sexta-feira, 28 de maio de 2010

A CIDADANIA, A QUALIDADE E A RASTREABILIDADE COLABORATIVA


“[...] ENTRE DOIS MUNDOS

Vivemos no limiar desses dois mundos, o “da sombra e água fresca” e o do “prá frente Brasil”. Dos dois mundos, o primeiro é mais cômodo, o segundo mais extenuante, nos perguntamos se não seria uma boa opção manter-se entre os dois extremos. Por outro lado, não precisaríamos abrir mão de nossa complacência – ao menos não por inteiro – ou daquilo que nos favorece climaticamente. Podemos até oferecê-la aos estrangeiros, para que descansem em nossas praias e acompanhem – desajeitadamente – o nosso samba e carnaval. Isso não nos transformaria em país de produtividade superior, mas não precisamos necessariamente disso para continuar otimistas e felizes.

Por outro lado, não podemos abrir mão de um índice de produtividade para poder financiar a construção de nosso caminho para o crescimento. Daí, proponho que o país adote, como política de desenvolvimento, duas metas distintas, porém interligadas: uma que vise à exploração sistemática das áreas em que temos vantagens comparativas naturais, como o turismo, as extensões fenomenais das nossas terras agricultáveis e a amplitude de nossos mercados; a outra é assumirmos o papel de seguidores fiéis e próximos dos líderes industriais e de serviços do Primeiro Mundo em todos os setores de atividade em que o capital estrangeiro queira nos acompanhar e seja do nosso interesse especial. Existe uma técnica que, se bem explorada, dar-nos-ia todas as vantagens de “seguidores de vanguarda” de países desenvolvidos e nos custaria substancialmente menos do que os investimentos em inovações. Essa técnica – o chamado benchmarking – consiste na imitação sistemática (e melhoria também) de modelos de introdução de novidades adotadas por líderes em qualquer campo sujeito à melhoria, como o próprio marketing, a administração em geral, a informática e, sobretudo, a tecnologia. [...]”
(RAIMAR RICHERS, in MARKETING – uma visão brasileira. – São Paulo: Negócio Editora, 2000, páginas 11 e 12).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de maio de 2010, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de ALEX ECKSCHMIDT, Engenheiro agrônomo, coautor do livro Verde do Rastreamento e diretor da Paripassu, empresa de rastreabilidade corporativa, que merece INTEGRAL transcrição:

“Da colheita ao varejo

Quem não quer saber de onde vem o alimento que leva à mesa? Foi-se o tempo em que, ao gastar com alimentação, o consumidor desejava apenas qualidade ou preço competitivo. Hoje, as exigências vão além e englobam informações sobre o processo de produção, a composição,procedência, entre outras. Este é o papel da rastreabilidade, habilidade de traçar o percurso de determinado produto do início ao destino final.

Termo relativamente recente, a rastreabilidade é uma prática mais antiga do que se pode imaginar. Romanos e gregos já marcavam seus animais como forma de reconhecê-los. Séculos se passaram e a discussão acerca da prática se reacende de maneira espetacular, levando-se em conta modernas ferramentas e conceitos, relacionados, principalmente, aos anseios gerados por uma nova consciência global de consumo consciente, amadurecida pela produção industrial intensificada, avanços tecnológicos e acesso à informação. Entretanto, o rastreamento de alimentos de forma sistemática é mais recente. Data de 20 ou 30 anos, quando passou a ecoar globalmente o questionamento sobre a qualidade dos produtos, boas práticas, segurança alimentar, origem e preocupações ambientais.

Esse novo clamor mundial levou empresas dos mais diferentes setores, notadamente da área alimentícia, a se adaptarem ao novo paradigma. A nova onda usa o termo rastreabilidade colaborativa. Já não é suficiente entender melhor o processo produtivo. É preciso que cada segmento forneça informações relevantes para o seguinte, até o fechamento do ciclo. Ou seja, o consumidor quer entender o caminho percorrido desde a colheita até o varejo, assim como os processos a que foram submetidos.

A ampliação do comércio é um agente impulsionador da rastreabilidade colaborativa, já que os compradores são cada vez mais exigentes em relação aos acordos comerciais, não apenas no âmbito externo, mas cada vez mais nas relações nacionais. Nesse sentido, esses sistemas configuram-se como facilitadores dessa prática, eliminando barreiras para obtenção de certificações e assegurando segurança alimentar para o consumidor. Os exemplos são muitos, como as cadeias agrícolas, garantindo alimentos de acordo com a demanda específica de um segmento – orgânicos, por exemplo; e até os setores ambientais, como no caso da madeira certificada a partir do correto manejo de reflorestamento.

O ganho para todos é a identificação, com clareza e segurança, do trânsito do produto desde o plantio, passando pela extração, logística, entreposto e varejo. Isso permite, ainda, a adoção de selos de conformidade ambiental. O termo rastreabilidade colaborativa é novo no Brasil, mas já é amplamente conhecido e usado na União Europeia, que prima pela rastreabilidade de gêneros alimentícios, sendo o grupo de países mais à frente desta discussão.Os Estados Unidos e o Canadá também avançam nesse tema, até por uma motivação inesperada: o terrorismo. A diferença é que na América do Norte a responsabilidade do controle é mais da iniciativa privada do que do governo, diferentemente da União Europeia.

Motivos não faltam para o processo de rastreamento ser executado nas mais diferentes áreas produtivas. Os exemplos se sucedem. Podemos lembrar o surto da vaca louca na Europa no fim da década de 90 ou a venda de carne chinesa falsificada como brasileira em 2007. Casos como esses revelam que o controle sobre a produção de alimentos é essencial no modelo comercial de hoje, no qual a cadeia produtiva se tornou mais complexa, sendo difícil identificar muitas vezes seus sujeitos e atribuições.

Mesmo com todos os benefícios claros da rastreabilidade colaborativa, ainda há alguma resistência por parte de quem produz ou gera serviços. Alguns empreendedores entendem que a implantação do processo é onerosa. Além disso, exige muito tempo e modificações na metodologia do trabalho já existente, relegando a prática apenas a situações em que há obrigatoriedade prevista em lei. Torna-se urgente, portanto, lançar olhar diferente sobre essa questão. É hora de fazer as escolhas para o futuro. E as ferramentas estão aí.”

São, pois, páginas que nos acenam para outros novos DESAFIOS a serem enfrentados e, por isso mesmo, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A CIDADANIA E A BOLA DA VEZ


“Inclusão digital

O fenômeno denominado divisão ou exclusão digital tem sido tem sido estudado não só com vistas a permitir a coleta de dados e o cálculo de estatísticas a respeito do acesso e do perfil daqueles que acessam os recursos de tecnologia de informação e comunicação. O foco de alguns estudos, com o de Norris (2001), está na análise dos impactos dessa divisão nos aspectos sociais, econômicos e políticos. O fato que os motiva é a existência de grupos expressivos de pessoas, ao redor do mundo, sem nenhuma possibilidade de acesso aos recursos da tecnologia da informação e comunicação, que vão desde a Internet até outros meios, como o telefone ou a televisão. As preocupações aumentaram com a larga difusão do uso da Internet e da incorporação das suas facilidades no mundo dos negócios, da educação, das questões pessoais e das relações do cidadão com o governo.

Correntes mais otimistas (Norris, 2001) percebem o expressivo aumento da utilização dos recursos da tecnologia, da informação, em especial a Internet, como uma possibilidade de diminuição do espaço entre os que têm acesso e os que não têm. A própria evolução do uso poderia ser, segundo esses autores, a força capaz de reduzir tal diferença. Já outros defendem a tese de que a proliferação do uso da Internet tende a aumentar ainda mais o fosso que separa os que têm acesso dos que não têm. Para eles, a exclusão digital congela a condição de miséria, dificulta o desenvolvimento e torna-se fator de grande distanciamento em relação às sociedades ricas. Defendem a inclusão digital como política pública, “em que o Estado deve destinar a maior parte dos recursos, mas a formulação, a execução e a avaliação necessariamente devem envolver as comunidades locais, os movimentos sociais e as organização não-governamentais”. Empresas privadas e academia também têm um papel a cumprir.

Muito há para se fazer no Brasil em inclusão digital. Os desafios são imensos e o número da população digitalmente excluída ultrapassa os 100 milhões, quaisquer que sejam a estatística e a estimativa utilizadas, para uma população que não chega a 180 milhões. Acreditamos que a inclusão digital pode ser uma ponte sobre o abismo social que separa regiões e pessoas neste país. [...]”
(ALI CHAHIN – MARIA ALEXANDRA CUNHA – PETER T. KNIGHT – SOLON LEMOS PINTO, in e-gov.br: a próxima revolução brasileira: eficiência, qualidade e democracia: o governo eletrônico no Brasil e no mundo. – São Paulo: Prentice Hall, 2004, páginas 50 e 51).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Ex-ministro da Educação, doutor em direito, presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância, que merece INTEGRAL transcrição:


A notícia de que um em cada cinco novos alunos de graduação do país ingressa em cursos a distância já mostra a importância dessa modalidade para a evolução da educação brasileira. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 20% dos universitários brasileiros optam por obter ensinamentos via internet e pólos presenciais. Comprova assim, modalidade que, infelizmente, ainda sofre ressalvas de parte de alguns em nosso país.

Fato curioso, uma vez que a educação a distância é reconhecida desde o século 19. Na verdade, porém, somente nas últimas décadas a modalidade passou a fazer parte as atenções, evoluindo com o emprego de modernas tecnologias e conseguindo, por consequência, atingir um público cada vez maior. Mais do que isso, atualmente, não há como negar a importância do ensino a distância para o desenvolvimento social previsto na Constituição Federal. A versatilidade e a capacidade de inclusão do método são alguns dos principais pilares que garantem sua afirmação.

Além disso, a metodologia consegue,em um país como o Brasil, de proporções gigantes, contribuir para a desenvolvimento nacional, para redução das desigualdades sociais e regionais, bem como para a promoção do bem comum, sem preconceito de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Por isso, a educação a distância tem sido um marco na história da educação no Brasil e de muitos outros países. Prova disso foi o fato de que, nos últimos anos, várias instituições privadas adotaram-na, com sucesso. Somente em 2009, o número de matrículas cresceu 7%. Analisados esses e outros dados, faz-se lamentável a resistência – decrescente, mas resistente – que ainda há sobre o método por parte de uns poucos.

Uma vez, li numa frase sobre educação a distância que me chamou a atenção: “A mentalidade conservadora das pessoas é um entrave para o desenvolvimento do Brasil. A descriminalização do ensino a distância é um exemplo”. Tive que concordar. É inegável observar que a educação a distância tem um papel fundamental nos dias de hoje. A democratização o ensino está sendo possível, em grande parte, graças a ela. Estudo publicado pelo governo norte-americano concluiu que recursos de aprendizagem on-line – uma das ferramentas da educação a distância – constituem uma maneira mais eficiente de aprender do que a oferecida pelo ensino tradicional. Não estou dizendo que um determinado tipo de aprendizagem é melhor do que o outro. O que defendo é a eficácia do ensino a distância e o seu alcance. A educação a distância é a bola da vez. E veio para ficar e crescer. Tanto isso é verdade que o MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância (Seed), atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e das técnicas de educação a distância aos métodos didáticos-pedagógicos. Além disso, promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para introdução de novos conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras. Em vigor desde 2005 o Decreto 5.622, regulamenta todo o processo.”

São, portanto, esses imensos DESAFIOS que a EDUCAÇÃO modernamente nos impõe que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando essencialmente a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INV ESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, inserindo DEFINITIVAMENTE o PAÍS no FASCINANTE e BELO mundo da GLOBALIZAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENBILIDADE e da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A CIDADANIA E O IDEAL DE PAZ E DE CONCÓRDIA

“[...] Em outubro, teremos eleições para presidente da República, governadores, dois terços do Senado, deputados federais e estaduais. Tenho certeza de que os encastelados há longo tempo no poder enfrentarão uma nova realidade, que é a volta do interesse pela política dos homens de bem, cansados de tantos desmandos, da corrupção que tomou assento no poder e da impunidade. É que tudo isso começa agora a ser questionado e denunciado diariamente, principalmente pela internet, acessada a todo instante e a qualquer hora do dia ou da noite por grande parte da classe média brasileira.

Espero que em 2011 tenhamos uma nova realidade política brasileira, na qual a competência e a honestidade passem a ser as principais qualidades de todos os novos políticos; e que eles cumpram suas propostas e que estas venham a ser cobradas permanentemente pelos seus atentos e atuantes eleitores.”
(NICOLAU AMARAL, empresário da área de comunicação, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, sob o título de Internet e a política).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado também no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de junho de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Ideal de paz e de concórdia

O ideal de paz e de concórdia, a conciliação inteligente entre as exigências de um progresso que não pára e os imperativos de um passado que não morre porque representa patrimônio de gerações e tradições nacionais são o bastante para assegurar ao País ambiente de serenidade política, indispensável não só para o bom desempenho da atual campanha eleitoral, como também permitir a canalização das iniciativas para realizações de utilidade geral, longe de sobressaltos, das paixões partidárias, das questões estéreis que só perturbam e nada constroem e que só servem para interromper a ação governamental.

Os problemas de nossa organização política estão condicionados à evolução destas circunstâncias internas, que naturalmente serão resolvidas a seu tempo, num processo em que os princípios normativos da administração se conciliem com as exigências do progresso econômico e com os sentimentos de liberdade.

Além disso, com todas as nossas instituições, sem nenhuma intransigência, senão na defesa dos interesses nacionais, não cultivando também nenhum preconceito de mero formalismo político e procurando só interpretarem as aspirações legítimas do povo e da lei – a agitação prematura, as perturbações demagógicas e as ameaças à tranquilidade pública só servem para prejudicar o bom entendimento a que estão se propondo todas as correntes partidárias, nesta fase de composições políticas e de desfecho da campanha eleitoral. A prática continuada destes erros, o profissionalismo político, o abandono dos interesses da coletividade pelas conveniências pessoais dos homens responsáveis pelas coisas públicas só contribuem para tornar a Nação economicamente empobrecida, financeiramente desorganizada, politicamente dividida e socialmente inquieta.

Da mesma forma, orientar a opinião pública e sustar os excessos das paixões afim de que só a razão superior calma, séria e lúcida prevaleça na resolução de nossos problemas é mudar para rumos certos, recompor nossa economia enfim, para retornarmos aos caminhos largos e arejados do trabalho produtivo e da prosperidade.”

Assim, podemos compreender a força da visão e do ideal que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS com a COPA DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

A CIDADANIA E A FÉ NA POLÍTICA

“[...] Através da gênese do modelo democrático, em certo momento, o indivíduo é o centro da sociedade. As sociedades humanas constituem a justaposição de indivíduos e são feitas para os indivíduos, para permitir sua felicidade. Cada homem tem uma identidade, irredutível àquela que pertence aos outros, sendo que o direito deve reconhecê-la e protegê-la. A primazia do indivíduo completa-se pela idéia de que todos os membros da sociedade são iguais por essência. Essa igualdade, devido à natureza humana comum, é uma igualdade de direito ou de direitos, que deixa de lado a questão da igualdade de fato. Essa confiança aparece na compreensão de que a organização da sociedade é dominada pelo princípio da liberdade dos cidadãos. A liberdade é natural ao homem, nos termos do contrato social e da Declaração de 1789, que proclama: os homens nascem livres. Daí decorre uma série de manifestações concretas, cuja listagem forma os direitos do homem: liberdade política (direito de escolher os governantes, tornar-se ele próprio governante, participar nas decisões e controlar o exercício do poder); liberdades individuais (segurança, proteção contra a arbitrariedade em sua pessoa e seus bens); liberdade de ir e vir; liberdade de pensamento; liberdade de se reunir. [...]”
(JOSÉ ALFREDO DE OLIVEIRA BARACHO, in Teoria geral da cidadania: a plenitude da cidadania e as garantias constitucionais e processuais. – São Paulo: Saraiva, 1995, páginas 1 e 2).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM JOAQUIM MOL, Reitor da PUC Minas, bispo auxiliar de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Fé na política

A mobilização e clamor dos brasileiros em prol da Campanha Ficha Limpa, projeto de lei de iniciativa popular que inclui novas hipóteses de inelegibilidade que buscam proteger a probidade administrativa e a moralidade para o exercício do mandato eletivo, já se estabelece como importante marco na trajetória da ainda reticente cidadania brasileira. A proposta torna inelegíveis por oito anos políticos com condenação por um colegiado na Justiça em função de crimes dolosos.

Em milhares de municípios, as comunidades, por meio de suas igrejas, organizações, escolas, sindicatos e tantos outros organismos, se organizaram e coletaram assinaturas de centenas de milhares de eleitores que sonham com um país menos agredido pela corrupção e menos humilhado pela impunidade. Um grito pela correção em nosso difícil caminho de construção da democracia e da justiça social. Destaque para o exemplar envolvimento dos mineiros, que contribuíram com praticamente com um quarto das mais de 1,6 milhão de assinaturas. Em Minas Gerais, seguiram para a campanha quase 400 mil subscrições – fato que confirma a vocação democrática de nosso povo e a firme determinação na busca por busca por uma política alicerçada em valores e compromissos. Deve-se destacar também o protagonismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que, por meio da milhares de paróquias nas dioceses brasileiras, animou o povo católico, fazendo um chamado ao testemunho de que é preciso acreditar que, pela mobilização dos menos poderosos, pode-se fazer prevalecer o bem comum. A fé em uma política em que impere o tratamento responsável, honesto e, principalmente, ético da coisa pública.

O projeto Ficha Limpa resultou de uma caminhada que levou à entrega à Câmara dos Deputados da proposta subscrita por tantos brasileiros preocupados com a ética. Somam-s à esses cerca de 2 milhões de assinaturas coletadas eletronicamente pelo Movimento contra a Corrupção Eleitoral (MCCE). Mesmo assim, a proposta tem sido tema de fortes polêmicas e antagonismos de posições. Nenhum questionamento de natureza constitucional ou jurídica foi, no entanto, convincente a ponto de sequer pensar na inaplicabilidade da proposição.

O impedimento ao pleito daqueles interessados que já tenham sofrido condenação busca garantir que os cidadãos tenham, no processo eleitoral, alternativas, a priori, confiáveis, e que cesse, por extensão, a busca do mandato político, não como alcance da impunidade, mas a efetiva possibilidade de prestar serviços à sociedade. O político como aquele que serve ao público e não aquele que se serve desse. O projeto Ficha Limpa acaba de ser aprovado pelo Senado Federal. Os senadores, como os deputados federais, souberam ouvir o clamor desse povo tão já desrespeitado no campo da política, mas que, mesmo assim, permanece firme em sua fé de que é possível construir uma sociedade melhor e mais justa para todos. Só falta agora a sanção pelo presidente Lula. Que ela aconteça logo.”

São, pois, páginas e mais páginas de assinaturas de uma legião de cidadãos comprometidos com o ideal de transformação de nossa sociedade que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências da MODERNIDADE e um mundo da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

A CIDADANIA E O SENTIMENTO DE RESPONSABILIDADE

“Na luta pela cidadania

A sociedade brasileira, a opinião pública, a mídia, não há quem já não tenha me julgado. Há quem tenha me condenado, há quem me tenha absolvido. Escondi o erro, reconheci o erro, expiei minha culpa num enorme confessionário público, na primeira página de todos os jornais, em todas as emissoras de TV, de rádio. Manifestações de solidariedade chegam de todos os lados e me dão a certeza que a qualidade de quem me condena é infinitamente menor daqueles que me absolvem. Mas, nem santo nem mártir, quero viver. Quero continuar a minha cidadania. Quero continuar a luta pela vida e pela cidadania de todos.

[...] Estou de pé, vivo, e sou um cidadão em luta pela cidadania de todos os milhares de excluídos que este país já foi capaz de produzir.”
(HERBERT DE SOUZA, 58, sociólogo, é secretário-executivo do IBASE (Instituto Brasileiro de Análises e Econômicas e articulador nacional da Ação da Cidadania Contra a Miséria e pela Vida, em artigo publicado no Jornal FOLHA DE SÃO PAULO, edição de 18 de abril de 1994, Caderno OPINIÃO, página 1-3).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de julho de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:


O Brasil há de sempre considerar como ideal político a verdadeira democracia, que velando pelo bem comum e coordenando as livres iniciativas para a sua realização, respeita e consagra a autonomia do indivíduo na escolha de sua vocação e na conquista de seu destino pessoal.

Ao contato com a realidade brasileira, as grandes questões da nacionalidade afinam e confluem para um só alvo: as aspirações de todos para o bem comum, cuja vigilância constitui norma inflexível da consciência nacional. A interdependência dos homens e o desenvolvimento da técnica moderna tornaram pouco a pouco mais poderosa a corrente que arrasta o indivíduo para uma integração cada vez maior na sociedade. O problema da democracia neste sentido está em procurar a altura a que poderá chegar esta corrente, para evitar que invada os domínios da liberdade. É uma tarefa de vigilância e aperfeiçoamento incessante.

Sem alcançar o ponto perfeito ideal, mesmo assim, poderemos realizar o regime, que fazendo da técnica o servidor, proporcione uma progressão mais eficiente de bens e promova segurança social para todos. Um regime de controle em que a liberdade não seja empregada como simulação por organizações de opressão econômica. Um regime em que a personalidade humana é o fim e, portanto, garanta ao indivíduo os direitos sem os quais a sua liberdade é ilusória; um regime que se funde no sentimento no sentimento de responsabilidade do homem para com a sociedade e o Estado. Estas idéias não constituem um dado constante ou invariável: são atos, e como tais, sujeitos às contingências da atualidade, modelos que informam em dado momento o pensamento político e o sentimento público. Sendo tudo isto de fundo democrático, ninguém conseguirá subtrair a sua influência à modelagem de nossas instituições políticas.

Por outro lado, o problema fundamental que presentemente nos preocupa é o desfecho de nossa economia. O que até então assistíamos era o aumento do valor nominal dos salários e a diminuição dia-a-dia do seu valor aquisitivo, ante uma alta vertiginosa de preços. Esta desordem econômica vinha sendo um dado sensível ao homem do povo, cuja incontestável insignificância como fator de produção estava a refletir na capacidade econômica do País.

Não se vive, é verdade, sem pão, mas, não se vive exclusivamente dele. Neste momento político de escolhas e decisões eleitorais é na fé e no cultivo das faculdades superiores do homem, que criam, revigoram e desenvolvem nobres ideais que nos devemos consagrar, e que darão expressão elevada e condigna a estes atos substanciais de nossa existência.”

Eis, pois, páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas INESGOTÁVEIS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e ainda mais no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

A CIDADANIA, A CONSTITUIÇÃO E O CIDADÃO

A CIDADANIA, A CONSTITUIÇÃO E O CIDADÃO

“Os direitos do homem e paz (1982)


Quando alguém me pergunta quais são, na minha opinião, os problemas fundamentais do nosso tempo, não tenho qualquer hesitação em responder: o problema dos direitos do homem e o problema da paz. Fundamentais no sentido de que da solução do problema da paz depende a nossa própria sobrevivência, e a solução do problema dos direitos do homem é o único sinal certo de progresso civil.

Considero os dois problemas em conjunto porque estão estreitamente ligados. Um não pode ficar sem o outro. Com freqüência nos esquecemos disso, mas é bom manter isso em mente. [...]”
(NORBERTO BOBBIO, in Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos; organizado por Michelangelo Bovero; tradução Daniela Beccaccia Versiani. – Rio de Janeiro: Campus, 200, página 497).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria do Professor VASCONCELOS, Advogado, filósofo, autor do livro Democracia pura, que merece INTEGRAL transcrição:

“Constituição e o cidadão

Tendo surgido depois da mais longa ditadura militar vivida pelo país, a Constituição de 1988 e, na data de seu aniversário, festejada com carinho e respeito por todo o país. Pelo fato de conter avocações de princípios filosóficos de igualdade e liberdade, de apresenta à nação como a Constituição cidadã, tal como a nomeou Ulysses Guimarães. Todavia, podemos considerá-la legítima? Convém então saber o que é uma Constituição. Literalmente conceituada, trata-se de um conjunto de leis fundamentais de uma nação, em que se regra a formação e funcionamento do governo e dos poderes, realçando as garantias dos cidadãos. Em outras palavras: com a Constituição, as regras máximas determinam como os cidadãos possam se governar. Resumindo, é a regra de governo. Para que tenha uma regra dessa natureza, logicamente a nação deve aprová-la. Dessa maneira, cabe à nação por inteiro elaborar essa regra e dispor a todos os seus cidadãos igualmente a oportunidade de segui-la.

Os assuntos surgiram ao acaso. Comissões formadas e adequadas aos interesses políticos copiavam textos de Constituições de outros países. Ouviam-se demandas apenas de grupos ideológicos, ou religiosos, ou sindicais. O único não consultado foi o povo. Se concordasse ou não, pouco importava, não fazia a menor diferença. Outros países na mesma situação, como a Espanha, pelo menos colocaram em forma de plebiscito a Constituição para ser validada pelo povo, embora se valendo de um método irracional de aprovação popular. A brasileira não se deu nem ao trabalho de proceder da mesma maneira.

Para que houvesse legitimidade, a Constituição deveria encerrar máximas desejadas e aprovadas pelo povo, como prescreve a doutrina da democracia pura. Para tanto, haveria a necessidade de processar a participação efetiva do povo. Num caso como esse, os cidadãos não podem alienar os seus direitos políticos a políticos profissionais e desaparecer de cena deixando a eles fazer o que bem entender sobre algo que vai comandar o seu destino e fixar os parâmetros de todas as demais leis que surgirem posteriormente. O grupo político que a redigiu enfeitou a Lei Maior em seu começo com direitos figurativos aos cidadãos, copiadas de outras Constituições, como a portuguesa, mas, em seguida, procuraram criar meios em que favorecessem suas prerrogativas e continuidade nos poderes, anulando tudo de bonito nos textos iniciais. Como resultado, verificamos que os poderes permaneceram praticamente com os mesmos senhores. Os dispositivos criados na Constituição permitiram essa eternidade.

É a razão por que encontramos senadores e deputados ainda nos mesmos cargos desde 1988, em que começou a vigir essa Constituição. São os nossos conhecidos José Sarney, Michel Temer, Eduardo Suplicy, Mão Santa, Tião Vianna e outros. E, quando não são os próprios, são sucedidos por seus filhos e demais familiares, como Antônio Carlos Magalhães e outros. Não permaneceram por terem sido produtivos e éticos; pelo contrário, alguns de tornaram famosos por escândalos e corrupção, como Sarney e Renan Calheiros. Alongaram seus mandatos porque criaram dispositivos constitucionais que lhe permitiram esse privilégio.

O artigo 5º assegura aos cidadãos o ato judicial contra os abusos do poder (incisos 34 e 73), todavia adiante não garante o processamento da reivindicação popular e no Título 6 deixa o cidadão reclamante à mercê da vingança dos detentores dos poderes. Da mesma forma como se passa com a Constituição argentina. O jornal Clarín denunciou corrupção no governo e logo estavam mais de 200 fiscais do Imposto de Renda devassando a sua empresa. No Brasil, um jardineiro que informou sobre reuniões sinistras de ministros envolvidos com irregularidades em Brasília teve sua vida privada investigada a fim de o comprometer, terminando por sacrificá-lo no mercado de trabalho. E assim a nação é assustada diariamente com as propostas de elevação da remuneração dos parlamentares, de suas verbas de indenização, criação de um número interminável de vantagens diretas e indiretas, como os auxílios moradia, paletó, graxa de sapato e viagens nacionais e internacionais, aposentadorias milionárias e facilitadas.

O escândalo do mensalão foi gravíssimo, pois vários parlamentares recebiam propinas mensais com a venda de seus votos, cuja origem do dinheiro provinha indiretamente de partido político e do governo. Outro escândalo, o dos sanguessungas, também não resultou em nenhuma punição e devolução de dinheiro à nação. O povo está impedido pela Constituição de 1988 de processar e de punir os infratores parlamentares, o que evidencia a desigualdade na aplicação da justiça, contrariando o famoso e festivo artigo º.”

Em sintonia com os propósitos do nosso trabalho, transcrevemos abaixo o “famoso e festivo artigo 5°”, da nossa Constituição de 1988, a título pedagógico:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (EC nº 45/2004)
[...]
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) O direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) [...];
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
[...]

Eis, pois, páginas e reflexões que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUC ADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A CIDADANIA, A COPA DE 2014, A OLIMPÍADA DE 2016 E O PRÉ-SAL


“QUANDO TODOS GANHAM


O anúncio da descoberta do petróleo na camada do pré-sal foi motivo de festa. E depois de preocupação. Afinal, a riqueza para ser bem aproveitada, exige competência em todas as fases, da extração do óleo à distribuição da riqueza gerada. Há o momento da técnica, para o qual o país vem se preparando há anos e que hoje o credencia internacionalmente no que tange ao trabalho em águas profundas. Mas há o momento da política, entendida com arte voltada para o bem comum, a partir de um nível alto de debate transparente e democrático. Aqui, infelizmente, a expertise não parece alcançar o mesmo patamar.

A distribuição da riqueza que se pense grande. Mesmo os debates marcados pelos aspectos técnicos da ciência jurídica e da tradição constitucional brasileira precisam ser irrigados pela sensibilidade. Há várias discussões em andamento: a que coloca em cena o modelo de exploração e o papel do Estado e da iniciativa privada; a que aponta para a forma de repartição, que tem gerado forte reação na opinião pública e no Congresso; e até mesmo aquela destinada a avançar além dos benefícios da descoberta do petróleo, buscando trazer à tona o modelo energético mais viável para o país, hoje e no futuro.

A contribuição dos especialistas é importante para aclarar os termos desse debate que, em última instância, diz respeito à vida do cidadão. Por trás das disputas de estados e municípios está a questão mais importante: como fazer da riqueza do subsolo do país um degrau para a justiça social de toda a nação? É o objetivo deste caderno, buscar ideias para ajudar a instaurar um jogo em que todos ganhem.

Boa leitura”

(EDITORIAL do CADERNO PENSARBRASIL, publicado na edição do Jornal ESTADO DE MINAS de 8 de maio de 2010, página 2)

E, da mesma fonte, na página 11, em perfeita sintonia com o EDITORIAL, é extremamente RELEVANTE a transcrição de trecho do artigo de autoria de RONALDO TAMBERLINI PAGOTTO, que atua na Campanha O petróleo tem que ser nosso, que integra também a organização Consulta Popular (ronaldopagatto@yahoo.com.br, como segue:

“O PETRÓLEO E O BRASIL

[...] E o mais importante: que a renda volumosa seja destinada para a única dívida legítima do Estado brasileiro: a questão social. A apropriação direta da renda, combinada com seu destino social, em todo território nacional, traduzida nas seguintes ações: reforma agrária, investimento na agricultura familiar, eliminação do déficit habitacional e educacional, geração de trabalho, renda e saúde pública de qualidade. E, residualmente, distribuir participação entre os estados e municípios, orientados por critérios de IDH e densidade demográfica, para realização de programas sociais de redução das assimetrias regionais. [...]”

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem também de outro EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de10 de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 6, que merece INTEGRAL transcrição:

“O desafio de 2014


Há um ano, a Fifa – órgão máximo do futebol mundial – anunciou que Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador foram escolhidas para sediar a Copa do Mundo de 2014. Um evento desse porte significa hospedar 32 equipes e suas comitivas durante um mês e criar estrutura para a realização de 64 partidas, que serão transmitidas para todo o mundo, na maior atração midiática do planeta, sob os olhos de 3 bilhões de telespectadores que assistirão às transmissões, além do rádio, internet, jornais e revistas. Ainda no ano passado, o Rio de Janeiro foi eleito para receber a Olimpíada de 2016.


Estamos em maio de 2010 e a Fifa, a pouco mais de um mês para dar início à Copa do Mundo da África do Sul, acaba de demonstrar preocupação com o atraso nos cronogramas de obras nas cidades escolhidas para sediar o evento no Brasil daqui a quatro anos. Infraestrutura e segurança constituem elementos essenciais ao seu sucesso em nosso país. Começando pelos estádios, passando pela questão de hospedagem e desaguando na questão do transporte de massa (hoje chamada de mobilidade urbana), toda essa engrenagem terá de estar funcionando a pleno vapor antes do raiar de 2014, pois em 2013 haverá aqui a Copa das Confederações, uma espécie de aperitivo para o Mundial. O Brasil dará conta de tamanho desafio? Estudos preliminares apontam que a Copa demandará investimentos superiores a US$ 5 bilhões. Os valores para os Jogos Olímpicos são inferiores – e devem ser reduzidos por aqueles que serão gastos em 2014 –, mas também são relevantes. Os maiores gastos com infraestrutura nas cidades nas cidades em que ocorrerão as disputas implicam reforma e construção de estádios, vilas olímpicas, obras em rodovias, ampliação de metrôs, aeroportos, hospitais e sistemas de telecomunicações.

A realização da Copa e da Olimpíada e, pois, uma ótima oportunidade para antecipar e concentrar investimentos necessários para superar as carências crônicas das cidades-sede, com efeitos multiplicadores e perenes sobre a economia. Para que a aplicação de dinheiro seja, de fato, estruturante, é fundamental não repetir os problemas observados na realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007, quando os orçamentos iniciais foram superados pelos custos reais, havendo necessidade de socorro emergencial do estado para a conclusão das obras. E mais grave: passado o evento, as melhorias efetivas na infraestrutura prevista, para o entorno dos estádios e da cidade como um todo, não se registraram. Dias atrás, a Fifa soltou nota fixando para o dia 1º o prazo final para o início das obras nos estádios, sob pena de revisar o número de sedes de grupos, de 12 – pedido do presidente Lula – para oito. Certo é que o Brasil não pode perder a oportunidade de se valer desses dois eventos para se projetar de vez no cenário mundial, além, é claro, de implantar um parque de obras – nas áreas de transporte, saneamento, energia, telecomunicações e turismo – que será herdado pelas respectivas populações, para perene desfrute.”

Dentro de um rico leque de considerações a respeito dos três gigantescos EVENTOS, duas ASSERTIVAS às quais dedicamos uma ESPECIAL atenção: a) o cronograma da COPA DE 2014, de um prazo de CINCO anos, que DESTACAMOS na toada do MÊS a MÊS (já são passados ONZE meses e eis que recebemos ADVERTÊNCIA da FIFA; b) a necessidade de ABSOLUTA PARTILHA dos INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS – COPA DE 2014, OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, de tal forma que DELES sejam EFETIVAMENTE os BENEFICIÁRIOS diretos: TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

São, pois, páginas como essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL... e conquistemos DEFINITIVAMENTE a COPA DA CIDADANIA E DA QUALIDADE...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A CIDADANIA E A METADE DO CAMINHO

“2 – Pobreza e exclusão

[...] Como no passado, estes altos níveis de pobreza e exclusão são causados por combinação de heranças, condições e escolhas de natureza econômica, política e cultural. É ingênuo supor que a pobreza e a desigualdade poderiam ser eliminadas pela simples “vontade política”, ou pela redistribuição de recursos dos ricos para os pobres. Analistas que têm tratado do tema concordam que o maior correlato da desigualdade de renda no país são as diferenças em educação. Sem educação, é difícil conseguir emprego e, na ausência de uma população educada, poucos empregos de qualidade são criados. Com a escassez da educação, seu valor de mercado aumenta, e esta é uma das grandes causas da desigualdade de renda observada no país.

Entretanto, não é verdade que nada pode ser feito em relação à pobreza enquanto a situação educacional da população não se alterar de forma mais substancial. Mesmo com as limitações de recursos existentes, deve haver espaço para políticas mais efetivas, sem aumentos mais significativos de custos; segundo, os programas podem ser mais bem focalizados, atendendo prioritariamente aos mais necessitados; terceiro, discriminações sociais, quando existem, podem ser reduzidas ou eliminadas; quarto, deve haver espaço para políticas redistributivas, dentro de certos limites”.
(SIMON SCHWARTZMAN, in AS CAUSAS DA POBREZA. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, página 35).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2164 – ano 43 – nº 19, de 12 de maio de 2010, página 170, de autoria de J. R. GUZZO, que merece INTEGRAL transcrição:

“A metade do caminho

Está entre os maus hábitos permanentes do Brasil a ilusão de achar que é possível conviver, sem maiores prejuízos, com a combinação com a qual tem convivido até hoje – uma geleia geral que junta a incompetência da máquina pública na execução dos seus deveres, a indiferença de um eleitorado sem interesse, paciência ou informação para acompanhar o que os políticos fazem com o seu dinheiro e os vícios de um sistema político que está entre os piores do mundo. O sentimento da maioria é que não compensa esquentar a cabeça com esse vale de lágrimas, quando o dia a dia tem assuntos mais urgentes para o cidadão resolver. Mas o pouco-caso com a realidade, infelizmente, sempre cobra um preço alto. Não se trata de uma cobrança que vai ficar para o futuro, como frequentemente se imagina. O preço já está sendo pago há muito tempo, e tende a ficar cada vez mais alto. Basta ver tudo de o que o Brasil de hoje precisa com urgência, e não tem – e tudo o que tem de sobra, e de que não precisa.

Há um bocado de esperança, diante dos avanços reais que o país tem feito, de que, com perseverança, paciência e uma atitude mental afirmativa, dá para ir tocando as coisas; um dia, lá na frente, o grosso dos problemas estará resolvido. Existem fatos de sobra para demonstrar que o Brasil , neste momento, está muito melhor do que já foi em qualquer outra época do passado. Está melhor em questões essenciais, não em aparências, e está melhor de verdade, não porque quem diz isso é a propaganda boçal dos governos – até porque boa parte desse progresso não foi feita pelas autoridades constituídas, mas apesar delas. O problema é outro. Podemos ter crescimento de 6% ao ano, reservas de 250 bilhões de dólares e mais uma promoção no rating das agências internacionais que avaliam nossa capacidade de pagar dívidas. Podemos entregar, como acaba de ocorrer, 25 milhões de declarações de renda à Receita Federal. Podemos nos firmar como a sétima ou a oitava economia do mundo. Podemos ter e ser uma porção de coisas, mas vamos continuar sendo um país subdesenvolvido enquanto se mantiver essa situação em que tão pouca gente, na população brasileira, tem acesso real a uma vida efetivamente melhor.

Basta pensar durante cinco minutos sobre certas realidades para constatar o disparate que é considerar o Brasil atual um país bem-sucedido, quando 50% da população, por exemplo, não é servida por rede de esgotos – e, principalmente, quando uma calamidade desse tamanho é tratada com a maior naturalidade do mundo pelos outros 50%, em especial os que a obrigação de resolver o problema. O assunto, na verdade, é visto como uma tremenda chatice. Nem poderia mesmo ser diferente, quando se verifica que ainda não apareceu, em toda a história política do Brasil, um único homem público bem-sucedido que tenha elegido como prioridade em sua carreira a luta por instalação e tratamento de esgotos. Só um débil mental seria capaz de agir assim; pela sabedoria política em vigor, obra que se vê é obra que não existe. Estamos avançando, é claro. Em 510 anos já se conseguiu chegar à metade do caminho; um dia, se Deus quiser, todos estarão atendidos. Mas a única pergunta que interessa, nessa e em outras questões do mesmo tipo, é: quando? Para os quase 100 milhões de brasileiros que não têm esgoto, faz toda a diferença.

Não se trata de uma questão isolada. Recentemente, num artigo que escreveu para VEJA, o professor Gustavo Ioschpe observou que só 25% da população brasileira alfabetizada está em condições de entender um texto como aquele. Não lidava, ali, com nenhum ponto de trigonometria avançada; era apenas uma página de revista, escrita em português corrente e que deveria ser acessível a todos os que completaram os primeiros oito anos de escola. É uma excelente notícia para os políticos, a começar pelos que mandam no atual governo – vivem se gabando de que o “povão” não lê nada do que a imprensa escreve e, portanto, as críticas que recebem não têm efeito nenhum. Mas, para os 75% que não conseguem entender o artigo do professor Ioschpe, essa situação é um desastre. É para eles que estão reservados, no Brasil que cresce a 6% e tem “grau de investimento”, os empregos com trabalho mais pesado, os piores salários e, em vez de carreiras profissionais, ocupações sem futuro algum – isso quando conseguem emprego, num mercado em que competem em desvantagem cada vez maior.

Dá para ir levando assim, é claro. Mas, como informa o artigo que tão poucos brasileiros conseguem ler, não existe nenhum país desenvolvido no mundo com o abismo social do Brasil.”

Eis, pois, um sagrado DESAFIO: ERRADICAR o “abismo social do Brasil” para TORNÁ-LO um PAÍS DESENVOLVIDO. São estas contribuições que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE – DESENVOLVIDA – e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS com os eventos da COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A CIDADANIA COMBATE ROMBOS... ATÉ GIGANTES COMO O MARACANÃ

“[...] 4. Participação e cidadania

A cidadania supõe a construção de um grande espaço público. Isso significa que há a necessidade de a sociedade poder se informar e participar. Por isso, toda a vez que se discute cidadania, desemboca-se na questão da democracia. Na situação brasileira, a cidadania se identifica com a democracia. A publicização é vital na construção da cidadania. É necessário construir uma prática a partir do exercício democrático que não pode ser uma democracia clandestina. É preciso, realmente, espaço de decisão que ponha, face a face, os interesses opostos.”.
(PROFª ALDAÍZA SPOSATI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – SETEMBRO-OUTUBRO DE 1994, página s 4 e 5, sob o título CIDADANIA E POBREZA – DESAFIOS ATUAIS).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADA NIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de maio de 2010, Caderno SUPERESPORTES, página12, na coluna UM MOMENTO NA HISTÓRIA, de autoria de EUGÊNIO MOREIRA, que merece INTEGRAL transcrição:

“ROMBO GIGANTE
COMO O MARACANÃ

No momento em que o país se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014, com a construção e reforma de estádios e a discussão a respeito do uso de verbas públicas nessas obras, é interessante relembrar o caso da construção do Maracanã, para o Mundial de 1950, o primeiro no Brasil. Uma comissão de sindicância apurou o desvio de mais de Cr$ 100 milhões, mas não houve punição exemplar para os envolvidos.

O Estado de Minas publicou em 4 de maio de 1955 reportagem sobre o assunto, baseada no parecer do procurador do município do Rio de Janeiro, José Emídio de Oliveira. “Raramente se terá visto tamanha sequência de irregularidades no trato de interesses públicos, tantas providências anômalas, tantas arbitrariedades com repercussões desastrosas no erário”, citava a reportagem.

A comissão apontava graves irregularidades na Administração de Estádios Municipais (Adem), criada em 1947 para gerenciar o projeto. Com a transferência da capital federal para Brasília e a criação do Estado da Guanabara, a Adem passou a se chamar Administração dos Estádios Municipais do Estado da Guanabara (Adeg) e, em 1975, com a fusão da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, mudou novamente para Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj).

A construção do Maracanã foi muito criticada pelo vereador Carlos Lacerda, adversário político do prefeito do Rio, o general Ângelo Mendes de Morais, não só pelos gastos, mas também devido à localização, no terreno do Derby Club. Lacerda defendia que o estádio fosse construído em Jacarepaguá. O projeto arquitetônico vencedor da concorrência foi apresentado por Miguel Feldman, Waldir Ramos, Raphael Galvão, Oscar Valderato, Orlando Azevedo, Pedro Paulo Bernardes Bastos e Antônio Dias Carneiro.

O lançamento da pedra fundamental foi em 20 de janeiro de 1948, mas as obras só começaram em 2 de agosto. Trabalharam na construção cerca de 1.500 homens, número que subiu para 3.500 na reta final. Apesar de ter sido inaugurado em 1950, o Maracanã somente foi concluído em 1965.

De acordo com a comissão de sindicância, as irregularidades começaram na elaboração do projeto, pois não houve concurso, apesar das exigências legais. Outro problema foi a definição dos honorários dos arquitetos. Para fixação desses honorários, a Comissão Executiva da Adem estabeleceu em Cr$ 100 milhões o custo total da obra. Como esse valor foi majorado para Cr$ 300 milhões, os arquitetos notificaram a Prefeitura do Rio, pleiteando o pagamento do excedente, de Cr$ 3,5 milhões.

“Cumpre ressaltar que os projetos dos arquitetos foram apresentados com atraso, sem que lhes aplicasse as multas previstas. O crédito de Cr$ 5 milhões para as despesas com o concurso, execução do projeto classificado e instalação da autarquia (Adem) foi maltratado”, descrevia o parecer. “Na construção da estrutura de concreto armado, o limite máximo de remuneração não podia exceder a Cr$ 4,4 milhões, limite que não foi observado, pois o consórcio construtor apresentou faturas no montante de Cr$ 12.471.718,60.”

TRANSGRESSÃO A comissão de sindicância levantou que o custo real da estrutura de concreto armado foi de Cr$ 106 milhões. No entanto, na contabilidade apresentada pela Adem o valor foi de Cr$ 200 milhões – diferença de Cr$ 94 milhões. O preço máximo estabelecido no contrato era de Cr$ 68,5 milhões. “Nada justificava a transgressão do contrato, nem o aumento excessivo do custo, pois não houve escassez de tempo para a execução da obra, que deveria estar concluída em 300 dias úteis. O que não houve foi organização administrativa e técnica, assim como eficaz fiscalização”, relatava o parecer.

Irregularidade também na instalação de bares e restaurantes dentro do estádio e na concessão para os vendedores ambulantes. Os contratos foram assinados e o pagamento feito no valor de Cr$ 3,99 milhões. Entretanto, o dinheiro não entrou no caixa da Adem nem foi recolhido aos cofres da Prefeitura do Rio.”

São páginas como essas que nos mostram de modo CONTUNDENTE o quanto a CORRUPÇÃO vem SOLAPANDO os RECURSOS PÚBLICOS do País, reduzindo SIGNIFICATIVAMENTE a nossa capacidade de INVESTIMENTO seja em EDUCAÇÃO, SAÚDE, INFRAESTRUTURA URBANA, SANEAMENTO BÁSICO, SEGURANÇA PÚBLICA, MEIO AMBIENTE, ESPORTE, CULTURA, LAZER sejam na QUALIFICAÇÃO dos projetos através de consistentes POLÍTICA PÚBLICAS...

Como está na essência deste nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, elencamos os 3 MAIORES e mais DEVASTADORES e cruéis INIMIGOS do BRASIL que são: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO e seu irmão siamês o DESPERDÍCIO, este seja de natureza for.

Entretanto, nada faz diminuir a nossa MOTIVAÇÃO e, ainda mais, nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

A CIDADANIA, A ORAÇÃO E A POLÍTICA

“DA PROBREZA AO PODER
[...] O desenvolvimento diz respeito à transformação da vida e das expectativas dos habitantes de uma nação, uma ambição que vai muito além de simplesmente aumentar a renda monetária. Embora significativos avanços tenham sido observados nos últimos 60 anos, ainda há enormes e urgentes desafios a serem superados para se eliminar a injustiça, a desigualdade e sofrimentos desnecessários. O ponto de partida para esse esforço deve ser a garantia de que todas as pessoas possam exercer seus direitos básicos e tenham a habilidade necessária para exercê-los (capacidades). Pessoas afetadas pela pobreza devem tomar o criar poder para conduzir suas vidas e destinos. Para se desenvolverem, os países precisam de cidadãos escolarizados, informados e saudáveis e de um Estado que esteja disposto a prestar os serviços essenciais dos quais seu bem-estar depende e que seja capaz de fazê-lo. O Estado deve também tomar as medidas necessárias para garantir que a qualidade e a quantidade do crescimento econômico satisfaçam necessidades de desenvolvimento. [...]”
(DUNCAN GREEN, in DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 111).

Mais uma contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de abril de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de DOM MOREIRA NEVES, que é cardeal-arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, que merece INTEGRAL transcrição:

“Oração e política

ROMA, 19 de abril – O jovem padre dominicano, que era este colunista no início dos anos 60, deixou-se seduzir pelo pequeno volume publicado por Jean Daniélou, fértil autor de obras prestigiosas. O fascínio estava no título, instigante e provocatório: “Oração; problema político”.Ainda mais fascinante era o tema: com indiscutível ciência teológica e experiência pastoral amadurecida no ambiente de professores e estudantes universitários, o conhecido jesuíta francês demonstrava, da primeira à última página, que a oração não é possível numa cidade e sociedade na qual faltem condições indispensáveis. Essa tese se apóia em Santo Tomás de Aquino, para o qual é impossível a contemplação do espírito se o corpo está debilitado pela inanição.

Para bem compreender o breve ensaio de Daniélou, é necessário tomar a palavra oração no sentido mais largo. Oração aqui não é só prece, meditação e contemplação. Nem só a simples vida de oração. É a oração na vida. É, portanto, a espiritualidade em toda a sua complexidade. É a vida cristã, segundo o Evangelho. É a vivência quotidianItálicoa das virtudes, das bem-aventuranças, dos conselhos evangélicos. É a existência orientada por critérios cristãos, plasmada por valores humanos e cristãos.

O que Jean Daniélou quis afirmar é que só uma Polis organizada em coerência com esses valores permite aos cidadãos uma vida cristã. Em sentido contrário, uma cidade – sociedade humana, quadros e instituições – desprovida daqueles valores torna difícil, senão impossível, a vida cristã do cidadão. É certo que a oração – a vida cristã e a espiritualidade – é o que há de mais íntimo no homem. Os “príncipes deste mundo”, mesmo os mais poderosos, inclusive os tiranos, nada podem contra a comunhão íntima e pessoal de cada homem e mulher com o Absoluto de Deus. Têm, porém, o tremendo poder de impedir ou ao menos de dificultar a oração familiar, social e comunitária dos cidadãos. Neste sentido, a oração e, em sentido muito forte, um problema político.

Neste ponto da nossa reflexão, porém, confesso uma reação interior sentida desde a primeira leitura do livro de Daniélou. “Se tanto me ajudasse engenho e arte” (... e tempo), eu gostaria de desenvolver o tema em sentido contrário. “Política, problema de oração”. Sob esse título em trataria de mostrar que sem oração – sempre entendida no sentido mais largo de vida cristã, espiritualidade,existência pessoal, familiar e social, impregnada de grandes valores morais e espirituais, sobretudo cristãos – é difícil, senão mesmo impossível, edificar uma Polis de dimensão e consistência verdadeiramente humanas. Viver a oração ou a vida segundo o espírito revela-se, pois, uma incontornável exigência para quem quer fazer política seja como homens públicos e responsáveis do bem-comum, seja como povo livre e responsável.

A este propósito, evoco um episódio que ouvi de um íntimo amigo e confidente de Jean Daniélou. Contou-lhe o padre, depois cardeal, que tendo dedicado uma volume ao General Charles de Gaulle, em um momento particularmente incandescente do seu governo, este lhe respondeu agradecendo a homenagem, elogiando o conteúdo, sublinhando a utilidade da leitura e acrescentando: “Um povo sem oração é um povo ingovernável” – e quem, mais do que ele, entendia de governabilidade?

É lícito, porém, voltar à questão olhando do lado dos governantes e constatando que quanto mais forem homens de oração – no sentido largo acima explicado e independentemente da fé ou das crenças que praticarem – tanto mais garantirão a governabilidade do seu povo. Falar disso é trazer espontaneamente ao espírito a pessoa do Rei Salomão e sua oração no momento em que assume a árdua tarefa de líder e pastor do seu povo, pedindo não poder, glória ou riquezas, mas sabedoria: “Concede ao ter servo um coração dócil que saiba fazer justiça ao teu povo e discernir entre o bem e o mal, pois quem poderia governar este teu povo tão numeroso?” (1 Reis 3, 9ss).

Não creio que seja descabido focalizar, a propósito de líderes do seu país e até de todo um Continente, algumas páginas de história recente. Meus anos de jovem estudante de teologia, na França, no imediato após-guerra, permitiram-me assistir a um generoso e inteligente esforço, não só para reconstrução dos vários países desmantelados pelos horrores do conflito mundial, mas para a construção da unidade da Europa. Pois bem, a melhor garantia do bom sucesso de tal esforço foi a presença e a ação de homens competentes e de profunda fé cristã. Nada foi tão impressionante, naqueles anos decisivos, do que ver empenhados num esforço ciclópico, capaz de desencorajar os mais valentes, homens de fé e entusiasmo como o próprio Charles de Gaulle, Robert Schumann e Edmond Michelet (ambos com suas causas de beatificação em encaminhadas), Alcide de Gasperi, Konrad Adenauer. Em postos de grande influência encontraram-se também Giorgio La Pira, o prefeito de Florença, que tive a alegria e o privilégio de encontrar algumas vezes e que está também a caminho da beatificação; Dag Hammarskjold, secretário-geral da ONU, de forte espiritualidade.

O tema desta crônica, de certo modo, alarga e aprofunda o da precedente. Com “A grande Oração pelo Brasil” eu fazia a proposta de implorarmos todos, governantes e governados, do Deus da História, Deus das Nações, a força espiritual necessária quando a força natural não basta. Propús, concretamente, uma campanha de oração. Na crônica de hoje atrevo-me a propor que governantes e governados pautemos a vida segundo um paradigma moral cristão, como base para edificarmos um País mais justo e fraterno, mais solidário e pacífico.

Aos que me tacharem de ingênuo, respondo que é bem mais ingênuo esperar que o País dos nossos sonhos nasça da derrocada moral que aí está. Aos que me considerarem abstrato, respondo que nada é mais concreto do que um alto ideal quando inspira o agir quotidiano de milhares – “milhões” – de pessoas.”

São reflexões com essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A CIDADANIA E A DEMOCRACIA SENSÍVEL E OBJETIVA

“Prioridade da educação

O êxito da democracia está na educação e esta é responsável pelo futuro do homem e da sociedade brasileira que se deseja construir. Não há democracia sem a formação de democratas e a educação é uma força transformadora da sociedade, cabendo-lhe formar homens e mulheres lúcidos, eticamente íntegros e comprometidos com a construção de uma sociedade justa e fraterna, promovendo ideais e valores reparadores de injustiças e inibidores da sedimentação de qualquer projeto de sociedade injusta e autoritária que oprima ou escravize os estratos sociais mais carentes.

A educação é o problema chave de qualquer povo e é a chave para resolver todos os seus demais problemas. Um país que aspira desenvolver-se precisa investir na saúde intelectual de seu povo. Na ciência e na tecnologia. Na educação. No saber. A expectativa dos eleitores é de que os novos governantes coloquem a educação como prioridade de seu governo, confiando à sociedade civil o importante papel na gestão das unidades de ensino, na fiscalização do uso dos recursos públicos destinados à educação. [...]”
(AUGUSTO FERREIRA NETO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de setembro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado também no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de agosto de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Democracia sensível e objetiva

O poder do povo, quando ele encarna a autoridade suprema da razão e do direito, é a fonte de toda a grandeza da Nação. É a principal razão para que ele conserve e resguarde a liberdade. Com a eleição de um governo que emane, pois, incontestavelmente do povo e que não exceda a esfera de ação que lhe é constitucionalmente designada, com a estabilidade de uma Constituição legítima e com um Legislativo que represente autorizadamente o País, para assumir e avalizar, em nome dele, nossos compromissos, a missão do novo governo deverá ser ao lado do incentivo a todas as manifestações da inteligência, a de continuamente estimular todos os cidadãos a uma intervenção deliberada na vida pública, para elevá-la a um plano de dignificação de nossos costumes e dar-lhe toda a eficácia necessária à invulnerabilidade das nossas instituições.

Sendo assim, a democracia sensível e objetiva não pode e não deve ser aparentemente organizada, como todo o aparelho estatal também não pode ser ilegítimo. Na ordem financeira o que se requer é uma fiscalização ordenada, sem tomada de medidas clandestinas ou imposição tributária caprichosa. Ao mesmo tempo o dinheiro público não pode ficar exposto ao sabor da aplicação fácil e irrestrita.

Na ordem econômica a sua desordem aniquila as iniciativas e induz à falta generalizada de confiança e a subsequente retração do crédito; os patrimônios ficam expostos à instabilidade e o desequilíbrio dos valores invade e absorve todas as atividades do Estado. Com isto nasce e cresce a desordem administrativa que gera o aumento de uma complicada burocracia, que não serve aos seus fins, senão com o intuito de abranger e dominar um maior número possível de indivíduos, para submetê-los a uma autoridade opressora.

Na ordem moral a sua desordem leva a uma profunda confusão dos espíritos a que se nega até a expressão dos mais elementares desejos.

Contudo, se confiarmos no poder supremo das idéias, sobretudo, quando amanhece no País a oportunidade de podermos acreditar nos governantes, se confiarmos na conciliação da liberdade com a da ordem, se confiarmos nos processos evolutivos da justiça social, para atenuar e mesmo suprimir as desigualdades econômicas, se confiarmos no prestígio e na força do regime democrático, em que a vontade dos governantes tenha por base e por limite, à sombra de cuja proteção prosperam as iniciativas – teremos os benefícios da liberdade e da segurança estendidos a todos e uma democracia adaptada e condicionada às novas solicitações de um mundo melhor.”

São páginas, pois, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, DEMOCRÁTICA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo de PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

domingo, 2 de maio de 2010

A CIDADANIA BUSCA TAMBÉM LÍDERES (11/49)

(Maio = mês 11; Faltam 49 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de maio de 1998, Caderno PEQUENOS ANÚNCIOS/RECURSOS HUMANOS, página 53, de autoria de ANTÔNIO WALTER DE ANDRADE NASCIMENTO, Assessor de Desenvolvimento de RH da Construtora Andrade Gutierrez , que merece INTEGRAL transcrição:

“ONDE ESTÃO OS LÍDERES?

Não faz muito tempo, o conhecimento, em seu sentido mais amplo, era mercadoria relativamente escassa, como a tecnologia (os meios de produção) e o capital. E os poucos que os detinham ditavam as normas. Somente eles definiam o quê seria feito e como seria feito – e contratavam pessoas para fazê-lo, da maneira como determinavam. E as pessoas obedeciam e executavam, porque assim devia ser e assim aprendiam a fazer. E para isso eram pagas.

E as pessoas de conhecimento e detentoras da tecnologia administravam as coisas e chefiavam as pessoas. E eram chamadas gerentes e chefes. Até que alguns homens de conhecimento e detentores de conhecimento criaram a televisão; e os satélites; e o computador; e os PC’s; e o vídeo cassete; e os CD ROM e a telefonia celular; e a TV por assinatura; e o fax; e a internet... e tanto avançaram nas comunicações que começaram a inundar boa parte do mundo de informações... e o conhecimento.

Notícias e informações passaram a ser difundidas pelo mundo inteiro na velocidade da luz, e processadas também de maneira incrivelmente veloz, revolucionando e incrementando cada vez mais a tecnologia, derrubando barreiras culturais, tornando os homens no mundo inteiro mais conscientes de seus direitos e de suas possibilidades, globalizando economias e gerando cada vez mais homens de conhecimento.

Homens com conhecimento, homens informados, são mais ambiciosos, mais senhores de si e mais resistentes ao controle. Buscam tomar suas próprias decisões e fazer as coisas a seu próprio modo, tornando-se independentes. Já não aceitam as ordens do chefe com a mesma passividade, pois costumam conhecer seu trabalho tanto ou melhor do que ele, e manipular as novas ferramentas com mais habilidade e eficácia, sobretudo numa época de transformações intensas, quando sólidas experiências se tornam rapidamente obsoletas. O que levou Peter Drucker, o mais conceituado guru da administração, a um desabafo: “Atualmente estamos lidando com pessoas pagas pelos seus conhecimentos. Nunca fizemos isso e não sabemos como fazê-lo”.

O antigo modelo autoritário e paternalista de gerência, baseado na centralização das decisões e no comando pela autoridade, já não sabe lidar com esse novo indivíduo e agoniza. Perdas acentuadas de lealdade do trabalhador, conflitos, desmotivação, descomprometimento, são sinais evidentes dessa lenta agonia.

Tudo indica que o revigoramento das empresas, a qualidade de seus produtos, sua produtividade, sua competitividade, enfim, seu sucesso na transição difícil que estamos vivendo, exige este novo tipo de gerente: o líder. E não só as empresas, mas a própria sociedade, sobretudo na política e no governo.
Mas onde estão os líderes?

Onde estão os líderes nas empresas? Onde estão os líderes no governo, na política? Onde estão os líderes na educação, na justiça, nos sindicatos, no esporte, na sociedade enfim?

Que existem, existem, não temos dúvida. Todos conhecemos alguns, que podem ser contados em uns poucos dedos; imaginamos que outros estarão perdidos, contidos, escondidos por este Brasil afora. Mas não precisamos apenas de alguns. Precisamos de muitos, de milhares – no lugar de cada gerente, de cada chefe, de cada político. Não estamos falando de heróis. Muito menos de mitos ou de símbolos.

Não estamos falando dos grandes condutores de países ou grandes benfeitores da humanidade. Estamos falando do cidadão. Daqueles homens e mulheres que coordenam o trabalho de um grupo de pessoas em busca de objetivos comuns; daqueles que representam classes ou pessoas. Daqueles que hoje ainda são “chefes”, quando deveriam ser líderes. Líderes de turmas. Líderes de equipes. Líderes de departamentos, obras, empresas, classes. Líderes ministros, líderes deputados, líderes senadores. Líderes governadores, prefeitos, vereadores... Professores líderes. Precisamos urgentemente de educadores líderes!

O que é um líder? De que são feitos os líderes? O que caracteriza um líder? Peter Drucker propõe uma definição que nos parece definitiva: “A única definição de um líder é alguém que tem seguidores”. O que leva um homem a ter seguidores? O carisma? A inteligência? A cultura? A fluência verbal? A força? A garra?

Certamente não seguimos ninguém por sua inteligência, ou sua cultura, ou sua força – ou qualquer desses atributos. Podemos admirá-los, sim, mas não segui-los. Muito menos por essa coisa fluida e indefinida a que chamamos “carisma” – que, aliás, alguns líderes parecem possuir, mas muitos e muitos não têm nem nunca tiveram. Apreciamos, admiramos, amamos... mas não seguimos.

Os homens seguem e perseguem seus sonhos. Perseguem a visão derivada de seus sonhos, que traduz sua ânsia de realização pessoal. Os homens seguem aqueles homens que encarnam sua visão, que lutam por ela e podem levá-los a realizá-la.

Líder é aquele, homem ou mulher, que tem uma visão – clara, nítida, forte – que por si só traduz o ideal de um grupo de pessoas. Ou de uma empresa. Ou de uma nação. E o que se compromete sua visão e a persegue com todos os recursos que tem – e o mais que possa conseguir.

Na verdade, a visão é o líder, como sugere John Naisbitt: “A visão torna-se a força organizadora por trás de todas as decisões”. E nós concretizamos a visão naquele que a simboliza, que a encarna e a torna viva. E para ele transferimos o título de Líder. E o seguimos.

Os líderes têm, sim, algumas características – ou comportamentos – que marcam sua habilidade em conquistar seguidores e que não têm nada a ver com carisma, inteligência, força ou aparência física. Comportamentos que podem ser explorados e desenvolvidos.

Os líderes sonham. Sempre têm uma visão, que perseguem obstinadamente. Os líderes são coerentes na busca de sua visão – exibem comportamentos compatíveis com aquilo que pregam, independentemente dos valores sociais, que lhes possam ser atribuídos. Por isso, inspiram confiança. Os líderes são determinados perseguição de sua visão. Acreditam em seus objetivos e sabem que vão atingi-los. Por isso, contagiam pessoas e geram seguidores. Os líderes respeitam seus seguidores, e os incentivam, e os energizam, e orgulham-se deles; repartem com eles o poder, pois sabem que eles, seus seguidores, são sua base, são os recursos de que necessitam para atingirem suas metas. E sabem que seguidores são diferentes de subordinados. Subordinados obedecem; seguidores são profundamente comprometidos com a causa comum, representada pela visão que perseguem. Comprometidos com a causa, comprometem-se com o esforço para alcançá-la: com o trabalho.

Os líderes não mandam: traçam diretrizes e usam a causa, a força da visão, para garantir motivação e eficácia. Os líderes, tratam seus seguidores como parceiros – profissionais habilitados em suas funções, e não como subordinados dependentes de sua onisciência.

Os líderes buscam resultados; não se contentam com pequenas vitórias nem se perdem em pequenas derrotas. Os líderes são empreendedores – criam suas próprias causas e desafios e usam a iniciativa, a criatividade e a determinação para realizá-los. Os líderes se ocupam mais do “know why” do que do “know how”, mais do “porque” do que do como. O “know how” é de cada um da equipe, em sua respectiva função. Os líderes são humanos – têm emoções e sentimentos e não os temem, nem os escondem. Como seres humanos, têm falhas e defeitos, mas têm humildade para reconhecê-los.

O líder não é perfeito, e muito menos um super-herói. É apenas um homem ou uma mulher comum que reconhece as características do novo homem e se adaptam às exigências gerenciais dos novos tempos.

Líderes não nascem prontos: são lapidados pela consciência das mudanças em seu meio ambiente e pela autodeterminação na substituição de hábitos e atitudes.

Os homens que hoje dirigem, a grande maioria deles, foram formados como “chefes”, tendo, portanto, que desaprender para aprender de novo. E esta é a tarefa mais difícil: desaprender. Porque desaprender é mais, muito mais, que adquirir novos conhecimentos e, racionalmente, acreditar neles. Desaprender é vencer hábitos fortemente arraigados, carregados de emoções – ferrenhos adversários de mudanças, pela insegurança que despertam ou pelos sucessos que produziram no passado.

Uma coisa é o conhecimento, é aprender como se faz para liderar; outra coisa é aprender a liderar. Conhecimento não é habilidade. Habilidade pressupõe o conhecimento, mas o conhecimento não implica em habilidade, em saber fazer. Conhecimentos se transformam em habilidades pelo exercício persistente, que desenvolve e automatiza comportamentos, a partir, inevitavelmente, do confronto com as emoções contidas nos hábitos pré-existentes.

Talvez daí a descrença generalizada (muitas vezes camuflada por discursos vazios) na possibilidade de desenvolver líderes. Warrem Bennis alerta: “O que é preciso não é a formação em administração, mas a formação em liderança”. Adiantam programas de qualidade total sem líderes, sob o bordão dos velhos “chefes”? Temos visto este filme várias vezes: ocasionalmente algumas boas cenas, mas finais freqüentemente decepcionantes.

Adiantam reengenharias sem líderes – ferramentas novas nas mãos de gerentes antigos (ainda que bem intencionados), movidos por paradigmas, valores e comportamentos de ontem (e trasanteontem)?

Falar nisso, que tal um exercício mental: feche os olhos, relaxadamente, e traga à sua mente a imagem viva, em cores, de uma empresa padrão, real, que você conhece (pode muito bem ser a sua). Identifique nessa imagem, como num filme, um a um, os gerentes, os diretores, os chefes, os encarregados; acompanhe mentalmente cada um deles, veja-os agindo no dia-a-dia; veja-os encarando o programa de qualidade, a reengenharia, a reestruturação; veja-os lidando com as pessoas... com os subordinados...

Agora, faça a si mesmo a grande pergunta: existem líderes nessa sua empresa? Afinal, onde estão os lideres?

São contribuições valiosas com essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, QUALIFICADA, ÉTICA, EDUCADA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo NOVO, de PAZ e de FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...