forma, uma barreira intransponível é construída, impedindo o diálogo capaz de reorientar processos. As perdas são muitas, nos prazos e na qualidade dos resultados, pois o objetivo é cada um se colocar como o melhor e o mais importante.
         Investimentos civilizatórios capazes de garantir aos cidadãos a competência de criticar, de ouvir críticas e de deixar inserir em processos de avaliação, em vista do bem maior, são urgentes. Não há outro caminho para superar mediocridades nos âmbitos dos funcionamentos institucionais, que requerem sempre novas respostas em razão dos crescentes desafios da sociedade contemporânea. Nesse sentido, oportuno é avançar na implantação de sistemas que podem avaliar desempenhos em diferentes âmbitos – educacional, religioso, cultural, político e tantos outros – capacitando todos com a habilidade para criticar e ouvir críticas. Assim se alcança a cidadania qualificada, com a abertura a processos permanentes de avaliação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...