quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA APRENDIZAGEM NA GERAÇÃO AUTODIDATA PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Aprendizagem na geração autodidata

        A tecnologia torna o aprendizado mais agradável, dinâmico e eficiente, independentemente da escola. As crianças da nova geração acessam conteúdos midiáticos, cada vez mais precocemente, porque já “nasceram” num contexto como parte da vida delas, sendo expostas a telas e a conteúdos digitais.

         Claramente, a internet é uma ferramenta útil e bastante influenciável, tanto no comportamento como sobre o modo em que as pessoas se relacionam, trabalham e estudam. A questão é o que essas crianças farão com essa exposição e oportunidade de aprender muito mais?

         A escola possui uma excelente oportunidade para iniciar um processo reflexivo, por exemplo, sobre a capacidade empreendedora e marcante desta nova geração. Até então, não existiu um período em que se observou essa dinâmica na aprendizagem, cuja necessidade de se reinventar colocou todos a prova. A tecnologia ficou e se mostra muito útil para diferentes finalidades, principalmente, em relação à educação. O processo de aprendizagem se modificou, e a mídia é um espaço rico para muitas trocas e vivências.

         As plataformas como YouTube, Instagram e Tik Tok, entre vários outros canais, se tornaram realidade para a geração Z, que, inclusive, adquiriu diferentes habilidades para aprender, ou seja, uma forma mais ativa e, nem tanto, passiva.

         O comportamento se tornou natural para essa nova geração, agindo de forma empreendedora, focando o uso de ferramentas disponíveis para adquirir algum tipo de conhecimento. Trata-se de uma “turma” mais interessada em prática e que evita a postura reativa, ou seja, esperar pela escola ou a faculdade não é uma opção.

         A palavra de ordem é a proatividade, buscando a informação, independentemente do formato.

         A pesquisa “A Próxima Geração de Aprendizes”, promovida pela empresa de ensino digital Pearson, apontou que a Geração Z tem mais interesse em aprender, por exemplo, com a ajuda do YouTube. Os vídeos são um método mais usado por jovens americanos, aproximadamente 59% deles, com menos de 21 anos.

         A escola tem alterado o sistema de ensino para incorporar os recursos digitais em seu cotidiano e fazer com que a aprendizagem seja mais dinâmica e eficiente.

         Ainda é uma situação em transformação, mas não há dúvidas de que a tecnologia apresenta um elevado potencial para contribuir com a educação brasileira, auxiliando a professores, de certa maneira e, apresentando conteúdo aos alunos que usam materiais interativos para compreender melhor os conteúdos didáticos, por exemplo.

         Contudo, é um processo de adaptação, considerando que a experiência em tecnologia dos Gen Z é interpretada como “nativa digital”, tendo capacidade para aprender sobre diversos temas em livros, e-books e vídeos personalizados, ou seja, são autodidatas.”.

(Ângela Mathylde. Professora, psicanalista e doutora em educação e saúde, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, mesma edição, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Flávio Bartmann, engenheiro mecânico (ITA) e doutor pela Universidade de Princeton, é professor na Universidade Columbia e na NYU Stern School of Business, e que merece parcial transcrição:

“Esta crise é diferente

         O Brasil está num grande buraco. A última década foi um desastre, com crescimento econômico quase nulo. Na verdade, os brasileiros, na média, ficaram mais pobres nesse período. Mais de 4 milhões vivem hoje no exterior em busca de melhores oportunidades, e cerca de 15 milhões estão desempregados. Menos da metade dos trabalhadores tem carteira assinada. A população urbana vive num clima de profunda insegurança. E o país se encontra hoje mais dividido do que nunca.

         O Brasil já passou por muitas crises políticas e econômicas. Mas esta é diferente: é estrutural e permanente. O país caiu do bonde econômico no começo dos anos 1980. Tivemos alguns sucessos, é verdade. A inflação foi controlada pelo Plano Real; o governo Lula melhorou significativamente a distribuição de renda. O programa do álcool, a Embraer e o agronegócio são incontestáveis.

         Apesar destes e outros êxitos, a econômica brasileira teve um desempenho decepcionante no período, quando o Brasil ficou à margem das cadeias globais de valor. O país desindustrializou significativamente e aumentou sua dependência de produtos primários. As exportações, de US$ 250 bilhões anuais, estão hoje no mesmo nível de 2011. Exportamos menos do que o Vietnã. A evolução da economia do Brasil é exatamente oposta àquela dos países que estão crescendo rapidamente.

         Em 1980, o Brasil tinha um PIB per capita de US$ 6.437 (em dólares de 2015); hoje, o PIB é de US$ 8.230. Os números da Coreia do Sul são, respectivamente, US$ 4.055 e US$ 31.264. O Brasil tem hoje 18 companhias com uma capitalização acima de US$ 10 bilhões. Várias dessas são estatais, e sete são companhias financeiras. A única companhia industrial privada na lista é a Suzano. Já a Coreia, um país com menos de um quarto da população brasileira, virou uma grande potência industrial e tem 28 companhias com capitalização acima de US$ 10 bilhões, incluindo várias no setor automobilístico, eletrônico, de comunicações e químico. A Samsung, por exemplo, tem uma capitalização seis vezes maior que a da Petrobras ou da Vale.

         Para complicar ainda mais as coisas, é mero espectador na revolução tecnológica que hoje puxa o crescimento econômico. Resultado de políticas equivocadas, como a reserva de mercado de informática – que enriqueceu alguns, mas que assegurou que os brasileiros tivessem acesso limitado a equipamentos de baixa qualidade e a preços exorbitantes –, de uma iniciativa privada contente em receber benefícios e proteção do governo federal e de uma estrutura educacional inflexível e ineficiente, o setor de tecnologia é hoje completamente dominado pelas subsidiárias de multinacionais estrangeiras.

         Transformar o Brasil em um país próspero, com oportunidades para os seus cidadãos, é um desafio enorme que irá requerer décadas de trabalho de toda a nação. As prioridades são claras: para construir uma economia moderna, competitiva e aberta ao mundo, precisamos estabelecer um governo ágil, eficiente e tecnicamente competente. O país necessita dar prioridade à educação, à saúde, à infraestrutura e à segurança pública, mantendo, ao mesmo tempo, uma sociedade democrática, fundada no respeito aos direitos humanos e na liberdade de expressão. O desafio é enorme, e a situação política é desalentadora. A fragmentação das forças políticas torna impossível a formulação e implementação de um programa consistente de ação econômica. A corrupção sempre presente torna o problema ainda maior.

         A eleição do próximo ano oferece uma oportunidade única para mudar os rumos do país. Os augúrios, entretanto, não são nada bons. As manobras eleitorais se aceleram, com cargos e privilégios no topo da pauta; nenhum dos candidatos, entretanto, parece se preocupar em definir um programa de governo com uma visão clara para o país, necessário para fazer uma boa gestão. O Brasil não pode passar em branco mais uma vez. As consequências seriam trágicas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 346,12% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 129,64%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA TELEMEDICINA E NOVAS TECNOLOGIAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER DO FUNDEB NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Telemedicina prevê oportunidades para área de saúde

        Embora a telemedicina tenha sido muito bem aproveitada durante a pandemia, ainda não se tem um consenso para uso. Em abril de 2020, o Congresso Nacional publicou a Lei 13.989/2020, autorizando a telemedicina emergencial, permitindo o atendimento virtual, mesmo sem qualquer possibilidade de exame físico. O objetivo principal foi proporcionar maior segurança jurídica aos pacientes e médicos. O processo chegou para melhorar a qualidade dos atendimentos médicos e pode ser definido como práticas médicas realizadas.

         A telemedicina já se tornou uma realidade, e o que precisa ser feito é garantir um uso da melhor forma possível, pois são vários benefícios. As vantagens incluem redução nos custos com deslocamentos, aumento da eficiência do diagnóstico para facilitar a comunicação entre profissionais da saúde e pacientes. O atendimento também se torna mais integrado e, isso promove diversas oportunidades para o futuro, devido à garantia de segurança assegurada pela lei.

         O cuidado com a saúde a distância usa tecnologias para troca de informações com plataformas online, unidades de saúde, clínicas e hospitais que já utilizam a telemedicina, há um bom tempo. O processo é uma maneira moderna de melhorar o acesso das pessoas à saúde e chegou para reverter algumas adversidades no sistema de saúde em geral.

         Contudo, cabe ao médico avaliar a possibilidade do atendimento remoto. Na reumatologia, por exemplo, é muito importante o exame físico para auxiliar no diagnóstico e no entendimento do histórico do paciente.

         Nesse caso, o atendimento remoto ou online deve ser aplicado para uma orientação adicional ou, então, em uma situação de retorno em que o paciente iria apresentar os exames realizados.

         A prática médica deve ser mantida com integridade, respeitando as necessidades individuais de cada paciente, respeitando as medidas de segurança indicadas para cada momento. Uma das mudanças que a pandemia demonstrou foi que a telemedicina se tornou um instrumento real, moderno e efetivo para maior acesso à saúde.

         Assim como as práticas médicas de marketing e publicidade, a ferramenta deve apresentar algumas normas e exigências para que a telemedicina seja aplicada de forma segura.

         Em algumas áreas, como a reumatologia, a ferramenta não é possível, mas, em outras, em momentos específicos, acaba sendo mundo útil, sendo que diversos pontos ainda são polêmicos, como a obrigatoriedade ou não de uma primeira consulta, permitindo o exame físico. Existem especialidades com maior facilidade para o atendimento remoto, e outras, como a reumatologia, que podem exigir mais de um atendimento presencial.

         O mais importante é a avaliação criteriosa de médico e paciente para chegar ao melhor modelo de assistência caso a caso.”.

(Mariana Peixoto. Presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 6 de dezembro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de

Maria Helena Guimarães de Castro,

Rafael Lucchesi e Rossieli Soares

Embaixadora do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) no Brasil

Diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)

Secretário de Educação do estado de São Paulo

e que merece igualmente integral transcrição:

“Fundeb é oportunidade de

  trabalho para os jovens

A reforma do ensino médio é importante avanço no marco regulatório da educação nacional. A nova legislação alinha-se às boas práticas educacionais de países desenvolvidos ao incluir a formação técnico-profissional como um dos cinco itinerários de aprofundamento dos estudos pelos alunos. Com isso, busca atender às necessidades de jovens  que hoje concluem essa etapa sem que a escola lhes dê uma identidade social por meio de uma profissão.

         Outro fator é a possibilidade de se corrigir a grave distorção na matriz educacional brasileira. Nos países-membros que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cerca de 48% dos jovens matriculados no ensino médio fazem educação profissional. No Brasil, esse percentual não chega a 10%.

         O novo modelo impõe, no entanto, mais um desafio, que é oferecer o itinerário de formação técnico-profissional com qualidade. É preciso ofertar trajetórias de profissionalização robustas, capazes de responder aos desafios de um mercado impactado por um conjunto de novas tecnologias. Uma inserção qualificada dos jovens no mundo produtivo evita a precarização do trabalho juvenil e torna a escola agente efetivo de transformação na vida dos estudantes.

         A educação profissional, porém, é uma modalidade de ensino que exige investimentos constantes e mais elevados. O setor industrial, por exemplo, com o advento das novas tecnologias da indústria 4.0, intensifica a demanda por capacitação periódica dos docentes, atualização permanente dos laboratórios, maquinários e ambientes educacionais.

         Por outro lado, uma educação profissional benfeita trará impactos positivos na inserção dos jovens no mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos de idade alcançou 27,1% no primeiro trimestre de 2020, superando muito a média geral de 12,2% de desemprego no mesmo período.

         A dificuldade de inserção dos jovens no mercado de trabalho é precedida pela falta de uma qualificação profissional adequada que os tornem aptos a acessar o mundo produtivo.

         Pensar trajetórias de profissionalização robustas, capazes de responder aos desafios de um mercado de trabalho impactado por um conjunto de novas tecnologias que vêm transformando os processos de produção de bens e serviços, e exigindo, cada vez mais, trabalhadores mais qualificados, obriga-nos a refletir sobre uma formação técnica e profissional capaz de responder a esse desafio.

         A regulamentação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), projeto de lei 4.372/2020, tem buscado avançar nesse sentido. Esse é um passo para a garantia do direito à educação com qualidade e equidade. O texto prevê a ampliação dos recursos destinados à formação técnico-profissional e a possibilidade de realização de parcerias com instituições sem fins lucrativos – especializadas em educação profissional junto às redes públicas – para a oferta do quinto itinerário do novo ensino médio.

         Não se deve desprezar a enorme contribuição que as instituições especializadas em educação profissional e tecnológica podem dar às escolas públicas. Além de garantir qualidade a uma maior abrangência das ofertas educacionais, esse apoio permite a redução do investimento na infraestrutura necessária ao desenvolvimento de competências que atendam à diversidade de expectativas do mercado na profissionalização dos estudantes.

         As parcerias, portanto, são mais do que bem-vindas em um país que precisa crescer. Pensar o desenvolvimento social e econômico do Brasil compreende, antes de tudo, garantir uma educação de qualidade, inovando nas estratégias para alcançar seus reais objetivos. Nessa perspectiva, os encaminhamentos que estão sendo dados ao Fundeb vêm ao encontro dos anseios de um país que precisa articular suas potencialidades e unir esforços para crescer justo, pleno e inclusivo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 343,55% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,82%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DAS ESTAÇÕES DA VIDA ILUMINANDO A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A FONTE PERENE DO NATAL DO MENINO-DEUS PARA A NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Como as estações

        Pensando na instabilidade das estações do ano, comecei a perceber algumas semelhanças com o nosso jeito de ser e de viver. Se pararmos para observar bem, vamos nos descobrir primavera, outono, inverno e verão a cada dia, a cada atitude, a cada momento. Como a instabilidade das estações do ano, vamos atropelando e amando nosso semelhante com tanta naturalidade que nem percebemos quando é que machucamos ou “curamos” alguém com nosso ódio/amor, fel e mel que escorrem de nossas palavras – palavras que nem sempre saem do coração, mas de uma razão cega e insensível.

         É... e como na modernidade tudo tem nome, poderíamos dizer que somos, todos nós, portadores do famoso distúrbio de personalidade bipolar. Ah, mas aí eu estaria sendo muito cruel, prefiro deixar a psicologia moderna de lado e recorrer à natureza. Se é tão ruim ser e viver a instabilidade emocional, que seja então inspirados na natureza!

         Descobri que somos estações, e não bipolares, primeiro me olhando muito no espelho, depois observando atentamente as atitudes das pessoas que convivem comigo. Meu Deus, quantas vezes somos tempestades, ventanias, trovoadas, furacões, tornados, sem necessidade alguma. Horas depois, somos flores, brisa, sol, luz e calor para aquecer e acolher a quem, minutos atrás, afogamos e destruímos com nossos raios e trovões.

         Rotação e translação, lembram? É, giramos em volta de nossas certezas, medos e coragens e nos fazemos primavera, outono, verão e inverno em minutos.

         Não pretendo ensinar nada a ninguém, até mesmo porque se eu soubesse como fazer para não agir com tanta instabilidade, eu seria bem melhor do que sou. Mas desejo muito que todos nós pensemos um pouco em nossos momentos estações.

         Quanto será que custa tirar do outono apenas o cheirinho bom das frutas amadurecendo nos pés e deixar a secura do tempo de lado? Pensarmos em folhas que caem porque precisam dar lugar para que outras nasçam e não ver apenas folhas secas atrapalhando nossas passagens.

         Será que é muito difícil ver no verão apenas a alegria, calor, toda luz e energia? Tirar apenas o que é bom para sermos o outro, sem ser trovoadas e insolações?

         E por que não ser acolhida e aconchego, em vez de ser frio e distância? Tirar do inverno o exemplo dos ipês que florescem apesar da estação, não nos guardarmos no frio triste de nossas omissões de amor ao próximo.

         E, na primavera, ver brotar da terra flores e deixar brotar de nossos corações lições de paz, amor e solidariedade.

         Podemos ser e somos estações. O que precisamos é aprender a nos conhecer melhor para fazer dos nossos momentos de estações/instabilidades, momentos que não nos machuquem tanto, que não machuquem nosso semelhante, que não deixem marcas profundas e dores incuráveis causadas pelas palavras e atitudes que fazem de nós pessoas tão cruéis.

         Somos mutantes, nossos metamorfose, somos a loucura da instabilidade das estações que não obedecem mais ao calendário. Não há mais como negar que somos “muitos” dentro de um só, mas que Deus nos dê a sensibilidade e o discernimento de não nos fazermos “estações”, sem pelo menos pensar em nos colocarmos no lugar do outro que muitas vezes espera uma brisa leve e gostosa e acaba recebendo uma tempestade acompanhada de trovões e relâmpagos.

         Que toda instabilidade emocional seja perdoada, mas que ninguém jamais use-a como desculpa para pisar no outro como se pisam nas folhas secas que o outono deixa cair no chão.”.

(Jacqueline Caixeta. Educadora, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de dezembro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Nascer a cada dia

        Natal, para a maioria, é o dia de trocar presentes e se reunir com a família em volta de uma mesa farta. Alegria e confraternização. Dia da natalidade por excelência, nascimento do menino Jesus. Sim, do menino Jesus, não de Jesus Cristo. A condição crística da figura humana de Jesus será adquirida depois, mesmo sendo um predestinado desde o nascimento e até antes dele, como os Reis Magos reconheceram.

         Cristo, entidade divina, é Filho de Deus. Não teria sentido que um filho de Deus precisasse brincar de menino por mais de dez anos. A condição crística veio progressivamente tomando conta do Jesus que nasceu em Belém. Em etapas distintas, marcam-se essas transformações nos Evangelhos. Depois do nascimento, o segundo degrau rumo ao “Cristo” aparece e se manifesta discursando eruditamente com os sacerdotes no templo, e os pais se surpreendem ao encontrar “outro iluminado”, diferente do menino que criaram. O terceiro degrau, depois de um longo período de silêncio dos Evangelhos, se dá a partir do batismo no Jordão, aos 30 anos. Nessa ocasião, o Jesus “erudito” recebeu o “Cristo” em si e iniciou sua missão mais importante de divulgação da nova doutrina, que supera o “olho por olho” judaico.

         A explicação mais sublime e esotérica, no mundo ocidental, foi descrita por Rudolf Steiner, em seus quatro Evangelhos, seguidos do quinto Evangelho. Aquilo que descreve o que a entidade crística nunca parou de impulsionar.

         O dia 25 de dezembro foi assumido pela Igreja como o dia do nascimento de Jesus a partir do ano 353, em função de frustrar o caráter pagão da festa que ocorria a cada ano naquela data, comemorando o nascimento do deus Mitra, “dies natalis Solis” – dia do nascimento do deus Solar –, que acontecia ao fim de sete dias de festas dedicadas a Saturno, entre 17 e 24 de dezembro.

         Apesar de os relatos de Clemente Alexandrino, respeitado pesquisador católico da vida de Jesus – vivido no século II d.C. –, situarem o nascimento do Messias entre 19 de abril e 20 de maio, os líderes da Igreja sincretizaram a natividade de Mitra (deus solar romano, tanto quanto o Apolo grego) e, antes dele, Horus, filho de Osíris (pai-sol) e de Isis (mãe-lua).

         O conceito de “trindade” transcende a época cristã. Sob outras representações e aparências, a Tríade Divina perpassa todas as épocas e religiões, vindo de Atma (Pai), Buddhi (Filho), Manas (Espírito Santo), os três aspectos da unicidade divina.

         Cristo, Mitra, Apolo, Zoroastro, Horus, Krishna, Buddhi são figuras diferentes de um mesmo conceito de Segunda Pessoa da Trindade, de Filho dos princípios solar e lunar, equilíbrio de Ying e Yang, masculino e feminino, luz e escuridão.

         Os egípcios comemoravam Horus, filho de Isis (lua) e Osíris (sol), em 25 de dezembro. Suponho eu – depois de anos de observação e leituras – que o deus solar (Cristo) simbolicamente não poderia nascer em outra data a não ser no dia 25 de dezembro, 40 semanas após o equinócio de primavera, que se dá no dia 21 de março. As 40 semanas, ou 280 dias (= 7 dias x 40 semanas), são o prazo de gestão no ventre materno do óvulo fecundado, e em 25 de dezembro de cada ano, após 280 dias, nasceria quem é fecundado em 21 de março.

         Seja como for, estas são apenas deduções pessoais que divido com meus leitores augurando que o Natal, a natividade de 2021, seja também o nascimento de mais esperanças e o início de um ciclo melhor. E, para quem se sente desesperançado, deprimido ou triste, desejo que este o primeiro dia do que resta de uma nova vida. A cada nascer do sol, possamos virar uma página e iniciar um novo ciclo.

         Feliz Natal, com muita fé, paz e saúde.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 343,55% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,82%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.