sexta-feira, 27 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA SOLIDARIEDADE E A FORÇA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE


“Um convite à solidariedade
        Sem a utopia de uma sociedade perfeita e talvez inalcançável pela via política, mas conscientes do poder transformador do cooperativismo, acreditamos em um mundo mais justo, com pessoas mais felizes. Estimulado a cumprir essa missão, o Sistema Ocemg concebeu, em 2009, o Dia de Cooperar, projeto que foi abraçado pelas cooperativas mineiras e hoje une todo o Brasil em torno da causa do voluntariado.
         Como cooperativistas, nosso compromisso é com as pessoas, e o Dia C fortalece esse propósito por meio de ações contínuas, intercooperativas e engajadas com o bem-estar. Alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), demonstramos para a sociedade que o segmento realiza mais que negócios – potencializa, valoriza e cuida das pessoas por meio de iniciativas solidárias, que ganham visibilidade no primeiro sábado de julho, Dia Internacional do Cooperativismo, quando as cooperativas promovem eventos simultâneos de celebração da campanha junto à comunidade.
         Com o incentivo do Sistema OCB, entidade nacional do cooperativismo, o Dia C cresceu e se fortaleceu tanto que alcançou status de movimento. Em 2017, os 26 estados e o Distrito Federal foram contemplados pelas ações do Dia de Cooperar, campanha que abrangeu 936 municípios, com a realização de 1.200 projetos por mais de 12.08 cooperativas brasileiras, envolvendo 102 mil voluntários em benefício de 1,6 milhão de pessoas.
         Em Minas Gerais, há 10 anos fazemos o primeiro convite para as cooperativas registradas junto ao Sistema Ocemg e hoje podemos dizer que 254 delas elaboram projetos de responsabilidade socioambiental e engajam funcionários, familiares e a comunidade nesse grande corrente do bem que é o Dia de Cooperar. Ainda podemos crescer muito mais. Principalmente, se olharmos para a dimensão territorial de Minas, para a quantidade de cooperativas que ainda não aderiram ao movimento e para o número de pessoas que ainda não alcançado pelas ações transformadoras do voluntariado.
         O Dia C materializa o sexto e o sétimo princípios do cooperativismo, de “intercooperação” e “interesse pela comunidade”, e reforça valores como a solidariedade, que tanto motiva e encanta os voluntários. Ser voluntário é também atitude de pessoas comprometidas com o futuro e com a sustentabilidade. Não por acaso, as nações mais desenvolvidas são também as que têm maior número de voluntários e projetos sociais.
         A propósito, o Dia de Cooperar foi efusivamente reconhecido pelo papa Francisco e pela Organização das Nações Unidas (ONU), que no ano passado convidou o presidente do Sistema OCB para falar sobre o tema, durante audiência em Nova York. Também em 2017, fui convidado para apresentar o Dia C para dirigentes de mais de 95 países presentes na Assembléia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Kuala Lumpur, na Malásia.
         Diante de tamanha representatividade e da importância alcançada pelo Dia C, a partir deste ano será promovido o Prêmio Sescoop-MG de Voluntariado, que reconhecerá e premiará os melhores projetos durante o Seminário de Responsabilidade Social das Cooperativas Mineiras, em dezembro.
         Temos o desafio de ampliar a participação das cooperativas no Dia C para que mais voluntários integrem as ações de maneira que seja possível beneficiar ainda mais pessoas nesse movimento tão aplaudido. Vamos mostrar para o mundo que nós cooperativistas sabemos como ninguém ser voluntários e unir as pessoas em torno de um objetivo comum – a solidariedade.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ENEIAS RONCARATI, professor de gestão de pessoas da FGV/Faculdade IBS, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tecnologia e o futuro do trabalho
        Caso sua vocação esteja alinhada com as áreas de ciência e tecnologia, sugiro especial atenção a estas linhas. A automação genérica de processos de trabalho (pela massificação do uso de algoritmos, softwares e aplicativos de última geração), combinada com a robotização de atividades fabris e corporativas, experimenta novas etapas cada vez mais intensas de inovações disruptivas, o que está gerando mudanças importantes nos perfis de mandados de colaboradores.
         De início, os aspirantes devem ser assertivos na busca e processamento incessante de informações e conhecimento. Devem também ser curiosos, adaptáveis e questionadores, antenados às metodologias científicas de planejamento e trabalho, facilitando processos de criação e inovação constantes. Espera-se, ainda, que sejam capazes de trabalhar e interagir em grupos multiculturais e em equipes multidisciplinares; e, por fim, que disponham de um background de educação formal de nível superior e de pós-graduação, preferencialmente com graduação em cursos superiores das chamadas hard sciences, tais como matemática, estatística, física, química ou engenharia, ou com ênfase nas ciências da computação, em especial o software, envolvendo habilidades específicas como programação, desenvolvimento de algoritmos e criação de aplicativos.
         Assim, em paralelo com a demanda brasileira por profissionais da área de tecnologia da informação (sempre com vagas ociosas por falta de mão de obra qualificada), as oportunidades atuais apresentam-se em setores específicos desta área de C&T. Na chamada indústria 4.0, a digitalização segue remodelando processos e cortando custos. Novas máquinas impressoras em 3-D e novos materiais para impressão, por exemplo, permitem fazer desde peças customizadas, como próteses e peças biomecânicas, a produtos finais maiores.
         Há a inteligência artificial, com ferramentas tecnológicas acessórias, tais como deep learning e machine learning, que são novas metodologias e tecnologias usadas para ensinar às máquinas o trabalho humano ou criar softwares específicos de recursos financeiros na rede ao próprio fluxo de informações, pois a tendência é movermos dinheiro pela internet com cada vez mais facilidade, com a tecnologia blockchain. Há que se lembrar, também, do big data, que é a capacidade corporativa de acumular e correlacionar imensas quantidades de dados e informações, e do data analytics, que possibilita transformá-los em conhecimento útil para finalidades específicas.
         Já a internet of things é a internet conectada com os aparelhos e apetrechos mais diversos. Entre as novas tecnologias digitais, lembremos da realidade virtual e da realidade aumentada, que permitem, respectivamente, experimentar ambientes e situações imaginários, ou experimentar a realidade cotidiana acrescida de mais informação (como no caso de o cliente obter informação sobre um restaurante apontando para ele a câmera de seu mobile phone).
         A computação em nuvem é a capacidade corporativa de poder dispor de todas as facilidades da computação a distância. Já a segurança digital é uma área essencial em C&T, pois é a capacidade corporativa de prover uma experiência digital segura para seus clientes. Vale lembrar a criação de games e de processos de gamificação de atividades corporativas (para aumentar a produtividade do trabalho, por exemplo); e, finalmente, a eclosão e o desenvolvimento de novas tecnologias digitais, metodologias de pesquisa e avanços científicos em áreas como as de energias renováveis, agronegócios, biofarmacêutica, além de engenharia genética, aeroespacial, química e de novos materiais (a exemplo de nanotecnologias e nanomateriais), com aplicações diversas e que ensejam a abertura de novos negócios tipo startups e scaleups.
         Um especialista em big data, em começo de carreira, pode ter salário de até R$ 4 mil, podendo chegar aos R$ 30 mil no caso de cargos como engenheiro de big data, ou head de big data. Para melhor subsidiar a criação de novos negócios em C&T, são altamente recomendáveis conhecimentos específicos sobre temas como empreendedorismo, planos e modelos de negócios ou gerenciamento de projetos, além de finanças corporativas, gestão estratégica, pesquisa de mercado, marketing e assuntos afins, de forma a permitir a criação de um robusto e durável modelo de negócios, além da fidelização da clientela e aumento das vendas e lucros.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quarta-feira, 25 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E AS NOVAS EXIGÊNCIAS DAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE


“Como ser descoberto por um headhunter?        
         Todo profissional busca ser reconhecido e ter sucesso na carreira. Os mais ambiciosos se dedicam a escalar a pirâmide corporativa rumo ao topo, enquanto outros querem atingir profundidade em suas áreas de especialização. Independentemente do planejamento individual de carreira, é importante contar com bem mais do que a sorte na hora de encontrar novas oportunidades. Nesse sentido, ser descoberto por um headhunter pode ser considerado um importante passo no amadurecimento profissional, uma vez que fica explícito que você se tornou objeto de desejo da sua área de atuação.
         De maneira muito prática, o primeiro passo para ser encontrado por um recrutador é fazer um bom trabalho e se destacar em sua área. Os profissionais conseguem, ao longo da carreira, construir uma fama positiva para o mercado e isso, por si só, fará com que você seja descoberto quando surgir uma oportunidade para seu perfil de atuação.
         Tão importante quanto deixar uma boa impressão pelas empresas que passar é manter seu perfil nas redes sociais sempre atualizado. Principalmente o perfil do Linkedin, rede social voltada para relacionamentos profissionais. Mais do que manter o perfil atualizado, é importante descrever as atividades e projetos realizados. Durante a busca a por profissionais, o headhunter utiliza palavras-chave para encontrar o perfil, e essas palavras não necessariamente estão no título dos cargos. Além disso, o profissional precisa aprender a preencher o currículo para ser visto da maneira que deseja.
         No mercado de marketing e vendas, por exemplo, é importante descrever as atividades realizadas pensando no próximo passo que quer atingir na carreira. Uma dica muito importante na hora de construir o currículo é manter a descrição das atividades técnicas. Caso o perfil técnico do currículo seja compatível com a descrição esperada para a vaga, o perfil comportamental será validado na fase de entrevistas.
         Se o profissional estiver ativo na busca por uma recolocação ou por uma nova oportunidade, meu conselho é dedicar tempo na construção do currículo Mais do que quantidade de informação, é preciso assertividade e foco. Mirar naquilo que deseja e preencher o currículo para conquistar esse objetivo. Muitas vezes, é importante até adaptar o seu currículo para cada vaga e empresa que despertem o seu interesse, ressaltando em cada uma delas aquilo que mais saltará aos olhos do recrutador, ou seja, suas experiências mais relevantes para a ocupação daquele cargo.
         É fundamental tomar cuidado para ser discreto na busca caso esteja trabalhando. Apesar de ser absolutamente normal procurar novas oportunidades de carreira, ainda existe um tabu no mundo corporativo, no qual se o profissional está procurando emprego significa que ele está insatisfeito. Nesse caso, o mais importante é continuar desempenhando um excelente trabalho e fazendo as entregas que precisam ser feitas. Dessa forma, no momento em que precisar pedir demissão você evitará ressentimentos e saberá que fez o melhor trabalho possível no período em que esteve na empresa.
         Apesar de ser a dica mais dada por recrutadores, vale o reforço: nunca minta no currículo. Parece óbvio, mas ainda pegamos muitos candidatos cometendo esse erro que destrói a credibilidade do profissional.
         Passada a fase de ser descoberto pelo headhunter vem a segunda parte do processo seletivo: a entrevista. Tão temida e aguardada pelos profissionais, a entrevista é a melhor chance de mostrar o quanto você deseja preencher a cadeira disponível. Além de muita energia e disposição, é fundamental estudar sobre a empesa, o mercado de atuação e até mesmo sobre algumas correntes. Demonstrar real interesse é a melhor maneira de deixar uma boa impressão. Agora, se você não estiver tão a fim assim da oportunidade, nem aceite o convite para o bate-papo. Isso demonstra respeito pelo seu tempo e pelo tempo do recrutador também.
         O sucesso de um processo seletivo depende de uma sinergia muito grande entre candidato, vaga e empresa contratante. É indispensável ser autêntico e honesto para não criar expectativas ruins para ambos os lados. Por fim, se eu pudesse dar apenas um conselho para ser notado por um headhunter seria: mais do que simplesmente ser visto/encontrado, faça com que você seja lembrado.”.

(DÉBORA LIMA DA CUNHA. Headhunter na Trend Recruitment, com seis anos de experiência no recrutamento e seleção para marketing e vendas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de abril de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 13 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Repensar, novo agir
        A população não pode se deixar contaminar pelas polarizações que costumam ser prejudiciais a todos, com o crescimento de atitudes e posturas violentas. É um cenário ameaçador, que não pode ser considerado normal, mas vem se configurando há muito tempo por diferentes razões. As polarizações consolidam-se, especialmente, a partir da combinação entre irresponsabilidades e desvarios de todo tipo, que se assemelham à “lenha na fogueira”. Acirram ânimos e geram situações que levam à perda do autocontrole e à violência.
         Imagine: aonde se poderá chegar quando as relações sociais estão em “pé de guerra”, com a relativização do respeito ao outro? A liberdade cidadã passa a ser orientada por intolerâncias, que alimentam o ódio e servem para justificar diferentes tipos de agressão, resultando em tragédias e perversidades. Por isso, não convém subestimar os riscos de extremismos, especialmente os nascidos de fanatismo político. As muitas divisões levam a sociedade a se fragmentar, correndo o sério risco de se desintegrar. As polarizações fragilizam o povo, incapacitando-o para reagir diante de tantos desafios contemporâneos.
         Essas perigosas e acirradas disputas não levam a lugar nenhum e, para vencê-las, há um longo caminho a ser pavimentado e percorrido, que contempla investir na justiça, tratando todos com igualdade. Dessa forma, evitam-se impunidades, garante-se a aplicação de penas, independentemente de classe social ou opção ideológico-partidária. É preciso integrar ao dia a dia de cada indivíduo a consciência da necessária moralização norteada pelos parâmetros da justiça: cada cidadão deve ser responsabilizado pelo que fala ou faz.
         Há de se descartar a ilusão de que o novo tempo almejado por todos vai ser construído simplesmente com a mitificação de figuras políticas ou religiosas, ou mesmo com o saudosismo de tempos que já se foram. A (re)construção social é processo novo, e não a repetição do passado. Esse processo deve incluir uma Justiça capaz de definir penas para quem comete crimes e colocar fim às situações que prejudicam toda a sociedade. A Justiça tem, pois, uma tarefa gigantesca, que requer equilíbrio de seus agentes e instâncias, indispensável na condução de todos os processos.
         Mas dar rumo novo à sociedade não é somente responsabilidade da Justiça. Trata-se de tarefa a ser partilhada por todos os cidadãos. Ao assumí-la, determinante é que se desperte na consciência de cada pessoa a luz de um repensar, oportunidade para a qualificação das próprias atitudes, superando radicalismos. Desse modo, o ser humano capacita-se para o diálogo, consegue compreender as diferenças e articulá-las para o bem de todos. Um movimento bem diferente daquele que promove o acirramento de picuinhas.
         O momento atual requer envergadura moral e emocional de todos, especialmente dos líderes, sob pena de se permitirem autoritarismos e atitudes tendenciosas, ou mesmo reduzir tudo o que é certo às próprias escolhas e concepções ideológico-partidárias, fazendo aumentar os radicalismos que cegam. Repensar é, pois, um ato de sabedoria, lucidez e serenidade para encontrar as dinâmicas e parâmetros de um novo agir. Na contramão dessa compreensão podem se multiplicar os vandalismos alimentados pela mediocridade, pelo ódio e pela intolerância. É hora de cada pessoa repensar suas atitudes, para ser capaz de dialogar e, assim, intuir novas respostas, compreender o caminho da história com a luminosidade de princípios e valores que inspiram qualificadas formas de agir.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





    

sexta-feira, 20 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DA ÉTICA NA ECONOMIA E OS GRAVES DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR NA SUSTENTABILIDADE


“Atenção aos crimes econômicos
        Pesquisa sobre econômicos e fraudes, divulgada recentemente pela PwC, que ouviu mais de 7,2 mil entrevistados em 123 países, revela que metade das empresas brasileiras sofreu algum tipo de crime econômico nos últimos dois anos, e 7% delas relataram prejuízos acima de US$ 50 milhões. Em 2016, apenas 12% das companhias nacionais foram vítimas desses crimes.
         O aumento dos casos pode estar relacionado à maior percepção e compreensão do que é um crime econômico e, por consequência, sua identificação e acompanhamento. Tanto a sociedade quanto os órgãos reguladores estão exigindo mais transparência nas informações divulgadas e controles eficientes para prevenção e detecção de fraudes e crimes econômicos.
         Os prejuízos decorrentes de crimes econômicos são muitos e impactam sobremaneira os negócios. A prática afeta o moral dos colaboradores, as relações comerciais, a reputação e a força da marca, as relações com órgãos reguladores e os preços de ações, no caso de companhias abertas. Entre os principais tipos de crime estão as fraudes em compras (34% no Brasil e 22% no mundo), suborno ou corrupção (26% no Brasil e 25% no mundo) e crime cibernético (22% no Brasil e 31% no mundo). Percebe-se um esforço na fiscalização, bem como adoção de novas normas regulatórias ou inspeções relacionadas à lavagem de dinheiro, por exemplo. No Brasil, 62% das empresas passaram por alguma ação ou inspeção nos últimos 24 meses, 34% a mais do que em 2016. O empenho na fiscalização está relacionado com os recursos existentes nos órgãos fiscalizadores. A recente Lei Anticorrupção brasileira também colabora para isso.
         No entanto, a mentalidade ainda está muito voltada à ação reativa. Somente 54% das organizações no mundo fizeram uma avaliação geral do risco de fraude ou crime econômico nos últimos dois anos, sendo que menos da metade delas realizações avaliação quanto à vulnerabilidade a ataques cibernéticos. Menos de um terço avaliou áreas críticas, com risco significativo de suborno, corrupção e lavagem de dinheiro.
         Para combater crimes econômicos, muitas empresas fortaleceram seus controles internos e ampliaram programas de denúncias. A maior parte das organizações mantém as lideranças cientes dos crimes mais graves para os negócios: 97% dos casos foram levados ao conhecimento da diretoria ou líderes de governança no Brasil, contra 91% na amostra global.
         Para fortalecer o ambiente de controles internos, algumas ações devem ser realizadas. O conselho de administração e os executivos precisam dar o tom para a organização, as organizações devem fortalecer a cultura organizacional quanto à gestão de riscos, ética e compliance, com a conscientização dos colaboradores e aumento do incentivo à denúncia de práticas inapropriadas.
         Também é fundamental que as organizações invistam nas pessoas e não somente em tecnologia, com o objetivo de gerenciar o triângulo da fraude: incentivo/pressão, oportunidade e racionalização. Por último, a administração precisa realizar um trabalho detalhado para a identificação dos riscos, sem deixar de lado a missão, a visão e os valores da organização.”.

(ALEX FREITAS. Sócio da PwC Brasil, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ANDREA RAMAL, educadora, consultora em educação e doutora em educação pela PUC Rio, e que merece igualmente integral transcrição:

“Ensino superior no fundo do poço
        O Brasil investe quase quatro vezes mais no ensino superior do que na educação básica, ao contrário do que ocorre na maioria dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No ensino fundamental, enquanto a média dos países da OCDE é de US$ 8 mil/ano por estudante, nós não chegamos a US$ 4 mil. No ensino superior, o investimento por aqui ultrapassa os US$ 11 mil/ano por estudante, valor superior ao praticado na Itália, República Tcheca e Polônia.
         Ainda assim, a rede pública de universidades padece. São 300 campi, de 63 instituições, em situação crítica que, ano a ano, vêm se deteriorando, sobretudo por problemas de gestão. Há pelo menos três anos é realizado um forte contingenciamento de despesas, o que tem levado essas instituições a reduções continuadas de orçamento. Além dos atrasos em contas básicas, como água, luz, segurança e limpeza, são incontáveis as perdas com a falta de investimentos em novos equipamentos e na manutenção e modernização das suas estruturas. Essa situação afeta 2 milhões de estudantes.
         Para a maior parte dos alunos universitários brasileiros, a opção é a rede particular, que hoje conta com 6 milhões de matrículas nos cursos de graduação. O aumento exponencial de instituições de ensino, por todo o território nacional, se deu no momento dos incentivos do governo federal, sobretudo pelo programas Fies – Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior. Atualmente, porém, elas enfrentam sérias dificuldades.
         A primeira delas é a evasão. A precariedade da formação inicial faz com que os jovens saiam do ensino médio com sérias deficiências e imensa dificuldade para interpretar textos, relacionar dados e acertar contas simples. Essas competências fazem falta nos cursos superiores, a tal ponto que as instituições são obrigadas a criar disciplinas de nivelamento das turmas, ensinando conteúdos que deveriam ter sido aprendidos na escola. Muitos estudantes acabam abandonando os cursos logo no primeiro ano. Turmas inicialmente cheias começam a ficar pequenas, o que representa menos receita, não necessariamente com menos custos.
         Ao mesmo tempo, com a redução de verbas federais, o mercado se tornou ainda mais competitivo. Enquanto alguns poucos se diferenciam pela qualidade, outros entram numa feroz guerra de preços. Deparamos com cursos que têm mensalidades em torno de inacreditáveis R$ 40. Ou seja, um curso com duração de quatro anos, em tese, pode ser pago integralmente por menos de R$ 2 mil, praticamente o que custa um mês de estudos numa universidade de elite.
         Essa estratégia, que tem como principais objetivos dominar o mercado, evitar o surgimento de competidores e impedir o crescimento da concorrência, não parece sustentável. De fato, isso se reflete na queda da qualidade do ensino, com professores mal remunerados, salas de aula e laboratórios ultrapassados, infraestrutura deficiente. Em algumas instituições, o material didático, composto de apostilas, é criado por profissionais que se limitam a resumir o que seria um conjunto de ideias essenciais de autores. Uma prática simplista e que não pode trazer bons resultados. Afinal, como é possível formar profissionais de excelência se não há o contato com textos originais, fontes e teorias de ponta?
         Em paralelo, vem crescendo o número de cursos de educação a distância. Eles já chegam a quase 3 mil. Isso porque nos últimos anos o Ministério da Educação vem apostando fortemente na flexibilização das regras para essa modalidade. O acompanhamento e a avaliação da qualidade por parte do próprio MEC, no entanto, deixam a desejar. As instituições não investem como deveriam em material on-line especializado e em métodos de interação e tutoria. Os resultados incluem avaliações desastrosas no Enade, o exame que mede os conhecimentos dos graduados de cada faculdade.
         Um problema adicional é a queda do nível de exigência de muitas das instituições. Como reprovar pode significar perder alunos e a receita das mensalidades, a régua se torna baixa. Falta rigor nos processos de avaliação e aprovação. Em consequência, essas faculdades jogam anualmente no mercado um enorme grupo de profissionais certificados com uma espécie de “diplomas de areia”, que se dissolvem no primeiro desafio prático no mercado de trabalho. Isso contribui para aumentar o número de desempregados e de pessoas que precisam recorrer a profissões com menos exigências acadêmicas.
         Essa situação dramática precisa ser tratada o mais rapidamente possível. As soluções envolvem uma série de ações. Uma medida importante é o aumento do rigor nas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação, incluindo a retomada das visitas rotineiras de avaliadores. Aprimoramento da gestão, na rede pública, é condição para sair do fundo do poço. Quanto ao processo de aprendizagem, a didática do ensino superior também precisa melhorar. As instituições devem se voltar para as metodologias ativas, como fazem os países de alto desempenho em educação, ensinando o estudante a aprender e usando estratégias diversificadas e materiais didáticos de qualidade. E, para não voltarmos a ter um ensino superior que seja um privilégio, é fundamental melhorar a qualidade da educação escolar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.