segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO E O IMPERATIVO DAS ALIANÇAS NA SUSTENTABILIDADE

“Educação tem jeito
        Um país que não investe em educação de alta qualidade condena não apenas seus cidadãos ao atraso, mas a própria nação. E educação de alta qualidade implica professores bem remunerados, motivados e preparados, além de escolas bem-estruturadas e equipadas. Mesmo quando há investimento público, políticas equivocadas, desvio de dinheiro do contribuinte, descaso e falta de preparo de gestores embalam a receita do fiasco. No Brasil, apontam especialistas, o aprofundamento das desigualdades sociais e o aumento da violência estão intimamente ligados ao desastre no ensino público. Mas nem tudo está perdido, como mostram experiências transformadoras nos estados de Goiás, Ceará, Pernambuco e no Distrito Federal, discutidas no seminário “Experiências exitosas na educação pública do país”, promovido pelo Correio Braziliense.
         A educação se tornou prioridade para essas unidades da Federação. Elas elevaram os investimentos financeiros, formularam projetos criativos, passaram a qualificar e a valorizar os docentes e tornaram a proposta pedagógica afinada com a linguagem e as necessidades dos jovens. Mostraram que é possível oferecer educação de qualidade, quando o setor se torna, efetivamente, prioridade do poder público.
         No Ceará, o orçamento ganhou reforço com a destinação de 18% da arrecadação do ICMS, o que elevou em mais de R$ 50 milhões os recursos destinados à educação. A partilha entre 184 municípios não é equânime. O valor é ditado pela eficiência. A regra vale para os professores, que são premiados com 14º salário pela metas alcançadas. Os cearenses têm 77 unidades de ensino entre as 100 melhores escolas do país, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Mais: sete municípios estão entre os 10 mais bem avaliados pelo Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb). No próximo ano, os colégios em período integral passarão de 177 para 228, com 53 cursos técnicos.
         O aluno como centro do processo educacional, fortalecimento do protagonismo juvenil e do projeto de vida de cada estudante. É assim, inspirado no educador Paulo Freire, filho da terra, que Pernambuco se distanciou dos piores índices que tinha no passado no quesito educação. A mudança veio com o diagnóstico, que levou o novo modelo de gestão, com base não só no aumento da oferta, mas focado na qualidade. Como o Ceará, a educação em Pernambuco adotou um modelo de gestão por resultados, monitoramento da escola e um conjunto de indicadores de desempenho do professor, do diretor e até do governador. Hoje, o estado festeja a queda na taxa de evasão escolar.
         Os gestores estão cientes de que as novas tecnologias e a internet mudaram o perfil dos jovens. Com igual convicção, Goiás trabalha para que a escola sejam ambiente inspirador para os alunos e que estimule o diálogo e o respeito. A proposta busca motivar os jovens a pensar fora da caixa e fazer exercícios que os levem a vencer na vida. Produção de material pedagógico estruturado às necessidades dos alunos. Além disso, investimentos em modelos mais arrojados levaram Goiás a disparar nos rankings que medem a qualidade do ensino público no país.
         O Distrito Federal planeja usar as parcerias público-privadas (PPP) para obter recursos para os investimentos necessários na rede de ensino. O DF tem experiências que mudaram a realidade de algumas unidades que enfrentavam problemas com violência e drogas. Hoje, são referências para outros estabelecimentos. O projeto “Mulheres Inspiradoras”, que vem mexendo positivamente com a vida dos jovens, conquistou o reconhecimento nacional e internacional, o que lhe rendeu cinco prêmios.
         Se esses modelos fossem reproduzidos em todo o país, haveria uma revolução na educação. O Brasil seria guindado ao patamar dos países desenvolvidos, em condições de superar as barreiras que impedem o seu desenvolvimento e crescimento econômico, com a erradicação da miséria e com mais justiça social. Faltam decisão política e maior engajamento das comunidades no sentido de se apropriarem da escola e da educação dos filhos.”.

(EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de dezembro de 2017, mesmo caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Advento das alianças
        Advento é tempo de preparação para o Natal, quando todas as pessoas são especialmente chamadas a reconhecer e a vivenciar a centralidade de Jesus Cristo, o Salvador. Cristo é a razão para se viver um Natal feliz e abençoado, como rezam os cartões e as mensagens natalinas. Trata-se do sentido das confraternizações, motivo para uma adequada qualificação que possibilite a vivência autêntica do Natal. Por isso mesmo, qualificar-se para celebrar o nascimento do Menino Jesus deve ser compromisso pessoal, familiar, vivido no ambiente de trabalho, na comunidade de fé e em todos os outros contextos possíveis. E essa adequada preparação vai muito além do compromisso de ir às compras, enfeitar as casas ou divertir-se. Significa compreender, ao proclamar a palavra de Deus, que este é o tempo do advento de alianças.
         Na solidão, ninguém avança. As alianças são imprescindíveis. Programas e projetos dependem de parcerias, do engajamento de pessoas. Assim, percebe-se uma urgência: a necessidade de se derrubarem obstáculos que atrapalham as participações em iniciativas orientadas para o bem. É ilusório pensar que a força está no dinheiro, que se esvai, acaba. Muitas vezes, o dinheiro deixa sem alicerce quem fundamenta a própria vida no compromisso de acumular bens. Afinal, quem adota essa postura cultiva jeitos e hábitos de viver que, frequentemente, agridem o meio ambiente e desrespeitam os que estão na penúria, pobres que vivem nas ruas, sem cuidados básicos, morrendo de fome. Ilusão também é acreditar que as alianças dependem de poderes conquistados – a partir de títulos ou de lugares que se ocupa no organograma de instituições. Quem exerce o poder o faz dentro de um contexto temporal passageiro.
         Infelizmente, consolidou-se entendimento torto a respeito de alianças, relacionando-as ao conchavo, à artimanha para alcançar, quase sempre ilicitamente, determinadas conquistas pessoais. Para essa finalidade, não raramente legitima-se o que é imoral, afrontam-se valores inegociáveis e o bem comum. Assim são validados desmandos e destroem-se os bens que pertencem a todos. O antídoto capaz de corrigir inadequados modos de se buscarem alianças está no paradigma deste tempo, o advento. Oportunidade para compreender a centralidade de Cristo e, consequentemente, viver e reconhecer no Natal a proposta de aliança que o Salvador do mundo apresenta à humanidade. Compreendida essa proposta, todos são convocados a engajar-se para efetivá-la, consolidando-a como paradigma de todas as alianças.
         A autêntica e nova aliança é selada pela encarnação do Verbo, Jesus Cristo, o Filho de Deus, salvador e redentor, consolidada na radicalidade da oferta de sua vida, no ápice de sua crucificação, morte e ressurreição. Diante do que ensina Cristo, cada pessoa deve compreender-se como servidor da vida e de todos os irmãos, particularmente dos mais pobres. No modelo da aliança de Cristo está o sentido que permite compreender a vida como dom. Nesse contexto, todo interesse mesquinho e espúrio é descartado. Alcança-se uma liberdade interior ante o dinheiro e o poder, para fazer valer sempre unicamente a verdade e o bem de todos. A aliança selada a partir de Jesus tem força para transformar inteligências e corações, dinâmicas sociais e culturais. Fundamenta a civilidade nas relações. Cultiva a competência para que todos se sintam como integrantes de um corpo – a humanidade – e se vejam como responsáveis por mantê-lo íntegro.
         Educativas e indicativas são as imagens usadas pelo profeta Isaías para iluminar a compreensão do povo, chamado a selar a aliança com Deus e, a partir dessa aproximação, capacitar-se para as alianças entre povos, grupos, pessoas e segmentos diversos, cultivando a fraternidade e a solidariedade que curam o mundo. A aliança é o brotar de uma haste que nasce do tronco seco, fazendo surgir o rebento de uma flor. Ser autenticamente fiel ao que propõe Cristo é o caminho para a nova ordem, aquela que faz o inimaginável: o lobo e o cordeiro vivendo juntos, o leopardo deitar-se ao lado do cabrito, bezerro e leão comendo juntos, o bebê brincando sobre o ninho da serpente venenosa.
         As alianças que se alicerçam no modelo de Cristo farão da cidade uma fortificada edificação, com portas abertas a um povo justo, cumpridor da palavra, firme em seus propósitos, conservado na paz porque confia em Deus, a sua rocha eterna. Alcançar essas alianças pressupõe disposição e esforço para dissipar do próprio coração todo o ódio e rancor, empenhar-se no diálogo que requer atenta escuta do outro, desvestir-se de todo a hipocrisia para trajar a armadura da misericórdia e do bem. Advento, esse é o tempo de conversão e reconciliação, para que ninguém se torne pedra de tropeço, mas alavanca de alianças, com qualidade para abrir caminhos, oferecer respostas às crises, cultivar a participação igualitária e solidária na sociedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em novembro, chegou a 2,80%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.



  

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS CAMINHOS DA LUZ, DO AMOR E DA SABEDORIA E OS DILEMAS DO JORNALISMO NA SUSTENTABILIDADE

“A energia crística nos oferece 
a purificação da consciência
        Uma energia de poder e beleza ocultos, de irradiação silenciosa, porém resoluta, permeia cada partícula do universo planetário, penetra toda abertura que acolha o fulgor que dela emana. Com seu inefável Amor renova tudo o que toca e, como o fermento do pão, multiplica as virtudes dos seres para que por meio delas alimentem de luz esta Terra sofrida.
         Ainda que relativamente o homem se rende à verdade, o Espírito envia-lhes impulsos de luz, de amor, de paz e de sabedoria. Se recebidas com gratidão, essas energias lhe ensinarão a colher flores das rochas e a transformar com sua beleza a face da Terra.
         Há dois mil anos, em Jesus, a energia crística esteve presente em meio à humanidade, expressando-se da maneira mais plena que então era possível por intermédio de um ser encarnado no nível físico da superfície da Terra; a maioria dos homens, porém, não quis acolhê-la.
         Na época atual processo semelhante ocorre, e de toda a humanidade da superfície apenas dez por cento responde positivamente ao chamado crístico, ao chamado do Amor, que, ecoando desde milênios, nesta transição da Terra reapresenta-se de modo peculiar.
         Os que respondem são discípulos da Luz, do Amor e da Sabedoria. Sua coligação com essa Luz independe de crenças, dogmas ou religiões organizadas. Está embasada na unificação do ser à essência crística, que é cósmica.
         A energia crística não se oculta aos olhos de ninguém, está presente nos menores fatos da vida dos seres, indicando-lhes o caminho à Unidade, procurando dissolver a separatividade e a disputa, fato bem pouco compreendido mesmo entre seus pretensos seguidores.
         Sua suprema sabedoria busca despertar nos homens a consciência de que a verdadeira existência, o Reino, encontra-se além dos limites da mente. A vida do Espírito é o portal dessa existência e, por caminhos traçados pelo Amor Infinito, a ela é conduzido o indivíduo; porém, só aquele que continuamente renuncia à violência própria do ego consegue cruzar esse portal.
         Inúmeras vezes um ser é colocado diante da Verdade, da Luz e da Vida pela Lei do Amor. Em algumas dessas oportunidades, consegue romper os densos véus de ilusão que lhe obscurecem a consciência, evocando do seu mais íntimo núcleo interior uma resposta positiva, uma abertura e um passo em direção à vida espiritual. Porém, essa ainda frágil adesão ao chamado interno facilmente é negada quando surgem situações de provas.
         O ser humano muitas vezes esquece-se de que a manifestação de uma nova existência requer obras e atos em conformidade com o que ela inspira. As bases dessa nova existência só podem emergir de um coração onde o amor transcendeu as expressões pessoais, em um coração que reconheceu que todo esse amor provém d’Aquele que alenta os universos e a Ele deve ser oferecido. O homem que se integra a esse amor nada teme, no céu ou na terra comunga da união com a Fonte.
         A história da Terra, entretanto, revela que o ser humano não compreendeu essas simples leis espirituais. A influência que os objetos e conceitos concretos exercem sobre ele é mais forte do que sua fé na Providência Divina. Teme pelo efêmero, afastando-se do essencial. Propala sua crença, porém pouco a confirma em seus atos.
         As trilhas rumo ao Espírito sempre estiveram abertas a todos os homens; entretanto, a maioria preferiu as falsas promessa da vida material.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de novembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Dilemas do jornalismo
        As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação colocaram os antigos modelos de negócios em xeque. A dificuldade em encontrar um caminho seguro para a monetização dos conteúdos multimídia e as novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais produzem um complexo cenário de incertezas.
         É preciso pensar, refletir profundamente sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a capacidade de inovação – rápida e de baixo custo – serão fundamentais para a sobrevivência das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais.
         Mas é preciso, previamente, fazer uma autocrítica corajosa a respeito do modo como vemos o mundo e da maneira como dialogamos com ele.
         O consumo da informação mudou. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir uma sensação de liberdade. Somos editores do nosso diário personalizado. Ao mesmo tempo, há uma demanda reprimida de reportagem. É preciso reinventar o jornalismo, num contexto muito mais transparente e interativo.
         É preciso contar boas histórias. Com transparência e sem filtros ideológicos. Sucumbe-se, frequentemente, ao politicamente correto. Certas matérias, algemadas por chavões inconsistentes que há muito deveriam ter sido banidos das redações, mostram o flagrante descompasso entre as interpretações e a força eloquente dos números e dos fatos.
         Mas vamos a um exemplo concreto de cobertura: Donald Trump.
         Não tenho entusiasmo por Trump. Assusta-me a exacerbação patológica do seu ego. Suas bravatas não preocupam tanto. São marqueteiras e oportunistas. Chuvas de verão. A vida real e os formidáveis freios e contrapesos da democracia norte-americana impedem aventuras muito coloridas.
         A cobertura sobre Donald Trump, um personagem complicado e polêmico, está mais para militância do que para jornalismo. Sobra opinião. Falta análise, contexto, capacidade de esclarecer o leitor. Jerusalém é a bola da vez. A imprensa caiu matando. A sanidade mental do presidente está em pauta. Pois bem, amigo leitor, Trump só fez confirmar a política externa norte-americana a respeito de Jerusalém. Clinton, Obama e Bush defenderam o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Mas ninguém disse isso ao leitor.
         Como bem lembrou o jornalista Hélio Gurovitz, no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, Donald Trump tomou o cuidado de não adotar a posição oficial do governo israelense. Num gesto destinado a atender a anseios de governantes do mundo árabe, para quem Jerusalém é uma questão sensível, as palavras escolhidas abrem margem para parte da cidade se tornar um dia capital de um eventual Estado palestino.
         “Os limites específicos da soberania israelense em Jerusalém estão sujeitos ao status final das negociações entre as partes”, diz o comunicado da Casa Branca. “Os EUA não estão tomando posição a respeito de limites ou fronteiras.” Embora não haja referência à demanda palestina pela parte oriental, o texto aproxima a posição americana adotada por países como Rússia ou República Tcheca, que reconhecem “Jerusalém Ocidental” como capital israelense e “Jerusalém Oriental” como capital palestina.
         Esses são os fatos que ficamos devendo aos nossos leitores. Não podemos brigar com a realidade. Gostemos ou não dela. Precisamos recuperar a capacidade de informar sem contrabando opinativo, mas com rigor e objetividade.
         A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguarda os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo pra valer, fiel à verdade dos fatos, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma digital.
         Com quem nós queremos falar? Com o Brasil real? Com o país que tem valores e olha para frente? Ou queremos falar com minorias ideológicas, à direita e à esquerda, articuladas e barulhentas? Façamos jornalismo. Nada mais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,80%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.



          

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA SABEDORIA E OS DESAFIOS DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

“Como aceitar que a propriedade 
não existirá como agora?
        Sendo simultaneamente instintivo, intelectivo e intuitivo, o homem precisa começar a buscar a consciência da unidade em si mesmo para a superação do apego e do senso de propriedade. Para o instinto e para o intelecto, é difícil aceitar que, num estágio futuro, a propriedade não existirá como agora. O lado instintivo é possessivo, teme passar necessidades; o intelecto, por sua vez, orgulha-se de suas ideias, não se dispõe a desapegar-se delas. O senso de propriedade está presente até mesmo no eu consciente do indivíduo que preza por sua essência interior, sua alma e espírito.
         Quando o indivíduo finalmente emerge da consciência de massa, interage com o instinto, com o intelecto e com a intuição tendo consciência  dessas três energias bem diferentes entre si. Sua tarefa é, então, transformar o instinto em intuição, usando, para isso, o próprio intelecto, que deve compreender o processo, concordar com ele e participar da obra. Caso contrário, surgem os conflitos psicológicos que todos conhecemos.
         O que devemos alcançar, levar ao coração e depositar em seu templo sagrado às vezes é a parte mais material do ser; outras é aquela que argumenta e analisa e ainda outras vezes é a intuição, luz que traz em si todas as soluções. Esse templo, que recebe o que de mais caro o homem tem, corresponde ao corpo da alma – que vai absorvendo, transformadas, todas as tendências humanas. Enquanto tais tendências não são conduzidas à purificação, não podem ser transmutadas em algo superior, em algo que é tido como algo irreal para a percepção mais densa.
         O intelecto em parte já compreendeu do que se trata e por isso experimenta um pouco daquilo que no futuro constituirá sua própria vibração. Mas é à medida que o eu consciente convive com a intuição, com o mundo espiritual, que ele consegue impulsionar e reunir todos os seus aspectos, elevando-os e renunciando a eles. Isso ocorre quando o indivíduo abraça e coordena todos os elementos que constituem o seu ser: trabalha-os, transmuta os que são aproveitáveis e transformáveis e rejeita os que são relutantes à evolução.
         A consciência de massa, mesmo quando já transcendida, traz enraizado em si o senso da propriedade, que é uma das últimas ilusões da qual o homem evoluído se liberta. Por isso, o eu consciente não deve se deixar influenciar pelo instinto nem pelo intelecto, deve simplesmente seguir a voz da sabedoria.
         Mas esse não é um trabalho feito apenas no nível da mente. O “coração” torna-se ativo quando o indivíduo é também coerente nas suas ações, ou seja, quando as pratica com independência em relação às solicitações ou influências externas. As vozes dos instintos e do intelecto acompanham todos nós no decorrer da vida. Qualquer instabilidade ou vacilação durante uma ação que esteja sendo conduzida pela parte mais consciente do indivíduo representa uma queda no processo de crescimento. Executada tal ação incorreta ou inexatamente, a seguinte deve ser empreendida sempre em ordem, de forma inabalável, a fim de equilibrar a anterior. Educa-se, desse modo, a perseverança.
         Paciência infinita e não crítica são, neste trabalho, fundamentais. Vence, no final, a serenidade de espírito do homem que não perde o sorriso mesmo diante de fatos aparentemente tristes. Sim, deve-se sorrir durante a busca dessa unidade, mesmo que advenham circunstâncias desanimadoras.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de10 de dezembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de novembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de RODRIGO SOUZA, sócio e diretor de tecnologia da Security4IT, e que merece igualmente integral transcrição:

“Segurança da informação
        Um dilema para líderes em diversas corporações é descobrir os motivos pelos quais a segurança da informação tenha se tornado um dos maiores desafios já enfrentados. Poderíamos listar, aqui, como principais causas das novas ameaças, cada vez mais sofisticadas e em maior número, a complexidade dos ambientes das empresas, somada a uma crescente variedade de tecnologias, ou a falta de capacitação das equipes responsáveis pelos serviços administrados e pela proteção dos ambientes. Ainda poderíamos culpar o baixo índice de conscientização dos colaboradores sobre a importância da informação, aliado à ausência de processos e procedimentos. Porém, a verdade é que não existe uma responsa correta para essa pergunta.
         A grande questão, na prática, é de fato superar esse desafio, mas isso é muito mais difícil e complexo do que saber a raiz da questão. Isso porque são inúmeras variáveis que compõem este cenário, e o caminho que leva ao sucesso das iniciativas deve levar em conta todas as variáveis e, então, traçar estratégias para que o controle dos agentes e ambientes minimize os riscos de incidentes.
         É importante implementar controles internos e regras claras de compliance, que devem estar em linha com a legislação e ser adotados como uma oportunidade de aperfeiçoamento dos parâmetros de mercado e negócios, além de serem um guia de padrões éticos de controles, conferindo transparência à organização e controle de acesso às informações.
         A gestão está associada à diminuição da incerteza em relação a eventos futuros, no caso da segurança da informação, de incidentes no ambiente virtual, seja por contaminação de vírus, ataques de hackers, sequestro de informações, entre muitos outros riscos cibernéticos. O controle também pode aumentar a eficácia das operações, por meio da diminuição de custos ou de tempo de execução de processos ineficientes e não estruturados.
         Para isso, é preciso implementar, ainda, uma metodologia de monitoramento, com sistemas inteligentes que promovam o acompanhamentos sistemático de algumas variáveis, nos quais se avalia se os objetivos estão sendo alcançados, se os limites estabelecidos estão sendo cumpridos e se eventuais falhas estão sendo prontamente identificadas e corrigidas. Os agentes críticos a serem obrigatoriamente avaliados nos processos de segurança da informação são: ameaças, processos, indicadores e pessoas, o agente mais crítico.
         As ameaças talvez sejam a variável mais óbvia desta lista, pois, normalmente, é o principal foco da maioria das equipes de segurança cibernética. Com o aumento do número de aplicações disponíveis, principalmente devido ao surgimento de dispositivos móveis inteligentes (smartphones e tablets), atualmente as ameaças se multiplicam a uma velocidade exponencial e, quanto maior esse número, maior é o número de malwares que tentam explorar cada uma dessas ameaças. A sofisticação e a velocidade com a qual estes malwares são desenvolvidos é o que torna o controle das ameaças um processo nada fácil de ser executado.
         O segundo item de nossa lista de variáveis é um dos mais relevantes para o controle de ameaças cibernéticas: trata-se da definição e implementação de processos de resposta a incidentes, com etapas bem estabelecidas e regras a serem cumpridas, já que é por meio dele que é possível organizar e definir como as ameaças devem ser mitigadas dentro da organização. Muitas instituições falham nesta questão, pois não possuem metodologias definidas e viáveis para conter incidentes de segurança.
         O terceiro item da lista é a variável a qual as áreas e segurança da informação conferem menor grau de criticidade, uma visão que pode ser fatal, pois, por meio de indicadores bem definidos, podemos avaliar se nossos controles (tecnológicos ou não), processos e procedimentos são efetivos e eficazes. Trata-se de um critério que permite mensurar se a estratégia é assertiva ou não.
         Por fim, a quarta variável é a mais importante, pois é o elo mais fraco da corrente no processo de proteção de dados, que é o fator humano. Uma equipe sem a capacitação adequada, com colaboradores pouco conscientizados é, sem dúvida nenhuma, o maior desafio de uma organização que busca a excelência e eficiência na proteção de suas informações.
         Não existe uma receita pronta a se aplicar para superar todos os desafios da segurança da informação, porém, para obter sucesso nas iniciativas, algumas questões devem ser consideradas. São elas: capacitação da área de segurança da informação e de todos os colaboradores em um processo contínuo; definição de uma metodologia a ser seguida; alinhamento com a gestão da companhia e com os objetivos de negócios; mensuração das iniciativas. Além disso, é importante possuir um conjunto de soluções tecnológicas que não só protejam os ambientes virtuais, mas também possuam mecanismos de resposta rápida e eficaz a incidentes.
         É impossível prever quando, como e onde será realizado um novo ataque como o Petya e o Wannacry, mas é possível estar preparado para evitar ataques e, se não em sua totalidade, conseguir mitigar os desdobramentos desses incidentes, que, além de danos à reputação, podem resultar em perdas financeiras, de marca e de mercado.
         Garantir a segurança da informação de uma organização é um processo contínuo que deve ser reavaliado e reajustado de acordo com as constantes mudanças do cenário, em todo o mundo. O gerenciamento de risco consiste em trabalhar com conclusões suficientes de premissas insuficientes, já que não podemos prever eventos futuros e que certamente ocorrerão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro/2017 a ainda estratosférica marca de 337,94% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em novembro, chegou a 2,80%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.