quinta-feira, 30 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, ENSINO, DEMOCRACIA, VISÃO OLÍMPICA E ALTRUÍSMO NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE

“A indústria brasileira e a robótica

       Todos sabem o quanto a pandemia afetou o dia a dia dos empresários de todos os setores e, muito mais do que isso, foi possível observar que aqueles que conseguiram se manter funcionando precisaram recorrer ao avanço da tecnologia e implementar novas soluções. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, revelou que as empresas que adotaram a indústria 4.0 lucraram mais, conseguiram manter ou até ampliar o quadro de funcionários e tiveram melhores perspectivas em 2021.

         Mesmo assim, no setor industrial, observamos uma grande dificuldade devido à falta de matéria-prima e ao aumento de preços dos itens necessários para produção. De acordo com estudo da CNI, 68% das empresas enfrentaram problemas para comprar produtos no mercado nacional. Entre as que utilizam insumos importados regularmente, 56% relataram dificuldade. Com isso, foi possível observar que a confiança da indústria recuou muito, principalmente com a piora da situação atual e na expectativa das empresas em relação aos próximos meses.

         De qualquer forma, podemos dizer que a compra de robôs industriais cresceu significativamente. Segundo o relatório The World Robotics 2021 Industrial Robot Report, foi registrado um recorde de 3 milhões deles operando em fábricas em todo o mundo, o que significa um aumento de 10%. As vendas cresceram ligeiramente, 0,5%, apesar da pandemia, com um total de 384 mil unidades enviadas em todo o mundo em 2020, em que quase 44% foram entregues para a China. Este é o terceiro ano mais favorável da história do setor da robótica após 2018 e 2017.

         As instalações de robôs nos mercados da América do Sul ainda estão um nível muito baixo. O Brasil foi um dos países mais afetados, mas esse problema já perdura por mais tempo do que imaginamos. A falta de competitividade da indústria brasileira é um problema real e reflete diretamente nos produtos relevantes para o comércio internacional, que normalmente são commodities. Poucos são aqueles que fazem parte de uma lista de utensílios mais bem desenvolvidos tecnologicamente.

         Segundo o ranking publicado anualmente pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), em parceria com a Universidade de Cornell e o Instituto Europeu de Administração de Empresas (Insead), o Brasil ficou em 62º lugar em um ranking de 131 países no Índice Geral de Inovação. Essa posição demonstra o grande atraso em desenvolver tecnologia para que a indústria nacional dependa menos da proteção do mercado interno.

         Dos sete fatores divulgados pela pesquisa que mostra a origem da baixa competitividade, cinco estão relacionados à questão da formação de mão de obra qualificada. Isso comprova o quanto o Brasil ainda precisa explorar a inserção de soluções que ajudam no dia a dia dos colaboradores nesses ambientes de trabalho, otimizando processos e os realocando para funções mais estratégicas, como são os casos dos robôs colaborativos, por exemplo.

         Posso afirmar ainda que ferramentas digitais como essa serão cada vez mais vistas em todos os lugares e em todos os tipos de indústria. O relatório “O Futuro do Emprego” já aponta que até 2025 serão criados 10 milhões de novos postos de trabalho no mundo todo em razão da divisão entre humanos e máquinas. Aqueles que não se desenvolverem e não buscarem inovações que forem de encontro à situação atual do mercado ficarão para trás. É imprescindível que o Brasil corra atrás do prejuízo e comece agora uma revolução. Que tal você fazer parte disso?”.

(Denis Pineda. Gerente regional da Universal Robots na América do Sul, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de junho de 2022, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“‘Ineptocracia’

       A importância da educação, ou de formar jovens com aspirações, princípios e valores que lhes permitam evoluir e fazer parte de uma sociedade justa, cosmopolita, solidária, soberana, que consiga escolher seus representantes entre os mais preparados, honestos e experimentados, se faz a cada dia mais evidente.

         Sofremos pelas más escolhas proporcionadas por um sistema de governo que obstinadamente elimina os melhores e promove os intimamente despreparados e incapazes, que forma seitas (ou quadrilhas partidárias em alguns casos) com o dominante desejo de se locupletar, trabalhar pouco e desfrutar dos demais que labutam a vida inteira.

         Quem despertou e levantou o olhar para mais longe vê que os governos não agem em consideração pelo futuro, não agem para diminuir os sofrimentos ou para garantir à sociedade aquilo de que precisa. Agem e tramam egoisticamente, tornam-se autores de projetos de poder pessoal, que usurpam a liberdade, o patrimônio, o próprio futuro da nação e de gerações inteiras.

         Festivais de ignorância e estupidez perpetuam o retrocesso, deseducam, projetam indivíduos sem qualquer ideal sério. Exploram a insuficiente capacidade de discernimento dos eleitores, das massas de incultos que vivem na dependência de instintos pré-humanos.

         As opções que emergem desse cenário conturbado não atendem os anseios mais elevados. O eleitor, de regra, só pode escolher entre ignorantes e mal-lavados, entre ignorantes e incapazes, entre pessoas que nunca produziram nada e outros que se abrigaram por profissão no cenário político como forma de enriquecer sem méritos. De tanto apanhar, já sepultaram as aspirações mais elevadas, apagaram-se os sonhos, atrofiaram-se ideais, o mal predomina sobre o bem.

         Quem anseia por um estadista, um iluminado, um preparado deve se ajoelhar à incapacidade de entendimento obscurecido das massas que sofrem a fome e o abandono. Para certos políticos, se essa categoria fosse transformada em pessoas conscientes, estudadas, evoluídas, seria a morte política das escórias que a dominam. Da parte que vive e se nutre dessa ignorância, dos instintos de sobrevivência, da brutalidade. Quem sustenta o sistema perverso são as suas próprias e inconscientes vítimas. Para alguns partidos, melhorar a educação da população, elevar a qualidade de existência de seus membros, seria uma condenação à morte, pois eles são os frutos desta situação maléfica.

         Estamos a escolher entre medíocres, piores, incapazes, ladrões, escórias.

         O filósofo e escritor francês Jean d’Ormesson, que teve assento na Academia Francesa de Letras até sua morte, em 2017, quando deixou esta terra, aos 92 anos, definiu o nosso tempo como um sistema de governos que levará a humanidade à exaustão. A democracia atual leva para a “ineptocracia”, uma fórmula inarredável e perversa de governo, pois a cada eleição os escolhidos estão mais longe de serem os melhores, os mais idôneos.

         D’Ormesson a define como “um sistema de governo que os menos capazes de liderar são os eleitos pelos menos capazes de produzir; e no qual os membros de uma sociedade, menos capazes de se sustentarem ou de terem sucesso, são recompensados com bens e serviços pagos por meio do confisco da riqueza de um número decrescente de produtores”.

         O filósofo francês temia que o poder de um Estado fosse capturado por ineptos, como na realidade aconteceu em vários países e democracias.

         Não poderá lograr frutos duradouros o sistema no qual a ineptidão subjuga os melhores, os mais produtivos, os responsáveis pela sustentação da sociedade. Será que as figuras sem realizações para mostrar, sem preparo, sem capacidade e sem atributos têm a competência e sabedoria de conduzir um governo? De ser um Moisés capaz de levar seu povo ao outro lado do Mar Vermelho de dificuldades e provações dos nossos tempos?

         A democracia corre sempre o risco de ser comandada pelos menos preparados ou conscientes, e, quando uma nação é composta majoritariamente por incultos e improdutivos, cairá na escolha de ineptos, até porque não sabe distinguir as razões do bem maior.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

      

segunda-feira, 27 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA VOCAÇÃO E ALEGRIA DO AMOR FAMILIAR NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“O consumidor de energia do futuro

       Após funcionar por mais de um século praticamente da mesma maneira como foi concebido por Thomas Edison no final do século XIX, o setor elétrico, finalmente, vem passando por profundas transformações. Se analisarmos pela perspectiva do consumidor, esta será a década da disrupção. Em nenhum momento, nos últimos 30 ou 40 anos, vimos um consumidor tão envolvido e ativo no cenário da energia quanto agora. A pesquisa Navigating The Energy Transition Consumer Survey (ou Navegando na Transição Energética, em tradução livre), realizada neste ano pela consultoria internacional EY com consumidores distribuídos em 17 países, incluindo o Brasil, apontou quatro grandes tendências que estão pautando a transição energética.

         A primeira é a descarbonização da economia, caracterizada pela busca por fontes renováveis, transporte elétrico, prédios inteligentes e tecnologias habilitadoras, como são as baterias de longa duração que permitem armazenar energia.

         A segunda é a digitalização, fator de especial relevância por possibilitar que as relações de consumo sejam horizontais e fluidas, eliminando a necessidade de intermediários e dando vez ao uso de redes e aplicativos. Grande exemplo é o caso dos serviços financeiros, que praticamente eliminaram a necessidade de bancos físicos.

         A próxima tendência, também viabilizada pela digitalização, é a descentralização. Especialmente nesse tópico, tivemos avanços importantes em nosso país, como foi o caso do marco legal da micro e minigeração distribuída (Lei 14.300/2022. A nova lei, cuja aprovação se deu com apoio decisivo da Proteste, conferiu segurança jurídica aos consumidores que produzirem a própria energia que utilizam a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica e hídrica.

         Finalmente, a última tendência é a democratização, com a voz do consumidor sendo mais ativa junto a todos os fornecedores de serviços públicos, inclusive os de energia.

         Há aproximadamente uma década, a experiência de consumo de eletricidade resumia-se à mera utilização do insumo com o posterior pagamento da fatura. O usuário, antes posicionado no fim da cadeia de valor, passou a ocupar papel cada vez mais positivo. Por essa razão, vem sendo classificado pelos pesquisadores como “ominisumer”, um novo tipo de consumidor que assume um papel de liderança na transição energética.

         Esse ator em ascensão, que é justamente o consumidor do futuro, pertence às gerações Y e Z, maior grupo demográfico do mundo, e tem preferências totalmente diferentes das de seus pais e avós. É mais engajado, propenso a monitorar o consumo frequentemente e a preferir opções de pagamento antecipado ou de acordo com o uso. Isso já ocorre nos setores de transporte e hospedagem, e, em breve, deverá impactar o setor elétrico.

         Se quisermos pensar no futuro, devemos enxergar com as lentes das próximas gerações, e não apenas com a perspectiva do presente. O desejo dos consumidores por opções de energia que ofereçam maior personalização, escolha e controle tende a remodelar as bases da experiência energética, o que inclui as principais premissas que sustentam as opções de tarifas, cobrança e pagamento.

         Precisaremos de soluções tecnológicas mais flexíveis, assim como de novas plataformas de engajamento digital e pacotes de opções para fornecer aos consumidores escolhas mais simples e eficazes. A Proteste estará ao lado dos consumidores, dos reguladores e das concessionárias, participando ativamente da construção desse futuro tão interessante e inclusivo.”.

(Fábio Pereira Zacharias. CEO da Proteste, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de junho de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Amor família: dom maior

       A Igreja Católica, por zelo e convicção de que o amor familiar é dom maior, celebra com o Papa Francisco o 10º Encontro Mundial com as Famílias, em Roma, nestes dias 22 a 26 de junho de 2022. No amor familiar, inscreve-se um dom maior, por se tratar de vocação e caminho de santidade. A família é a primeira escola para inigualáveis experiências na aprendizagem do amor, onde todos são, igualmente, aprendizes e agentes na missão de ensinar: aprende-se ensinando, ensina-se aprendendo. Essas dinâmicas que se alicerçam no amor precisam ser sempre, e cada vez mais, expressas e partilhadas pelas famílias cristãs, permeando o coração do mundo e a vida da Igreja com a fidelidade incondicional à vida, dom sagrado e inviolável, em todas as suas etapas, desde a primeira na concepção até a última, no de declínio com a morte natural.

         O amor familiar carrega a semente vocacional a ser plantada e cultivada no coração de cada pessoa, fecundando vidas, dando sentido ao caminhar, iluminando horizonte, mantendo a cadência dos passos sem perder o rumo, mesmo que o percurso tenha seus “altos e baixos”, conquistas e quedas. A vocação semeada na vida familiar é fundamento para buscar o bem maior, a proximidade com Deus, na experiência do seguimento de Jesus Cristo. Compreende-se a urgência de se projetar luzes na importante e inegociável experiência de se viver em família, especialmente quando são considerados os desafios humanos, com incidências de vicissitudes da contemporaneidade. A vivência em família garante, entre limites e possibilidades, uma modelagem singular indispensável para se avançar no caminho da santidade de vida, isto é, do bem e do gosto pela justiça, encharcando de solidariedade fraterna cada gesto. O contexto familiar inspira o ser humano a corresponder à vocação de ser sempre bom e fazer o bem, dedicando-se cotidianamente à transformação célere do mundo em um lugar de amor.

         Na família se experimenta singularmente a alegria do amor, mesmo quando são muitos os limites e percalços. Trata-se de uma experiência alicerçada nos vínculos construídos, heranças que constituem o ser humano em toda a sua trajetória. É, pois, tarefa investir na alegria do amor em família, dom maior que possibilita ouvir o chamado à vida, ao seguimento de Cristo Mestre, definhando parâmetros ético-morais que balizem a conduta humana. É incontestável a convicção de que o bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Por isso, é importante priorizar a atenção à realidade das famílias na contemporaneidade, impactadas por mudanças socioantropológicas que, por vezes, são destrutivas não se pode desanimar ou desistir da vida familiar. Ao invés disso, o caminho da espiritualidade, dentre outras importantes experiências, contribui para enfrentar as adversidades que ameaçam famílias, a exemplo do individualismo exagerado, que desgasta laços familiares, ilha pessoas, alimenta a ilusão de que o ser humano pode construir a sua vida movido simplesmente por vontades imediatas.

         A família sofre com muitos impactos, a exemplo do contínuo ataque à vivência genuína do matrimônio, em razão de conveniências, contingências ou por simples falta de sensibilidade. Por isso, os cristãos têm a tarefa missionária de testemunhar o verdadeiro sentido do matrimônio na sua dimensão sacramental, vínculo de amor sério e sincero. Um gesto missionário que favorece a superação das concepções que inferiorizam o matrimônio, descalabros humanos e morais. Quando se contribui para adequada compreensão a respeito do matrimônio promove-se experiências que favorecem o relacionamento humano nos parâmetros da fé cristã, do compromisso com a justiça e com o inegociável sentido da sacralidade da vida.

         O 10º Encontro Mundial das Famílias é forte interpelação para que se reconheça e se invista na identidade cristã de contextos familiares, tornando-os, ainda mais, lugares do amor. Imprescindível na missionária tarefa de qualificar, fecundar e apoiar o amor familiar é o anúncio do Evangelho. Assim, cada família se torna o primeiro lugar onde se aprende a fixar o olhar em Jesus Cristo, único Senhor e Salvador. Pela força do Evangelho de Jesus Cristo, proclamado e testemunhado na família, a Igreja – família de famílias – se fortalece. E as famílias, quando vivem do amor de Deus, tornam-se Igreja doméstica. Cada contexto familiar, pela oração e pela caridade, pode se revestir sempre, e cada vez mais, de amor, fortalecendo-se na missão de anunciar o Reino de Deus, para levar à sociedade os valores e princípios inegociáveis do Evangelho, para que a vida se alicerce no amor, vocação à santidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

          

quinta-feira, 23 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA AGILIDADE, LIBERDADE CRIATIVA E COMUNICAÇÃO EFICAZ NA QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, VALORES HUMANISTAS, CIÊNCIA E ENSINO NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da gestão ágil nas empresas

       Modelos de gestão pouco flexíveis e que não investem no uso de tecnologias estão se tornando ultrapassados no mercado de trabalho. O que se vê atualmente é uma busca constante por se destacar da concorrência e inovar. Nesse sentido, as empresas que querem melhorar seus processos já estão se adaptando à metodologia ágil.

         De forma geral, esse modelo se opõe à gestão tradicional e visa otimizar o desenvolvimento de um produto ou serviço, tornando a atividade da organização mais eficaz e menos burocrática. De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria empresarial McKinsey em 2018 com 2.500 empresas, organizações ágeis possuem indicador de desempenho de longo prazo 70% melhor do que o das companhias tradicionais. As empresas ágeis mostram ter resultados melhores em diferentes áreas, como maior crescimento de receita e colaboradores mais engajados.

         No entanto, mudar a mentalidade dos funcionários e inserir a organização nesse modelo é um grande desafio. Por isso, é necessário entender as principais características da metodologia e como aplicá-la na empresa. Um bom guia nesse processo é o Manifesto Ágil, criado em 2021 nos Estados Unidos por um grupo de programadores que perceberam a necessidade de mudar a forma como as empresas funcionavam.

         Segundo o documento, o primeiro passo é entender que a comunicação é essencial para o gerenciamento dos projetos. Uma vez que as equipes trabalham unidas e focadas no mesmo propósito, as atividades fluem de forma mais consistente. Nesse ponto, vale ressaltar que o cliente é peça-chave e deve ser incluído na interação, para garantir que as suas expectativas serão alcançadas.

         Além disso, na busca por agilidade, saber se adaptar é um requisito. No modelo tradicional, normalmente as empresas desenvolvem um plano detalhado e, por muitas vezes, difícil de alterar. Por isso, na gestão ágil, ser flexível e estar preparado para eventuais mudanças ao longo do projeto é o que coloca a organização em evidência.

         Outros pontos que merecem ser destacados são a liberdade criativa e a comunicação transparente. Esse modelo é muito focado na autonomia dos colaboradores e permite que eles consigam implementar suas ideias. Já a transparência é o pilar para existir confiança entre a empresa, os funcionários e os clientes. Dessa forma, é possível que cada um entenda o seu papel e realize suas tarefas com excelência.

         A gestão ágil é muito baseada na construção coletiva, ou seja, constante troca de conhecimentos e informações. Este é um dos principais ganhos que o modelo gera para a empresa, já que cria um espaço ideal para a inovação.

         Aplicar os conceitos da gestão ágil exige uma transformação da mentalidade da empresa, o que significa uma mudança na cultura organizacional do negócio. Para isso, o caminho é realizar um planejamento da nova diretriz da companhia e identificar as maneiras de melhorar os projetos. Importante destacar o papel da liderança nesse processo, que guiará as equipes e clientes para um modelo de maior sucesso.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de setembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 25).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de fevereiro de 2022, mesmo caderno, página 19, de autoria de Cristovam Buarque, professor emérito da UnB e membro da Comissão Internacional da Unesco para o Futuro da Educação, e que merece igualmente integral transcrição:

“Flores da epidemia

       O livro ‘Um Tempo para Não Esquecer’, da médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo, une conhecimento da medicina ao talento da escritora. As páginas dos 81 artigos descrevem o que vivemos, no inesquecível período entre abril de 2020 e novembro de 2021.

         Margareth lembra como começaram “estes tempos duros que marcaram indelevelmente nossas vidas e que, podemos dizer, deram início ao século XXI”. Sua formação médica se destaca na descrição da doença e seu enfrentamento, e a formação literária surge em citações apropriadas, não apenas de cientistas e médicos, mas também de escritores, filósofos, dramaturgos.

         A médica ajuda a ver a pátria do século XXI formada pela humanidade, seus valores humanistas e concepções do mundo, graças à ciência; mostra a necessidade de uma ética, sobretudo entre políticos, capaz de aceitar as regras da ciência e usá-la a serviço dos interesses da humanidade.

         Quando fala da consciência social da população brasileira ao se vacinar, deixa implícito que no Brasil a cultura venceu a política, ao nos transformar em um dos países com maior índice de vacinação, apesar de ter o governo mais negacionista entre todos no mundo atual.

         “Um Tempo para Não esquecer” faz lembrar como será diferente o Brasil quando tivermos consciência social pró-educação, vista como a mãe de todas as vacinas: contra a permanência da pobreza, a desigualdade, a ineficiência e o negacionismo. O capítulo sobre a aventura da ciência pode ser especial para despertar os jovens a descobrirem a beleza e o poder da ciência.

         Margareth alerta para epidemias futuras, por vírus e bactérias ainda não conhecidos, e nos alerta para a maior das epidemias em marcha: o meteoro interno que por falta de ética usa a inteligência para depredar o meio ambiente e concentrar os benefícios sociais e econômicos do progresso.

         Além do alerta, o livro acena para o caminho a seguir: “Esperamos que, dessa fusão entre o engajamento público e a comunidade científica, como o caminho mais democrático e sereno, seja possível vencer o reducionismo que distingue ciência e política e a cética encruzilhada entre certo e errado”.

         As epidemias dizimam populações, desagregam economias, desesperam povos; de positivo ficam as obras literárias de seu tempo: são as flores da epidemia. Em verso, Quintana resume: “e eis que veio uma peste e acabou com todos os homens mas em compensação ficaram as bibliotecas”.

         O livro de Margareth Dalcolmo faz parte desse jardim, onde estão livros de Camus, Boccacio, Defoe. Por isso, é preciso universalizar suas especificidades nacionais e traduzi-lo a outros idiomas, para mostrar ao mundo o tamanho de nossa tragédia e o nível de nossa literatura ao descrever um “tempo para não esquecer”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.