quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DOS JOGOS DE TABULEIRO NO DESENVOLVIMENTO INFANTOJUVENIL E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE SERVIDORA NA SUSTENTABILIDADE


“Jogos de tabuleiro e desenvolvimento infantojuvenil
        De origem bastante antiga, os jogos de tabuleiro tiveram seus primeiros registros na história cerca de 5.000 a.C., em regiões da Mesopotâmia e do Egito. Atingindo seu auge ao longo das décadas de 30, 70 e 80, essa modalidade ficou por muito tempo esquecida e sem novidades em nosso país, mas vem se reinventando e ganhado um maior número de adeptos nos últimos dez anos.
         Hoje, além de proporcionar momentos de diversão e lazer, os jogos de tabuleiro podem impulsionar o desenvolvimento cognitivo e social dos participantes. Durante a atividade, os jogadores são estimulados a exercitar habilidades como a atenção, a memória, o raciocínio lógico-matemático e também habilidades interpessoais.
         Ao lidarem com regras, vitórias e derrotas, os participantes ainda aprendem a colocar em prática importantes conceitos, como estratégia, concentração, paciência, liderança e comunicação. Já no âmbito social, a brincadeira promove interação, convívio e estreitamento de laços entre todos que partilham momentos de diversão ao redor de uma mesa, envoltos nos jogos de tabuleiro.
         Por contribuir para o relacionamento entre os seus jogadores e incentivar a obediência a regras e limites, os jogos de tabuleiro também vêm ganhando espaço no ambiente das escolas. Vejo com muito entusiasmo a adoção dos jogos como uma atividade lúdica e didática nas salas de aula, pois, ao longo das partidas, as crianças entram em contato com uma série de ensinamentos e princípios que não são essenciais só para a dinâmica do jogo, mas também para o desenvolvimento intelectual e o estabelecimento de uma boa convivência em comunidade.
         Atitudes como a de respeitar a vez do colega, saber lidar com a vitória ou com a derrota e compreender o êxito ou o insucesso como consequências comuns aos jogos são alguns dos principais preceitos e valores que a prática pode fornecer às crianças. Elas também começam a assimilar a ideia de que aquele que ganha não é superior ao que perde. E tudo isso pode ajudar muito na construção da maturidade de uma pessoa e também no aumento de sua capacidade de enfrentamento de adversidades durante a vida.
         Além de estarem presentes em escolas e casas, os jogos de tabuleiro são cada vez mais comuns em estabelecimentos comerciais e em diversos outros locais e contextos. Mesmo que os jogos digitais e virtuais ocupem um lugar de destaque no mercado, os de tabuleiro vêm assumindo novas roupagens e conquistando cada vez mais adeptos. Para que os jogos desenvolvidos pela minha editora ofereçam experiências mais interessantes e atualizadas, sempre procuramos estudar o nosso público e entender quais são as suas expectativas.  Esse processo nos permite atingir novas pessoas e consolidar o nosso trabalho entre as pessoas que já o acompanham.”.
(Renato Simões. Game designer e CEO da editora especializada em jogos de tabuleiro e cartas Geeks N’Orcs, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de novembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 24).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 22 de novembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Presunção e água benta
Os ditados populares são sabedorias inscritas na vida do povo, fonte incontestável de referências e têm a força pedagógica necessária para importantes correções. Por isso mesmo, é oportuno lembrar, aqui, um ditado popular recitado, em muitas oportunidades, por velha amiga com longa experiência de vida, o que lhe confere autoridade: “presunção e água benta, cada um pode ter o quanto quiser”. Lembrando que a escolha equivocada é um risco. Certamente, além de afronta à civilidade, agir com presunção pode trazer prejuízos a diferentes processos, com perdas sociais e institucionais. É preciso, pois, buscar o remédio para esse mal e a receita vem dos evangelhos, nos muitos ensinamentos de Jesus.  
Se a presunção não for tratada, ela se agrava e torna-se soberba, a grande responsável pelas indiferenças, que enjaulam o ser humano na incompetência para se relacionar. Distancia-o da sensibilidade indispensável para o exercício da solidariedade. Deve-se buscar a humildade, virtude que é o grande antídoto para curar presunções. Por ser virtude, requer dinâmicas existenciais e espirituais para desenvolvê-la. A referência a húmus, na etimologia do vocábulo humildade, remete ao sentido de “pés no chão”, à vida em parâmetros de simplicidade. Para se orientar a partir desses parâmetros, torna-se oportuno cada pessoa reconhecer a sua condição frágil e mortal que é própria de todo ser humano. Assim se encontram razões para atitudes e hábitos simples, reconhecendo-se humilde servidor. 
Desconsiderar a humildade, nas dinâmicas espirituais e existenciais diárias, é um risco. Pode provocar o desvirtuamento de identidades, da personalidade e, consequentemente, desfigurar o caráter, sustentáculo para o exercício da cidadania e da vivência autêntica da fé cristã. Há de se ter presente que a presunção tem força de perversão. Enfraquece o relacionamento humano, indispensável para o desenvolvimento das iniciativas necessárias ao bem de todos. 
Esse mal distancia e alimenta perigosa pretensão: se achar melhor, muitas vezes, a partir da desvalorização do outro. Na esfera religiosa, há de se calcular o prejuízo terrível da presunção, causa de práticas tortas, que se dizem ligadas à fé cristã. 
Presunção é o habitat do orgulho e da ganância. Manifesta-se em disputas por privilégios, na busca egoísta completamente oposta à verdade do Evangelho, que tem por princípio fundamental a igualdade, o sentido de pertencimento e a solidariedade.
A presunção propicia a manipulação das razões e sentimentos religiosos, desfigurando a autenticidade evangélica. É um mal que induz as pessoas a buscarem somente arrebanhar mais, conquistar mais seguidores, arrecadar mais. 
Os resultados são nefastos pelo desvirtuamento da genuinidade do cristianismo, com a consequente perda de seu valor profético e profundamente transformador de mentes e de dinâmicas culturais. No horizonte da religiosidade, a presunção também impõe atrasos, gera entendimentos rígidos, retrógrados, que buscam alimentar certo domínio das aparências, servindo apenas para camuflar interesses contrários à fé cristã e ao nobre sentido da religiosidade. Esses entendimentos equivocados dão origem às idolatrias que alimentam perspectivas patológicas. E não se pode considerar normal, especialmente no contexto religioso, a idolatria a pessoas.
No mundo político não é diferente. A presunção também alimenta a inconsciência a respeito dos próprios limites, o que leva à lamentável perda do sentido de realidade. Gera, assim, incapacidade para solucionar, com a necessária urgência, os graves problemas da atualidade.  A representatividade no mundo da política, contaminada pelo veneno da presunção, limita-se a agir em favor de oligarquias e na busca por privilégios. A presunção cega a indispensável e saudável capacidade para a autocrítica. Em vez desse necessário exercício, grupos e segmentos se pautam por pretensões inconsistentes, completamente desconectadas da realidade. Contexto que favorece a projeção de ídolos políticos revestidos de feições religiosas. Indivíduos que fazem da política o que ela não deveria ser, com atrasos na promoção da participação cidadã, inviabilizando, inclusive, a renovação dos nomes no exercício da representatividade e a rapidez na solução dos muitos problemas sociais.
Vale avançar no horizonte deste ditado popular - “presunção e água benta, cada um pode ter o quanto quiser”- para se reconhecer patologias que levam a atrasos civilizatórios, com a incapacidade para se enxergar novos rumos e nomes, novas práticas e respostas para as demandas da sociedade. Quem precisa sair de cena não sai, por não reconhecer que é necessário fechar um ciclo para a abertura de um novo. Alimentar a presunção é permanecer no parâmetro da mediocridade, escondida por muitas roupagens que apenas enganam para não ter que mudar o que precisa sofrer rápidas e urgentes intervenções. Tudo se justifica pela deliberada falta de consciência clarividente e de autocrítica, porque “presunção e água benta, cada um pode ter o quanto quiser”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 317,24% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 305,89%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E AS ALEGRIAS E GRAVES DESAFIOS DOS MARES E OCEANOS NA SUSTENTABILIDADE


“A economia frente as questões ambientais
        Dois americanos foram os vencedores do Prêmio Nobel de Economia este ano. Ambos escolhidos por seus estudos estarem relacionados com interações entre o progresso tecnológico, o meio ambiente e a economia. Não são teses explicitadas recentemente. Ao contrário, os estudos de William D. Nordhaus e Paul M. Romer representam muitos de trabalho para enfatizar as consequências das mudanças climáticas globais e a importância da inovação tecnológica, com nossas expectativas para as atividades econômicas e para o bem-estar da sociedade, no longo prazo.
         A escolha aponta para a necessidade premente de maior evidencia ao que, embora possa parecer óbvio, não representa um efetivo norteador da economia. Ou seja, tanto as variáveis ambientais como a inovação tecnológica não são fatores apontados pelo mercado como estrategicamente relevantes, numa dimensão suficiente e necessária. Mesmo com evidências cada vez mais acentuadas que demonstram as consequências da degradação ambiental e das mudanças climáticas nos negócios, ao longo de nossa existência.
         A busca pela harmonização entre a exploração da natureza – na forma de incontáveis atividades econômicas – e a manutenção das condições de longevidade dos negócios, de qualidade de vida e da proteção do meio ambiente representa um assunto amplamente exposto nas últimas décadas. No entanto, com uma notória qualificação de estar mais voltado ao discurso do que para a prática. Efetivamente, há de se reconhecer a falta clamorosa de controle, dos governos e da sociedade em geral, para inibir práticas econômicas inadequadas. E que atingem, muito negativamente, o interesse público, em função de suas consequências ambientais.
         Esse cenário aponta para outras características bem conhecidas do comportamento humano, em que as decisões são, em boa parte, mais determinantes do que o bom senso e o conhecimento de maneira geral. De fato, não há uma relação direta entre as muitas ameaças globais que podem determinar uma situação de crise econômica, social e ambiental sem precedentes para a humanidade na maioria das vertentes da economia, passada e presente. Torna-se evidente que enfatiza a importância de alguns dos poucos economistas que conseguem enxergar algo em meio à neblina do que denominamos “economia de mercado” justifique uma premiação tão significativa.
         O Nobel de Economia deste ano, ao aproximar temas como inovação tecnológica e proteção do meio ambiente, certamente não faz isso por acaso. Cabe observar que nenhuma dessas duas importantes demandas pode representar, isoladamente, uma solução plausível para os gigantescos desafios civilizatórios da atualidade. Mas a conciliação entre os progressos tecnológicos direcionados a diminuir os impactos sobre o meio ambiente e a efetiva ação de proteção da natureza, na forma de infraestrutura verde, podem garantir, de maneira efetiva e consistente, uma fórmula minimamente adequada para que a economia não continue proporcionando tantos desequilíbrios e riscos para a nossa sociedade.
         Essas tentativas de sinalização não são de hoje. E, infelizmente, não vêm apontando para uma evolução suficiente para reverter prognósticos pouco alentadores. Dependemos da nossa própria capacidade de tomar decisões mais condizentes com a realidade e com o bem comum. Precisamos de agendas menos favoráveis ao continuísmo, proporcionado por alinhamentos políticos de grupos econômicos que, sistematicamente, comprometem o nosso futuro comum.”.

(CLÓVIS BORGES. Diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de outubro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de JANAÍNA BUMBEER, analista de projetos ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, e RONALDO CHRISTOFOLETTI, professor da Unifesp, integrante do grupo de 30 cientistas voluntários brasileiros convocados pela ONU para traçar pareceres sobre o que já foi feito para os oceanos, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mar de alegrias e grandes desafios
        A costa brasileira é formada por quase nove mil quilômetros de beleza. São praias, dunas, falésias, restingas, manguezais e baías que reúnem uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Um país verdadeiramente bonito por natureza, como diz Jorge Bem. Essa riqueza natural se mistura com a cultura praiana presente nas canoas de pesca, no artesanato, na culinária. O mesmo cenário em que depositamos nossas esperanças ao entardecer, tornando impossível contar a nossa história sem que os olhos sejam voltados para o Oceano Atlântico.
         Dizer que a gente fica melhor quando está em frente ao mar, parafraseando Nando Reis, não é apenas uma licença poética da canção. Um número crescente de pesquisas mostra o que o conhecimento popular já sabia: que estar próximo do mar faz bem à saúde, previne doenças e promove o bem-estar. Isso pode explicar o que leva mais de dois terços da população mundial viverem no litoral ou em áreas próximas à costa.
         Nossos mares e oceanos são tão importantes que influenciam a vida de todos nós – de Norte a Sul, de Leste a Oeste –, e não só dos brasileiros que vivem na zona costeira. Os oceanos são a base de sobrevivência de toda a humanidade, pois garantem a produção de oxigênio, recursos pesqueiros, regulam o clima até das regiões interioranas. Além de representarem local de esporte, lazer e turismo, abrigam os portos que conectam regiões e continentes, nos quais transita a maior parte do comércio e da economia mundiais. Dados recentes indicam que 19% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil advém dos nossos mares e oceanos, ficando atrás apenas da agricultura (21%).
         São tantos os benefícios e serviços ecossistêmicos, que até a ONU declarou o período de 2021 a 2031 como a década dos oceanos.
         Nesse mar de alegrias e riquezas, algumas tristezas chamam nossa atenção. Apesar da imensa importância econômica, ecológica, social e cultural, os mares não têm recebido os cuidados e investimentos que deveriam e estão ficando doentes. Novamente, não é apenas uma licença poética. Os peixes e outros recursos pesqueiros estão entrando em colapso. Algumas de nossas praias, antes paradisíacas, estão se tornando um cenário de sujeira e descarga de esgoto. As mudanças climáticas são reais, basta sentir as ondas de calor ou frio extremos, as chuvas intensas e inundações, o aumento do nível do mar e as ressacas cada vez mais frequentes que afetam quase 60% das cidades costeiras no Brasil.
         Esse é o cenário do Antropoceno: a nova era geológica em que entramos, na qual atividades humanas começaram a ter um impacto global significativo no clima do planeta e no funcionamento dos seus ecossistemas. Temos um ambiente tão rico e tão lindo, mas temos uma capacidade inigualável de alterar o meio em que vivemos, a ponto de colocar em risco a nossa própria existência e das gerações futuras.
         Neste balanço de alegrias, riquezas, tristezas e preocupações, nosso poder transformador pode, também, ser a solução. Somos criativos e devemos usar nossa criatividade, nossa alegria e nossa força para mudar o cenário atual, com soluções inovadoras, novas tecnologias e, principalmente, mudanças de comportamento.
         Das pequenas ações, como consumir só o que precisamos, descartar o lixo corretamente, respeitar o meio ambiente e desmatar menos, às grandes mudanças, como a cobrança dos poderes Executivo e Legislativo para garantir a segurança do nosso meio ambiente. Assim, não importa se hoje estamos passando a tarde em Itapoã, numa barca para a Ilha do Mel ou surfando as ondas do céu de Brasília, todos nós somos responsáveis pelos mares. Deles dependemos para viver e para eles podemos deixar o nosso melhor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA PRODUTIVIDADE NO DESEMPENHO EMPRESARIAL E AS ALAVANCAS NA SUPERAÇÃO DAS CRISES NA SUSTENTABILIDADE


“Aumento da produtividade nas empresas
        Uma das perguntas mais frequentes dos gestores é como aumentar a produtividade do time financeiro. Para solucioná-la, é preciso buscar por soluções inovadoras, capazes de melhorar os processos da área, posicionando-a como crucial na estratégia da empresa.
         Hoje, a interação entre as pessoas e ambientes é diferente. Os carros são autônomos e as casas inteligentes. Mas uma coisa ainda é igual: precisamos carregar o piano. Ou seja, o departamento financeiro continua trabalhando da mesma forma de 40 anos atrás. Como assim, carregar o piano? Carregadores de pianos são pessoas que trabalham muito em tarefas complicadas e pesadas. Com isso, é possível entender que o carregador de piano de uma empresa é a área financeira, que sempre age nos bastidores, realizando tarefas burocráticas, cansativas e incomodas, e nem sempre como o devido reconhecimento.
         Assim, é possível perceber que o setor demanda grande parte de seu tempo em tarefas de conferências, como a conciliação de recebíveis. Por exemplo, se uma loja faz três mil transações por mês e não possui uma solução que realize a conciliação das vendas de forma automática, o time financeiro terá que buscar cada uma das operações manualmente. Ou seja, há uma perda de tempo grande com tarefas maçantes, desagradáveis e cansativas, pois além de ter que tratar as vendas divergentes, será preciso conciliar as vendas corretas. Com isso, o funcionário se desmotiva e não rende aquilo que é esperado.
         Cada empresa tem uma cultura, bem como sua expertise. Mas, para crescer, desenvolver e atingir seus objetivos, é preciso ter em mente que a automação de processos é o segredo para tornar qualquer negócio mais rentável. Com uma ferramenta que automatize os processos e reduza o tempo de trabalhos burocráticos, os carregadores de piano se tornam mais produtivos. Deixam de ficar até tarde no escritório para conferir o movimento do banco, se estressam menos e geram outros benefícios, tais como:
         Redução das faltas e afastamentos – Um dos maiores entraves enfrentados por empresas de todos os setores é a grande quantidade de faltas e afastamentos decorrentes de problemas de saúde relacionados ao esforço no trabalho. Ao garantir um ambiente mais saudável, com menos sobrecarga e burocracia, esse índice é reduzido.
         Melhora na concentração e raciocínio – O colaborador consegue focar mais em suas atividades, sem perda de concentração, tornando o seu raciocínio mais eficiente. Automaticamente, sua cognição e QI também melhoram e ele se torna capaz de resolver problemas com mais facilidade.
         Melhora da saúde mental – O ambiente de trabalho se torna um local mais animado, gerando menos irritação e promovendo o aprimoramento da comunicação e do trabalho em equipe para os funcionários. Assim, constrói-se um espaço corporativo mais saudável e leve, o que aumenta a produtividade de todos.
         Mais autoconfiança e autoestima – Ao perceber sua própria capacidade e potencial, o colaborador adquire confiança e segurança para desempenhar suas tarefas. Ele sente-se satisfeito consigo mesmo e isso estimula o seu crescimento na empresa e um trabalho de maior qualidade.
         Melhora na disposição e motivação – Os contratados se sentem mais dispostos. Fato que é reforçado pela redução do estresse e pelo aumento da autoestima. Assim, a utilização de ferramentas de gestão proporciona um menor número de tarefas burocráticas, além de liberar a mão de obra para focar na detecção de gargalos nos processos diários. Assim, os carregadores de piano se tornam mais produtivos, não ficam até tarde no escritório para conferir o movimento do banco, se estressam menos e têm mais tempo para si, ganhando motivação.”.

(MARCELO GARCIA. CEO da Equals, empresa especializada em gestão e conciliação de recebíveis, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de CARLOS CAIXETA, economista, consultor, escritor, professor e palestrante, e que merece igualmente integral transcrição:

“As alavancas do pós-crise
        Tempos de crise são difíceis, mas também positivos, pois colocam à prova a força da empresa, da reputação e modelos de gestão. O que está forte, fraco; o que tem verdadeiramente o apoio das pessoas e o que só existe ‘para constar’; se a empresa segue com consistência sua ética e valores; se o rumo estratégico está claro; se os clientes confiam na promessa da marca; se os líderes comandam pelo exemplo; se os fornecedores e parceiros são aliados para a construção do sucesso nos negócios.
         Os solavancos da crise foram favoráveis para o despertar de mudanças para a prosperidade dos negócios e construção da confiança com os atuais e potenciais clientes. Após essa turbulência de 2015, 2016 e repiques em 2017, um dos principais aprendizados foi que líderes precisam estar dispostos a um processo contínuo de questionamento e autodesenvolvimento. Devem compreender que o presente e o futuro são construídos a partir de seletivos aprendizados passados, da obsessiva vontade de fazer melhor e de planos futuros para entregar mais valor e satisfação, não só aos clientes, mas a todos os envolvidos com o desempenho da empresa.
         Os momentos difíceis também ensinaram que as armadilhas mais comuns são: quebra do pacto de confiança entre a empresa e seus stakeholders (funcionários, clientes, fornecedores etc.), quando valores e princípios da empresa são desrespeitados para se obter ganhos financeiros de curto prazo; redução indiscriminada dos custos, incluindo demissões em excesso e diminuição da qualidade dos produtos e serviços, ações de fidelização, comunicação e pós-venda; foco excessivo  no curto prazo, cancelando programas de treinamentos das lideranças, reduzindo investimentos prioritários e barrando as inovações; e prática desesperada de descontos, fazendo caixa no curto prazo, mas reduzindo as margens de lucro e referências positivas sobre a marca, pois preço referencia qualidade. Se a empresa não tem uma estrutura de custos e processos adaptada para trabalhar com baixos preços, alta eficiência operacional, essa será a decisão que pode jogá-la no abismo.
         As companhias que criaram alternativas inovadoras e foram coerentes com seus valores, preservando funcionários e a visão de longo prazo, reforçaram os laços de confiança com seus stakeholders, fortaleceram sua reputação e probabilidades de sucesso futuros. Agora,no pós-crise, elas novamente precisarão  de gente competente e comprometida. Será a hora de quem manteve seus valores baseados na excelência humana e de gestão, colher os frutos dos seus esforços, coerência e consistência.
         Na retomada, a organização também precisa entender onde pode ser mais eficiente e fazer uma boa gestão de custos e processos. Um começo é desenvolver a consciência sobre seus problemas e capacidades, o que tem de forte e o que precisa ser melhorado (áreas de oportunidade) nos setores. Precisa fazer uma discussão estratégica: referenciar o passado para entender o presente, projetar o futuro desejado e detalhar as ações para construí-lo, incansavelmente.
         Todas as empresas devem entender que a percepção positiva em torno da sua marca, bem como a confiança vinda da boa reputação, são construídas nos mínimos detalhes, produtos, serviços e contatos com clientes e demais stakeholders. Agir com coerência e consistência, alinhando a prática ao discurso, é fundamental para construir e manter a boa imagem ao longo do tempo. A construção e fortalecimento dessa imagem é exatamente o que ergue a reputação da empresa, motor da retomada no pós-crise.
         Em 22 anos de estudos e experiência, percebo que o desempenho econômico, por si só, não é capaz de garantir uma boa reputação. O desafio é maior. A crise mostrou a fragilidade de grandes corporações diante de um cenário de queda na confiança e incertezas sobre o futuro. Apontou que pequenas startups podem prosperar por serem capazes de mobilizar a paixão dos colaboradores na direção de uma causa maior do que apenas ganhar dinheiro. Quem investiu no fortalecimento da reputação, na inovação, nas pessoas e na gestão profissional para entregar soluções relevantes para seu contexto e mercado sofreram menos e se recuperaram mais rápido.
         Na vida existem os que observam, os que analisam e aqueles que constroem. Qual será a sua postura? Tenha certeza de que a perseverança, o trabalho duro e a disciplina são imprescindíveis para qualquer realização, pois genialidade sem “mão na massa” dificilmente gera resultados. Aliás, Thomas Edison, no início do século 20, já dizia que sucesso é 10% inspiração e 90% transpiração.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.