terça-feira, 27 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DOS SONHOS, PADRÕES DE URBANIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO INDUSTRIAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, FÉ, ESPERANÇA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Amazônia e seu cenário de isolamento sanitário

         Em visita à Amazônia, tínhamos uma missão com dois propósitos claros: o mapeamento da cadeia de valor do manejo do pirarucu nas comunidades ribeirinhas e o entendimento do destino dos resíduos sólidos pós-consumo e locais em que a logística pelo rio é complexa e dispendiosa. No manejo, a expectativa era agregar valor aos processos locais, com o intuito de maximizar renda e trazer benefícios tangíveis à população que executa a pesca e o beneficiamento do bacalhau brasileiro. A segunda tarefa mostrou-se mais complexa, muito e função das condições encontradas e da priorização de esforços, isso por conta da ausência de infraestrutura básica de saneamento, de condições de moradia e de disponibilização de energia, normalmente feita por geradores que funcionam no fim de tarde e início da noite.

         Quanto ao consumo, os produtos chegam aos locais em embalagens como as que conhecemos nas gôndolas dos mercados. O descarte é feito em lixões a céu aberto, em cidades onde há um acúmulo maior de pessoas, via queima ou outras formas que não tiram o Resíduo Sólido Urbano (RSU) da natureza. Nos dias em que estivemos no rio, fosse em barco ou nas paradas em comunidades, observamos um ambiente com muitas embalagens de vidro, plástico e outros materiais flutuando ou depositados em áreas remotas, como nas faixas de areia das praias, formadas no período de seca do fim de novembro.

         Falando dos grandes centros, fica claro, em uma expedição como essa, que o Brasil do Norte e do Nordeste, responsável por 70% dos 2.612 lixões catalogados no país, apresenta um horizonte imenso de oportunidades para melhorias e inovações, visto o tamanho do desafio. É evidente que a questão dos lixões tem que ser intensificada e incorporada pela sociedade, associações, universidades e empresas. Não se trata apenas de um desafio, mas de um problema de soberania nacional. Não podemos sediar a COP ou mesmo falar em protagonismo em CO2 se ignoramos o básico do saneamento no local onde deveríamos ser mais zelosos.

         Há um insight interessante que devemos começar a colocar nas rodas de pesquisa e desenvolvimento: a importância de um estudo científico meticuloso sobre as diferentes realidades do Brasil e a identificação de que a embalagem correta para os produtos em cada situação detectada. No setor de bebidas, fica claro que devemos repensar as embalagens de vidro, diante da dificuldade de retornabilidade, que é o ideal, e a inexistência de alternativas para o escoamento desse resíduo que, após o consumo, vai para os rios ou lixões, onde lá ficam. Já sobre as latas de alumínio, essas parecem ser objeto de desejo dos catadores, assim como no resto do país, por serem produtos mais fáceis de coleta, armazenamento e, sobretudo, pelo preço que o quilograma desse material recebe. A situação é um pouco mais complexa, visto que passa pelo mapeamento e pela conscientização da população em relação ao consumo correto da embalagem, além da viabilização econômica das soluções.

         Enxergando o copo meio cheio, há oportunidades e muitas iniciativas que já estão em andamento para maximizar a circularidade de RSU e o destino correto da matéria orgânica, que totaliza, aproximadamente, 50% do total de resíduos gerados. Missões como essa, em que alunos e professores da Universidade Presbiteriana (UPM) e profissionais de empresas como o Grupo Petrópolis foram envolvidos, são essenciais para compreensão do ambiente e para a busca de soluções adequadas e pertinentes para cada caso.”.

(Alaércio Nicoletti. Gerente de sustentabilidade e inovação do Grupo Petrópolis, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno INTERESSA, página 17, de autoria de Otávio Grossi, filósofo, mestre em psicologia, psicopedagogo de autistas, além de mentor de empresários e atletas. Autor do livro “Conquistas Autênticas”, pela editora Cândido. É colunista do jornal O TEMPO e participante do programa Interessa, às segundas-feiras, na rádio Super 91,7 FM, e que merece igualmente integral transcrição:

“O cenário para ser Natal

       Agradeço a você, leitora e leitor, e à direção técnica deste jornal pelo espaço que me deram, de forma tão respeitosa e honrosa, por meio desta coluna. Em todos os artigos busquei, como filósofo e pesquisador do comportamento, trocar pontos de vista e trazer luz às nossas atitudes! Não como quem sabe de tudo, mas como quem se questiona e pensa sobre o mundo e sobre nossa forma de viver. Escrevo como um imperativo de incômodos internos e de buscas!

         A fé e esperança são sempre arremates nas conversas de fim de ano, ou das etapas: vamos com fé! É preciso ter fé! E por aí vai. Essas forças, vou chamá-las assim, que se misturam ao acreditar, nos impulsionam para seguir com nossos projetos na vida. Mas fico pensando se elas também não nos deixam míopes para ver com mais clareza.

         Tenho certo receio de que as festas de final de ano nos façam esquecer o nosso cenário. Celebrar, sim, mas com o pé na realidade. Esses últimos anos, marcados por acontecimentos de dimensões globais, trouxeram temas tão antigos quanto novos e necessários: diálogo, respeito, sociedade, democracia, honestidade, saúde, compromissos sociais, respeito ao público. Esses temas ampliam as lentes para vermos o cenário para sermos Natal: somos o terceiro país do mundo em produção de riqueza, mas o décimo em desigualdades. Somos o quarto país do mundo em população de encarcerados, estamos entre os que lideram em número de mortes de jovens, de violência contra pessoas LGBTQIA+, de feminicídio (sendo que, dessas mortes, o maior número é por arma de fogo) e ainda precisamos evoluir muito no modelo democrático e na divisão das riquezas e oportunidades.

         Proponho a você, leitora e leitor, que olhe para os acontecimentos deste ano, e para mais esse Natal, com fé e esperança! O mais importante nessas datas é aproveitar para realinhar a bússola, realinhar a direção e os motivos que nos impulsionam. Não é a mudança de data ou os rituais que vão dar um novo colorido e, como mágica, tudo vai se renovar. Não! A mágica está em perceber a caminhada, em perceber o fluxo e perceber suas escolhas e atitudes que vão compondo os resultados da sua vida em atuação no momento histórico que se apresenta e olhar para o real, ele, sim, é o que comanda. A mágica está em perceber o sentido das situações, das pessoas que se aproximaram de você, dos acontecimentos que se desdobraram. Quem não age pela realidade fica na imaginação e no simbolismo vazio. Ter fé é ter clareza!

         A crença nessa força impulsionadora é o grande segredo, a garra que se renova dentro da gente e que nos faz compreender nossa jornada neste mundo pela realidade, não por aquilo que se acha. A esperança que tantos dizem ter, principalmente motivados por essas datas, vai precisar se realinhar. Uma esperança que não é apenas uma crença de que as coisas vão acontecer do jeito que queremos. Mas uma esperança que seja cheia de certeza. Sim, uma certeza de que, independentemente de como as coisas vão terminar, elas têm sentido, ou seja, precisávamos das lições e aprendizados que se apresentarão à nossa frente neste novo ano, para a nossa real evolução.

         Desejar feliz Natal e feliz ano novo é desejar que as nossas atitudes sejam de transformação. Foi Natal mais uma vez, mas a face do Cristo ainda continua sendo espancada através da face de tantos irmãos nossos pelo mundo. Que não nos esqueçamos do cenário que está à nossa frente. Que renovemos a coragem para seguir na construção da igualdade e do amor tão estampados no presépio de Belém! Fé e esperança! Obrigado por me acompanhar durante este ano! Boas escolhas!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA CRIATIVIDADE, EMPATIA, IMEDIATICIDADE, COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E VISÃO OLÍMPICA NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE, DA VOZ QUE ILUMINA E DA PALAVRA QUE EDIFICA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

 “Em 2023, líderes devem conduzir a mudança

       Faltando poucos dias para o término de 2022 e a chegada de um novo ano, perguntas estão surgindo a respeito de quais serão as reflexões para quem lida diretamente com lideranças dentro das empresas. É notório que esse tipo de cargo é bastante desafiador e nos últimos anos tem se mostrado primordial para o pleno funcionamento dos mais diversos tipos de negócios e nosso país.

         É importante que as lideranças enxerguem tudo o que foi feito neste ano, além de buscar aperfeiçoar os ensinamentos para 2023 com a equipe. Todos os gestores dentro dos mercados sabem que cada vez mais a competição está num nível altíssimo e cuidar das pessoas (ativo da empresa) virou questão de valorização e aprendizados conjuntos nesse ambiente. Os líderes mais do que nunca precisam continuar aprendendo e reaprendendo, pois o mundo mudou rapidamente. O foco tem sido no “agora”.

         O conceito de liderança ambidestra destaca que “atitudes e pensamentos inovadores, com o bom desempenho operacional de funcionários, auxiliam os líderes a direcionar seus colaboradores para o futuro, sem deixar de ficar de olho no presente”. E é com essa concepção que o ano de 2023 poderá fomentar tendências que vão transformar a vida das empresas/companhias e na valorização dos funcionários.

         Acredita-se que temas relacionados, como transformação digital acelerada; segurança no supply chain (processo gerado a partir do momento em que o cliente faz um pedido até o momento em que o produto ou serviço é entregue e pago); busca por autossuficiência; ascensão do ESG (governança ambiental, social e corporativa, do inglês Environmental, Social and Corporate Governance) e a experiência imersiva do cliente, trarão novas habilidades do trabalho e a corrida por talentos.

         Na contramão, é “esquecer 2022”; olhar para os erros e não repeti-los é uma forma de seguir em frente, e não se deve prender ao passado. Algumas empresas vão preferir seguir por ciclos longos ou curtos em 2023 no que diz respeito aos planejamentos e estratégias, uma vez que os resultados obtidos por meio desses ciclos serão determinantes no que se refere ao planejamento e à excelência em executar as tarefas.

         Existem conceitos que dizem que as principais competências do líder do futuro estão associadas a habilidades humanas, como criatividade, comunicação assertiva e equilíbrio emocional. Na verdade, permanecem sendo as soft skills (termo em inglês usado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades comportamentais) como as demandas dos líderes.

         O que mudou foram as competências e os canais dessas soft skills. Por exemplo, a comunicação sempre foi um comportamento desejado dos bons líderes, mas agora não basta se comunicar bem verbalmente, é importante que você faça isso no online, via redes sociais e outros.

         Por fim, a melhor orientação do gestor (líder) aos seus colaboradores para o início do ano é clareza nos planejamentos estratégicos. Será com esse “norte” que vai conectar com o das pessoas. Na sequência, precisa tangibilizar todos esses objetivos para o grupo. O líder precisa começar o próximo ano com seu time alinhado em busca dos objetivos de forma humanizada.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 16 de dezembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“A voz e a Palavra

       Da inteligência luminosa e mística de Santo Agostinho, no 5º século da história bimilenar da Igreja Católica, brota rica narrativa sobre a voz e a Palavra. São ensinamentos que indicam um remédio para o vozerio, por vezes descompassado, do tempo presente, facilitado pelas redes sociais. Essa profusão de falas nem sempre traz o que gera entendimentos e fraternidade. A argumentação apresentada por Santo Agostinho se refere a duas pessoas, João Batista e Jesus Cristo. O Santo diz: João era a voz, e Jesus é a Palavra desde o princípio. E acrescenta explicando que João Batista era a voz passageira. E Jesus Cristo, a Palavra eterna desde o princípio. Uma interrogação pertinente: ao suprimir a Palavra, o que se torna a voz? A voz se torna esvaziada de sentido, não passando de um simples ruído. Essa clássica intervenção do bispo de Hipona constitui trecho de um dos seus sermões, agora rezado e meditado no caminho que se percorre, tendo no horizonte a chegada do Menino-Deus, celebração do Natal. Um rico ensinamento quando se considera que a sociedade carece de entendimentos e de diálogos, de mais harmonia e assertividade na liberdade cidadã para se expressar.

         Compreende-se a importância do Advento, tempo de preparação para a celebração autêntica e frutuosa do nascimento do Salvador. Um tempo consagrado como delicadeza de Deus, oportunidade para trilhar um novo caminho, pois na “babel” da contemporaneidade é ainda mais urgente a conversão, a mudança. Fala-se muito, mas pouco se constrói apenas pela disseminação de vozes sem palavras. Na verdade, corre-se o risco de prejuízos irreversíveis. A voz desvinculada da Palavra pode compor um coro de agoureiros, arma para a destruição do semelhante. Mas como reconhecer se há Palavra em determinada voz? Santo Agostinho indica o caminho para esse reconhecimento: a voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração.

         Apenas ancorar-se no direito de usar a voz para expressar juízos, opiniões, é atitude que traz riscos. Importante é cuidar para que o direito a expressar a própria voz seja indissociável do compromisso com palavras edificantes. Trata-se de uma exigência especialmente para aqueles que estão enfileirados no seguimento de Jesus. Os cristãos devem ser voz alimentada pela Palavra de Deus e seu veículo qualificado, para que sejam capazes de alimentar corações. Não basta dizer, é preciso dedicar-se a uma comunicação que tem a meta de edificar o semelhante. Trata-se de exigência para os seguem Jesus: dizer sempre o que edifica. O cristão não tem o direito, por princípio e fidelidade ao Mestre, de falar qualquer coisa, de modo alheio à construção de entendimentos e diálogos. O cristão, morada do Espírito Santo – que santifica e consola – tem a tarefa de expressar o que gera lucidez e esperança a cada pessoa, ajudando, assim, a fortalecer a fraternidade, a consolidar vínculos de corresponsabilidade, para inspirar a vivência da amizade social.

         Cada pessoa precisa ser voz que transmite a Palavra, com a sua propriedade de alavancar entendimentos e criar laços de irmandade. João Batista era a voz anunciando a Palavra encarnada em Jesus Cristo. A voz de João ressoou promovendo entendimento e o acolhimento da Palavra, Jesus, o Salvador. Assim, ele cumpriu a sua missão, ajudando a proclamar a Palavra que produz sentido e alimenta a dinâmica do viver cristão. A voz tem, pois, a função de semear a Palavra, que é “luz para os pés e lâmpada luzente para o caminho”, conforme ensina o salmista. João, a voz, indica a Palavra, firmando sua condição de exemplar discípulo.

         O brilho e a interpelação que vêm da voz de João Batista proporcionam o encontro com o Salvador. O precursor, João Batista, a voz, torna-se, assim, uma referência – modelo de discípulo de Jesus. Inspiração para aqueles que assumem o compromisso de proclamar a Palavra de Deus, possibilitando a outras pessoas o encontro e o seguimento de Jesus – único Senhor. Valha, especialmente na preparação para o Natal, o conselho de Santo Agostinho: todos procurem imitar João, a voz, sem confundi-la com a Palavra, pelo exercício da humildade, exemplar no precursor de Jesus, que compreendeu de onde lhe vinha a salvação. João se enxergava como uma lâmpada e temia que o vento do orgulho pudesse apagá-la. Contemplando a exemplaridade de João Batista, os cristãos celebrem o Natal do Menino-Deus procurando, humildemente, valer-se da própria voz para anunciar a Palavra.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

  

        

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, DESCARBONIZAÇÃO E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA NA INDÚSTRIA DO AÇO E O PODER DA AUTOMAÇÃO E AGRICULTURA DIGITAL NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Sustentabilidade na indústria do aço

       Uma das principais matérias-primas do mundo, o aço está mais presente na vida do ser humano do que se pensa. Hoje, a cadeia de valor do setor siderúrgico na América Latina gera 1,3 milhão de empregos e é um importante indicador do desenvolvimento econômico de diversas regiões. Mas a indústria enfrenta um desafio muito importante: como promover a sustentabilidade?

         Atualmente, 80% dos gases de efeito estufa (GEE) são provenientes da emissão de dióxido de carbono (CO2) e, desse total, entre 7% e 9% são originários da siderurgia mundial. Embora a América Latina não ultrapasse 2,8% das emissões do setor, a região será uma das mais afetadas pelas mudanças climáticas. Portanto, uma das principais ações para mitigar o aquecimento global cada mais acelerado e promover um desenvolvimento econômico mais sustentável é avançar para um processo de descarbonização.

         A América Latina tem uma vantagem: temos uma das produções de aço mais eficientes e sustentáveis do mundo. Para cada tonelada de aço produzida, as empresas latino-americanas emitem 1,6 t de CO2, valor inferior à média mundial de 1,8 toneladas, segundo a worldsteel. Por sua vez, a China, maior produtor mundial da matéria-prima, emite 2,1 t de CO2, 31% a mais que a América Latina. Além disso, a região latino-americana possui condições naturais muito mais favoráveis para o uso e o desenvolvimento de energias sustentáveis.

         Pensando nesse contexto, fica a dúvida: como gerar fontes de energia mais sustentáveis? Como descarbonizar a indústria do aço e caminhar um futuro mais renovável? Pensando nessas duas questões, é preciso falar de três pontos importantes para se investir em médio e longo prazo: (1) aumentar o uso da sucata, (2) de energias renováveis e (3) gás natural.

         O aço é um material 100% reciclável, que pode ser usado e reusado diversas vezes, voltando como sucata. Maximizar o uso desse resíduo permite uma reciclagem maior do aço, tendo em vista que o processo terá zero pegada de carbono. A sucata, apesar de ser ótima no quesito da emissão de carbono, possui três etapas que não são tão simples de realizar: reconexão, separação do resíduo e a comercialização. Todas elas possuem custos variados e precisam de recursos e desenvolvimentos específicos para serem realizadas, por isso, a maximização do uso da sucata é um projeto difícil de ser implementado (e precisa ser pensado a longo prazo).

         Além disso, é preciso investir nas energias renováveis, mas também no gás natural, que possui muito mais desenvolvimento e aplicação e pode servir como um combustível de transição, já que os países ainda não possuem todos os recursos necessários para o uso e a produção de energias renováveis. Portanto, o gás natural fica como um meio-termo entre o carvão vegetal e as energias renováveis, sendo uma alternativa mais viável para o atual estágio de desenvolvimento dos países.

         A defesa comercial é o principal fator para a descarbonização.

         Apesar de existirem opções para uma transição energética, ainda falta desenvolvimento de diversas partes envolvidas no processo.

         Nesse meio, os países, principalmente os da região da América Latina, precisam seguir o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, isto é, entender que todos têm um objetivo em comum, mas possuem realidades diferentes para alcançá-lo.

         Toda a cadeia, desde os produtores, até os fornecedores e os compradores do aço, precisa estar alinhada e pensar em estratégias para caminhar juntos para a descarbonização.”.

(Alejandro Wagner. Diretor executivo da Associação Latino-Americana de Aço, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 22).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de dezembro de 2022, mesmo caderno e página, de autoria de Nilson Modesto, especialista de produto da Mitsubishi Eletric, e que merece igualmente integral transcrição:

“Automação é a chave para crescimento do agronegócio

       As notícias sobre o setor de agronegócio no Brasil são destaque, com sucessivas quebras de recorde. A produção de grãos na safra 2021/2022, por exemplo, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), está estimada em 271,2 milhões de toneladas, o que representa aumento de quase 14,5 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. Entre 2020 e 2021, o PIB do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alcançou recordes seguidos.

         E esse é um cenário que precisa ser cada vez mais otimizado. Com base em projeções de padrões de crescimento populacional e consumo de alimentos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que a produção agrícola precisará aumentar em pelo menos 70% até 2050 para atender a demanda.

         Além disso, segundo a ONU, em 2050, cerca de 70% da população mundial viverá em áreas urbanas, reduzindo o número de mão de obra disponível no campo. Por isso analistas da consultoria McKinsey afirmam que a agricultura digital terá papel fundamental no abastecimento de alimentos.

         E como será possível aumentar a produtividade de cada hectare no campo, com melhor aproveitamento dos recursos naturais, ganhar mais eficiência no restante de toda a cadeia produtiva, além de reduzir custos com energia? Automatizando os processos de produção de alimentos.

         Automação industrial e robótica são o uso de computadores, sistemas de controle e tecnologia da informação para lidar com processos e máquinas industriais, substituindo o trabalho manual em ambientes hostis, melhorando, assim, a eficiência, velocidade, qualidade e desempenho. E, no agronegócio, a automação industrial e a robótica estão presentes desde a irrigação no campo até o processamento industrial dos alimentos, passando pelos processos de transporte e armazenamento.

         Na irrigação, a automação garante um manejo inteligente e eficiente, economizando tempo, recursos hídricos e aumentando a produtividade, levando em consideração fatores como o desnível do terreno; comprimento do pivô: área a ser irrigada; tipo de agricultura; frequência, entre outras práticas que influenciam a agricultura.

         Já no processamento dos alimentos, a automação leva o processamento de frutas, por exemplo, a um novo patamar. Em uma máquina despolpadeira de fruta, soluções automatizadas otimizam a seleção do tipo de fruta, garantindo maior produtividade, eficiência e aproveitamento. Já na linha da lavagem e seleção de frutas, reduz perda de alimentos, com maior controle e supervisão, levando a maior produtividade e eficiência.

         Os desafios de automatizar todos os processos no agronegócio são significativos, mas os resultados são mais do que compensadores. Na cadeia produtiva da agricultura, a automação industrial tem se tornado cada vez mais presente, proporcionando significativo aumento da produtividade e na eficiência energética, ao mesmo tempo em que reduz o desperdício de alimentos e de matéria-prima.

         Esse é o caminho para atender as demandas dos novos cenários previstos pela FAO e pela ONU, garantindo a segurança alimentar global.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.