segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A CIDADANIA E A VIDA EM METRÓPOLE

“ÁREAS METROPOLITANAS

Se, num primeiro momento, o fenômeno da globalização proporcionou o contato entre inúmeras cidades mundo afora, da intensificada troca de experiências entre elas, agora tem propiciado novas formas de interação, a exemplo da Rede Mercocidades. A articulação em rede permite otimizar o debate de interesse comum aos seus integrantes, a partir de pautas compartilhadas. A discussão de questões afetas à gestão e ao planejamento à escala regional e, em especial, à escala metropolitana tem emergido em diferenciados fóruns no âmbito mundial. Apesar de a metropolização não constituir fato recente, ainda se apresentam como desafios planejar o território metropolitano e elaborar políticas pública e formas de gestão integradas.

O enfrentamento da questão metropolitana exige lidar com processos caracterizados por contradições, tais como as tendências de centralização e descentralização, os movimentos de regulação e desregulação, assim como os conceitos de autonomia e integração. As estratégias utilizadas têm sido diversificadas. Formas alternativas têm sido buscadas no sentido da superação de conflitos de ordem política, econômica, social, territorial, em benefício da qualidade de vida nas metrópoles, em suas variadas dimensões. A questão metropolitana tanto tem sido exaustivamente estudada, o que se revela pela efervescente produção acadêmica, como tem permeado as preocupações dos diferentes atores que atuam na esfera, sejam eles governantes, políticos, empresários, representantes de organizações não governamentais e os próprios cidadãos.

Neste cenário, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) tem se destacado no contexto brasileiro pelas recentes iniciativas de planejamento, gestão e governança metropolitanos, com características democráticas e colaborativas. Recentemente, um novo arcabouço legal instituiu um sistema de gestão metropolitano composto por uma Assembleia Metropolitana (órgão de decisão superior e de representação do estado e dos municípios), um Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano (órgão colegiado de coordenação geral das ações relativas ao planejamento metropolitano), e uma Agência de Desenvolvimento Metropolitano (instância de caráter técnico e executivo), aos quais se soma um Fundo de Desenvolvimento Metropolitano. No âmbito deste sistema, já se encontra em finalização o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMBH, cujo processo de elaboração tem contado com a efetiva participação de representantes do governo estadual, dos municípios e da sociedade civil. [...]”
(HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES JÚNIOR, Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de JOSÉ NILO DE CASTRO, advogado publicista, presidente do JN&C – Instituto de Direito Municipal, que merece INTEGRAL transcrição:

“Vida em metrópole

Vivemos, nas meprópoles, a capacidade de adaptação diante da primâmide de problemas citadinos e metropolitanos. As leis de parcelamento, ocupação e uso do solo urbano, que os municípios integrantes de regiões metropolitanas hão que ter, são uma espécie de “linha Marginot da metropolidade”. Está-se a dizer que o desenvolvimento metropolitano só se exercitará a contento com a implantação e execução dos planos diretores metropolitanos, que constituem resultado dos anseios das metrópoles e dos municípios que as circundam e as integram. A cidade é instrumento de cidadania, não mãe de munícipes. A cidade não são problemas, mas soluções. Impõe-se alcançá-las.

Temos que afastar, no plano da “metropolidade”, aquela situação que se encontra no plano da nacionalidade: é que o Estado, mesmo com seus genes republicanos e democráticos, no plano político e de gestão governativa, mantém com o povo relação malsã de distribuidor de benesses, em vez de ser instrumento de desenvolvimento da nacionalidade. Destarte, ao sentido da “metropolidade” confluem a instrumentalidade política da representatividade e a instrumentalidade jurídica da governança. As cidades, devoradoras de espaço, têm que assegurar a todos irrestritividade de acesso num quadro territorial de espaço restrito. Perfaz-se aí confronto do direito com a situação de fato que desafia a própria noção jurídica de acesso irrestrito. Daí os mecanismos jurídicos instrumentais de que cogitam as leis de organização territorial multiurbana, no plano do trânsito, da mobilidade urbana e da ocupação racional do território urbano. É verdade que a instrumentalização jurídica para minorar incômodos na mobilidade urbana nas metrópoles está à sua disposição, como o estatuto da cidade, as leis de saneamento básico, dos resíduos sólidos e dos consórcios públicos, entre outras.

Não é menos verdade, porém, que temos que reconstruir e ou reinventar as cidades na horizontalidade da metropolização para as que são metrópoles e na verticalidade de associação para as que não são metrópoles, tornando efetivas e eficazes as legislações urbanísticas. É que a liberdade de ir e vir no espaço territorial urbano e multiurbano tem que ser apreendida e compreendida na sua concretude, não na abstratividade conceitual, já que o município é quem detém a competência de organizar e de ordenar o espaço territorial urbano.

No plano do meio ambiente, impende, a uma, instituir o IPTU ambiental, e, a duas, inaugurar uma política municipal e intermunicipal que discipline a preservação das árvores, que são mutiladas para proteção da fiação das concessionárias de energia elétrica, quando a fiação deve ser subterrânea por três motivos: a) por segurança das instalações e de pessoas; b) pela salvação das próprias árvores; c) pela satisfação do princípio da fruição coletiva da paisagem urbana. Tais medidas administrativas propiciariam minorar a segregação urbana, que estiola a cidadania na perspectiva da dignidade da pessoa humana. Entendo a segregação urbana na flutuação de seus termos, isto é, a segregação espacial, social e residencial, a caracterizar o conceito de crise urbana, que engloba todos os problemas urbanos, como a poluição em suas diferentes formas, a carência de habitação, a delinquência, a violência, o transporte e o trânsito.

Sem objeto jurídico não há observação jurídica. Na “metropolidade”, a democracia participativa e a cidadania representam força de transformações, em cuja finalidade as legislações de ordenação do solo urbano e metropolitano constroem o direito antissegregativo, na lógica instrumental que preserve e erradique desequilíbrios na repartição das funções sociais urbanas. Assim sendo, atende-se ao princípio da mixidade, no princípio em movimento, que é inerente à noção de “metropolidade” e que se compraz progressivamente com reinvenção reconstrutiva citadina, objetivando alcançar paradigmas novos da equação social, na certeza de que em nenhum lugar do mundo até agora se inventou modelo de queimar etapas de desenvolvimento urbano.”

Estas são, pois, páginas que AMPLIAM e VALORIZAM o entendimento das grandes TRANSFORMAÇÕES e DESAFIOS acerca do DESENVOLVIMENTO URBANO que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A CIDADANIA, A LIBERDADE E A ESPERANÇA

“E AGORA BRASIL?

Gosto do Brasil desde o primeiro dia em que aí coloquei os pés, há quase 25 anos. Hoje esse país faz parte da minha identidade: cheguei a torcer pela Seleção Brasileira na última Copa do Mundo (tudo bem que não foi muito difícil em razão dos vexames da França) e dei à minha filha mais velha um nome brasileiro.

Claro, no começo descobri o país por meio daquilo que faz sua fama: o carnaval, que nos instiga uma aura libertária; a música, com seus ícones do tropicalismo e da bossa nova; a Cidade Maravilhosa, repleta de praias ensolaradas; a garota de Ipanema, que imaginamos mestiça; e todos os artistas do futebol.

Conhecendo melhor o país, no entanto, me conta de que esses clichês turísticos, por mais impressionantes que sejam, devem ser conjugados com alguns detalhes do dia a dia. O europeu que vive no Norte dos Alpes ou dos Pirineus é pego de surpresa pelo calor humano e a forma espontânea com que é recebido pelos seus amigos, e pelos amigos dos amigos, em terras brasileiras. Morei anos em Berlim, cidade extraordinária, mas o número de convites que recebia para sair durante uma semana em Belo Horizonte era maior do que num ano inteiro na capital alemã.


[...] Mas é preciso deixar claro: alguns traços da vida brasileira ainda trazem desconforto para um olhar europeu.

O mais difícil é a desigualdade social. As diferenças de renda são absurdas. O luxo aparece mais do que no Velho Continente. E a miséria também, sobretudo nas ruas. O choque é ainda maior pelo fato de, no Sul e no Sudeste, o nível de riqueza estar se aproximando do da Europa do Sul.

Não há dúvidas de que as despesas com saúde e educação, inacessíveis para os mais pobres, são consideradas um descompasso aos olhos daqueles cujos filhos puderam se beneficiar – da maternidade à vida adulta; da escola primária à universidade – de um serviço público de qualidade. A França ou a Alemanha também têm seus guetos de ricos, mas as classes médias não têm necessidade de se fechar em condomínios, clubes privados ou edifícios protegidos por cercas e vigias para viver em tranquilidade, em face de favelas e bairros populares onde seria perigoso colocar os pés. Se vivesse durante um tempo no Brasil (velho sonho), faria sem dúvida como todos, mas não posso considerar essa situação satisfatória. O desenvolvimento espacial separado das diferentes classes sociais é sintomático de um mal profundo. Ele contraria não somente o senso de justiça, mas também o bem-estar daquilo que é uma vida admirável. [...]”
(YVES SINTOMER, é professor de ciência política na Universidade Paris 8. Ao longo dos anos, ensinou e pesquisou em diversas universidades, entre elas Florença, Berlim, Frankfurt e Harvard. É autor de O poder ao povo: júris de cidadãos, sorteio e democracia participativa (Editora UFMG, 2010), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de novembro de 2010, Caderno PENSARBRASIL, páginas 10 e 11).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 18 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de LUCAS COUTO, Gerente de relações institucionais da Face/Fumec, publicitário, pós-graduado em marketing e gestão de negócios, que merece INTEGRAL transcrição;

“Liberdade e esperança

Em 196l, o presidente John F. Kennedy lançou o desafio à nação norte-americana de, ainda naquela década, levar o homem à Lua e trazê-lo de volta em segurança. Essa conquista, realizada em 1969, por Neil Armstrong e Edwin Aldrin, simbolizava bem mais que uma vitória na corrida espacial disputada com a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em tempo de Guerra Fria. Foi uma longa jornada de evolução científica, tecnológica e social que transformou o povo americano pelas décadas seguintes. Os frutos evidentes desse esforço nacional são, logicamente, os dividendos colhidos pelos novos conhecimentos e pelo desenvolvimento de ferramentas necessárias à empreitada. Porém, os resultados mais duradouros e vistosos estão no fortalecimento da identidade de um povo e elevação de sua autoestima pela conquista de algo até então intangível.

O Brasil desta segunda década do novo milênio se apresenta de forma muito similar aos norte-americanos, que acabavam de sair de um período de guerra e escassez para trabalhar pela construção de sua soberania. Aos poucos, caminhamos para a vitória em nosso penoso conflito contra a miséria e a desigualdade e podemos unir a sociedade para o desafio que resgatará a cidadania de nossa gente e vai marcar definitivamente nossa ascensão como nação soberana: o fim do analfabetismo, o que representaria a inclusão de todos os brasileiros pelo universo das letras, duas palavras se tornam síntese da grandiosidade deste projeto: liberdade e esperança.

As experiências, ainda que segmentadas, na alfabetização de adultos têm demonstrado o poder libertador que projetos dessa natureza têm exercido nas comunidades onde são inseridos. Em localidades onde a sociedade se organizou e participa ativamente da luta contra o analfabetismo tendem a ser muito superiores à média. Isso se deve, principalmente, à motivação adicional que os estudantes encontram quando percebem que seu esforço em recuperar o tempo perdido é valorizado e recebido de forma tão positiva pelas pessoas a sua volta.

O conhecimento de que a presença da sociedade contribui para essas iniciativas é, sim, uma convocação inadiável para que todos nós assumamos essa batalha em nome do conhecimento e do resgate da dignidade de nossos irmãos. Esse reforço coletivo pela educação e, verdadeiramente, a etapa fundamental da transformação de nossa realidade, pois, educado, nosso povo se torna mais consciente de seus direitos e menos susceptível ao abuso, ao controle e à exploração. Ao se tornar uma nação plenamente alfabetizada, o Brasil transforma uma parcela da população, que hoje se encontra à margem do caminho do desenvolvimento nacional, nos agentes mais entusiasmados pela mudança, pois eles serão os primeiros a querer multiplicar e compartilhar os benefícios advindos do conhecimento. O desafio que a história reserva à nossa geração é erradicar o analfabetismo. Motivar a busca pelo conhecimento é a obra definitiva que garante nosso lugar na história, resgatando milhões de pessoas do abismo que marca a fronteira entre aqueles que têm ou não oportunidade de evoluir e se afirmar como indivíduo.”

Eis, portanto, mais ADEQUADAS e SÉRIAS indicações ao COMBATE, que deve ser URGENTE e IMPLACÁVEL ao ANALFABETISMO, que está na raiz de outra CHAGA NACIONAI – a DESIGUALDADE SOCIAL. São também desafios que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A CIDADANIA NA LUTA PELA ELIMINAÇÃO DA POBREZA

“Por amor ao outro

O Fórum das Letras de Ouro Preto, que terminou na segunda-feira, teve como tema a literatura africana de expressão portuguesa. Durante seis dias, dezenas de escritores de Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde dialogaram com seus colegas brasileiros. O público, que este ano quase dobrou em relação às edições anteriores, teve à disposição uma gama de debates e temas, que foram da literatura ao cinema, passando pelo jornalismo, história, religião e ecologia. Num tempo que cultua a pressa e a superficialidade, o fórum deu uma lição de calma e conteúdo; num momento em que todos exibem títulos de posse de saber, o encontro se deu a portas abertas, sem necessidade de crachá de qualquer espécie, dos burocráticos aos ideológicos.

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NOVA CHAVE O Fórum de Ouro Preto parece assumir feição própria. E sobre isso cabe uma reflexão de ordem mais política. Na sociedade contemporânea acostumamos a deixar sempre para o outro a função de fazer o mundo funcionar. A responsabilidade é sempre dos políticos, dos dirigentes, da elite, dos pais, dos patrões, dos mandantes. O cidadão, mesmo que cobre espaço de avanço da cidadania, quer tudo garantido pela lei e exercido pela autoridade pública.

Marcuse, num ensaio intitulado “Ultrapassar o conceito de massas”, defendia que o processo social e a revolução se instalavam em indivíduos grávidos de necessidade de libertação. Só os que vão além do egoísmo são capazes de mudanças. O maior desafio revolucionário não se dá em grandes estruturas, mas no indivíduo. A passagem decisiva para transformar o mundo, lendo o filósofo com liberdade, se dá no trajeto do homem solitário para o homem solidário.

Ronald Laing, ao definir o “homem dividido”, alertava para esse duplo vínculo, entre as demandas do individualismo e o compromisso com todos os homens. Não é preciso dizer para que lado anda pesando essa divisão do ego. No nosso cotidiano competitivo, as pessoas só se dispõem a fazer algo que sirva para elas, que lhes dê lucro. A visão de comunidade só é possível para quem também se vê como parte do grupo. A nova chave política deve somar os anseios coletivistas com a mudança da sensibilidade individual.

O que isso tem a ver com o Fórum das Letras? Muito. Organizar um evento que não dá lucro, voltado para temas que não tornam os outros mais poderosos, que não exige mais que interesse e curiosidade, que se esmera em melhorar as pessoas é uma ação política meritória. A isso se soma o cuidado em se fazer o trabalho com cuidado e distinção, dando a todos a sensação de participar de uma situação civilizada. Além disso, dá para imaginar a carga de tarefas, que vão do desenho intelectual ao cumprimento das demandas operacionais de toda ordem.

A organizadora do evento, a escritora Guiomar de Grammont, simbolizou, com seu comportamento eficiente, inteligente, elegante e afetivo, a possibilidade de mobilizar uma equipe em direção a objetivos que vão além do sucesso do Fórum para se tornar um ganho de alma para cada participante. Foi, como toda ação que vale a pena, algo feito pelo amor ao outro.

Que o outro não exista como um número ou patente, mas como um indivíduo que dialoga com seu tempo com mais repertório, informação e compartilhamento, é o mérito maior dessa história toda. Algo que não serve para nada, que não dinheiro para ninguém e que não discrimina. E ainda teve a palavra iluminada e humilde de Adélia Prado e o urgente grito pela salvação da mãe Terra proferido por Leonardo Boff. Além de nos revelar melhor a fraternidade que nos une aos irmãos do outro lado do Atlântico. Não podia ser melhor.”
(JOÃO PAULO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de novembro de 2010, Caderno PENSAR, página 2).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MAURO WERKEMA, Jornalista, que merece INTEGRAL transcrição:

“Eliminação da pobreza

A erradicação da pobreza extrema não é tarefa fácil. Na verdade, não há, em todo o mundo, modelos universais para tal tarefa para países com crônicas e gritantes desigualdades, herdadas de cinco séculos de desequilíbrios econômicos e sociais, como o Brasil. Trata-se de ação prioritária, continuada, coletiva, multissetorial, interdisciplinar e sustentada por fortes recursos públicos e privados, se o objetivo é tirar populações da condição de miserabilidade sem que essa intervenção seja mero populismo paternalista. Ou seja: não é só dar o peixe mas garantir que as pessoas aprendam a pescar, o que exige ações integradas e simultâneas de educação, de profissionalização, de geração e criação de empregos, de oferecer moradia e saúde. Enfim, que o ser humano degradado, retirado do mercado de consumo e de produção, possa adquirir as qualidades de cidadão efetivamente em interação ativa na sociedade emergente, em processo de reconstrução psicológica e cultural, como um efetivo agente de mudança.

É claro que é possível. Mas em que tempo, com quais modelos e recursos e com tipo de gestão? São respostas difíceis, possíveis na teoria, mas certamente complexas na prática, especialmente no campo das condutas humanas, de seres vivos desclassificados socialmente, sem visão de perspectiva e sem consciência de que podem mudar. No campo ideológico, em que historicamente sempre se travou esse debate, se crê que não é possível uma sociedade de classes médias sem alteração dos modelos contidos nas ordens política e econômica. De qualquer maneira, a campanha presidencial já teve um grande mérito, que foi colocar o tema da eliminação da pobreza extrema ou, pelo menos, a redução das desigualdades, na agenda das discussões de primeira linha. E a presidente Dilma parece disposta a enfrentar o desafio. Esperamos todos que a promessa de campanha se torne realidade e que a sociedade como um todo, não só a classe política e o governo, mas empresários, igrejas, universidades, entidades de toda natureza, possa se engajar nessa grande, ética e meritória meta.

O Brasil é hoje a oitava economia do mundo e pode ser a quinta, em poucos anos. Mas ocupa a 73ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Hoje, cerca de 30 milhões de brasileiros, equivalentes a 15% da população, vivem com menos de R$ 140 por mês, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Há 10 anos eram 57 milhões. Os indigentes, pobres extremos, são cerca de 11 milhões. Embora a criação de empregos seja o vetor principal na redução da pobreza, outros fatores devem ser conjugados, conforme os especialistas em políticas sociais. Educação e, sobretudo, a vertente da formação profissional são os dois coadjuvantes principais, promotores verdadeiros da elevação social não paternalista, pois possibilitam a mudança humana, a autoestima, a recriação do ser produtivo e com inserção na população economicamente ativa.

Erradicar a miséria tem sido o ideal de todos os sistemas ou ideologias políticas que colocam a justiça social como meta fundamental. Sua conquista perfaz, sem dúvida, toda e qualquer ética política e não só da esquerda idealista, quase sempre romântica e ingênua, mas sempre humanista. Se o Brasil tem a oportunidade de construir uma sociedade mais igualitária e efetivamente caminhar nesta direção, pela via pacífica e institucional, como esforço coletivo de alto conteúdo cívico e ético, mesmo em prazo mais longo, estará dando ao mundo um histórico e formidável exemplo de capacidade de realização, de profundo sentido humanista.”

Eis, pois, mais páginas com RICAS e PROFUNDAS REFLEXÕES que orientam nossos melhores ESFORÇOS no sentido de uma das transformações mais RADICAIS que os tempos hodiernos estão a EXIGIR, e nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, QUALIFICADA, IGUALITÁRIA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS necessários e previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A CIDADANIA GRITA: FORA, O ANALFABETISMO!

“ESCREVENDO O FUTURO

Ler, compreender, escrever. O estudante capaz de dominar esses três momentos está pronto para desenvolver com sucesso sua vida. Essa é uma das carências de nosso país, que carrega nas costas milhões de analfabetos e outros tantos que, precariamente alfabetizados, leem mas não percebem os significados, não têm condição de usar o que apreenderam mal. Chegaram à porta do conhecimento, mas não alcançam abri-la para desfrutar as maravilhas do mundo do saber e da comunicação.

Anísio Teixeira, educador perseguido por ditaduras, já dizia, em 1920, da dificuldade que tinha o Brasil de caminhar na direção do futuro se a educação não fosse prioridade nossa. Ao longo dos anos, muita gente continua batalhando para transformar a realidade dos brasileiros. Foi o que pude assistir, no último fim de semana, ao participar da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

Durante meses, meninos e meninas de todos os cantos do Brasil foram chamados para participar desse desafio, dessa aventura. Escreveram textos em suas escolas municipais e estaduais. Seus escritos foram discutidos e selecionados regionalmente e, a seguir, nacionalmente. Quatro são os temas abordados: reportagem, opinião, poesia e memória. Coube-me participar da fase final da turma que escolheu a memória.

Diante de mim, sozinho no palco, uma dezena de estudantes entre 11 e 15 anos viraram do avesso a minha vida, meu trabalho, minha infância, meu passado, meu presente e meu futuro. Esse é o ponto máximo do projeto: eles se informam de várias maneiras sobre a biografia do personagem a ser inquirido. Perguntam com uma precisão que não encontro em muito repórter adulto profissional. E, mais importante, ouvem com silêncio e atenção as respostas. Pois foram orientados assim, pois só dessa maneira poderiam escrever sobre esse simples escritor de canções.

Finda a agradável entrevista, assistida pelos 225 brasileirinhos que participavam do certame, minha tarefa agora era esperar pelo dia seguinte, quando, entre as duas centenas de escritos, alguns seriam eleitos e lidos para a plateia e para mim.

Sábado, no meio do dia, lá estou de novo, no palco. Pouco a pouco são revelados os textos em que eles, essa maravilhosa e bonita juventude do meu país, descrevem o que apreenderam das pesquisas, das músicas, das letras e da entrevista. Em primeiro lugar: tudo escrito com correção, clareza e sentimento. Ouvir aquelas palavras me emocionaram muito, me arrepiaram. Fiz força para não chorar. Não tive condições de lhes falar muito, era demais para meu coração. Só lhes disse do meu orgulho: diante deles e do que vira e ouvira, cada vez mais acredito no Brasil. Eles estão escrevendo o futuro.”
(FERNANDO BRANT, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de novembro de 2010, Caderno CULTURA, página 10).

Mais uma IMPORTANTE, também PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade Federal do Ceará, que merece INTEGRAL transcrição:

“Fora, analfabetismo!

Apesar de todos os esforços, o Brasil ainda apresenta um quadro vergonhoso de analfabetismo. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 (Pnad), 14,1 milhões de brasileiros são analfabetos funcionais. Tiveram educação sem qualidade. Os dados são alarmantes. Infelizmente, investir em educação não tem sido prioridade. Somente 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) é aplicado na educação, enquanto os países desenvolvidos investem 15% do seu PIB. O Brasil gasta mais na educação do que países como Chile, Espanha ou Argentina, mas gasta muito mais dinheiro com alunos do ensino superior do que com os do ensino fundamental. Outro dado preocupante: no seu oitavo ano, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) gastou R$ 2 bilhões e matriculou milhões de alunos, mas o índice de analfabetismo caiu apenas 0,3 ponto percentual. O que está errado? Sabemos que a educação básica é o maior fator de inclusão social e uma das mais importantes conquistas de um país democrático e desenvolvido. Falta uma política efetiva de qualificação e de valorização do ensino e dos professores, principalmente da educação básica. Formar educador com qualidade deve ser prioridade.

Nas universidades, importante é priorizar os cursos que formam educadores – pedagogia e licenciaturas. Empregar bons mestres e doutores nessa área estratégica das licenciaturas e não professores menos qualificados. Esses cursos ainda têm pouco prestígio dentro das universidades, mas formar professores deve ser priorizado. O prestígio virá também com a valorização real da categoria, com a implantação do piso nacional salarial do educador no Brasil e com a convicção de que a educação transforma a realidade. A alfabetização é o fator que mais proporciona cidadania e inclusão social. Nossos índices educacionais têm melhorado bastante, mas sabemos que os desafios educacionais no Brasil ainda são enormes. Existem vários programas na área da educação no Brasil, como Índice de Desenvolvimento da Educação Básica; Prova Brasil e Sistema de Avaliação da Educação Básica; Exame Nacional do Ensino Médio; Exame de Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior; Programa Universidade para Todos, entre outros. O Ministério da Educação (MEC) realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade.

Porém, há que se repensar nesse governo uma nova gestão educacional brasileira priorizando a erradicação do analfabetismo. Cidadania pela educação – cidadão letrado e consciente dos seus direitos e deveres na sociedade. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos ainda estão fora das escolas, ficando à mercê do envolvimento com drogas, bebidas e criminalidade. É certo que muitos deles buscam o mercado de trabalho, sendo possível conjugar as duas atividades com compromisso. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um aumento de 82% para 84,1% da demanda nas escolas de ensino médio. O Ministério da Educação estuda a possibilidade de tornar o ensino obrigatório dos 4 aos 17 anos no Brasil e que de fato todos estejam estudando. Outro dado preocupante é que cerca de 30% das crianças na faixa de 4 a 6 anos também não estão matriculadas em escolas. Crianças e adolescentes fora das escolas, como mostram os dados, cria um espaço perigoso para o surgimento de graves problemas sociais como: ociosidade, desestruturação familiar, envolvimento com drogas, bebidas, pequenos delitos, prostituição e pedofilia, entre outros. A omissão do Estado cria esses outros graves problemas sociais. Além de implantar políticas públicas eficazes, é importante cooptar todos os estudantes para os grandes projetos científicos e humanitários, promovendo uma revolucionária inclusão social pela educação de qualidade em todos os níveis de ensino, em um mutirão nacional para eliminar o analfabetismo de adultos e inserir todas as crianças no ensino. Temos de buscar a formação do cidadão ficha limpa pela educação de qualidade para todos, com a inclusão de conteúdos obrigatórios na área dos direitos humanos e da cidadania. Isso transformará o nosso país.”

Estamos, pois, diante de mais PRECIOSAS e OPORTUNAS indicações e REFLEXÕES que nos escancaram a PRIORIDADE ABSOLUTA do país – a EDUCAÇÃO – que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A CIDADANIA NÃO TOLERA O ANALFABETISMO

“Cortina de burrice

[...] Ao lermos as descrições feitas por viajantes estrangeiros que passaram pelo Brasil, constatamos o primitivismo da nossa sociedade. Se a corte permanecia tosca, o interiorzão estava ainda mais distante do progresso social acumulado pela Europa, em 2000 anos. Progredimos muito desde então. Mas as cicatrizes do atraso estão por todos os lados. Limitemo-nos a olhar os valores que a civilização ocidental amadureceu, em meio a guerras, perseguições e sangue. O que pode aprender um jovem que vai ao Primeiro Mundo, a fim de conviver com o povo, não com o guia nem com o motorista do ônibus do pacote turístico? Vejamos:

• O valor do futuro, de pensar no amanhã, ao invés do hoje (a essência da sustentabilidade do meio ambiente).
• O sentido de economia, de não esbanjar, de não se exibir, à custa do magro orçamento.
• O hábito automático de cumprir o prometido (um amigo tenista, no Rio, não encontrou os parceiros combinados para o dia seguinte. Em Washington, estavam lá para o compromisso combinado três semanas antes).
• Trabalho manual não é humilhante. Usar as mãos educa.
• Cumprir a lei, branda ou dura. Uma vez aprovada, é para valer.
• Respeito pelo próximo, no trânsito, no silêncio e em tudo o mais.
• Segurança pessoal (deixar o carro em um ermo e encontrá-lo ileso, no dia seguinte).
• Quem vigia tudo é a sociedade, mais do que a polícia.
• Profissionalismo. Há uma maneira melhor de fazer as coisas. O profissional a conhece e a aplica.

Desdenhamos tal herança e macaqueamos hábitos cretinos e modas tolas. Agora temos “delivery” de pizza e “sales” com preços imperdíveis. Importamos o “crack”, as tatuagens, o Big Brother e, de repente, saímos todos com uma garrafa de água mineral na mão, para socorrer uma súbita e fatal crise de sede, no quarteirão seguinte. Pelo menos as senhoras elegantes do Rio já não usam mais casacos de pele nas recepções.”
(CLÁUDIO DE MOURA CASTRO, em artigo publicado na Revista VEJA, edição 2191 – ano 43 – nº 46, de 17 de novembro de 2010, página 24).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 8, que merece INTEGRAL transcrição:

“São milhões de tiriricas

Incapazes de ler o nome do país em que vivem, há no Brasil 14,1 milhões de pessoas maiores de 15 anos que, se soubessem, escreveriam um bilhete em protesto contra a escuridão em que se encontram. Sobram-lhes razões. Em pleno século 21, essa é uma chaga que coloca em dúvida os propalados avanços do país rumo ao mundo desenvolvido e a pretensão de ocupar posição de destaque entre as oito maiores economias do planeta. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), concluída em 2009, em base de dados levantada em 2007. Há poucas indicações de que esse quadro tenha melhorado significativamente. Aliás, se pudessem, os autores do bilhete às autoridades acrescentariam pedido de mais apoio aos programas e aos abnegados professores do ensino para jovens e adultos. São enormes as dificuldades enfrentadas pelos que se dedicam a levar as luzes do alfabeto a adultos e mesmo a jovens. Faltam recursos para oferecer ensino atraente e os alunos são inibidos pela vergonha de não saber ler e pela luta contra a pobreza do dia a dia.

Nem todos têm a sorte e o talento do palhaço Tiririca, que, ao receber 1,3 milhão de votos para representar São Paulo na Câmara dos Deputados, provocou polêmica entre juristas e intelectuais. Enquanto a Justiça decide se pode diplomá-lo, o Estado de Minas visitou várias vítimas da difícil condição de analfabeto. Muitos que conseguiram até criar família, o que faz pensar de que não seriam capazes se tivessem tido acesso, na idade certa, ao alfabeto e à tabuada. “Ser analfabeta é humilhante”, disse uma entrevistada. “É a pior coisa que existe. Não podia andar sozinha, não sabia o preço de nada, não conseguia pegar um ônibus”. Testemunhou uma outra, que, depois de criar 19 filhos, vive o entusiasmo das primeiras letras.

Eles não fazem ideia do que são as Metas do Milênio, definidas em 2000, pela Conferência Mundial de Educação, em Dacar, sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Brasil comprometeu-se a chegar em 2015 com taxa de analfabetismo de no máximo 6,7% da população. A meta estava longe de ser ousada e, a bem da verdade, deveria ter sido bem mais perto de zero. Contudo, no ritmo em que o país vem reduzindo seu vergonhoso estoque de analfabetos, especialistas ouvidos pela reportagem já colocam em dúvida até mesmo o piso compromissado. O passado recente não sugere conclusão diferente. Segundo o IBGE, em 2001, o Brasil tinha 14,9 milhões de analfabetos com mais de 15 anos. Portanto, em seis longos anos, não retiramos mais do que 800 mil brasileiros.

Seja em razão do tal compromisso com as Metas do Milênio, seja com outro que deveria ser ainda muito mais importante, com a consciência nacional e o respeito a essa multidão de analfabetos, não é aceitável andar tão devagar, quase parando, com tamanha prioridade. Seja qual for o próximo governo, um programa que mobilize recursos e pessoas no combate ao analfabetismo, de modo a tornar modesto o compromisso com a Unesco, terá de ser obrigação. É hora de o país pagar essa dívida desonrosa com 14 milhões de brasileiros.”

Eis, portanto, mais páginas com graves REFLEXÕES acerca do SECULAR descaso para com a EDUCAÇÃO que, no entanto, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A CIDADANIA E A ALFABETIZAÇÃO À BRASILEIRA

“NEUROCIÊNCIAS
LEITURA transforma o cérebro

Aprender a ler transforma realidades, insere o indivíduo na sociedade, muda a forma com a qual ele se relaciona com o ambiente. Isso, os pedagogos já sabiam. Mas a leitura é responsável por alterações muito mais profundas: literalmente, ela modifica o cérebro. Uma pesquisa com participação brasileira, incluindo o Distrito Federal, publicada na edição on-line de ontem da revista especializada Science, mediu o impacto da alfabetização na mente. Os cientistas constataram que ele é bem do que o imaginado. As áreas cerebrais ativadas pelas letras não se restringem à região relacionada à linguagem codificada, mas envolve diversas outras, como os setores da fala e da visão.

O estudo foi divulgado no mesmo dia em que o deputado federal eleito este ano com o maior número de votos no Brasil (1,3 milhão) Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, lei e escreveu durante a audiência realizada para apurar a veracidade de sua declaração de escolaridade, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Como a escrita é uma atividade recente, [5 MIL ANOS Enquanto o homem moderno tem cerca de 50 mil anos, a escrita começou a se desenvolver há apenas 5 mil anos, em diversas regiões independentes, como a China e a Mesopotâmia (hoje, o Iraque). Os pesquisadores acreditam que as formas mais antigas da escrita são a cuneiforme e os hieróglifos] comparando-se com a idade do homem, o cérebro não tem uma região inata relacionada à leitura. “Temos que fazer uma colagem, usando sistemas que já existem”, declarou à agência de notícias AFP Laurent Cohen, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm) e um dos coordenadores do estudo. “Ainda não houve tempo para o órgão formar essa estrutura. Então, o cérebro recicla estruturas antigas para atender às novas demandas culturais”, detalhou, em uma teleconferência para a imprensa brasileira, Lucia Braga, diretora de pesquisas do Centro Internacional de Neurociências da Rede Sarah, onde foi realizada a parte brasileira da pesquisa.

Quarenta e um voluntários do entorno do Distrito Federal, incluindo alfabetizados na infância, analfabetos e alfabetizados na idade adulta com diferentes níveis de escolarização, se submeteram a ressonâncias magnéticas funcionais, enquanto tinham seus cérebros mapeados. Durante o exame, que permite visualizar a ativação da atividade cerebral, os participantes recebiam estímulos diversos, como frases e palavras escritas e faladas, imagens de objetos e rostos, e caracteres sem significado semântico. Os cientistas, então, puderam observar a resposta do cérebro de cada grupo de voluntários.

“O resultado é que aprender a ler transforma violentamente as redes neurais da visão e da linguagem”, diz Lucia. “Quando as pessoas foram expostas às frases escritas, houve um aumento da ativação cerebral na área das palavras”, acrescenta. Entre os analfabetos, não foi constatada a ativação. E, quanto maior a escolaridade, maior a atividade dos neurônios.

“O principal achado da pesquisa, o que nos surpreendeu, foi que os efeitos da leitura no córtex são visíveis tanto nas pessoas alfabetizadas na infância quanto na idade adulta. Então, mesmo quem passou anos da vida sem oportunidade de aprender a ler, quando consegue chegar à escola, tem suas redes cerebrais acionadas exatamente da forma verificada em pessoas alfabetizadas na infância”, explica a neuropesquisadora. “O que vai diferenciar é o nível de escolarização. Quem estudou mais tem maior ativação, mas isso depende menos do fato de a pessoa ter aprendido a lei na infância”, diz.

De acordo com a especialista, o resultado significa que os circuitos da leitura permanecem plásticos durante a vida toda. “Esses resultados demonstram o impacto maciço da educação sobre o cérebro humano. É importante ressaltar que a maioria esmagadora das pesquisas com ressonância magnética funcional cerebral é realizada com cérebro educado e que a organização cerebral, na ausência de educação, constitui um imenso território amplamente inexplorado”, alerta.

POLÍTICAS PÚBLICAS Para a médica, que também é presidente e diretora executiva da Rede Sarah, esse resultado tem implicações evidentes para o Brasil. “Se considerarmos que o letramento melhora as respostas do cérebro e redefine a organização cerebral, e que o país tem 14 milhões de analfabetos, é importante pensar como poderíamos mudar essa realidade”, afirma. De acordo com Lucia, conexões mais ágeis levam a uma capacidade maior de funcionamento cerebral. “Essas pessoas podem usar mais seu cérebro e isso terá um grande impacto na vida cotidiana. O estudo poderia ajudar na construção de políticas públicas para alfabetização de adultos”, acredita.”
(PALOMA OLIVETO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de novembro de 2010, Caderno CIÊNCIA, página 20).

Mais uma IMPORTANTE e também PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Ex-ministro da Educação, presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação à Distância, que merece INTEGRAL transcrição:

Alfabetização à brasileira

Hoje é o Dia Nacional da Alfabetização, instituído pelo Decreto 59.452/1966. Nesta data, segundo o artigo 205 da Constituição, “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada à colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Infelizmente, não estamos cumprindo fielmente o referido artigo. O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apurado (2000) mostrou que o índice de analfabetismo no Brasil atinge aproximadamente 13% da população com mais de 10 anos de idade. Já a população de analfabetos absolutos ultrapassa o número de 16 milhões.

Viu-se, também, que existem pessoas, com mais de 15 anos de idade, que não chegaram a permanecer quatro anos nas escolas e são consideradas analfabetas funcionais. Leem, mas não interpretam os textos lidos ou sequer os copiam. Consideradas analfabetos funcionais, somam cerca de 30 milhões de brasileiros. Para ser alfabetizado não basta aprender a desenhar o nome. É preciso ir além e saber utilizar com desembaraço a leitura e a escrita no cotidiano (veja-se o notório caso Tiririca!). Os dados referidos – mesmo que venham a ser discretamente atenuados pelo censo de 2010 – são vergonhosos para um país como o nosso, que tinha como objetivo ter 30% da população nas universidades e só tem 14%.

Se formos mencionar a deficiência de pessoas que chegam a cursar uma graduação, deparamo-nos com um dado também alarmante. Nossos números são escassos, para não dizer deficientes. Índices reduzidos, quando comparamos com países da América Latina, como o Chile, onde a matrícula universitária jovem está em 21%. Será que ainda não aprendemos a lição de que o índice de pessoas alfabetizadas indica o nível de desenvolvimento de um país?

A alfabetização está diretamente ligada ao verdadeiro processo democratizante de uma nação. O problema, no Brasil, perpetua e as soluções têm sido paliativas. Entre certos projetos “inovadores” e inúteis está o da educação por ciclos, no qual os alunos não podem repetir o ano e são aprovados para as séries seguintes mesmo apresentando dificuldades para adquirir conhecimento. Com isso, brinca-se de ensinar, ficando as pessoas à margem do sistema educacional, formalmente habilitadas. Realisticamente, incapacitadas. Por isso, a importância da educação à distância (EAD) para alfabetização é um assunto relevante, pois permitiria estabelecer uma rede de ensino que atende todas as camadas da população. A EAD, apresentando altos índices de adesão, é levada a sério por gente séria, preocupada com a qualidade de um meio de educação alfabetizante e promoção cidadã.”

Eis, pois, mais páginas eivadas de ALERTAS e REFLEXÕES sobre a nossa TRISTE e VERGONHOSA situação de DESCUMPRIMENTO constitucional e de falta de ZELO para com a EDUCAÇÃO, que, no entanto, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A CIDADANIA BUSCA COMO MELHORAR A EDUCAÇÃO BRASILEIRA – PARTE 1

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – Edição 2190 – ano 43 – nº 45, de 10 de novembro de 2010, páginas 94 e 96, de autoria de GUSTAVO IOSCHPE, que merece INTEGRAL transcrição:

Como melhorar a educação brasileira – Parte 1

Bismarck dizia que nunca se mente tanto como em véspera de eleição, durante a guerra e depois da caça. No que tange às eleições, espero que esteja certo, porque naquela que me parece a área nevrálgica para o desenvolvimento futuro do Brasil – a educação – é melhor que aquilo que foi prometido durante essa campanha presidencial seja apenas retórica eleitoreira. Pois todos os candidatos se aferraram a um discurso quantitativo já superado (mais escolas, mais vagas, mais dinheiro etc.) e evitaram a discussão que importa: como melhorar significativamente a qualidade da educação de nossas escolas.

O que fazer para que o Brasil evolua com a magnitude e a rapidez necessárias? Para este colunista, o caminho está na junção de três fatores: práticas de sala de aula, formação dos professores e administração escolar. Neste artigo falo da primeira ponta do tripé.

Mesmo com o baixo nível de formação de nossos professores e diretores escolares, há uma série de medidas que podem ser aplicadas hoje mesmo, em qualquer sala de aula, que tendem a melhorar significativamente o desempenho do alunado.

Antes, uma nota conceitual. Quando se fala aqui de melhorar o desempenho do aluno, o que está procurando é o aprendizado, medido por meio de testes como Saeb, Prova Brasil, Pisa, TIMSS e outros, do Brasil e do exterior. A base para as recomendações que vão a seguir é a literatura empírica sobre o tema, publicada em revista acadêmicas, em que os dados são tratados com rigor estatístico. Ou seja, não são teorias nem as opiniões e hipóteses deste colunista, mas sim fruto de medição.

Se tivesse de resumir toda essa literatura – centenas de estudos, de vários países e anos – em uma regra de ouro, diria: o tempo de contato entre o aluno e o professor é muito valioso e escasso, e deve ser usado apenas para atividades educacionais. Tudo aquilo que pode ser feito fora da sala de aula deve ser feito fora da sala de aula.

A primeira prática de um professor efetivo é, portanto, o uso eficiente do tempo de aula. Muitos professores chegam atrasados a suas salas. Perdem tempo fazendo chamada, dando recados e advertências. É um desperdício. O mais grave ocorre depois. Para muitos dos nossos professores, “aula” significa encher o quadro-negro de matéria e pedir aos alunos que a copiem, depois passar exercícios e pedir-lhes que resolvam, e finalmente, se sobrar tempo, tirar uma dúvida ou outra. É um erro. Copiar texto é algo que pode ser feito em casa, então deve ser feito em casa. Exercícios, se são feitos pelo aluno individualmente, também. O tempo de sala de aula deveria servir para que os professores e alunos conversassem sobre o texto que foi lido em casa e os exercícios feitos em casa.

A segunda prática virtuosa, portanto, é o dever de casa. As pesquisas mostram que alunos que têm de fazer dever de casa mais frequentemente aprendem mais, especialmente a partir da 4ª série. Um estudo feito em Minas Gerais mostrou que alunos de professores que prescrevem e corrigem o dever de casa aprendem mais do que aqueles cujos professores simplesmente o prescrevem. E alunos de professores que, ao corrigir o dever, comentam e explicam os erros e acertos aprendem mais do que aqueles cujos professores apenas marcam o “certo” ou “errado”.

Relacionado ao dever de casa também está o tema dos exercícios em sala de aula: são contraproducentes. Subtraem tempo de aula para algo que o aluno pode fazer em casa.

Também na mesma lógica está a questão das provas: alunos que são testados com maior frequência aprendem mais. Faz sentido: quanto mais provas, mais o aluno tem de estudar. Quanto mais estuda, mais aprende.

Outro dado importante da pesquisa: bom material didático ajuda. Um bom livro didático, por exemplo, organiza e estrutura a prática de sala de aula. Uma das demandas do professorado brasileiro é por autonomia. Cada professor se sente no direito de reinventar a roda e criar seu próprio currículo e método de ensino. Na maioria dos casos, e especialmente quando a qualificação do profissional é baixa, é receita para o insucesso.

Um aspecto importante para determinar aquilo que o professor faz em sala de aula é quanto ele sabe sobre o que está fazendo/falando. No Brasil, há uma ênfase muito forte na diplomação universitária dos professores de ensino básico. É uma percepção acertada, já que a pesquisa sugere que professores com ensino superior obtêm melhores resultados (o mesmo não se verifica, curiosamente, com os níveis pós-superiores, como mestrado e doutorado, que se mostram irrelevantes para o aprendizado no ensino básico). Porém, o diabo está nos detalhes: mais importante do que obter o canudo é ter se formado na área em que vai ensinar. A pesquisa mostra que o salto do aprendizado se dá quando o professor cursa a faculdade da disciplina que ele ensina. Um professor formado em matemática dará um aula de matemática do que outro formado em pedagogia ou história.

A maioria das pessoas acredita também que o tempo de atenção dado a cada aluno é fator importante para o aprendizado, por isso tende a querer salas de aula menores ou mais de um professor por sala. A pesquisa não sugere que estas medidas tragam resultados. É melhor ter um professor ótimo dando aula para 35 anos do que dois medianos ensinando em turmas de 18.

Outro erro comum que cometemos é acreditar que a tecnologia e a infraestrutura são fatores determinantes para o aprendizado. Costumo ouvir, depois de palestras, as reclamações dos nossos professores de que são forçados ainda a conviver com “cuspe e giz” na era da internet. Felizmente para eles, cuspe e giz não estão obsoletos, porque são apenas mecanismos de expressão de uma tecnologia ainda sem par: o cérebro humano. A pesquisa indica que dar a infraestrutura básica – quadro-negro, cadeira e carteira para todo aluno, prédio protegido das imtempéries do clima e com energia elétrica – melhora muito o desempenho do aluno. Mas, depois disso, as adições físicas não têm efeito. Inclusive a presença de computadores na escola, o que é deveras surpreendente. Depois do básico, o resto é por conta do professor.

Se você é daqueles que gostariam de melhorar a qualidade da nossa educação mas não sabe como, um bom começo é instar a seguir essas práticas simples e eficazes. Não nos transformarão, em um piscar de olhos, numa Finlândia ou Coreia do Sul. Mas são um bom começo”.

Eis, portanto, mais páginas que lançam mais LUZ sobre os caminhos INDESVIÁVEIS da EDUCAÇÃO que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A CIDADANIA BUSCA RESPOSTA PARA UMA HERANÇA PESADA

“III. O BOM GOVERNO

[...] Bom governo e mau governo: uma antítese que percorre toda a história do pensamento político, um dos grandes temas, senão o maior, da reflexão política de todos os tempos. Problema fundamental no sentido que não há há problema da teoria política, do mais antigo ao mais novo, que a ele não esteja ligado. Pode-se dizer, sem temer exageros, que não há grande obra política que não tenha procurado responder à pergunta: “Como se distingue o bom governo do mau governo?”, e que não possa ser em sua totalidade reconduzida, em suas articulações internas, à busca de uma resposta a essa pergunta. Assim também as obras que parecem propor-se um objetivo predominantemente histórico ou analítico. Na Política, Aristóteles, depois de ter descrito e classificado as constituições do seu tempo, com o espírito e os instrumentos do investigador que se atém aos fatos, não pôde subtrair-se à exigência de enfrentar nos últimos livros o problema da melhor forma de governo. Hegel, que no prefácio às lições de filosofia do direito e do Estado afasta de si a suspeita de querer se ocupar enquanto filósofo do Estado como deve ser, dá a entender, a quem saiba ler as entrelinhas, que prefere a monarquia constitucional, a forma de governo mais adequada à maturidade dos tempos e aos povos mais progredidos, às duas coordenadas principais da sua filosofia da história, o espírito do tempo e o espírito do povo.

Na história das idéias nunca há o início, e nada é mais vão e desesperador do que procurar o momento inicial, a fonte originária, o Ursprung. Jamais me esqueci, embora as tenha lido há muitos anos, das primeira palavras de Giuseppe e i suoi Fratelli (José e seus irmãos), de Thomas Mann: “Profundo é o poço do passado. Não deveríamos considerá-lo insondável?”. E contudo, é preciso começar, suspender a caminhada, não ir mais além e fixar, ainda que com um ato que pode parecer arbitrário, o ponto de partida. Por sorte existe, na tradição grega, da qual nasceu em grande parte o nosso pensamento político, uma passagem exemplar que, não obstante a distância, nada perdeu do seu vigor e parece feita sob medida para tornar menos casual, e quase obrigatório, o dado da origem, e para ser colocada, em forma de ilustre antepassado, no início de uma longa família de textos que chega até nós. No mais célebre de seus cantos, Sólon, depois de ter expressado a própria indignação contra os cidadãos que cegamente perseguem o desejo de riquezas e os líderes do povo que, insaciáveis, amontoam riquezas sem poupar nem as propriedades sagradas nem as propriedades públicas “e saqueiam aqui e ali, sem demonstrar respeito pelos augustos fundamentos de Dike”, opõe a eunomia (as boas leis) à disnomia (as leis más), assim descrevendo a primeira: “O bom governo tudo torna bem ordenado e composto, e com freqüência lança correntes ao redor dos injustos; suaviza as asperezas, põe fim à insaciedade, domestica a violência, seca ainda em seu despontar as flores da loucura, corrige as sentenças injustas, mitiga as obras da soberba, apaga as ações das divisões discordes, abranda a ira da contenda funesta; abaixo dele todas as coisas são bem reguladas e sábias”.

Eunomia-disnomia é um clássico par de opostos que inclui em seu seio tantos outros, uma verdadeira e própria “grande dicotomia”, que ser para designar como um único traço, e abraçar com um único olhar, todos os pares de contrários mais comuns da linguagem política: ordem-desordem, concórdia-discórdia, paz-guerra, moderação-insolência, brandura-violência, justiça-injustiça, sabedoria-insensatez. Todos caracterizados por serem axiologicamente bem definidos de uma vez por todas, sendo que um dos dois termos tem sempre um significado positivo, o outro um significado negativo – diferentemente de tantas outras antíteses da mesma linguagem política, em que os dois termos podem ter significado axiológico diferente segundo as doutrinas e as ideologias, como público-privado, sociedade de natureza-sociedade civil, direito natural-direito positivo, Estado-antiEstado.

Tocaria aos filósofos refletir sobre essas duas condições opostas do viver social, o Estado bom e desejável, o Estado mau e indesejável, para encontrar alguns critérios gerais de distinção entre um e outro que permitissem ir além da mera descrição dos dois Estados e das suas vantagens e desvantagens, chegando à definição, ou ao conceito, de um e do outro.”
((NORBERTO BOBBIO, in Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos; organizado por Michelangelo Bovero; tradução Daniela Beccaccia Versiani. – Rio de Janeiro: Campus, 200, páginas 205 e 206).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, Advogado tributarista do curso de especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que merece INTEGRAL transcrição:

“Herança pesada

Chegamos ao fim do certame eleitoral sem saber o programa dos candidatos. José Serra (PSDB) ficou do “promessômetro”. Mostrou o seu competente passado e não desnudou o presidente nas suas partes mais vulneráveis. Dilma Roussef (PT) fez um programa de 13 pontos, o mais genérico possível. Eles significam tudo e coisa alguma. Vejam o ponto 2: “Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais”. E, também o ponto 9: “Universalizar a saúde e garantir a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Crescimento econômico harmonioso e saúde para todos são os sonhos de qualquer brasileiro. O ponto 6 é rebarbativo e parcial: “O governo será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores”. O 13, nas entrelinhas é ambíguo: “Defender a soberania nacional. Por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo”. Depois de 16 anos, a democracia brasileira nos deixa um país de presidentes voluntaristas, partidos demais e sem bandeiras e políticos medíocres. Herança dura. A herdeira foi-nos imposta por Lula, a la diable, como nos tempos do sindicato (o PT, sob Lula, não formou uma liderança nacional nova sequer, à conta do seu caráter, salvo a ministra esforçada, escolhida à revelia de quem que seja, como se fosse ele um coronel político às antigas).

A herança maldita não é só a política espraiada pela economia nacional, repleta de contradições. O rombo nas contas externas entre janeiro e setembro atingiu US$ 35,4 bilhões (44% maior que o de 2009). Significa que o país está sangrando. É devedor. Precisa valer-se de dinheiro alheio para fechar suas contas com o mundo exterior. E, no entanto, o real se valoriza... Há algo errado. Passo a explicar. Para cada US$ 1 aplicado aqui, US$ 1,1 é remetido para o exterior. Neste ano, o dinheiro estrangeiro na bolsa e em renda fixa soma US$ 31,1 bilhões. É o smart Money (entra e sai com um grande lucro por causa da Selic altíssima, a maior do mundo). As aplicações do exterior em investimentos diretos (IED) chegaram a
US$ 22,6 bilhões, valor 37% menor que o capital especulativo. Além disso, nossas exportações decresceram e as importações aumentaram. Ademais, nós brasileiros gastamos muito mais em viagens e compras no exterior – produtos mais baratos – do que os estrangeiros que chegam ao Brasil (em que pese a violência e os assaltos que assolam nosso país). Depois da queda, o coice. Com o câmbio valorizado 44% em relação ao dólar, as multinacionais remetem lucros e dividendos ao exterior o mais que podem para reforçar as matrizes, sem pagar o Imposto de Renda (a isenção deveria existir apenas para o país que nos dá reciprocidade). Em nove meses de 2010, remeteram US$ 20,9 bilhões.

Estamos precisando de capital. Não obstante, a dívida pública federal bateu, em outubro, segundo o Banco Central (BC), em R$ 1,56 trilhão, beirando 46% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. É dinheiro remunerado em parte pela Selic de 10,75% ao ano, o que gera um serviço da dívida de R$ 196 bilhões, cinco vezes o déficit da Previdência Social, incluído o SUS, o pretenso agente do atendimento de alta qualidade na saúde prometido ao povo. Mas se pagamos 10,75% ao ano aos estrangeiros e grupos nacionais que captam no exterior dinheiro barato para mamarem nos juros altos, nossas reservas – pois somos obrigados a emitir títulos para esterilizar os reais dados em troca das moedas que entram, para evitar inflação – são remuneradas a 1% ao ano, se tanto. Durma-se com um barulho deste. Os males não cessam neste quadro singelo. 56% dos empregos criados no país em 2010 vieram do setor público inchado (dados do IBGE). E não há como aumentar a tributação, especialmente a indireta, que recai sobre bens e serviços, por isso caros.

O setor indutrial, inclusive o automotivo, está ameaçado pela hipervalorização da moeda nacional. Rio e São Paulo estão entre as cidades mais caras do mundo. Resta-nos a construção civil que, com os veículos automotores e as commodities são as três matrizes do nosso crescimento econômico. A valorização do real é mais um problema para a indústria do que para as marcas. Cerca de 65% dos veículos que entram no país são trazidos pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e México, com isenção do Imposto de Importação, devido a acordos comerciais. As importações para o Brasil de marcas chinesas e coreanas cresceram 1.200% nos últimos quatro anos. Neste cenário maldito, a bonança prenuncia tempestades. Desejamos que a presidente do Brasil realize o ponto 2 do seu programa: “Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais”. Boa sorte!”

Eis, pois, mais COMPETENTES e APROPRIADAS ponderações e REFLEXÕES que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A CIDADANIA EXIGE SEMPRE NOVA POSTURA DEPOIS DAS ELEIÇÕES

“III – PROGRESSO CIENTÍFICO E PROGRESSO MORAL

[...] ‘A busca pela verdade impõe o princípio da fraternidade entre os homens e rejeita as ideologias dos sistemas totalitários que fomentam os ódios raciais (...). Caso prevalecesse, para nossa desgraça, o movimento obscurantista que aponta o dedo acusador sobre a ciência como causa primeira dos nossos males, esses estudos, hoje em pleno desenvolvimento, seriam desestimulados, ou até mesmo suprimidos, em favor de um irracionalismo que vê em poderes ocultos extraterrestres o primum movens das ações humanas’.

Se a humanidade não progride na mesma medida em todas as partes do mundo – leia-se ainda –, a responsabilidade não é da ciência, mas da ignorância dos benefícios que dela podemos extrair, e das más escolhas políticas. Razão pela qual: ‘Há motivo para sermos otimistas sobre a possibilidade de que o Terceiro Mundo se liberte da indigência na próxima década. Os países em desenvolvimento são em boa medida donos do seu devir. Se permanecerão pobres e subdesenvolvidos ou se ingressarão nas fileiras dos países de recente industrialização, depende essencialmente das escolhas que saberão adotar.

Reagindo à conhecida acusação lançada pelo presidente Havel contra a civilização tecnológica global e planetária, que atingiu os limites do seu potencial além do qual tem início o abismo, há quem, embora admitindo que as verdades reveladas pela revolução científica nos últimos quatrocentos anos tornaram o mundo melhor, mas também mais perigoso, afirme resolutamente que, se das descobertas científicas não se extraem as vantagens que elas poderiam dar para tornar a humanidade “melhor”, a responsabilidade não é da ciência, mas da falta de vontade política.”
(NORBERTO BOBBIO, in Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos; organizado por Michelangelo Bovero; tradução Daniela Beccaccia Versiani. – Rio de Janeiro: Campus, 2000, páginas 664 e 665).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Depois das eleições

Passadas as eleições, a consciência cidadã é desafiada a considerar que está terminada a etapa da campanha eleitoral, anunciados os vitoriosos, e iniciada a fase que marca o quadriênio 2011/2014. Esta etapa é tão ou mais importante quanto a que culminou com a ida às urnas. Os eleitores têm o direito e o dever de acompanhar o desempenho dos seus representantes, no Executivo e no Legislativo. Este acompanhamento é uma imprescindível participação cidadã. Os eleitos estão, nem é necessário dizer, a serviço da sociedade civil. Configurada no seu tecido pelos cidadãos eleitores, a sociedade tem um valor considerável, de modo que a comunidade política, constituída pelo voto, está a serviço dela. A sociedade civil, enquanto universal, é a guardiã e destinatária do bem comum com a obrigação e o dever de exigir respeito na medida do direito de cada cidadão.

A comunidade civil não pode, portanto, ser considerada como um apêndice ou uma variável da comunidade política. A civil tem preeminência sobre a política. Sua justificação é o serviço prestado aos cidadãos, todos, na construção de uma sociedade justa, solidária e depositária de valores. A referência é aos valores relacionais, morais, éticos e de abertura à transcendência. Aqui se localiza o lugar educativo e de imprescindível contribuição que a Igreja Católica tem direito e obrigação de oferecer. A comunidade política não é a fonte única e inesgotável na definição de valores que se constituem como parâmetro e critério para a sua orientação.

Quando se pensa a respeito de ideologias políticas individualistas, totalitárias ou relativistas, no que concerne aos valores morais, a comunidade política precisa de instâncias de confronto que lhe podem dar novos rumos. Não se trata da constituição de bancada no Parlamento ou nas assembléias legislativas, com qualificação confessional, muitas vezes, para atender a interesses de tipo cartorial. Trata-se de um indispensável confronto e presença propositiva à consciência de representantes eleitos, no Executivo e no Legislativo, para que esses não se sustentem apenas do ideário ideológico de seus partidos, nem apenas de modo individualista do tecido de sua própria consciência, que precisa, é claro, ser bem e permanentemente formada na direção do respeito à vida e na gestão do que é do bem comum.

Oportuna é a palavra do papa Bento XVI, em discurso dirigido ao Conselho Episcopal Regional Nordeste 5, finalizando a Visita ad Limina, aquela que os bispos do mundo inteiro fazem ao papa. O pontífice conclamou os bispos, na sua tarefa de ensinar, a formar a consciência moral do povo e esclarecer com veemência a doutrina moral iluminando escolhas e discernimentos no âmbito da política, para garantir rumos adequados e inequívocos quanto ao respeito à vida – desde a fecundação até a morte, com o declínio natural; assim como na priorização de infraestrutura e erradicação da miséria. Compreende-se, pois, que a orientação dada pede vigência vigilante quanto aos rumos que agora serão dados nas governanças estaduais e federais, bem como redobrar a atenção do mapa configurado nas assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal. Não se pode considerar que este período pós-eleitoral signifique um silêncio ou um acompanhamento de desfechos. A fé professada com sinceridade, ancorada em referências éticas, alimenta-se de uma fonte indispensável ao exercício desse serviço prestado pela comunidade política.

Por isso, como outros segmentos da sociedade, e em parceria com eles, a Igreja Católica, para além de interesses particularizados, tem uma tarefa importante na comunidade política, seja partindo da fé professada por seus membros ou pela obrigação de, orgânica e sistematicamente, oferecer confrontos e propostas que propiciem entendimentos visando ao bem, à verdade, à dignidade humana, ao respeito à vida e à justiça. É equivocado o entendimento , mesmo por parte de analistas de variados campos do saber, quando pretendem exilar a religião e mais diretamente a fé professada da sua incidência, pela força ética e moral, os andamentos da comunidade política. Sendo o povo o sujeito da autoridade política, esse tem o direito de exigir, por ser detentor de soberania, respeito aos seus valores no atendimento de suas necessidades pelos serviços prestados. Esperam-se audácias. O momento está exigindo e é propício para que se alcancem, com mais rapidez, conquistas na infraestrutura, erradicação da miséria, avanços na ciência , tecnologia, economia e educação. Além disso, respeito à liberdade religiosa, promoção de valores humanos, morais e políticos. A fé cristã tem, pois, importante tarefa, também, agora depois das eleições.”

Eis, portanto, mais páginas e REFLEXÕES acerca da IMPERIOSA e NECESSÁRIA participação de CADA UM na condução dos nossos DESTINOS, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, PARTICIPATIVA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA do MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A CIDADANIA NO PROCESSO DE JUNTAR OS CACOS

“Por que foi tão ruim?

[...] DEUS E O DIABO O Brasil não é um país simples. Mas se pode sintetizar seus problemas em três grandes fontes e, a partir delas, ensaiar formas de superação e avanço. A questão básica: somo um país rico com muita injustiça e muita gente pobre. Para mudar essa situação, é necessário um esforço de compreensão que aponte de onde partimos e por que atolamos nessa contradição.

Há razões estruturais, que não são destino inelutável. Somos resultado da colonização concentradora, escravocrata, que desvaloriza o trabalho e cria o monopólio da terra. Em seguida – segunda questão estrutural –, nosso processo de desenvolvimento e industrialização foi armado, durante a ditadura militar, em cima da produção de bens de consumo de luxo, o que deformou o mercado interno e concentrou ainda mais a renda, além de impedir o amadurecimento de formas de participação popular. Mais recentemente, com o neoliberalismo e a financeirização da economia, a hegemonia do capital especulativo concentrou ainda mais a renda e empobreceu o Estado, que foi se retirando de suas funções sociais e de garantia da infraestrutura para o crescimento. No salve-se quem tiver competência do mercado, demandas populares são sempre signo de atraso. Moderno é não ter direitos trabalhistas e privatizar riquezas estratégicas, por exemplo.

Se a eleição é o momento de passar o país a limpo, o que se esperava das campanhas e dos candidatos eram propostas para mudar esse quadro: como resolver a questão da terra, como dinamizar o mercado interno, como crescer com distribuição de renda, como dar ao Estado condições de sustentar as demandas sociais, como democratizar o jogo político e ampliar os espaços de participação. Cada candidato tinha propostas para todos esses pontos.

Eles sabiam disso, a imprensa e os eleitores também. Preferiram discutir deus e o diabo. Deus entrou na questão do aborto. O diabo pôs seu rabo nas demais trapalhadas e manipulações a que fomos submetidos por muitos meses. Foi muito ruim, mas acaba amanhã.”
(JOÃO PAULO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de outubro de 2010, Caderno PENSAR, página 2).

Mais uma IMPORTANTE, e também OPORTUNA, contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, Caderno CULTURA, edição de 4 de novembro de 2010, Caderno CULTURA, página 10, de autoria de FREI BETTO, que é escritor, autor de Cartas da prisão (Agir), entre outros livros, que merece INTEGRAL transcrição:

“Juntando os cacos

Campanha eleitoral, apurado o resultado das urnas, funciona como abalo sísmico: súbito, o que era findou, a estrutura política se encontra alterada e o que será ainda não se firmou (o que só ocorrerá depois de 1º de janeiro de 2011).

Deveria existir uma psicanálise do poder, à qual Shakespeare e Machado de Assis dariam excelentes contribuições. Talvez exista. Eu é que, em minha sobeja ignorância, não a conheço.

Não é fato que o processo eleitoral tudo desarruma? É um festival de contradições e contrariedades: amigos se tornam inimigos, inimigos viram correligionários; irmãos discutem com irmãos; princípios ideológicos cedem lugar a interesses eleitoreiros; propostas são encobertas por meras promessas; o discurso ético quase nunca coincide com o modo como se financia a campanha...

E ainda há cidadãos que se recusam a votar, têm raiva de políticos, vociferam contra tudo e contra todos, esquecendo o elementar, meu caro Watson: o ódio destrói quem odeia e não quem é odiado. Este nem sequer fica sabendo das repetidas ofensas proferidas ao seu nome.

Terminado o pleito para as funções legislativas, cada candidato tem o direito de se olhar no espelho. Há eleitos que estufam o peito aliviados, sentem o doce beijo de Narciso – nem tanto como belo, e sim como poderoso – e se esquecem de reparar que, no fundo do espelho, há uma multidão de pessoas, seus eleitores, a quem devem a vitória eleitoral e a quem estão obrigados a não decepcionar.

Os derrotados se dedicam ao triste balanço: tanto esforço, tantas viagens e reuniões, tantos apertos de mãos e cafezinhos; e, sobretudo, tanto dinheiro despendido para... nada! Epa, não é bem assim! Para nada não. E o investimento eleitoral a longo prazo? Afinal, mereci uns tantos votinhos, tornei-me conhecido, criei um potencial base de sustentação política. Claro, esperava mais, julgava-me mais elegível que outros concorrentes... Mas seu que não sou de se jogar fora. Quem sabe nas próximas eleições...

De fato, gastos eleitorais são pesados. Deus meu, quantas dívidas! Alguns candidatos derrotados fizerem fofrem de DPE: Depressão Pós-Eleitoral.

Mas não nos enganemos. Uns tantos derrotados fizerem seu pé de meia. É a tal “sobra de campanha”. Sobra? Na verdade, quinhão retirado do milhão. Nada como um dinheirinho extra caído do céu. Ou melhor, das mãos dos eleitores. Com a vantagem de dispensar prestação de contas ou pagamento de tributos.

Depois do bate-boca de quem foram os responsáveis pela derrota (a vitória é quase sempre exclusivamente do candidato), o prêmio de consolo de uns tantos é a tradicional boquinha assegurada por quem foi eleito. Não virei deputado ou senador mas, felizmente, o companheiro ali agora é governador; aquele de elegeu senador; o outro, deputado. Quem sabe me consolam com uma nomeação! O dinheiro não sai mesmo do bolso deles. Vem dos cofres públicos. Se for preciso, até topo assinar receber cinco, embolsar três e deixar dois para o companheiro que agora me estende a mão...

Muitos vitoriosos não se aguentam de tanto de tanto convencimento. Adeus patrão, adeus relógio de ponto, adeus rotina! Agora é não pisar em falso para não cair do palanque. O que mais importa, desde hoje, é tratar de garantir a reeleição daqui a quatro anos.

Quem foi eleito para o Executivo trata de montar sua equipe de governo atento às alianças, aos correligionários bem votados, porém não eleitos, às promessas mais repetidas.

Os derrotados amargam a boca de fel. Como aconteceu? Tudo indicava que eu seria eleito. Cadê as pesquisas fajutas, os puxa-sacos, o coro do “já ganhou”? Ganhei foi experiência. E perdi meses dando braçadas, engolindo água para, na hora H, morrer na praia.

E nós, eleitores? Votamos por votar ou estamos dispostos a cobrar duro de quem elegemos? Sim, sei que alguns foram às urnas porque a lei obriga. É o time do voto facultativo. Estou fora! Darei meu apoio a tal bandeira no dia em que pagar imposto também for facultativo. Por que devo sustentar economicamente a máquina do Estado e não decidir quem a ocupa?

Não basta delegar e se sentir representado. É preciso participar: fazer todo tipo de pressão sobre os eleitos, nossos servidores. E reforçar os movimentos sociais, a sociedade civil organizada, para que haja permanente controle social do poder público. Sobretudo, exigir transparência e competência.

Ah, a política...”

Estamos, portanto, diante de mais COMPETENTES e PERTINENTES reflexões que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, CRÍTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES como TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A CIDADANIA E A REVOLUÇÃO BRANCA

“Eleitores, às urnas

[...] Uma nação se constrói e se transforma, na direção adequada, com a participação política e cidadã de todos, dos segmentos que formam o tecido da pátria, e não simplesmente por um partido ou por uma pessoa.

As expectativas existentes deverão ser respondidas por um conjunto de fatores e atuação de pessoas e grupos, e pelas reformas tributária, fiscal, previdenciária, política e outras, até com dinâmica revolucionária. Torna-se importante garantir que não haja retrocessos políticos nas conquistas sociais, contornos e sustentos imprescindíveis para respeitar e promover a vida. A Igreja Católica continua serenamente na sua posição de orientar nesse horizonte e de indicar esse caminho, sem se confundir com posturas que são até interpretadas como resultado de enfraquecimentos ou divisões. Nesta serenidade e clarividência, a Igreja motiva a todos a ir às urnas com a certeza de que o Brasil precisa continuar avançando no caminho do respeito à vida por um desenvolvimento social integral.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DÉLCIO VIEIRA SALOMON, Professor livre-docente aposentado da UFMG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Revolução branca

Quem se debruça sobre a evolução histórica do Brasil e do mundo nota que nosso país, desde a descoberta, carece de verdadeira revolução. Não digo revolução sangrenta como a Francesa ou a da Guerra da Secessão norte-americana ou a de 1917 na Rússia. Aliás, movimento para ser revolução não precisa ser necessariamente de derramamento de sangue. Já tivemos notáveis revoluções no mundo sem uso de armas. Cito as três maiores havidas em nosso mundo ocidental. A do Renascimento, em que o ser humano deixou de ser dirigido pela tradição e incorporou os valores da família e do próprio indivíduo. Como diz David Riesman, o homem passou de tradition directed para inner directed (introdirigido). A segunda, por demais conhecida e exaltada, a Industrial, começou na Inglaterra em meados do século 18, expandiu-se pelo mundo e marcou mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. A terceira aparece em pleno século 20 e perdura até hoje com seus frutos e consequências: a do consumo, da cultura e do lazer de massa.

Como diz Joffre Durmazedier, “o homem é movido por normas e valores veiculados pelos meios de comunicação de massa e os grupos de pares (peer groups). Ele passa a ser other directed (heterodirigido)”. Não fosse caudal dessa, poder-se-ia acrescentar uma quarta: a do aparecimento da informática, cujos resultados estamos vivendo intensamente. Voltando ao início de nossa reflexão: o Brasil ressente de uma legítima revolução. Sem necessidade de derramamento de sangue. O que não podemos alimentar é essa mania de nossos governantes dos três poderes de evitar (sempre por motivos inconfessáveis) mudança radical das estruturas e apelar para arremedos chamados “reformas”. O Brasil não pode continuar carente de mudanças radicais. Estranhamente, todas as vezes em que se fala da necessidade de mudanças, sempre aparecem certos intelectuais, certos phdeuses, todos a arrogar serem especialistas nas áreas em que as mudanças são reclamadas, e sempre com um modelinho no bolso, cuja maioria, como os afamados “tipos ideais” weberianos, é importada de outra realidade, notadamente a dos Estados Unidos. Resultado: os responsáveis pelas mudanças (geralmente políticos despreparados a confiar em assessores ou em palpiteiros) aceitam esses modelos e os impõem à realidade brasileira.

Os mentores dessas reformas procedem como certos pesquisadores em ciências sociais que querem fazer pesquisas sobre “temas” da realidade brasileira a partir de teorias de cientistas e teóricos que as formularam em outra realidade. Ilusão pensar que toda realidade, seja ela deste ou daquele país, daquela região, sociedade e cultura seja homogênea. É sabido que não é. O verdadeiro pesquisador, para legitimar sua pesquisa, tem que partir da própria realidade em que está inserido e sobre ela, ainda que usando quadros referenciais teóricos apreendidos de outros contextos, exercer primordialmente a missão de problematizar, incluindo nessa o contraste da realidade enfrentada com as formulações teóricas existentes.

Se a realidade é sempre conflitiva, sem começar o trabalho de problematizar e, por ele, pela agudização dos conflitos deparados, jamais se conseguirá a superação, ou seja, a solução que se pretende alcançar. Apesar de exímia essa reflexão, proponho que, a partir de 1º de janeiro, independentemente do resultado das eleições, comecemos um grande movimento no Brasil: o de problematizar em todos os setores de nossa sociedade brasileira, de norte a sul. Sem isso não adianta pedir reformas. Precisamos de revolução, ainda que branca, e esta só pode começar pelo processo autêntico de problematizar. Se a realidade é multifacetada, em que tudo se relaciona, não adiantam reformas setoriais, sobretudo as formatadas por interesses alheios aos verdadeiros problemas do país.”

Estamos, pois, diante de PEDAGÓGICAS e PRECISAS reflexões que nos remetem a um PRIMEIRO e NOTÁVEL exercício para o imediatamente pós 1º de JANEIRO DE 2011, considerando os TRÊS pilares PRINCIPAIS da ESTABILIDADE ECONÔMICA, quais sejam, a) METAS DE INFLAÇÃO; b) CÂMBIO FLUTUANTE, e, c) METAS DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO:

- PROBLEMATIZAR, como dissemos, INICIALMENTE, certamente como se fez com a INFLAÇÃO:

I) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA;
II) a CORRUPÇÃO, e,
III) o DESPERDÍCIO.

Eis, portanto, questões que respondem, SIGNIFICATIVAMENTE, pela DESCOMUNAL e CRUEL SANGRIA dos RECURSOS PÚBLICOS e minam nossa CAPACIDADE de INVESTIMENTO e de POUPANÇA.

E, tudo isso e muito mais, em BUSCA de uma GESTÃO PÚBLICA que seja, no mínimo, EFICIENTE, EFICAZ e EFETIVA, que permita aos GOVERNOS, nos três NÍVEIS, “FAZER MAIS E MELHOR COM MENOS”, e, assim, BEM cumprir os PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS expressos no título I da CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988.

São, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CAPACITADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A LICENÇA SOCIAL E O PODER DO CIDADÃO (17/43)

(Novembro = mês 17; Faltam 43 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“Governança corporativa

[...] Entendemos que as corporações do século 21, que darão as cartas no mundo globalizado, estarão atentas às “novas condicionantes” do planeta. Os conselhos de administração precisam se posicionar estrategicamente e monitorar a forma como esses temas vêm sendo tratados em suas organizações. Também as diretorias executivas precisam focar na otimização de resultados, para diminuir as externalidades negativas já existentes e cuidar para que a sua gestão não acelere ações de curto prazo que possam gerar outras externalidades negativas no médio e longo prazo. O nosso ponto de vista passa pelo racional: consciência de ser versus consequência de não ser. Na primeira perspectiva, a sociedade, como um todo, entende a importância da sustentabilidade como legado e valor a ser garantido às próximas gerações. Já a consequência de não ser sustentável será sentida em todas as dimensões, por meio do aumento do número das regras/leis que poderão ficar a cada mais fortes, punitivas, cerceadoras e impeditivas da atividade empresarial. Nesse caso, a sociedade se transformará em testemunha passiva e conivente no processo de destruição do planeta.

O rompimento desse repetido vício passa pelo desapego do atual modus operandi, que já se mostrou totalmente ineficaz, ultrapassa a questão do consenso ou eleição do mais votado, indo na direção da busca legítima da sociedade por uma maneira diferente de entender e atuar. Isso significa inovação e discussão, fatores determinantes para a chegada de um tempo em que, nas empresas, o lucro máximo possa ser substituído pelo lucro ótimo, para que a harmonização de interesses de todos os stakeholders (partes afetadas pelo mundo empresarial) esteja, de certa forma, legitimamente contemplada, por meio da qual a competência técnica específica possa ser ampliada pela aquisição de outras competências e vivências em outros setores. A única certeza é que a resposta passa pelo interesse legítimo, colaboração, persistência e firmeza de propósitos, a partir dos principais atores da sociedade.”
(ADRIANA ANDRADE, Professora convidada da Fundação Dom Cabral-MG, e ROSSANO BASTOS, Arqueólogo do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página7, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Poder do cidadão

Da era industrial à sociedade do conhecimento, o mundo percorreu um longo caminho e continuará mudando aceleradamente, impondo a todos, em todos os segmentos da sociedade, uma postura contemporânea do século 21. No mundo empresarial e dos negócios, não é diferente: empresários, executivos, dirigentes de empresas e empregados devem se acostumar aos novos padrões, bem diferentes daqueles vigentes até há pouco tempo. Nas asas e nas ondas da tecnologia da informação que viabiliza a comunicação em tempo real, os fatos e a sua divulgação ocorrem simultaneamente. Turbinados pelas redes sociais, que asseguram conexões e interconexões, todos tomam conhecimento de tudo, ao mesmo tempo. Todos têm noção clara de seus direitos e deveres e estão cada vez mais dispostos a fiscalizar seu cumprimento.

Felizmente, não dá mais para esconder nada, nem há espaço para varrer malfeitos para debaixo do tapete. É desse cenário que está emergindo a sociedade do século 21, com um novo perfil, com ideais, valores e princípios, consciente de seus direitos. Se a China prende e isola o Prêmio Nobel da Paz, expõe-se à execração pública mundial e paga com a mesma moeda de sua imagem perante o mundo. Se o Chile se mobiliza em vigília para salvar os 33 mineiros soterrados a 700 metros de profundidade no Deserto de Atacama, o mundo aplaude e comemora junto. Na Hungria, o presidente da empresa responsável pelo vazamento de lama tóxica de uma indústria de alumínio está preso e a empresa foi desapropriada até todas as falhas sejam corrigidas.

A verdade é que a era do conhecimento democratiza a informação e, via de consequência, confere maior poder aos cidadãos, tornando-os sujeitos do seu próprio destino. A forma como as pessoas e grupos passaram a enxergar o mundo e a expressar livremente suas convicções, suas posições, suas expectativas, suas aspirações e suas demandas mudou drasticamente, como reflexos inexoráveis na política, na economia e nas empresas. Em tempo de plena informação, as exigências sobre as empresas e seus líderes se ampliaram significativamente. A vigilância da sociedade, clientes, funcionários, fornecedores, concorrentes, governo e das comunidades é permanente e severa.

Não há mais espaço para atitudes que ignorem padrões éticos e morais que contrariem o bem comum, atentem contra a vida presente ou futura e agridam o meio ambiente. Um exemplo: hoje, a concessão de licenças para funcionamento de empreendimentos deixou de ser exclusividade de instâncias de governo, como prefeituras, órgãos ambientais, Corpo de Bombeiros e tantos outros; são fortemente e cada vez mais influenciadas pela vontade dos grupos de interesses que interagem com o negócio – os chamados stakeholders. Pelo elevado nível de conhecimento de que dispõem, pela consciência que têm de seus direitos e por sua enorme capacidade de mobilização, podem, em poucos minutos, insurgir-se contra a empresa, influenciar seus clientes e consumidores, levando-os a refletir sobre sua importância econômica e social. Não são raros os episódios em que empresas foram levadas a fechar as portas por não corresponder às expectativas das comunidades nas quais estão inseridas. Enfim, neste começo de século, as licenças administrativas oficiais para instalação e operação de empreendimentos se curvam sob a força prevalente da licença social – aquela que vem da própria sociedade, do conjunto dos cidadãos, e não mais apenas dos órgãos públicos normatizadores e fiscalizadores.

Nesse novo contexto, que referencia as relações entre pessoas, entre pessoas e empresas, entre empresas e governo – enfim, entre todos, o tempo todo – , a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) e a Uniapac, entidade que congrega ADCEs do mundo inteiro, propõem que, sem abrir mão das ferramentas mais modernas de gestão, o empresário contemporâneo incorpore os conceitos que sustentam a gestão baseada em valores e como foco nas pessoas. Afinal, quando as mudanças são intensas, constantes e rápidas, a resposta que a empresa precisa dar ao mercado também deve ser ágil, como um organismo vivo que reage ao menor sinal de ameaça. Para que isso seja possível, é preciso delegar, assegurar que o poder esteja nas pontas, como as equipes de frente. Não há mais tempo nem espaço para estruturas verticalizadas, hierarquizadas, paquidérmicas.

Na verdade, em um mundo no qual tudo ocorre ao vivo, também as respostas devem ser ágeis e em tempo real. Para que o gestor tenha a garantia de que sua equipe saberá responder e corresponder autonomamente às demandas da comunidade com a qual interage, dentro de padrões de comportamento que não coloquem em risco a imagem e a reputação da sua empresa, é indispensável que prevaleçam, como paradigmas permanentes, os valores e os princípios fundamentais que dizem respeito ao caráter, moral, ética, verdade, honestidade, o discernimento entre o certo e o errado. Afinal, na era do conhecimento, a nova fronteira da administração de empresas é a lastreada em valores. O resto é commodity.”

São, portanto, mais páginas com APROPRIADAS e CONCISAS ponderações e ADVERTÊNCIAS a exigir sério APROFUNDAMENTO em torno dos rumos requeridos a nova SOCIEDADE, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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