terça-feira, 27 de junho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA SEGURANÇA PSICOLÓGICA, EMPATIA, RESPEITO MÚTUO E HUMILDADE NAS EQUIPES EFICIENTES E EFICAZES E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCUTA ATIVA, ESPIRITUALIDADE, SABEDORIA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

 

“Construindo equipes resilientes

       Uma transição em busca de ambientes mais salutares para os colaboradores vem ocorrendo dentro das estruturas organizacionais. Com a finalidade de se estabelecer um ambiente de trabalho mais empático, faz-se necessário considerar as estratégias que envolvam a ‘segurança psicológica’. O termo, em voga atualmente, foi popularizado na década de 90 após estudos realizados por Amy Edmondson, professora da Harvard Business School.

          A autora define segurança psicológica como a crença compartilhada de que seja comum e esperado que as pessoas tenham questionamentos, ideias, preocupações, dúvidas e sejam passíveis de erros. Ao trazerem esse comportamento natural e humano para o ambiente de trabalho, os membros de uma equipe demonstram sentirem-se seguros para assumirem riscos interpessoais.

          Amy Edmondson, ao investigar como as equipes de saúde lidavam com erros, constatou que algumas equipes eram mais eficazes do que outras no processo de identificação e correção destes erros. A professora  atribuiu tal evidência à presença de uma cultura de segurança psicológica. Desde então, o conceito tem sido extensivamente estudado e aplicado em diversos contextos.

          Por estar diretamente relacionada à cultura organizacional, a liderança torna-se protagonista na promoção da segurança psicológica, possuindo um conjunto de ações que podem ser implementadas, tais como: promoção da empatia e do respeito mútuo, encorajando a comunicação aberta e honesta; alinhamento das expectativas da equipe em relação a falhas e incertezas, reforçando a interdependência no trabalho; criação de objetivos claros e do propósito da equipe; demonstração de humildade perante os membros da equipe; prática da escuta ativa e formulação de boas perguntas para entender as perspectivas dos funcionários; criação de fóruns ou grupos para incentivar contribuições e discussões; incentivo à participação dos funcionários e valorização de suas contribuições; e ressignificação e desmitificação das falhas, ao oferecer suporte e ajuda aos membros da equipe.

          Reconhecidas como componentes essenciais de culturas organizacionais saudáveis e de alto desempenho, essas ações estão relacionadas ao engajamento de funcionários, à aprendizagem e inovação, à segurança física e ao bem-estar individual. Além disso, apresenta-se como uma estratégia fundamental à promoção da diversidade e inclusão. Não basta apenas inserir, é preciso fazer com que as pessoas se sintam verdadeiramente incluídas, respeitadas e valorizadas por suas contribuições.

          Para aqueles que demonstram mais interesse no assunto, recomendo os seguintes estudos e livros: William Kahn (Boston University), que relacionou a segurança psicológica ao engajamento e desengajamento no trabalho; “A Organização sem Medo”, de Amy Edmondson, que apontou melhores resultados nos processos de aprendizagem; “The 4 Stages of Psychological Safety”, de Timothy Clark, que evidenciou que a ausência dessa prática, coloca em risco a segurança física e o bem-estar do trabalhador; e, por fim, o Estudo Aristóteles (Google) conduzido por Julia Rozovsky, que identificou a segurança psicológica como um fator comum nas melhores equipes da companhia.”.

(Camila Alves. Consultora e especialista em Inteligência Emocional e Liderança e associada da Amcham, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de junho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Cátedra da Escuta

       Certa vez, após falar às multidões e aos seus discípulos, Jesus proferiu severa crítica a escribas e fariseus que se sentaram na cátedra de Moisés: o Mestre configura a crítica recomendando observar tudo o que eles falarem, sem imitar as suas ações, pois eles falam e não fazem. Nesta crítica profética subjazem muitas lições preciosas para este tempo de primazia da comunicação, com avalanches de informações e opiniões. Não se faz uma comunicação com força de humanização apenas pelo domínio de conceituações, que são importantes. É preciso ir além: incluir as preciosas lições contidas na crítica de Jesus.

          Pode ser confortável e fácil para quem tem domínio de argumentações proferir juízos sobre o outro, a respeito de variadas circunstâncias. Mas que se dedica a julgar corre o risco de se assemelhar ao farisaísmo criticado pelo Mestre. Trata-se de comportamento comum, sublinha Jesus, amarrar “fardos pesados”, insuportáveis, e colocá-los nos ombros dos outros. O remédio para não incorrer nesse risco é o exercício permanente da escuta. Trata-se de ingrediente que tempera, lúcida e equilibradamente, toda comunicação. Possibilita a humanização de relacionamentos e a lucidez na construção dos rumos da sociedade. Antes, pois, de assentar-se na cátedra para ensinar, há de se exercitar na capacidade de escutar.

          Escutar é um ato determinante e fundamental em todo processo educativo. Capacidade essencial para construir relacionamentos qualificados, superando contaminações advindas de preconceitos inadmissíveis, de ressentimentos que envenenam o coração humano. Sabe-se que o investimento na escuta permite alcançar nova orientação para o cotidiano, com incidências nas instituições e na sociedade. Aqueles que se fecham nas próprias convicções, sem dedicar atenção ao outro, tornam-se incapazes de construir qualificados diagnósticos, sobre as mais variadas situações, prejudicando discernimentos, escolhas e deliberações. Oportuno lembrar que autoritarismos se fundamentam na cristalização de entendimentos e de juízos de quem perdeu o senso da realidade. O autoritário, convencido de estar certo, abomina tudo o que é diferente de seu pensar.

          Por isso, Jesus, na sua pedagogia, inspira os discípulos ao exercício da escuta, capacitando-os a conquistar uma competência que é essencial para romper estreitamentos afetivos e emocionais. Esses estreitamentos prejudicam até mesmo formulações de ordem intelectual e racional. É preciso reconhecer que não há escuta qualificada quando se dedica atenção somente ao que é do próprio interesse. E conta muito, o tempo todo, a maturidade afetiva e espiritual necessária para não investir na retaliação e nos boicotes de quem pensa diferente, um risco mesquinho e maldoso. Sublinhe-se que a exigência de uma escuta integral inclui também uma sólida e iluminada experiência espiritual. Não se esgota, pois, na indispensável racionalidade.

A razão permite alcançar a realidade, mas precisa contracenar com uma rica experiência espiritual – lacuna na postura de escribas e fariseus. Uma qualificada experiência espiritual fortalece a capacidade de escutar o semelhante. Sem essa escuta, o orgulho preside, a soberba se torna a mandatária dos processos e as próprias convicções são interpretadas como razões absolutas.  No reverso da atitude de fariseus e escribas sentados na cátedra de Moisés, está o assentar-se na cátedra da escuta. A cátedra da escuta possibilita a superação de interpretações e atitudes contaminadas em desfavor da fraternidade e do respeito, evitando o risco humano comum, mesmo entre os esclarecidos racionalmente, de ações despóticas e preconceituosas. Exercício indispensável para avançar na capacidade de escutar é dedicar-se à oração interior. A oração interior vai muito além de práticas devocionais. Ajuda o ser humano a melhor compreender o paradoxo divino, em que os primeiros serão os últimos, o maior e o menor, tendo especial valor justamente aquele que busca humildemente servir.

Compreende-se que a ocupação da cátedra, na condição de escuta, é o exercício de fazer-se, diariamente, peregrino que busca o puro amor, sem amarguras pelo desmonte de castelos de poder ilusórios, que envolvem mentes e corações com facilidade. Ora, é a partir da cruz que Jesus ensina a maestria do amor maior. A indicação é ir ao Mestre, que ensina a humanidade a buscar a cátedra da escuta, para, assim, conquistar a alegria de servir, verdadeiramente, por amor. Conforme ensinam pelo testemunho os místicos – homens e mulheres que escutam – a capacidade de ouvir o semelhante proporciona a sabedoria de ver todas as coisas na sua verdade, com inteira liberdade interior. Assim, pela escuta, conquista-se autoridade para um falar que tem força educativa e de testemunho. A cátedra da escuta alavanca o dizer que edifica e educa, que se alicerça no amor verdadeiro, promovendo o bem e a justiça. E ocupa a cátedra da escuta quem assume a condição de discípulo, tornando-se mestre, justamente por se reconhecer discípulo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em maio, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,94%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

           

   

quarta-feira, 21 de junho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E O PODER DA VERDADE, EMPATIA E TRANSPARÊNCIA NA QUALIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES VENCEDORAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, AMOR INCONDICIONAL, ESPIRITUALIDADE EFETIVA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Storytelling nas vendas empresariais

       Storytelling é a arte de contar, desenvolver e adaptar histórias utilizando elementos específicos em eventos com começo, meio e fim, para transmitir uma mensagem de forma inesquecível ao conectar-se com o leitor no nível emocional.

          Ao contar boas histórias, você garante que está produzindo um material único. Por mais que seja sobre um tema desgastado ou de conhecimento geral, o seu conteúdo abordará uma perspectiva única: a sua. Para que tal estratégia funcione, é preciso que a narrativa seja verdadeira e esteja alinhada com a realidade.

          Trazendo isto para o âmbito corporativo, podemos inspirar os atuais clientes e até mesmo alcançar novos consumidores por meio de histórias que envolvam a trajetória da empresa, dos fundadores, de clientes e colaboradoras com cases de um ponto A até um ponto B. Com isso, geramos identificação com a marca, despertando emoções que dão a oportunidade de trazer o público para seu mundo. O resultado? Fidelização, engajamento e aumento de vendas.

          Dessa forma, marcas que fazem um bom storytelling são as marcas mais lembradas, mais queridas e mais amadas pelas pessoas. Podemos utilizar essa estratégia em diversas ações, como vídeo, anúncios, conteúdos, entre vários outros, a fim de engajar o cliente com a própria marca.

          Existem diversas formas de se criar um storytelling, mas, de forma ampla, é preciso se atentar a alguns pontos. O primeiro passo é combinar emoção e estratégia: criar uma narrativa emocionante não significa deixar de lado os aspectos comerciais da venda e divulgação do produto. Por isso alinhe sua estratégia levando em conta o objeto de venda, suas características, público-alvo e conceito da marca.

          Saiba aproveitar o storytelling para trazer o significado mais profundo da sua ação. É raro as pessoas comprarem alguma coisa quando não sentem que devem fazê-lo. Por isso construa uma história explorando o lado mais humanizado dos produtos, despertando as sensações mais universais e comuns para a maioria das pessoas. Independentemente do produto ou marca a ser divulgada, é a emoção que ocasiona o movimento e ajuda a multiplicar o conceito apresentado.

          Deixe claro o que se busca do público, de forma direta e precisa, investindo em um call to action eficiente. Quando o storytelling cumpre sua função, o call to action acontece naturalmente, sem que o consumidor sinta que foi pressionado a tomar uma decisão de compra.

          Elabore o roteiro considerando a criação de personagens e situações que gerem empatia, viabilizando uma sensação de pertencimento a quem consome o conteúdo. O espelhamento da narrativa na vida das pessoas faz com que os consumidores sintam que a jornada do personagem poderia ser a deles mesmos.

          Com essas técnicas e dicas, é hora de colocar a mão na massa e desenhar a sua própria história, seja para apresentações ou conteúdos digitais. Não esqueça que a verdade e a transparência devem acompanhar a técnica em todo o percurso, a fim de se criar uma narrativa realmente encantadora, convincente e com propósito.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 16 de junho de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Livrar-se de Preconceitos

       O preconceito, em suas diferentes formas de manifestação, conduz historicamente a sociedade brasileira a lamentáveis atrasos, que podem gerar ainda mais preconceitos. Um ciclo perverso com consequências especialmente graves para o grande contingente de excluídos. Os meios de comunicação dedicam serviço relevante ao denunciar o preconceito, convocando diferentes segmentos do País a contribuir para mudar a realidade acentuadamente desigual. Além disso, crescem as providências legislativas e as mobilizações cidadãs para enfrentar as discriminações. Mas ainda se está muito distante de cenários aceitáveis. Prevalecem atitudes que perpetuam exclusões na organização sociopolítica. Dentre as consequências dessas exclusões está multiplicação dos pobres, com significativa parcela da população encarcerada na fome, para que pequenos grupos possam usufruir de privilégios. Há muito o que fazer: investir nas articulações sistêmicas, com o envolvimento de diferentes instituições sociais, para superar essa situação preocupante. Igualmente urgente: deve-se cuidar para construir uma base insubstituível de formação moral e cultural, capaz de refinar sentimentos e promover uma adequada compreensão humanística a respeito do semelhante. Assim, pode-se tocar no coração de cada pessoa, em um amplo processo educativo.

          Enquanto se aplica a legislação no combate aos preconceitos e discriminações é muito importante investir na dimensão moral da sociedade. A moral cristã é capaz de oferecer fundamentos essenciais: na maestria pedagógica de Jesus, referência especial ao famoso Sermão da Montanha, narrado pelo evangelista Mateus, está uma interpelante indicação do Mestre – não cometer homicídio, nem ofender o semelhante. A orientação de Jesus é jamais faltar com a caridade, nunca negociar o devido respeito à dignidade de toda pessoa. Mas, por fragilidade emocional, pela soberba de apegar-se aos próprios juízos, o ser humano relativiza a lição de Jesus. Com isso, esquece-se do que diz a Palavra de Deus: “Quem cometer homicídio, será réu no julgamento” e “aquele que tratar seu irmão com ira, será réu no julgamento”.

          A justiça não pode ser comprometida e, por isso mesmo, deve-se revestir o coração com uma espiritualidade qualificante, capaz de ajudar o ser humano a saber tratar o seu semelhante. O horizonte cristão com seus princípios morais e educativos é luminoso, pois contribui para debelar atitudes preconceituosas. Esse horizonte traz um conjunto de indicações que, se devidamente acolhidas, podem recompor sentimentos na contramão de perversidades. Dentre as indicações, oportuno é retomar o que diz o apóstolo Paulo, na sua Carta aos Romanos: “Não de te deixes vencer pelo mal, vences antes o mal com o bem”. Trata-se de um princípio clássico para vencer atitudes discriminatórias. A orientação do Apóstolo abre um fecundo itinerário para enfrentar preconceitos, pois convoca o ser humano a sensibilizar-se diante do sofrimento do próximo, especialmente dos pobres e vulneráveis. Assim, ao invés de excluir, de discriminar, prioriza-se o bem do semelhante, daqueles que são pobres e historicamente carregam o peso da discriminação.

          Os princípios cristãos têm força incidente para romper com o círculo vicioso que aprisiona a sociedade em uma convivência ilusória e perversa, com dinâmicas que excluem muitas pessoas. Esse círculo pode ser vencido ao se investir no amor fraterno, antídoto para preconceitos de todo tipo. A lógica do amor cristão não pode ser relativizada, mas assumida radicalmente, em uma experiência espiritual que confere à mente humana a capacidade para estabelecer relações pautadas no respeito, no reconhecimento e na reverência a cada pessoa. Assim, a espiritualidade cristã cumpre um papel profético, capaz de levar a mudanças urgentes na sociedade. São, pois, importantes e urgentes as providências legislativas para coibir discriminações, o trabalho educativo e permanente de instituições que buscam vencer preconceitos. Especialmente indispensável é a assimilação dos princípios morais cristãos, capazes de inspirar a constituição de novo tecido sociopolítico no Brasil, permitindo ao país livrar-se de preconceitos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 

I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em maio, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,94%);

 

II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 

III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 


sexta-feira, 16 de junho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA UNIVERSALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO ENSINO BÁSICO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA DIGNIDADE HUMANA, ESPIRITUALIDADE, CIÊNCIA, SABEDORIA E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Ensino do mapa

       A modesta reforma para tirar nosso ‘ensino médio’ do século XIX e conduzi-lo para o século XXI sofre ataque de forças conservadoras que tentam impedi-la. O conservadorismo ignora qual deve ser o propósito dessa etapa da educação de base.

         Ao manter o nome ‘ensino médio’, a reforma erra porque assume o papel de servir como degrau para o ensino superior, e não como a etapa que prepara o jovem para a vida, ao dar-lhe o mapa necessário para construir um mundo melhor e mais belo.

         Esse sequestro da educação de base pelo ensino superior é recente, para indicar a promessa de que todos devem ingressar na universidade.

         Promessa hipócrita em um país com 10% de seus adultos analfabetos, onde apenas metade dos alunos conclui a educação de base; destes, no máximo, metade com razoável qualidade; e, destes, apenas sua metade, da metade, da metade (12,5%), com formação para seguir um curso universitário com qualidade razoável.

         A elite conservadora aceitou, a contragosto, a proposta para criar um sistema compensatório com cotas, bolsas e financiamento para auxiliar na disputa por vaga em uma universidade. Manteve-se o sistema educacional de base dividido entre “escolas casa-grande” e “escolas senzala”.

         Perdeu-se o propósito da educação de base para preparar os alunos para a vida no mundo contemporâneo:

         - Falar e escrever bem o idioma português;

         - Ser fluente em pelo menos mais um dos idiomas usados internacionalmente;

         - Conhecer os fundamentos de matemática, ciências, geografia, história, artes;

         - Debater com competência os assuntos de filosofia, política, antropologia e sociologia relacionados aos principais temas do mundo moderno;

         - Saber usar as ferramentas digitais;

         - Dispor de pelo menos um ofício que permita emprego e renda:

         - Se quiser, disputar vaga em curso superior de qualidade em condições iguais com todo brasileiro, independentemente da renda e do endereço.

         Essa ideia de um “ensino do mapa” para todos exige abolir as “escolas senzala”, o que requer construir um Sistema Nacional Público de Educação de Base com qualidade máxima pelos padrões internacionais.

         Para tanto, é preciso haver uma consciência nacional pró-educação, pró-conhecimento, não apenas pró-diploma universitário. Essa é a dificuldade.

         A elite conservadora não quer oferecer a mesma escola para todos; a elite progressista não coloca esse propósito em seus projetos eleitorais.

         Nenhum partido e raros líderes políticos defendem uma educação conclusiva, que ofereça a todo jovem brasileiro um mapa dos conhecimentos necessários para facilitar a busca individual e familiar de sua própria felicidade e orientar sua participação social e política na construção de um país melhor e mais belo.”.

(Cristovam Buarque. Professor emérito da UnB e membro da Comissão Internacional da Unesco para o Futuro da Educação, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de junho de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A dor do mundo

       Cumpre-se a ordem de publicar o texto de sabedoria, de autoria de um mestre, não importa a ele a divulgação do nome, alguém que já foi homem comum, atolado, como nós, num cotidiano de desafios e ilusões, de mágoas e traições, de amores e ódios, de lutas para colecionar números, atender vaidades, criar, assim, inimigos e no fim não saber explicar para que valeu tanto esforço de uma vida inteira. Passou por tudo e alcançou pelo conhecimento, pelas obras e pela devoção o melhor que está à disposição de um dos “filhos de Deus”.

         Eu sou a Luz Divina, e, se você deseja se casar comigo, deve estar disposto a sofrer a morte iniciática (morrer como individualidade e se sentir parte do todo), terá que passar pelas provas a que a terrível Esfinge (os quatro elementos) o submeterá, impiedosamente, para medir o seu valor espiritual e a qualidade de sua coragem.

         Eu me unirei a ti com quem chegar à crucificação, resistindo aos ataques e tentações dos quatro elementos.

         Amo apenas aqueles que souberam tragar com humildade a taça inteira da amargura, da traição, do desprezo e da zombaria, da perseguição, da calúnia; aqueles que, carregando a cruz pesada, receberam coroas de ofensas; aos iniciados que persistiram devotamente em sua essência divina, sofrendo, conscientes, a incompreensão, a solidão do espírito em meio a um mundo de ignorantes e animais.

         Tu, ó peregrino (das estrelas), chegarás a mim depois de ter passado por todas as experiências e tentações: as infâmias, que são os testes de Ar; os golpes das perseguições e traições, que são as provações da Terra; os vícios e as tentações sensuais, que são os testes da Água; e, depois de ter dominado as ambições e a sede de poder, que são os testes do Fogo.

         “Esse quaternário corresponde a cada uma das pontas da cruz onde pregaram um dos que se refugiaram no meu abraço: Jesus, o Cristo. No entanto, os seres humanos mais evoluídos viveram desconhecidos, apartados, e vivem em segredo. Ninguém sabe a sua existência porque, domados e aniquilados os desejos e a vaidade, assim compreenderam o que convém a eles”. Descobriram que a felicidade é um estado interno e sublime, uma contemplação e vivência da perfeição divina.

         Enxergaram que importante não é ter, mas é SER, e tu poderás ser comigo, depois de todas as provações, uma Luz Divina. Porque fiz a ti, pequena centelha, à Minha Semelhança para sustentar o Universo.

         Entendeste? Um dia precisarás sentir no teu âmago que “criados nós não fomos para viver como brutos, mas para seguir a virtude e o conhecimento”. Por essa via e com devoção, chegarás à meta.

         Aqui consideramos uma realidade: “Podem existir indivíduos, pertencentes à mesma raça humana e até à mesma família, que alcançam as alturas, enquanto outros irmãos se afundam nas profundezas. Paraíso e inferno, opostos de amor e ódio, de bondade e maldade, para testar, para dar oportunidade da ascensão que se adquire pelas chagas e pelos méritos, e pelo despertar da verdadeira consciência.”

         Pico della Mirandola, florentino excelso, iluminado, faleceu com apenas 31 anos, em 1494, e deixou o texto “Discurso sobre a dignidade do homem”, que assim soa, bondosamente, aos ouvidos atentos:

         Não te concedi uma única face, nem um só lugar, ou algum dom que te faça particular, ó Adão, a fim de que tua face, teu lugar e teus dons, tu os desveles, conquistes e domines por ti mesmo. Sem importante natureza definida por lei, como obriguei outras espécies de seres vivos. E tu, ao qual nenhum confim delimita, tu, pelo teu próprio arbítrio, entre as mãos daquele que aqui te colocou, tu definas a ti mesmo. Te pus no mundo para que tu possas contemplar o que contém esta obra. Não te fiz celeste nem terrestre, mortal ou imortal, a fim de que tu mesmo, livremente, à maneira de um bom pintor ou de um hábil escultor, descubras tua própria forma.

         O céu estrelado vale a dor do mundo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em maio, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,94%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.