“Preparando líderes para os desafios do futuro
Em
um cenário de constante evolução e com um mercado cada vez mais plural, o papel
da liderança tornou-se mais multifacetado. Diariamente, os gestores enfrentam
uma variedade de situações que exigem uma combinação de habilidades e novas
competências. E, entre elas, aparecem alguns desafios, como a retenção de
talentos e o desenvolvimento de equipes.
Segundo
dados do Panorama Gestão de Pessoas Brasil, mais de 90% dos profissionais
acreditam que o desenvolvimento e a retenção de funcionários são
responsabilidades de todos os gestores, não apenas da área de recursos humanos.
Para
enfrentar esses desafios de maneira eficaz, é essencial que os líderes cultivem
uma mentalidade de aprendizado contínuo e estejam dispostos a evoluir com o
tempo. A capacidade de liderar com visão, empatia e responsabilidade é outro
diferencial na construção de organizações bem-sucedidas no futuro.
Na
Ambev, por exemplo, passamos por uma transformação significativa ao evoluir
nosso modelo de negócios para uma plataforma, o que também trouxe mudanças na
cultura e na liderança. Nessa jornada, nossa experiência na organização mostrou
que, ao valorizar o passado enquanto abraçamos o futuro com inovação e escuta
ativa, conseguimos criar um ambiente de trabalho que promove o crescimento
compartilhado e a alta performance de forma equilibrada e sustentável.
Nesse
processo, também vivenciamos uma importante mudança de um modelo de liderança
diretiva – aquele que acredita que experiências passadas são suficientes para
definir o caminho – para um modelo de liderança facilitadora, que observa o
contexto atual e enfrenta situações novas constantemente. Esse novo líder
constrói o caminho junto com a equipe, ouvindo, colaborando e formando times
diversos.
Também
estamos preparando nossos colaboradores para uma carreira de longo prazo, como
uma maratona, garantindo que cada indivíduo esteja bem preparado em um ambiente
de segurança psicológica, confiança e pertencimento. Para isso, desenvolvemos
programas para todos os públicos da companhia, com foco no conhecimento e
crescimento contínuo, sempre reconhecendo a importância da colaboração e da
escuta ativa.
A
capacidade de aprender continuamente, ouvir, adaptar-se às novas realidades e
cultivar uma mentalidade colaborativa é fundamental para qualquer líder
enfrentar os desafios do futuro, contribuir para a sustentabilidade do negócio
e apoiar o desenvolvimento de sua equipe.”.
(Camila Tabet. Diretora de gente da Ambev, em
artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de
outubro de 2024, caderno OPINIÃO, página 25).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 11 de outubro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Coração de Paz
O
Papa Francisco convoca a Igreja Católica a viver, em outubro, o Dia de Jejum e
Oração pela Paz no Mundo – convite dirigido também a cada pessoa que reconhece
a própria força espiritual. Ao lançar o olhar sobre o mundo e se sensibilizar
com os muitos focos de guerra, pode-se questionar sobre a eficácia de se
recorrer à força espiritual na busca pela solução de problema tão grave. Muitos
acreditam que a paz somente será alcançada a partir das mesas de diálogo e
negociação – várias delas sem apresentar frutos efetivos. Enquanto isso,
agravam-se tensões, vidas inocentes são perdidas, problemas sociopolíticos se
acentuam. A efetiva reação para debelar os conflitos não depende de máquinas ou
simplesmente de estratégias. Precisa, essencialmente, de cada ser humano
fazer-se morada de um coração de paz. A oração e o jejum reúnem propriedades
inigualáveis para tecer na interioridade humana um coração de paz – que aliado
à inteligência e a outras aptidões, possibilita a intuição de respostas na
superação das muitas formas de violência.
Jejum e
oração podem qualificar cada pessoa na promoção da paz – no ambiente doméstico,
na comunidade em que se vive, com repercussões nos âmbitos políticos e nos
cenários internacionais. Na contramão dessas práticas alicerçadas na fé está o
caminho fácil e tentador de se deixar conduzir pelo ódio e desejo de vingança,
distanciando-se das possibilidades de diálogos e do exercício da solidariedade.
A pratica educativa do jejum e o recurso diário da oração incidem no tecido de
um coração de paz, com força de paixão, movendo o ser humano para trabalhar
pelo bem comum. A força da paixão irradiada de um coração de paz promove a
fraternidade e efetiva a solidariedade. Compreende-se, pois, que investir para
conquistar um coração de paz é alavanca indispensável para consolidar, no
mundo, realidades mais pacíficas. Por isso, trata-se de importante investimento
e ensinamento da Igreja, em sintonia e cooperação com outras instituições e
segmentos da civilização contemporânea.
Aqueles
que cultivam um coração de paz tornam-se agentes corajosos e proféticos no
enfrentamento das muitas formas de violência – atentados a dignidades
invioláveis. Comove pensar a situação de tantas crianças e outros indefesos,
vítimas de guerras fratricidas, de escaladas do ódio e da vingança. Para que a
humanidade possa reagir, é preciso um passo primeiro: cada pessoa se
conscientizar de que precisa ser coração de paz – a paz é dom e missão. Essa
consciência torna-se clara quando o ser humano reconhece a sua referência
insubstituível: Deus, de quem é imagem e semelhança. No vínculo com o Criador
se inscreve a missão de cada pessoa – cultivar um coração de paz, sustentado
pelo Deus da paz. O ser humano é chamado, assim, a participar da criação e da
ação redentora de Deus.
Um
coração de paz é reserva de força moral indispensável para fazer frente a
irracionalidades e recompor a frequente perda de sentido da vida, em uma
sociedade marcada pela pluralidade, mudanças muito bruscas e velozes. Existe
uma gramática no coração, a gramática da paz, que não pode ser abolida, nem
mesmo desprezada. Essa gramática contempla a observância e o respeito ao
direito natural, sob pena das ameaças promovidas pelo subjetivismo. Do
subjetivismo brotam razões que se contrapõem ao bem comum e à fraternidade,
pois são prisioneiras das estreitezas e das simpatias particulares.
Desrespeitar o direito natural é inviabilizar diálogos, intuições solidárias,
perpetuando exclusões e discriminações. Núcleo central do coração da paz é o
reconhecimento da igualdade de natureza de todas as pessoas. Desconsiderar esse
princípio é promover desigualdades mundo afora. Toda pessoa precisa ser formada
para ter e cultivar um coração de paz, o que contempla engajar-se na promoção
da igualdade entre as pessoas, configurando um funcionamento social inclusivo.
O
ensinamento social na Igreja Católica compreende a importância de se revestir
corações com a gramática da paz. Um empreendimento hercúleo, mas que não pode
ser descartado em momento algum. Um processo educativo em que todos são
aprendizes e mestres. Negligenciar esse processo é oferecer possibilidades para
que sejam acentuadas diferentes formas de violência, inclusive as que são
praticadas contra o planeta. Um coração de paz é ponto de partida determinante
no processo de conversão ecológica. Na verdade, a paixão que nasce do coração
de paz impulsiona o convívio harmonioso do ser humano com a natureza. Há, pois,
a exigência de um grande cuidado para que um coração de paz habite a
interioridade humana, priorizando uma espiritualidade místico-contemplativa que
leve ao encontro da grandeza de Deus. Esse processo possibilita o iluminar do
rosto de cada irmão e irmã que é essencial à convivência e à cooperação
construtoras do bem comum, sem matar as diferenças ou hierarquizar
singularidades.
A adoção
de compreensões que relativizam a sacralidade da dignidade humana é um risco.
Essas compreensões não podem se fundamentar na hegemonia dos critérios e das
escolhas orientadas pelos interesses do mercado, do lucro e da defesa de
autonomias que facilitam a destruição de semelhantes. Sem um coração de paz
prevalecerão posturas autoritárias ou que expressem ressentimentos,
precipitando a vida no caos. É urgente cultivar a paz no próprio coração,
tornando-o repleto de uma paixão que inspire o exercício da solidariedade
fraterna e ilumine intuições na busca pela consolidação de cenários de paz. A
mudança para alcançar um mundo mais pacífico começa pela interioridade humana.
Nesse essencial processo de transformação, o jejum e a oração muito contribuem,
formando agentes do bem. Qualificam o ser humano para adequadamente exercer as
suas responsabilidades. Revestem o agir de cada pessoa com uma paixão que nasce
do coração de paz.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!