terça-feira, 29 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DO EMPREENDEDORISMO FEMININO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, ALTRUÍSMO, SABEDORIA E HUMANISMO INTEGRAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Apoio ao empreendedorismo

  feminino é responsabilidade social

       As mulheres representam quase 50% da população mundial. No Brasil, elas já ultrapassaram essa margem. Segundo dados do Teste Nacional do Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é majoritariamente feminina: 51,7%. Com um impacto demográfico tão significativo, é natural que as mulheres também sejam destaque no empreendedorismo. Em nosso país são 30 milhões de mulheres que atuam diariamente em negócios próprios, são responsáveis pelo sustento do lar e estão à frente do mercado em busca de inovação, representatividade e igualdade.

         No sábado, 19 de novembro, foi celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino, uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, em uma iniciativa da ONU Mulheres, para dar voz às empreendedoras e também lutar contra a desigualdade salarial. Desde então, houve avanços significativos, mas ainda há muito a ser feito.

         O estudo “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, elaborado pelo Sebrae, revela que as mulheres donas de negócios têm renda inferior à dos homens. Para se ter ideia, 61% delas recebem até um salário mínimo; já entre eles esse índice é de 46%. Em relação aos empreendedores que faturam acima de cinco salários, os homens representam 8%, e as mulheres, 5%. Apesar da constante luta pela igualdade, o Fórum Econômico Mundial afirma que serão necessários 136 anos para que haja equiparação social e econômica entre homens e mulheres.

         Mesmo com tamanha disparidade, as mulheres empreendedoras destacam-se quanto à inovação. Um relatório da Fundação Getúlio Vargas nos mostra que elas são mais ágeis na implementação das novas tecnologias, e 11% disseram ter inovado em seus negócios durante os momentos críticos da pandemia. Somente 7% dos homens tiveram comportamento semelhante.

         Além da realização profissional, o empreendedorismo feminino impulsiona transformações sociais. O sucesso de uma mulher nos negócios abre caminho para outras, já que mulheres empregam mais mulheres.

         Ainda que as micro e pequenas empresas com gestão feminina tenham baixo índice de contratação, sempre que é aberta uma oportunidade, as líderes optam por contratar pessoa do gênero feminino. Além disso, sete em cada dez empreendedoras possuem sócias mulheres, como revela pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora.

         A rede de apoio e empregabilidade formada por mulheres é uma das ações mais eficazes para combater a violência doméstica, já que a dependência financeira da vítima em relação ao agressor é o principal motivo para que ela não rompa o ciclo de abuso físico e psicológico.

         Apoiar, fomentar e capacitar o empreendedorismo feminino é, acima de tudo, uma responsabilidade social que deve ser abraçada por investidores, entidades, poder público e sociedade. Somente a coletividade será capaz de transformar o mundo e dar às novas gerações de mulheres horizontes de prosperidade. Incentivar o empreendedorismo feminino hoje é pavimentar o caminho que será seguido pelas empreendedoras de amanhã.”.

(Marcelo de Souza e Silva. Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 25 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Atletas em combate

       O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, evoca a figura dos atletas que correm no estádio em busca de premiação. Lembra que todo atleta se submete a todo tipo de disciplinas para conquistar seu objetivo. Assim procedem aqueles que buscam uma coroa perecível, ou mesmo uma taça de caráter transitório, a exemplo do que ocorre na Copa do Mundo, que entrelaça corações e faz emergir emoções variadas. Paulo apóstolo evoca a condição do atleta para construir um entendimento sobre o percurso da fé, marcado por experiências que demandam esforços semelhantes àqueles assumidos pelos atletas, para que seja possível conquistar o prêmio. Nota-se, e sublinhe-se a gravidade de um fenômeno: muitos cristãos se envolvem mais com contextos sociais, políticos e culturais que com a própria fé. Assim, o empenho para viver a fé se enfraquece. As consequências são muito danosas, a exemplo da mistura indevida entre ideologia e religião, pela via de polarizações e disputas. Rifa-se o sentido místico e profético intrínseco à experiência da fé.

         A pedagogia paulina tem o propósito de cultivar nas mentes e corações que a vivência autêntica da espiritualidade requer esforço. Sem esse esforço, aqueles que professam a fé cristã tornam-se sal insípido ou luz escondida. E o mundo dá sinais do quanto precisa “correr” pelos caminhos da fé. Os cristãos são desafiados a ser atletas do amor de Deus. Corações sedentos sinalizam a necessidade de se conseguir percorrer um caminho que os leve a uma fonte se possa saciar a sede do amor de Deus, sustento e motivação para que todos possam avançar em suas trajetórias.

         Uma indispensável disciplina é buscar ouvir a Palavra de Deus, fecundando um humanismo integral, e, assim, superar todo tipo de partidarismo – fundamento das polarizações. Os cristãos, atletas em combate pelos valores e compromissos da fé em Jesus, estão, nestes tempos de tantas exigências e demandas, desafiados a fazer brilhar, com força do testemunho, a luminosidade dos ensinamentos de Deus. Devem irradiar esses ensinamentos com a própria vida. O grande esforço é a acolhida do chamado a uma conversão, admitida a importância de uma grande mudança na sua própria existência. O prêmio dos cristãos atletas é o amor revelado por Jesus, mestre e salvador. Amor que alavanca conquistas. Ora, sabe-se que a fé alicerçada no amor configura assertivos critérios para discernimentos e escolhas. Os corações precisam, pois, ser encharcados pelo amor, marcando a sociedade com o sabor do Evangelho.

         Em evidência está a importância insubstituível, por um esforço deliberado e permanente, do testemunho cristão, em todas as circunstâncias da vida. Crer em Jesus não é vivência a ser mantida na privacidade. Envolve uma dimensão pública, o testemunho da própria fé, que exige reavivar perenemente o desejo de estar inserido no seguimento do mestre Jesus, o crucificado ressuscitado. Assim, a fé autêntica se alimenta do desejo de estar com Ele, Cristo, aquele que age para que seus discípulos tenham coração aberto, instigado a sempre procurar os ensinamentos do Mestre. E no coração dos discípulos sempre despertam princípios ético-morais com força mística e profética, capazes de conduzir o mundo na direção do amor de Deus.

         No conjunto das disciplinas que desafiam os discípulos de Cristo, indispensável é investir no conhecimento da doutrina da fé, que introduz o ser humano na totalidade do mistério do amor de Deus. Importa, pois, uma busca sincera pela compreensão e vivência do amor que transforma e alicerça a fraternidade universal. A fé pode levar a uma profunda mudança pessoal e comunitária. Ela tem propriedades para capacitar a humanidade à vivência de uma profunda comunhão, despertando nos corações a coragem generosa que alicerça atitudes altruístas. A fé também pode se desdobrar em uma sabedoria capaz de configurar novo estilo de vida. Os cristãos, desafiados a ser atletas da fé, são convocados a semear o amor maior, traduzido em gestos concretos de fraternidade, dedicados especialmente aos pobres. Os “atletas da fé” têm o dever de se tornar operários de um novo tempo, combatendo o bom combate pela força do testemunho. A fé, ouro da vida, seja buscada a partir da grandeza de experiências e testemunhos genuínos, alicerçados na conduta cristã, aquela que partilha os valores do Evangelho de Jesus – força perene de transformações.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

   

terça-feira, 22 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS SOLUÇÕES LIMPAS, NEUTRALIDADE CARBÔNICA E EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA, FÉ, JUSTIÇA, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA E FRATERNIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Soluções limpas para o meio ambiente

       Escrevo estas palavras enquanto aguardo o embarque no aeroporto de Belo Horizonte, no voo que me levará com destino a Lisboa. Diante de mim, o pátio do aeroporto de Confins está repleto de aviões, e sucedem-se as decolagens e aterragens a um ritmo que impressiona. Sem dúvida que, nos dias de hoje, a circulação de bens, pessoas e mercadorias ocorre a uma velocidade verdadeiramente vertiginosa, impulsionando o incremento das transações comerciais e o crescimento econômico das nações.

         E é nessa realidade que, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico, temos assistido a uma profunda transformação no planeta Terra em geral. Hoje, temos consciência de que têm sido provocados graves (quiçá irreversíveis) danos ambientais, que poderão ameaçar a sustentabilidade futura do nosso planeta.

         É o momento de cada um, individualmente, e a sociedade, em geral, assumirem a responsabilidade de tornar o nosso planeta mais sustentável e ecologicamente mais correto para o bem-estar das gerações futuras. Em tudo aquilo que fizermos cotidianamente devemos colocar a questão: que consequências poderão advir para o ambiente?

         Sabemos que uma das principais questões que podem condicionar a sustentabilidade do planeta Terra está relacionada com a emissão de gases de efeito estufa. Vivemos momentos de profundas mudanças  nas nossas vidas e nosso cotidiano e sem dúvida que uma das maiores revoluções a que a humanidade irá assistir nas próximas décadas está ligada à neutralidade carbônica e à eliminação de emissões de gases com efeito estufa.

         Nós estamos empenhados em dar nossa contribuição nesse desígnio e não deixaremos de colocar todos os esforços que forem necessários para atingirmos esses objetivos. Temos consciência de que o nosso sucesso futuro estará intimamente relacionado com as nossas ações e medidas que a nossa organização adotar para melhorar o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta Terra.

         Também na engenharia geotécnica e na engenharia de fundações será necessário seguir esse caminho: buscarmos soluções mais limpas e menos evasivas, que minimizem o impacto no meio onde forem executados os projetos e obras.

         Um exemplo é o desenvolvimento de projetos de fundações com recurso a estacas helicoidais. É uma solução de fundações de fácil e rápida execução, com um largo espectro de aplicações, cuja principal vantagem é sem dúvida o fato de dispensar o uso de produtos como betão (concreto) ou cimento, e, portanto, com uma menor pegada de carbono.

         Como diz Ailton Krenak Krenak: “Os humanos se distanciaram da Terra, como um filho que tem vergonha da mãe”. Não tenhamos vergonha de a amar.”.

(Nelson Beiró. Administrador global da Geocontrole, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 18 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Entrar pela porta da fé

       Entrar pela porta da fé é uma indicação preciosa, particularmente para os cristãos, pois, no Brasil, são urgentes os funcionamentos e as soluções coerentes com os ensinamentos de Jesus Cristo Cristo. Aqueles que seguem Jesus são desafiados a não agir na contramão do Evangelho do Mestre. Os cristãos sabem, pois assim ensina a sua mística bimilenar, não existir aqui uma cidade permanente, definitiva. Essa transitoriedade não desobriga os cristãos de uma tarefa inegociável: fecundar o caminho com o sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Mas o que se verifica é justamente o abandono de horizontes indicados pelo Evangelho, carta magna dos cristãos. O desafio é recuperar as raízes e as experiências que se alicerçam na fé para corrigir descompassos e fazer vigorar o bem comum, com a efetiva e urgente superação das muitas violências. Sublinhe-se que o contexto político, particularmente o campo político-partidário, está deturpando o sentido da vida cristã, selecionando alguns valores a serem defendidos, enquanto desconsidera muitos outros princípios do Evangelho igualmente importantes.

         A cidadania emoldurada pela vida cristã deve ser promotora de entendimentos, costurando diferenças, compreendendo-as como riquezas, para superar todo tipo de intolerância. Os cristãos sabem, por sua fé marcada pelo martírio, humanamente avaliado como fracasso, que sua vitória percorre outros caminhos. Seus ganhos não são meramente políticos. Vão além de limites humanos, para superar ódios, promover reconciliações e encontrar efetivos caminhos para a paz – dom de Deus. Mas contata-se o preocupante recrudescimento da intolerância religiosa, não raramente camuflada de intolerância política. Urgente é a lucidez para compreender que não serão alcançados avanços na sociedade brasileira por meio de imposições, rupturas de princípios ou confusões ideológicas que inviabilizem o diálogo, tornando impraticável a convivência humana.

         A força cristã, em articulação com outros segmentos da sociedade, precisa ser efetiva contribuição que leve a mudanças necessárias, com celeridade. Para contribuir com essas mudanças, o entendimento político do cidadão deve ser refinado pelos fundamentos da fé em Jesus, sem distorcê-los para justificar o injustificável. A fé autêntica e fecunda traz como exigência a defesa da vida em todas as suas etapas – da concepção até a morte natural. E a “porta” da fé é a “entrada” dos cristãos. Ela é mais importante que o caminho de partidos políticos, de suas opções e ideologias. Mais importante também que as afinidades e empatias pessoais. Da fé cristã, não de pode perder as suas propriedades de universalidade, fraternidade e respeito. Dizer-se cristão, ignorando a porta da fé, sua única entrada na consideração do conjunto da vida, é correr o risco de ações abomináveis.

         A porta da fé está aberta na medida em que o cristão se deixa plasmar pela força da Palavra de Des, em uma escuta amorosa e fiel de Jesus, jamais, e por nenhuma razão, substituindo-o por outras pessoas e por outras razões. Os cristãos, ao ingressarem nas diferentes dinâmicas sociais, o fazem pela porta da fé: um caminho cujas razões vêm do amor de Deus – desdobrado, ainda que em situações de embate, no amor ao próximo. A atitude de entrar pela porta da fé inclui o respeito a direitos e à justiça, sem polarizações, sem a adoção de mecanismos irracionais, desdobrados em hostilizações e desrespeitos. Os cidadãos cristãos são convocados, neste momento, a descobrir o caminho da fé para que a pessoa de Jesus Cristo, efetivamente, projete uma luz amorosa nas mentes, configurando cidadanias qualificadas e civilizadas.

         É um risco quando os cristãos se preocupam mais com as consequências sociais, políticas, econômicas e culturais da fé do que com a própria fé, substituída por outras opções e configurações. Consequentemente, o cidadão pode se tornar muito político e pouco cristão, buscando envolver-se apenas em disputas ideológicas. Compreende-se a razão de o tecido social e político estar tão corroído, sem receber as ricas contribuições que a fé cristã pode oferecer, de modo único e qualificado, para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. A fé cristã, pelo testemunho lúcido e profético dos cristãos, está desafiada a contribuir mais efetivamente por um mundo melhor, a partir de seus princípios, incidindo sobre o entendimento político cidadão. Há o risco de se ser sal insípido e inodoro, uma luz que não ilumina. É hora, urgente, de cristãos atravessarem a porta da fé para qualificar a sua cidadania e, com amor, contribuir sempre mais com a sociedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

          

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DO ESG, QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO ORGANIZACIONAL E INTEGRIDADE LABORAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA FECUNDIDADE EUCARÍSTICA, DIGNIDADE HUMANA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“ESG: trabalhador no centro das atenções

       O mercado de capitais estabeleceu um termo para determinados ativos que simplesmente se popularizou mundo afora. O cuidado das empresas com a governança agora vem condensado nos conceitos do ESG (sigla em inglês de Environmental, Social and Governance, ou, na tradução, Ambiental, Social e Governança). Grandes empresas que investem pesado em ações que proporcionam impactos positivos nesses setores acabam oferecendo aos investidores mais segurança institucional, diminuindo a exposição das empresas a grandes riscos.

         Em certo grau, a lógica é simples: uma instituição que joga para debaixo do tapete as consequências de seus agentes poluentes, por exemplo, pode se sujeitar a sanções governamentais, como aplicações de multas, que colocam em xeque a imagem e, por conseguinte, a saúde financeira da companhia. Do mesmo modo, o desprezo aos impactos ambientais gerados na comunidade localizada no seu entorno vem sendo visto como uma prática de gestão irresponsável e nefasta, que evidencia o foco no lucro acima de qualquer princípio ecológico.

         É esse tipo de mentalidade administrativa que o ESG gradativamente vem derrubando. Os resultados são nítidos. As corporações que promovem boas práticas na esfera social, a partir do cultivo e da implementação de valores ambientais efetivamente transformadores, angariam um “valuation” junto ao próprio mercado que nascem no seu senso de sustentabilidade.

         Mas a sustentabilidade é muito além da preocupação com o meio ambiente. O ESG também colocando no centro das inovações a forma como a saúde do trabalhador é essencial não apenas para ele, como também para a reputação da empresa e para a comunidade afetada diretamente por sua atividade. Por isso, o ESG tem levado as instituições a combater com maior veemência os riscos de acidentes, implementando um Gerenciamento de Riscos Operacionais (GRO), bem como Estudos de Análise de Riscos (EAR).

         Essas etapas são determinantes para se estabelecer um Plano de Ação em Emergência (PAE), que cumpra com protocolos importantes, como o Laudo de Insalubridade e Periculosidade (LIP). Essa sopa de letrinhas faz parte do processo, que realmente é complexo, mas todas são componentes de políticas de gestão de riscos que ganham ainda mais peso quando ocorre num ambiente gerenciado pelos princípios do ESG.

         A sociedade global hoje tem olhos de lince quando se trata do comportamento das empresas. Vale lembrar que estamos numa era em que as pessoas não querem mais consumir produtos, mas vivenciar experiências positivas com as marcas. Isso implica também saber o que elas fazem, quais são seus valores e o que promovem, antes de tomar a decisão se vale ou não a pena vestir sua camisa. O respeito à saúde de seus colaboradores também passa por essa decisão.”.

(Richart Regner. Advogado do escritório BLJ Direito e Negócios, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 11 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“A luz de um congresso

       Congressos compõem a engenharia do conhecimento, a oportunidade da troca de experiências com possibilidades de inovações nos serviços e nas soluções que abrem caminhos. Podem ajudar, assim, instituições no cumprimento de sua missão. Por isso mesmo, a Igreja também promove congressos, de muitos modos, com variados alcances, a partir de suas muitas instituições, particularmente aquelas nos campos educativo e científico. Desde o dia 11 de novembro até o próximo dia 15, a Igreja Católica, no Brasil, sob o patrocínio mais direto da Arquidiocese de Olinda e Recife, Pernambuco, com envolvimentos significativos e de diferentes alcances, realiza o 18º Congresso Eucarístico Nacional. Uma tradição que remonta ao ano de 1933, quando aconteceu a primeira edição, em São Salvador da Bahia. O segundo Congresso, já em 1936, foi acolhido em Belo Horizonte, seguido de outras importantes edições, em diferentes regiões do Brasil. Cada encontro, configurado por densa programação espiritual, artística, cultural, precedido de longo tempo de preparação, oferece oportunidade para revisitar o centro e o ápice da vida cristão católica, explicitação de incontestável verdade da fé: a Igreja nasce e vive da Eucaristia. Verdade intocável, que reconhece a centralidade do sacrifício redentor de Cristo, Senhor e Salvador, alicerce da identidade e missão da Igreja.

         Assim, cada edição do Congresso Eucarístico é oportunidade de novos encontros que revitalizam e fecundam a missão da Igreja, a partir de sua tradição bimilenar. Ao revisitar suas fontes, a Igreja contribui para fazer emergir aquilo que é novo e inovador, particularmente, no tecido experiencial e espiritual dos participantes de cada Congresso, de suas comunidades de fé, revigorando a missão de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Fundamental é compreender, celebrar e vivenciar, sempre e cada vez mais, a Eucaristia – realidade salvífica da doação que Jesus faz de si mesmo, revelando o amor infinito de Deus por homens e mulheres, seus filhos e filhas. A entrega de Cristo na cruz, sua morte e ressureição, devem se desdobrar, com fortes incidências no compromisso de cada pessoa com a fraternidade.

         A Eucaristia – celebrada e professada – se alicerça no amor ininterrupto de Jesus, que constitui parâmetros para a vida do mundo, a organização da sociedade, a partir de gestos concretos de fraternidade universal, capazes de consolidar um mundo de mais justiça e paz. Contracena no Congresso Eucarístico Nacional o mesmo enlevo que deve ter se apoderado do coração dos discípulos nos primórdios da Igreja, há mais de dois mil anos: o compromisso com uma vida mais fraterna. Assim, o horizonte do Congresso Eucarístico Nacional no Recife está emoldurado pelo tema “Pão em todas as mesas”. A vivência do mistério da Eucaristia, com autenticidade, impulsiona na direção corajosa e profética de lutar para que haja pão em todas as mesas. Meta concreta e muito pertinente quando se considera o grave momento atual da sociedade brasileira, com milhões de pessoas submetidas à fome ou à insegurança alimentar.

         O enlevo eucarístico, indispensável e insubstituível, incomparável a qualquer outra experiência humana e espiritual, é caminho para efetivar verdadeiro e duradouro sentido de solidariedade, que conduz o mundo em direção ao amor fraterno. A Eucaristia, pois, na beleza do seu ritual, é a experiência de um encontro transformador, que renova o coração humano, ao alimentá-lo com a verdade.

         A Igreja testemunha que na Eucaristia está o seu centro vital, a partir também da realização de um Congresso Eucarístico, para anunciar a todos que Deus é amor. Cada dia, sempre e de novo, a Igreja se alimenta de Cristo, anunciando que o Mestre se fez alimento, de verdade, para todos, um dom de Deus. A fé da Igreja é essencialmente eucarística. E o mistério da Eucaristia tem profundas, corajosas posturas, alicerçadas na generosidade e na solidariedade. Corajosas posturas pedidas pela sociedade, para que seja garantido pão em todas as mesas, desafio das instâncias governamentais que exige, ainda, corajosa lucidez das instituições. A falta de pão a muitas pessoas revela a fragilidade da atual organização social. Expõe a necessidade de uma lógica espiritual capaz de mudar cenários, de resgatas a dignidade de cada ser humano.

         Em um momento delicado da sociedade, o Congresso Eucarístico Nacional pode contribuir para a abertura de um novo ciclo nos entendimentos sociais e políticos, pela iluminação de motivações que ultrapassam as estreitezas de certas discussões, para fazer valer lógicas enraizadas na espiritualidade eucarística. “Pão em todas as mesas”, tema do 18º Congresso Eucarístico Nacional, convoca cristãos católicos a caminharem de mãos dadas com as pessoas de boa vontade. Todos se iluminarem pelo mistério inigualável do amor de Deus. Assim, podem ser superados estreitamentos preconceituosos e prejudiciais, para a construção de um novo modo de se viver na casa comum, alicerçado no amor. A convocação “pão em todas as mesas” remeta a gestos fraternos e solidários, dando novo vigor missionário à Igreja, novo rumo à sociedade brasileira, pela força do amor de Deus.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.