sexta-feira, 30 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA TECNOLOGIA NAS TRANSFORMAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DA SABEDORIA, ESPIRITUALIDADE E ALTRUÍSMO NA QUALIFICAÇÃO HUMANA NA SUSTENTABILIDADE

“Tecnologia: uma aliada da sustentabilidade

        A tecnologia sempre teve um papel superlativo quando relacionada à sustentabilidade, pois, ao mesmo tempo em que seu avanço moderniza, aprimora e melhora a qualidade da sociedade, ela contribui de maneira significativa com as questões ambientais. Produção de equipamentos ineficientes, alto consumo de energia, descarte inapropriado, gestão de impactos e uso da água são exemplos de fatores críticos.

         Para reverter esse quadro, enfatizamos a evolução da tecnologia digital, da qualidade da TI mineira e brasileira, das startups de qualidade e das “greentechs”, as quais estão estabelecendo uma série de práticas intituladas “TI Verde”, com o objetivo de reduzir os malefícios ao ambiente. Também é necessário apresentar soluções inspiradoras por meio da tecnologia que colaborarão com a sustentabilidade e farão parte da transformação do futuro.

         O ano de 2021 marca o início da Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030) pela ONU, na qual importantes eventos ligados ao meio ambiente ocorrerão como forma de unir os países em torno de um futuro sustentável, como, por exemplo, a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), em Glasgow (Escócia). Diante também dos novos compromissos do governo dos EUA na gestão Biden e das premissas de negociações internacionais do Reino Unido, a visibilidade do tema oferece ênfase ao papel da tecnologia em favor da sustentabilidade.

         O Sindinfor se associa aos governos do Reino Unido e dos Estados Unidos em uma parceria sólida na qual fomentam o movimento TI Verde ou Green TI (Information Technology), que apresentará um conjunto de medidas e estratégias com o objetivo de otimizar o uso dos recursos de TI em favor do meio ambiente. Enfatizar o fato que a gestão de dados por meio de algoritmos inteligentes, do desenvolvimento da inteligência artificial, do machine lerarning e do big data trarão um impacto positivo no manejo da sustentabilidade. O governo brasileiro também está em conexão com a iniciativa.

         Até a COP 26, representantes dos setores público e privado de nossos países compartilharão o papel multifacetado que a tecnologia pode e deve desempenhar no cumprimento de metas comuns de sustentabilidade; discutir melhores práticas em liderança tecnológica; e demonstrar a intersecção de políticas e práticas ambientais.

         Elaborar estratégias para evitar e reduzir o desperdício de recursos com equipamentos, insumos e energia e melhorar a qualidade de vida das pessoas são exemplos dos benefícios que tais soluções geram. O consumo desordenado e ineficiente de energia elétrica e de água são preocupantes e representam perigos para a sociedade. Dessa forma, elaborar e desenvolver medidas para controlar e reduzir desperdícios são tarefas fundamentais que podem se beneficiar de tecnologias que nosso setor já oferece.

         O Brasil tem empresas e startups detentoras de soluções incríveis. A VG Resíduos tem a missão de fornecer ferramentas para maximizar o reaproveitamento de resíduos, acelerando o desenvolvimento sustentável. A WayCarbon desenvolveu um mecanismo para aplicar inteligência artificial aos processos de licenciamento ambiental, uma ferramenta de modelagem geoespacial que permite integrar o risco climático à tomada de decisão corporativa., entre outras soluções. Já a empresa Residual é licenciada pela Cetesb para coleta e destinação de resíduos, como descartes de tanques, de vidros e de resíduos contaminados. E a BHS, que realiza ações de instalação e de startup até manutenção e reparos, ou seja, além do trabalho de assistência remota, colabora na prevenção e na manutenção dos equipamentos.

         A colaboração transfronteiriça também promove soluções tecnológicas inovadoras. Os Estados Unidos e o Reino Unido trabalham com o Brasil diariamente para apoiar isso. A Agência dos EUA para o Comércio e Desenvolvimento apoiou uma assistência técnica para fortalecer a infraestrutura de distribuição da Cemig em Minas Gerais, para acomodar fontes de geração distribuída renovável, incluindo solar e eólica, por meio de tecnologias que contribuem com a gestão desses recursos e a tomada de decisões na empresa.

         A tecnologia também possibilita e colabora para a otimização de nossas atividades, criando processos mais rápidos e ágeis no dia a dia. Assim, conseguimos economizar e minimizar gastos, sejam financeiros, sejam de duração do trabalho. Com a otimização  dos recursos e equipamentos, o desempenho tende a ser melhor e maior, visto que conseguimos acelerar etapas e economizar recursos.

         Aliada da sustentabilidade, a tecnologia, como todo recurso, será em prol da sociedade. Precisamos acelerar a adoção de estratégias para otimizar a adoção de estratégias para otimizar a extensão de seu uso como catalisadora da sustentabilidade, criando soluções inovadoras que garantirão um futuro melhor para o planeta. Temos a honra de servir a sociedade em um momento de virada, de mudanças para melhor, na velocidade e qualidade que a tecnologia permite.”.

(Katherine Earhart Ordõnez (*), Lucas Brown (**) e Fábio Veras (***). Em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de julho de 2021, caderno OPINIÃO, página 17.

(*) Cônsul dos EUA em Belo Horizonte

(**) Cônsul do Reino Unido em BH

(***) Presidente do Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de MG).”.

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, mesma edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Voar pela imensidão

        Nunca se para de aprender. De incertezas, temores, medos, intranquilidades e dúvidas da juventude, passei para um estágio de consciência bem mais elevada. Os anos são fundamentais para a nítida compreensão. O tempo faz com que as circunstâncias se alternem e nos estimulem a discernir – se não perfeitamente, com mais clareza – os valores reais da vida.

         Aprendi, incomparavelmente, mais com as derrotas do que com os sucessos; mais com os sofrimentos que com os prazeres; mais com o silêncio que com as palavras de revolta; mais perdoando do que retribuindo as ofensas com a mesma moeda.

         Devo confessar que foram mais valiosas as silenciosas meditações do que os gritos de revoltas.

         Dos amigos, tenho recebido conforto; dos inimigos, os ensinamentos de tudo aquilo que deveria evitar para ser uma pessoa justa. E, na justiça – não aquela desta terra, mas na justiça divina –, tenho reconhecido a infalível capacidade de retribuir corretamente a cada ser humano.

         O sábio evitar ofender outro homem com atos ou palavras e foge das honras e das bajulações, pois são efêmeras e inúteis. Responde à pessoa mal-intencionada, tão comum, com disposição bondosa. Porque sabe que as almas não qualificadas e ignorantes perturbam aquele que tem habilidade e conhecimentos e que as ter em volta faz parte da ainda rasteira consciência de muitos seres.

         Sabe que quem faz da sua vida um exercício exacerbado de crítica aos outros, de regra, nada sabe fazer e nada a mostrar de concreto por ele realizado. Quem realiza não tem tempo para críticas vazias, mas oferece soluções alternativas.

         Ainda me convenci de que praticar o autocontrole e a tolerância e não me desesperar em qualquer hipótese é importante, porque o que não está ao meu alcance não me pertence como obrigação.

         Quando odiamos quem nos odeia, não apenas aumentamos as trevas, direta ou indiretamente, do planeta, mas o obscurecemos e diminuímos. Não é com vibrações da mesma categoria que se retribui, mas com vibrações contrárias: ao mal se responde com o bem. E se recebo ódio, devo responder com amor, mesmo que silencioso.

         O mundo é saturado de negatividade, o ódio e a vingança aumentam o apodrecimento. Quem distribui ódio é a primeira vítima de sua atitude, inevitavelmente, pois, no cosmo, crendo ou não num Deus, apercebe-se uma justiça ínsita e infalível. O mal destrói, o bem constrói. Atrás dos grandes construtores existe uma ideia de “Bem”, maiúsculo, de positividade, exatamente o contrário que emana de uma ideia de “Mal”, negativa e destrutiva. Quem faz o mal não colabora para a humanidade e menos ainda para si próprio e seus familiares.

         Por incrível que pareça, vi com os meus olhos que o “absurdo” (para alguns) de amar o inimigo resolve mais que longas disputas ou guerras.

         Uma coisa que vale muito a pena se fazer é passar a vida na verdade e na justiça, com uma disposição benevolente para os mentirosos e os homens injustos, pois tanto a mentira e a simulação como a injustiça serão inexoravelmente castigadas pela que rege o cosmo.

         Também está em nosso poder não opinar sobre as coisas e, assim, não ficamos perturbados em nossa alma. É preciso prestar atenção não só às palavras dos outros, mas ao que está na mente deles, pois aí está a chave para compreender corretamente a manifestação.

         Lembrar-se também de que não somos eternos no corpo que carregamos e de que aqueles com os quais viemos a este mundo já saíram dele, como nós sairemos em breve.

         E descobrir que, quando se é jovem, as horas e o tempo transcorrem com lentidão. Deseja-se, quando o sangue escorre quente e em profusão, que o tempo passe rapidamente para as férias, as festas e os sucessos chegarem logo. Com os anos, aprende-se que a felicidade pode estar em qualquer momento sem os exageros das festas, apenas na paz de um corpo que não lamenta dores e sofrimento, num canto tranquilo onde se pode observar a beleza em todas as suas expressões, já que nela se encontra o esforço bem-sucedido para se aproximar da perfeição, que apenas a Deus pertence.

         Nessa quietude “nirvânica”, vale mais o perdão do que o ódio, a indiferença que o rancor, a serenidade de estar com a alma pura e sem remorsos – para, assim, poder desfrutar do sono e, nos sonhos, voar pela imensidão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CONSCIÊNCIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA CREDIBILIDADE, VERDADE E DIÁLOGO NAS TRANSFORMAÇÕES CIVILIZATÓRIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Quem é o protagonista da sua saúde?

        Saúde não é decidida com um simples jogar de moedas. Não é uma questão de sorte. Percorremos, mesmo sem saber, um caminho que pode nos levar a lugares bons ou ruins.

         Enquanto médica, sou responsável pela saúde das pessoas, não posso simplesmente prescrever um anti-hipertensivo para pressão ou um analgésico para artrose.

         Não posso retirar a responsabilidade de meu paciente em relação ao próprio futuro escolhendo dizer que seu problema degenerativo é genético e que não há nada que ele possa fazer. A própria nomenclatura “paciente” já parece retirar o indivíduo de uma situação de controle de sua saúde.

         Uma pessoa consciente de si mesma e disposta a se conscientizar é uma forte ferramenta de cura.

         Não existe um antídoto universal para todos os problemas do mundo, mas já conhecemos muito sobre o adoecimento e como evitá-lo. Portanto, envolver a pessoa no processo de construção de saúde é generoso, dessa forma ele se tornará protagonista de sua história e menos dependente de remédios e de médicos.

         A obesidade representa um risco para doenças crônicas severas: como diabetes tipo II, doenças cardiovasculares como hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, alguns tipo de câncer, além de apresentar um agravo importante para dores causadas por artrose e problemas de coluna.

         Quanto maior o tempo que a pessoa passar com sobrepeso e quanto mais cedo adquirir maiores são os seus riscos de desenvolver adoecimento. Este, infelizmente, é um fator que reduz a expectativa de vida.

         Prevenir é sempre melhor do que remediar. Com o sobrepeso não é diferente.

         Uma relação honesta que implique amorosamente o indivíduo com a sua história é muito importante para mudar esse jogo.

         Frequentemente eu repito a frase: evite remédios, tome atitudes.

         É claramente frustrante para o paciente perceber que ele tem responsabilidade no processo do próprio adoecimento. Muitas vezes ele chega até a assumir uma postura desafiadora em relação à medicina, mas, quanto paciente e médico se deslocam da dinâmica “vítima-salvador”, o processo que se constrói é muito mais verdadeiro e sustentável.

         Fazer uma consulta médica é prestar uma consultoria de saúde, é avaliar o caminho realizado e apontar novas possibilidades. Apenas usar um medicamento que anule os sintomas do corpo, quanto se trata de doenças crônicas degenerativas, é prendê-lo em dependências progressivas até chegar em insuficiências.

         Mais nobre que tratar doenças é orientar o indivíduo para não as ter. ainda estamos muito distantes desse modelo de relacionamento entre médico e paciente, mas devemos buscá-lo tanto para evitarmos problemas degenerativos como para evitar a obesidade, que é um fator que potencializa a maior parte delas.

         A simples conduta de incluir uma porção de vegetais e frutas na dieta já faz uma enorme diferença.

         O “paciente” consciente tem muito mais poder sobre sua própria saúde do que ele imagina.”.

(Meira Souza. Médica e escritora, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de julho de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 23 de julho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Palavra credível

        Agora é ainda mais urgente dar ouvidos à palavra credível – e vale outro pronunciá-la. Seja cultivada a capacidade para ouvir discursos com credibilidade e invista-se também na habilidade para pronunciamentos que, efetivamente, estejam alicerçados na verdade. A sociedade precisa ser interpelada por palavras credíveis, necessárias aos processos de reconstrução e recomposição de seu tecido sociopolítico.

         Ora, não basta simplesmente dizer o que se quer ou o que se pensa, nem opinar a partir das estreitezas de uma determinada perspectiva. Revitalizar o protagonismo da palavra credível é obrigação cristã, remédio às opiniões polarizadas e aos posicionamentos que desagregam. A cidadania qualificada reconhece: a credibilidade nos discursos representa uma necessidade para o diálogo social que é capaz de edificar nova cultura.

         Nessa perspectiva e considerando as disputas eleitorais no horizonte da sociedade brasileira, os diálogos sobre política não devem se restringir aos nomes de candidatos. Ao invés disso, o processo eleitoral precisa ser oportunidade para amplo diálogo, a partir da compreensão de que a participação cidadã não termina com a conclusão da etapa eleitoral.

         Infelizmente, há um entendimento equivocado sobre o campo político que impõe limites e cegueiras a muitas pessoas, permitindo hegemonias e domínios que atrasam transformações civilizatórias inadiáveis. Esses limites e cegueiras são fortalecidos por equívocos do contexto partidário, grande responsável na difusão de inadequado entendimento sobre a política. Dessa forma, muitos desconsideram o papel da política na configuração de uma cidadania capaz de dar rumos novos à sociedade, desde o âmbito da representatividade parlamentar e governamental àquele que permite aos cidadãos e cidadãs uma interação inteligente, colaborativa, necessária à promoção da igualdade social.

         A política, em seu sentido amplo, relacionado ao permanente exercício da cidadania, é protagonista na construção de uma nova cultura, tecida a partir do compromisso social de se promover a palavra credível. O papa Francisco tem insistido: é urgente e inegociável investir na cultura do encontro para superar aquelas dialéticas que resultam, simplesmente, em desavenças – “uns contra os outros”.

         Note-se que a política partidária no Brasil tem se tornado uma promotora de polarizações, anulando possíveis avanços que dependem da capacidade para o diálogo. Por isso mesmo, é necessário priorizar a palavra credível. Um caminho que se efetiva aprendendo o que canta Vinícius de Morais, no Samba da benção, citado pelo papa Francisco, na sua Carta Encíclica Fratelli Tutti: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”. Interpelante é a imagem ali evocada, ao falar de um estilo de vida onde as diferenças podem conviver, integrando-se enriquecendo-se e iluminando-se reciprocamente.

         Sempre se pode aprender algo com o outro – ninguém pode ser desconsiderado. A reverência a esse princípio cidadão aponta a importância singular de cada encontro, ancorado na fidelidade à palavra credível – que significa respeito ao outro e ao cumprimento fraterno da tarefa de se exercitar a capacidade da escuta.

         Eis um caminho para constituir nova cultura, fruto de dinâmicas relacionais marcadas por falas e escutas que busquem alcançar respostas novas, qualificar escolhas, distanciando-se da ânsia de impor opiniões pessoais, não raramente resultado de cristalizações subjetivas, interesses balizados pela mesquinhez e pela ganância.

         Sejam cada vez mais cultivados o entusiasmo e a aspiração pelo contato que configura a colaboração entre as pessoas, objetivando a construção de uma sociedade mais justa e solidária, capaz de vencer a exclusão social. Nesse necessário processo de colaboração, a palavra credível é um discurso capaz de construir novas narrativas que promovam a paz – superando aquelas delineadas nas disputas partidárias interesseiras.

         A palavra credível, sincera, transparente e indissociável da capacidade para escutar pode levar à cultura do encontro. Essa palavra jamais irá comprometer a sinceridade e a verdade. É urgente reconhecer: a palavra credível, bem diferente dos discursos populistas, manipuladores, regidos por interesses cartoriais, consegue promover o encontro. Desencadeia dinâmicas que contribuem para a civilização tornar-se “capaz de recolher as diferenças”, conforme diz o papa Francisco, que acrescenta: “Armemos os nossos filhos com as armas do diálogo. Ensinemos-lhes a boa batalha do encontro” – somente exequível por meio do compromisso sério com a palavra credível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

    

quinta-feira, 22 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS POTENCIALIDADES DAS GOVERNANÇAS GLOBAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DO ZELO COM A CASA COMUM NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Pandemia ajudou ou atrapalhou preservação ambiental?

        No início da pandemia do coronavírus, o Brasil e o restante do mundo começaram a avaliar como o novo contexto de vida influenciaria as questões ambientais e na forma como homem e natureza passariam a conviver.

         Vimos as cidades se tornando mais vazias, graças ao isolamento social, menor circulação de carros, paralisações de linhas de produção e uma série de outras alterações que nos fizeram questionar se seria possível viver em maior harmonia com o meio ambiente, dali em diante.

         No entanto, a passagem pela pandemia se deu de formas distintas nas mais variadas sociedades ao redor do mundo e, por conta das características socioeconômicas de cada uma, era impossível esperar resultados parecidos em todos os casos.

         Apesar de se criar maior conscientização global a respeito da importância do cuidado com a natureza (até mesmo para se evitarem novas crises sanitárias), países como o Brasil, mais afetados pelos danos da pandemia, ainda não realizaram a devida preservação ambiental, enquanto lidavam com os danos do momento atual.

         Mesmo assim, não se pode deixar de lembrar que não existe boa qualidade de vida e saúde da população sem preservação do habitat comum às espécies. Abdicar do cuidado com a natureza significa permanecer vulnerável ao desenvolvimento e propagação de novas doenças, decorrentes do desequilíbrio ambiental.

         Embora o Tribunal Penal Internacional e demais órgãos mundiais estejam de olho na relação entre esses dois fatores – vide a apresentação do ecocídio como crime contra o planeta, que caminha para a penalização –, o Brasil ainda caminha em passos lentos e continua buscando entender como penalizar de forma assertiva o desmatamento ou até mesmo como manter um Ministro do Meio Ambiente que realmente aja em harmonia com o escopo que o trabalho exige.

         Hoje, depois de mais de um ano de enfrentamento a pandemia de coronavírus, é possível dizer que, mais uma vez, o Brasil se viu na contramão do que determinam as governanças globais. Deixando os cuidados a nossas florestas, mares e rios de lado e afrouxando políticas de fiscalização, mesmo que de forma velada.

         Por aqui, a pandemia serviu como tapume para questões graves que continuaram a assolar o país durante todo o período de enfrentamento do vírus, ganhando um papel oposto ao que se viu nas demais nações.

         É impossível dizer que, no final das contas, ela nos ajudou em algo, mas também não é possível dizer que a culpa nisso tudo seja somente do vírus.”.

(Cristiana Nepomuceno. Presidente da Comissão de Direito de Energia da OAB/MG e especialista em direito ambiental pela Universidade de Alicante (Espanha) e mestre em direito ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de julho de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 9 de junho de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Ignacia Holmes e Dafna Bitrán, e que merece igualmente integral transcrição:

Oficial de Agricultura Sustentável e Resiliente da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) para a América Latina e o Caribe

Especialista em biodiversidade da FAO para a América Latina e o Caribe

“Projetos ambientais podem

  gerar empregos e crescimento

        Estamos em um momento crucial. A pandemia  de Covid-19, com seus enormes impactos econômicos, humanos e sociais, uniu-se ao grande desafio de nosso tempo: a mudança climática. A atenção do mundo hoje está voltada para conter a crise sanitária: é mais urgente do que nunca reconstruir economias, restaurar empregos e rendas. Mas a pergunta que devemos fazer é: que tipo de recuperação nós queremos?

         Aceitaremos o mesmo modelo que implantávamos antes da pandemia ou aproveitaremos essa oportunidade para impulsionar uma recuperação com transformação climática, na qual avançamos em conjunto, com esforços contra as mudanças do clima e com a redução da pegada ambiental na agricultura?

         As evidências estão cada vez mais claras: proteger o meio ambiente, enfrentar a mudança climática e avançar rumo a uma agricultura sustentável são algumas das melhores maneiras de melhorar a qualidade de vida das pessoas de nossa região.

         Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as mudanças estruturais necessárias para atingir um cenário de produção neutra em carbono até 2030 na América Latina e no Caribe poderiam gerar 15 milhões de empregos.

         Um estudo de Nicholas Stern e Joseph Stiglitz mostra que, após a crise de 2008, medidas de estímulo com foco ambiental geraram mais empregos e melhor crescimento do que as alternativas tradicionais.

         Não podemos mais pensar que conservar, sustentar e reduzir as emissões são restrições que afetam o desenvolvimento produtivo. A tarefa complexa e necessária é identificar estratégias e soluções concretas que nos permitam resolver a equação do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões econômica, social e ambiental.

         A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) afirma que a transformação sustentável do setor agroalimentar, através de inovações tecnológicas e institucionais, será uma fonte de retomada do crescimento econômico.

         Na América Latina e no Caribe há muitos exemplos disso: no Equador, um projeto de pecuária inteligente permitiu que mil pequenos agricultores aumentassem sua renda em 40%, melhorassem a qualidade do solo em 40 mil hectares e reduzissem suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 20%, evitando a emissão de 24.000 toneladas de carbono equivalente.

         No México, um projeto para promover tecnologias eficientes e de baixa emissão na agricultura e na agroindústria permitiu que 1.842 agronegócios reduzissem suas emissões líquidas de GEE em 6 milhões de toneladas de CO2, além de produzir energia a partir de biomassa.

         No Uruguai, um projeto sobre as melhores práticas e alternativas ao uso de pesticidas, que trabalhou com mais de 2.000 técnicos e produtores, demonstrou que, ao fazer ajustes na gestão, seria possível reduzir o uso de herbicidas em até 70% em um ciclo de produção de soja, sem afetar os custos, o que significou uma economia média de US$ 40 por hectare para os casos avaliados.

         Um projeto de manejo sustentável da pesca de arrasto, principalmente de camarão, reduziu a pesca não intencional de espécies em até 36%, reduzindo seu impacto ambiental no Brasil, no Suriname e em Trinidad e Tobago graças às novas redes e à tecnologia.

         Estes e outros exemplos fazem parte de uma publicação da FAO, “Rumo a uma agricultura sustentável e resiliente na América Latina e no Caribe”, que será lançada na quinta-feira (10) e que mostra que a recuperação sustentável da pandemia e a transformação dos sistemas agroalimentares são possíveis.

         Se pudermos replicar tais iniciativas em grande escala, sem dúvida geraremos melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e uma vida melhor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.