“Motores elétricos e a
Descarbonização da indústria
A
mobilidade elétrica vem ganhando cada vez mais espaço em meio a esforços de
governos, empresas e sociedade para neutralizar as emissões de CO2
na atmosfera e combater o aquecimento global. Em geral, os debates sobre
eficiência energética em meios de transportes giram em torno de veículos de
passeio, devido ao seu alto volume de emissões.
O
transporte de pessoas, bens e matérias-primas é responsável por mais de 25% do
consumo total de energia e quase 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2)
em todo o mundo. E modalidades como ônibus, balsas e veículos industriais
também poderiam ter um impacto significativo na busca pelo net zero com
substituição de motores a combustão por elétricos.
No caso
dos veículos industriais, por exemplo, é possível eliminar 48 toneladas de
emissões de CO2 por ano de uma escavadeira de 24 toneladas com a
troca do motor a diesel por um trem de força elétrico – que combina a energia
da bateria com um motor elétrico e acionamento de alta eficiência. Além disso,
o consumo de combustível pode cair em até 30% em veículos industriais com o uso
da frenagem regenerativa, processo no qual se transfere energia.
Os
motores elétricos para indústria precisam ser robustos e mais potentes e ter
uma maior vida útil comparados, por exemplo, aos usados em veículos de passeio.
Isso porque veículos industriais devem estar preparados para suportar cargas
pesadas e operar continuamente ao longo de horas de trabalho.
Esses
tipos de motores pesados já têm sido usados há muito tempo em transporte
ferroviário – a primeira locomotiva elétrica surgiu em Berlim, em 1879! Por
isso a tecnologia necessária para suprir as necessidades de veículos
industriais já é madura e comprovada.
Os motores
elétricos, portanto, não são uma novidade, embora continuem evoluindo
tecnologicamente. Mas dados da Pesquisa de Investimentos em Eficiência
Energética 2022, encomendada pela ABB junto à Sapio Research, podem servir como
alerta em relação aos investimentos programados pela indústria na área de
transportes.
Segundo
o levantamento global, realizado com 2.294 empresas do setor industrial em 13
países, variando em tamanho de 500 a 5.000 funcionários ou mais, 97% dos
negócios consultados já investem ou pretendem realizar aportes para melhorar a
eficiência energética. A indústria instalada em território brasileiro também
segue esse movimento positivo: pouco menos da metade já está investindo no
aumento da eficiência energética (48%), e mais da metade está planejando fazer
esses aportes (51%). Instalações são o foco de investimento (47%), seguido por
produção (40%). Assim como nos demais países, transporte apresenta o índice
mais baixo das três áreas citadas na pesquisa, de 11% no Brasil.
Além de
uma melhor eficiência energética e reduções nas emissões de CO2, os
benefícios da eletrificação incluem ainda um menor custo total de propriedade e
diminuição de ruído e vibração em relação aos sistemas a combustão. Em média,
os veículos elétricos têm despesas operacionais até 60% menores do que as dos
modelos equivalentes movidos a diesel, devido principalmente a melhorias na
eficiência, consumo de combustível e necessidades de manutenção.
Os
ganhos gerados pela eletrificação de ônibus, balsas e veículos industriais são
imensos não só para o meio ambiente, como para os negócios. E isso pode ser
amplificado em especial em países como o Brasil, que tem o transporte
rodoviário como principal sistema logístico.”.
(Marcelo Falchi. Gerente de produto de motores
elétricos da ABB, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 10 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 24).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no mesmo veículo, edição de outubro de 2022, mesmo caderno, página
22, de autoria de Ana Paula Caixeta (*) e Juliano Carneiro Veiga (**) Tribunal
de Justiça de Minas Gerais, e que merece igualmente integral
transcrição:
“A propósito, por que conciliar?
De
7 a 11 de novembro de 2022, será realizada a XVII Semana Nacional da
Conciliação. Embora a conciliação já faça parte do dia a dia do Poder
Judiciário, uma vez por ano, desde 2006, o Conselho Nacional de Justiça reserva
uma semana para destacar a importância da resolução consensual dos conflitos.
Mas,
afinal, de onde vem essa proposta da conciliação? Antes mesmo de o Estado
assumir o “monopólio” da resolução adjudicada dos conflitos, essa era a forma
das pessoas resolverem suas controvérsias. Quando não conseguiam chegar a um
bom termo por si próprio, recorriam a pessoas de reconhecida sabedoria e
liderança que atuavam como facilitadoras da comunicação e da negociação entre
as partes.
Dessas
formas originárias vieram a conciliação e a mediação como métodos de resolução
de conflitos em que um terceiro imparcial – o conciliador ou mediador – auxilia
as partes na compreensão de suas questões e interesses para que, com uma
comunicação adequada, possam construir, por si próprias, soluções que atendam
às suas necessidades.
Posteriormente,
com o advento do cristianismo, encontramos diversas referências com incentivos
à adoção da consensualidade na solução das contendas, como vemos no Evangelho
de Mateus: “assim sendo, se trouxeres a tua oferta ao altar e te lembrar de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
deixa ali mesmo diante do altar a tua oferta, e primeiro vai reconciliar-te com
teu irmão, e depois volta e apresenta a tua oferta” (Mt 5,23-24).
Na idade moderna, as Ordenações do Reino, que vigoraram no
Brasil antes da independência, assim previam: “E no começo da demanda dirá o juiz
a ambas as partes, que, antes que façam despesas e sigam entre elas ódios e
dissensões, devem concordar, e não gastar suas fazendas por seguirem suas
vontades, porque o vencimento da causa sempre é duvidoso. E isto que dissemos
de reduzirem as partes à concórdia, não é de necessidade, mas somente de
honestidade nos casos em que o bem puder fazer” (Livro III, Título XX, § 1º).
Hodiernamente, o Código de Processo Civil (CPC) em vigor
determina que “o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual
dos conflitos” e que “a conciliação, a mediação e outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser estimulados por magistrados, advogados,
defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do
processo judicial” (§§ 2º e 3º do CPC).
Percebem-se, assim, diversas recomendações e determinações
legais no sentido de que o primeiro passo a ser dado na resolução do conflito
seja o de oportunizar a consensualidade. Somente quando o diálogo e o bom senso
não encontrarem espaço para a integração dos interesses e necessidades dos
envolvidos no conflito é que a solução estatal adjudicada e impositiva deve ser
utilizada.
Vale destacar que o incentivo à adoção desse caminho, além
de reduzir o tempo e os custos da busca por uma solução judicializada,
possibilita que os próprios envolvidos no conflito, melhor conhecedores de suas
reais necessidades, exerçam a autonomia e participem ativamente na construção
da melhor solução possível para o seu caso, capaz de satisfazer os interesses
de ambos os envolvidos e ainda preservar e melhorar os relacionamentos
subjacentes.
Este oportuno e gracioso momento de termos uma Semana
nacionalmente dedicada à promoção da conciliação é propício para reavivar em
nós o espírito de colaboração e diálogo na resolução de nossos problemas,
contribuindo para a construção de uma cultura de paz e de não violência nas
interações humanas.
Para realizar tal intento, revela-se imprescindível o
envolvimento de magistrados(as), servidores(as), mediadores(as),
conciliadores(as) e facilitadores(as) que, sensíveis a essa causa, laboram na
linha de frente da promoção da paz, além da parceria do Ministério Público, da
Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil e de várias outras
instituições públicas e privadas que somam esforços para fomentar a construção
de uma nova cultura no tratamento e resolução adequada dos conflitos de
interesses.
As mudanças que desejamos ver na sociedade e deixar para as
gerações vindouras dependem das escolhas que fazemos hoje em prol da construção
de uma cultura da paz. Vamos juntos dar uma oportunidade ao diálogo e ao
consenso! Para mais informações, procure o Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania (Cejusc) da sua comarca ou acesse o portal do Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais (www.tjmg.jus.br).
(*) 3ª vice-presidente do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e
(**) 2º vice-presidente
do Fórum Nacional da Mediação e da Conciliação e juiz do TJMG”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais
devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social;
segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia
federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.