quarta-feira, 30 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA ESPERANÇA E A LUZ DA IMPRENSA, DA IGREJA E DO ESTADO NA SUSTENTABILIDADE


“Povo sem esperanças é um rio seco
        Um povo descrente é como um rio seco, uma árvore desfolhada, sem viço, cor de coisas mortas. O povo brasileiro pena suas amarguras no deserto frio das desesperanças. Pesquisas recentes mostram uma apatia geral. As eleições ocorrerão no dia 7 de outubro. Pelo que se vê, o povo não está se tocando para o maior evento cívico do ano. Avança no grau de desânimo e definha um pouco todos os dias na febre de sonhos desfeitos. Um povo sem sonhos é uma entidade sem espírito e sem direção.
         Cassam sua vontade, a admiração pelos ritos da pátria e o respeito às instituições. Clima de terra devastada em que se transformou o país, acusações de todos os cantos, interesses em choque e disputas entre grupos afastam a população do sistema político, abrindo imensos vazios entre os poderes decisórios e a sociedade.
         Vivemos em dois Brasis. No primeiro, gigantesco e periférico, habitam estômagos famintos e bocas sedentas; no segundo, pequeno e central, uma disputa entre bolsos gananciosos e mentes matreiras. O primeiro é o mundo dos desvalidos, que provam o gosto do suor e amargam o cansaço das filas. O segundo gira em torno de núcleos nas médias e grandes cidades. Nele gravitam contingentes de profissionais liberais – esses, sim, trabalhadores de garra –, mas também donos de capitanias hereditárias, comerciantes de favores, sultões e mandarins de mil e uma noites. E há, ainda, um pouco que se encastela na Ilha da Fantasia, conhecida por Brasília.
         O Brasil do centro conta com instrumentos poderosos. Penetra em vasos capilares e corre até o último dos habitantes das margens. Sua voz é forte e é de se esperar que ecoe longe. O Brasil distante fala por meio de onomatopeias, mais ouve do diz. Até chegar a um limite de saturação. (Será que não chegou a esse estágio?)
         Na Ilha da Fantasia, desfiles de siglas e representantes do povo se sucedem, juntando gladiadores, filhos de Maquiavel, crentes em prontidão, dispostos a jogar a alma a serviço da pátria e comerciantes de plantão fazendo trocas de ocasião. São esgrimistas da política.
         A festa da política, em ano eleitoral, apenas se inicia e não gera entusiasmo ou engajamento. Está cedo, dizem. Mas, em final de maio, o Brasil do centro já deveria estar se aproximando do Brasil das margens. Há algo estranho no ar.
         O Brasil real está distante do Brasil artificial, dos discursos e das promessas. A crise que corrói as populações pobres parece não acabar. Mas nunca se ouvirá tanto a palavra “povo” como nos próximos tempos. Claro, é sempre lembrado quando querem lhe tirar algo. Vão tentar se aproximar, afagar, prometer mil coisas. Um detalhe: pelo que se vê, se ouve e se sente, o povo não vai deixar que arrombem sua cabeça ou seu coração para lhe roubar a única arma de que dispõe – o voto. Essa o povo saberá usar com maestria. É o que a pátria espera.”.

(Gaudêncio Torquato. Jornalista, professor (USP) e consultor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de maio de 2018, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7), de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Imprensa, Igreja e Estado
        O Brasil é um país cristão, de expressiva maioria católica. A informação de religião, portanto, merece atenção especial. É um segmento importante. A quantidade da informação religiosa, em geral, é bastante razoável. Alguns riscos, no entanto, ameaçam a qualidade da cobertura jornalística. Sobressai, entre eles, a falta de especialização, razoável desconhecimento técnico e, reconheçamos, certa dose de preconceito. Acresce a tudo isso, o amadorismo, o despreparo e falta de transparência da comunicação eclesiástica. Falta profissionalização da comunicação institucional da Igreja.
         A Igreja Católica, instituição de grande presença e influência na agenda pública brasileira, é sempre notícia. Trabalhar a informação religiosa com rigor e isenção é um desafio. Muitas vezes, ganhamos. Outras, perdemos.
         A mídia dá foco absoluto ao que a Igreja faz ou fará. Gente de todas as denominações cristãs (e até mesmo sem qualquer profissão religiosa) dá opiniões sobre os caminhos que a Igreja Católica deve adotar. Se a Igreja estivesse de fato fora do tempo e do páreo, anacrônica e ultrapassada, poucos se dariam a esse trabalho.
         É notável o vigor da Igreja e a sintonia do papa Francisco com a juventude. Pede-lhes, frequentemente, que sejam “revolucionários”, isto é, que “se rebelem contra a cultura do provisório”, assumindo responsabilidades sem se deixarem levar “pelas modas e conveniências do momento”.
         Destaca, e muito, o tom positivo que permeia os discursos do papa. Impressiona, também, a transparência de Francisco em suas entrevistas aos jornalistas. O que se capta não é uma Igreja acuada, envelhecida, na defensiva. Ao contrário. O papa rasga um horizonte valente e generoso. Deixa claro que os católicos não são antinada. O cristianismo não é uma alternativa negativa, encolhimento medroso ou mera resignação. É uma proposta afirmativa, alegre, revolucionária. Os discípulos do papa não desembocam num compêndio moralizador, mas num desafio empolgante proposto por uma pessoa: Jesus Cristo. Os jovens entendem o recado e interagem bem com o pontífice.
         Os papas, o atual e seus antecessores, na defesa do núcleo fundamental da fé católica podem trombar com o politicamente correto. É natural. Sem essa defesa, muitas vezes na contramão dos modismos de ocasião, a Igreja perderia sua identidade. Se os papas procurassem o “sucesso” – que parece ser a medida suprema da realização para os que tudo medem pelos ibopes –, bastaria que, esquecendo-se da verdade que custodiam, se tivessem bandeado pouco a pouco, como fazem certos “teólogos”, para os “novos valores” (em linguagem cristão, contravalores) que cada vez mais tentam dominar o mundo.
         É patente que, na hora atual, vivemos uma encruzilhada histórica em que são incontáveis os que parecem andar pela vida sem norte nem rumo, entre as areias movediças do niilismo. Pretende-se que, perante este deslizamento do mundo para baixo, com a glorificação de todo nonsense moral, a Igreja exerça sua missão acompanhando a descida, cedendo a tudo e se limitando a um vago programa socioecológico, a belos discursos de paz e amor e a um ecumenismo em todos os equívocos se podem abraçar e congraçar, porque ninguém acredita mais em coisa alguma, a não ser em viver bem? Mas a coerência doutrinal da Igreja, por vezes conflitante com certas posturas comportamentais, tem sido um fator de defesa e elevação ética das sociedades.
         A correta informação sobre Igreja passa pelo reconhecimento de seu papel na sociedade e pelo seu direito de transitar no espaço público. Caso contrário, cairíamos no laicismo antidemocrático. O Estado é laico, mas não é ateu. O laicismo-militante pretende ser a “única verdade” racional, a única digna de ser levada em consideração na cultura, na política, na legislação, no ensino, etc. Por outras palavras, o laicismo é um dogmatismo secular, algo tão pernicioso quanto o clericalismo autoritário do passado.
         Não devemos virar as costas para o Brasil real, uma nação de raízes culturais cristãs. Informar com isenção é um desafio. E é aí que mora o fascínio da nossa profissão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 331,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 320,96%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




  
          


segunda-feira, 28 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS FASCINANTES CAMINHOS DA FACULDADE E AS EXIGÊNCIAS DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA NA SUSTENTABILIDADE


“Por que ainda fazemos faculdade?
        Sempre gostei muito de estudar. No entanto, ainda me questiono se cursar uma faculdade é suficiente. Ouvi de muitos profissionais, com diferentes formações e desempenho profissional, que não vale a pena fazer faculdade. Na maioria das vezes, terminamos a nossa formação acadêmica e, quando vamos para o mercado de trabalho, descobrimos que precisamos começar a aprender algo novo. E só depois de começar a entender uma nova tecnologia ou processo de negócio é que conseguimos contribuir com algo relevante onde estamos trabalhando.
         No meu primeiro dia de estágio, na Alcatel Telecomunicações, fiquei assustado com o tamanho do manual que me deram. O documento tinha em torno de 500 páginas e era de um equipamento chamado Newbridge Mainstreet 3600 Multiplexer. Estava no penúltimo período do meu curso de engenharia eletrônica e, apesar disso, parecia estar lendo grego. A quantidade de siglas era infinita, os termos técnicos completamente diferentes de tudo que já havia visto. Mas, com o passar do tempo, as siglas foram ficando mais amigáveis e, logo, isso já não era assim tão obscuro. Precisei aprender muitas coisas novas, que nunca tive acesso na graduação.
         As instituições de ensino estão mudando e tentando novas estratégias para se adequarem às mudanças tecnológicas e geracionais que estamos vivendo. Com certeza, tem muita coisa boa sendo feita nesse sentido. No entanto, nada vai resolver 100% o problema. Não por falta de conhecimento das instituições, mas, principalmente, porque só no mercado de trabalho, no contexto real de produção, teste, acerto e erro, que nos deparamos com situações e demandas que se transformam e mudam em uma velocidade que a academia nunca seria capaz de acompanhar.
         Há 15 anos trabalho com software e telecom e a experiência do meu primeiro estágio não parece estar melhorando. Com certeza, esse padrão não vai mudar, pelo contrário, tende a piorar com o passar do tempo. Agora, isso não é um privilégio da indústria que trabalho. Isso é uma verdade para qualquer um que atue em alguma área ligada ao conhecimento humano. Então, por que fazemos faculdade?
         Toda nossa formação acadêmica, desde o colégio até o mais alto grau como doutorado ou pós-doutorado, não deve ter a obrigação de ensinar tudo o que precisamos, mas sim de treinar nosso cérebro a aprender como aprender e a resolver problemas.
         Pensar desse jeito sempre me gerou um grande otimismo, baseado na minha ideia inicial de que eu era bom em resolver problemas. A consequência é que comecei sem me autolimitar. Quebrei a cara várias vezes. Não era tão simples assim! Mas perceber que resolver problemas era imprescindível na vida profissional me levou a empreender muito cedo. E, com isso em mente, resolvi aplicar a mesma lógica na procura por sócios e funcionários, para estarem comigo sempre que o desafio ia ficando maior.
         Seguidas vezes escuto sobre ter sorte ao contratar um bom time. Entretanto, reforço que a sorte não seria suficiente nestes 15 anos. Tenho um time acima da média devido ao ideal de contratar pessoas inteligentes e que gostam de resolver problemas. Nesse período, com certeza, errei muitas vezes e, sem dúvida, posso dizer que errei quando deixei de lado essa premissa.
         Ou seja, quem começou a ler este texto pensando que eu ia dizer para não fazer faculdade, lamento, mas a ideia não é esta. Uma boa faculdade vai te ajudar a treinar seu cérebro para aprender coisas novas, sempre que precisar. E isso, aliado a uma boa capacidade de resolver problemas práticos, pelo menos para mim, é, sem dúvida, um conjunto de competências essencial para qualquer carreira que queria desenvolver. Mais importante, ainda, se você pensa em começar qualquer negócio novo.”.

(EDGAR CRESPO. Especialista em telecomunicações, fundador e CEO da BiPTT, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de BRUNO FALCI, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil, campeão dos impostos
        O Brasil está entre os países que possuem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Por isso, o país necessita, urgentemente, de uma reforma tributária, pois os impostos só aumentam, a cada dia. É extremamente necessário que seja feito um amplo debate que explicite e altere a profunda desigualdade do sistema atual, que afeta a produtividade das empresas e gera desigualdades sociais. Melhorar o sistema de impostos, deixando-o menos complexo e mais justo, é essencial para que o país consiga crescer e se desenvolver de forma sustentável.
         O peso dos impostos recai sobre os ombros de toda a população. O consumidor tem sua renda ainda mais corroída, como se não bastasse os exorbitantes tributos embutidos nos produtos. E os empresários, que já se vêm obrigados a diminuir sua margem de lucros, acabam reduzindo mais o seu faturamento. Com isso, muitos negócios e postos de emprego são fechados. O que não é bom para a economia do país e para mais ninguém.
         O empresário brasileiro conhece muito bem a realidade da carga tributária, um dos maiores entraves para o crescimento do Brasil. Os tributos cobrados aqui são muito similares ao de nações desenvolvidas, estando o país no 14º lugar do ranking mundial. A carga tributária do Brasil corresponde a cerca de 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Para os consumidores, ela corresponde, em média, a mais de 41% do rendimento bruto de cada cidadão. Por isso, mais uma vez o movimento lojista da capital se une para protestar contra a elevada carga tributária brasileira, com a realização da décima segunda edição do Dia da Liberdade de Impostos (DLI).
         A ação promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e pela CDL Jovem será realizada amanhã. O objetivo é conscientizar a população sobre a abusiva carga tributária do país. Durante o Dia da Liberdade de Impostos, diversos estabelecimentos da capital venderão produtos e serviços sem a incidência de impostos.
         Outra grande questão da carga tributária elevada é que não temos os retornos esperados. Se ao menos parte do valor dos impostos fosse revertido para a população, em forma de prestação de serviços públicos de qualidade, não haveria problema. Mas, infelizmente, esta não é a nossa realidade. O retorno para a sociedade é pífio, fazendo com que os brasileiros tenham que pagar por serviços particulares (ou seja, em dobro), como ensino privado, planos de saúde, pedágios, entre outros.
         De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), entre os30 países com a maior carga tributária, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol do bem estar da sociedade. Para se ter uma ideia, o Brasil tem uma carga maior do que a da Suíça, que é o país que melhor faz aplicação dos tributos arrecadados, em termos de melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos. O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores, fica atrás, inclusive, de países da América Latina, como Uruguai e Argentina.
         Vivemos em um país campeão na cobrança de impostos, mas que oferece serviços de baixíssima qualidade à população. Essa situação não pode mais ser aceita. Tornar o sistema tributário brasileiro mais justo, menos regressivo (onerando excessivamente o consumo) e mais neutro (interferindo menos nas relações comerciais) é fundamental.
         Mas toda essa ação só é válida se a população entender como é pesada e injusta a carga tributária brasileira. Temos que lutar para que o Brasil passe por uma reforma tributária que conceda um novo fôlego aos negócios, fomentando o desenvolvimento econômico nacional e, consequentemente, contribuindo com a geração de mais empregos e renda. Somente assim estaremos no caminho do desenvolvimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






sexta-feira, 25 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DOS SONHOS NO ALTRUÍSMO E A HUMANIDADE NA QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE INFANTOJUVENIL NA SUSTENTABILIDADE


“A vida de sonhos pode ser fator de 
equilíbrio energético do planeta
        É comum as pessoas dizerem que não têm tempo para dormir um certo número de horas por dia devido a afazeres mais sérios. Não percebem que o sono é uma parte da existência tão importante quanto as horas de desperto, pois, por intermédio dele, entramos em contato com vibrações mais elevadas, mudando para melhor a tônica da vida.
         A falta de concentração na vida de vigília é causada quase sempre por uma noite maldormida e mal-organizada, em que não seguimos o ritmo cósmico básico. Mas qual é o ritmo da noite? Para ajudar as pessoas a mergulharem no sono profundo – aquele que nos conduz ao mundo dos sonhos – mais facilmente, faremos algumas observações sobre o ritmo cósmico, permitindo decisões mais conscientes com relação ao adormecer.
         O crepúsculo representa um momento de relaxamento geral, que corresponde ao período em que começamos a nos entregar à necessária soltura. Nesta fase do dia, seria bom irmos diminuindo o ritmo das tarefas diárias. Até as 22h30 ainda não é noite, mas sim um período intermediário. A noite profunda vai das 22h30 até as 2h30 da madrugada. Na noite profunda estão presentes energias que nos conduzem à atividade interna, à reunião das forças no centro da consciência. Considerando este fato, se for possível estarmos adormecidos no período que compreende a noite profunda, estaremos mais harmonizados com as circunstâncias energéticas desse período, facilitando não apenas o sono profundo como a vivência correta de todas as etapas do sono.
         Uma recusa, ainda que inconsciente, em querer saber a verdade sobre nós mesmos, pode impedir-nos de tomar consciência da vida onírica, em que nos vemos exatamente como somos.
         Alguns fatores aparentemente independentes da vida onírica são determinantes para termos acesso ao conteúdo dos sonhos. Usar de candura com os demais seres viventes é um exemplo disso: este é um dos pontos-chave para tornarmo-nos conscientes dos sonhos. Ao contrário, a tendência a um olhar crítico carrega a mente de tensões que a enrijecem, afetando sua sensibilidade e dificultando a compreensão dos símbolos.
         Para termos acesso aos códigos contidos na simbologia dos sonhos é necessária a simplicidade de coração, que surge quando mantemos nossa consciência com o foco na alma, lembrando dela com frequência durante o dia. Com a prática ativa de manter a alma em foco, afastamos o orgulho e a vaidade e nos transformamos em pessoas mais simples e humildes.
         A generosidade é uma qualidade cujo desenvolvimento é de sua importância para que a vida interior expressa através de sonhos se torne útil e acessível à consciência. Ela nos coliga a níveis de consciência elevados e dissolve o egocentrismo, que é um dos maiores obstáculos à clareza de visão diante dos símbolos oníricos. Quem assume uma atitude egocêntrica, só pensando em si mesmo e em seus interesses pessoais, distancia-se do mundo superior. Este mundo está dentro de cada um de nós, bastando abrirmo-nos para ele para o percebermos.
         Condição fundamental para que a vida de sonhos seja equilibrada e sadia é termos clara a importância do serviço altruísta – indispensável para o equilíbrio das novas energias que estão permeando hoje o planeta Terra – e nos ofertarmos a servir.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de maio de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ZIYAD ABDEL HADI, psiquiatra e diretor clínico da Clínica Maia (especializada em saúde mental e dependência química) e médico da Maia Jovens, unidade especializada em crianças e adolescentes, e que merece igualmente integral transcrição:

“Geração em risco
        Exigências familiares, somadas a um mundo cada vez mais competitivo, consumista, em detrimento de uma valorização do ser, de seus conteúdos humanos e emocionais, têm contribuído para que os jovens se tornem mais pressionados e ressentidos. Esses jovens se sentem derrotados, caso não alcancem o padrão estabelecido pela sociedade.
         O sociólogo Zygmunt Bauman dizia que, na nossa época, o único produto perene é o lixo, pois os produtos já se tornam obsoletos, envelhecidos, no exato momento em que são fabricados. Necessitamos sempre do mais recente modelo de celular, do último automóvel lançado, das novas roupas que acabaram de chegar às vitrines. As crianças são doutrinadas pela babá eletrônica que fez doutorado em vendas na Universidade de Harvard, isto é, os comerciais de televisão.
         É curioso lembrar que há muito tempo estabeleceu-se o período de 50 minutos para uma aula na escola, tempo máximo em que um indivíduo era capaz de se manter concentrado. Hoje, desenhos animados têm duração de cinco minutos, pois a capacidade de concentração caiu para essa faixa de tempo. Desenhos animados, comerciais, desenhos animados, comerciais. Estaria a arte de tocar piano, destinada a desaparecer de nosso tempo? Quantos anos são necessários, quanta persistência requer para tocar um instrumento?
         A repercussão das recentes notícias sobre casos de suicídios entre alunos de escolas de elite, em São Paulo, deixaram alertas pais, professores e instituições de ensino sobre um problema que tem aumentado no país. Em pesquisa do Ministério Público em 2017, o suicídio foi apontado como a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Para reverter o quadro, é preciso atuar preventivamente desde a infância. Uma possível saída é fortalecer a resiliência de nossos filhos em idades precoces, estando presente, dando afeto, estabelecendo limites, escutando suas angústias, estimulando o diálogo.
         Hoje, presenciamos o mundo digital invadindo precocemente a vida das crianças. Se em um restaurante, por exemplo, a criança começa a chorar, os pais entregam imediatamente um celular nas mãos para que ela se distraia e, finalmente, o silêncio impera e eles podem fazer a refeição, tranquilamente. Assim, nasce uma geração menos tolerante ao tédio, à frustração. Uma geração mais imediatista, com tendência a valorizar o menor esforço.
         A adolescência em si já é uma crise, uma fase de transição entre alguém que não deixou de ser totalmente criança, mas que ainda não é um adulto. Um conflito entre a dependência dos pais e a autonomia. Na verdade, o cérebro do adolescente ainda não está pronto para a vida. O córtex pré-frontal, estrutura nobre do cérebro, amadurece por volta dos 21 anos e é o responsável pela capacidade de julgamento, previsão de riscos, controle dos impulsos. Por este motivo, é preciso que os pais “emprestem seus cérebros” aos filhos, por meio do diálogo, estabelecendo sempre um canal aberto de comunicação e de confiança. Quanto mais se treinar o diálogo desde os anos iniciais da educação (ao redor dos 7 anos), menos trabalhoso será orientar os filhos no futuro. Quanto mais investimento pais e escola fizerem no desenvolvimento emocional dessa criança que está crescendo, menos turbulenta será essa fase.
         É importante dizer que há alguns fatores de riscos ao suicídio que podemos identificar e aos quais devemos ficar atentos: alteração de comportamento; perda de interesse; baixo rendimento escolar; isolamento social; baixa autoestima; bullying; uso de álcool, maconha e outras drogas; histórico de suicídio na família e pais com doença mental. É bom destacar, aqui, também dois mitos muito ouvidos em conversa quando alguém tenta ou tira a própria a vida: “Quem deseja se suicidar não avisa”. Não é verdade, pois muitos suicidas comunicam o desejo antes de cometer o ato e “conversar sobre suicídio pode levar o adolescente ao ato”. É muito importante, sim, conversar abertamente sobre o assunto, demonstrando interesse e preocupação com o jovem.
         Fora do núcleo familiar, a escola é o local onde os jovens passam a maior parte de suas vidas, por isso é tão importante a parceria entre famílias e escola para apoiar o adolescente em seu desenvolvimento saudável, procurando identificar fatores de risco e, sobretudo, estimular o desenvolvimento de novos repertórios intelectuais e emocionais.
         A maior parte dos adolescentes que tentam ou cometem suicídio apresentam associação com outras doenças mentais, por isso é necessária a avaliação psiquiátrica e psicológica. Família, escola e profissionais de saúde devem estar alinhados na promoção da saúde do adolescente, reduzindo os fatores de risco e fortalecendo os fatores de proteção ao suicídio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.