“Inclusão e diversidade são indissociáveis
Se
você quer entender melhor sobre diversidade e inclusão, uma coisa muito simples
é voltar o seu olhar para você mesmo e entender que essa compreensão começa
pela sua história de vida, pelo contexto em que crescemos e ver as múltiplas
lentes que vão além de todas as verdades que lhe foram apresentadas sobre o
assunto.
Vamos
perceber como somos, às vezes, o avesso das narrativas que produzimos com muita
facilidade nos dias de hoje, quando a temática está em alta e na moda. De
acordo com o dicionário, o conceito de “diversidade é definido como
“substantivo feminino que caracteriza tudo aquilo que é diverso, que tem
multiplicidade”, ou seja, é tudo aquilo que apresenta pluralidade e que não é
homogêneo. Já inclusão é o ato de incluir e acrescentar, ou seja, adicionar
coisas ou pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte.
Analisando
esses conceitos percebemos que diversidade sem inclusão e inclusão sem diversidade
não fazem sentido. Sendo assim, a compreensão de que essas pautas seguem
juntas, sempre associadas, é um ponto de partida importante para o desenho de
uma estratégia sustentável.
Mais que
modismos, o assunto envolve questões sobre humanidade. Respeito e
representatividade são pilares que sustentam a nossa existência.
Nesse
sentido as áreas das empresas, como por exemplo, a área de recursos humanos, e
que se define como motor da cultura organizacional, têm por vocação e
responsabilidade, o desafio de acelerar as ações que fortalecerão um ambiente
mais equânime nas empresas. Mas, para além disso, precisamos compreender a
responsabilidade coletiva sobre o tema e o papel de todos para que a estratégia
seja realmente eficaz.
O
caminho apresenta diferentes desafios. Na indústria, por exemplo, a cultura
ainda está fortemente pautada no poder e controle e na verticalização
hierárquica nas relações. Outro dificultador importante são áreas de “talent
aquisition” com estratégias fracas no processo de atração da diversidade.
Da
perspectiva de estruturas físicas, elas não são adequadas e prontas para
receber a diversidade. Isso requer investimento e adaptação para as múltiplas
necessidades das pessoas.
Ampliando
esse olhar, o desafio vai além das questões sociais, relacionadas às pessoas e
espaços, incluindo questões de meio ambiente e governança. A agenda ESG nos
convida a ampliar o olhar da atividade em questão e buscar conexão com os
desafios globais da economia e do mercado de trabalho.
A
jornada é longa e abrange aspectos culturais do mundo dos negócios, ainda
precisamos equilibrar a pauta e os esforços financeiros e não financeiros,
desenvolver um olhar coletivo e colaborativo, despolarizar a pauta diversidade
e inclusão e trabalhar fortemente a equidade no ambiente de trabalho.
Por
isso, fica o convite para voltar o olhar para nós mesmos, aceitar nossas
limitações e assumirmos uma reconstrução pessoal para a construção de uma nova
ordem, onde o respeito e o amor ao próximo venham antes de qualquer questão.”.
(Mariana Moura Abreu e Silva. Diretora de
pessoas e cultura organizacional da Cimento Nacional e associada da Amcham, em
artigo publicado no jornal TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de maio de
2023, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 12 de maio de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:
“Semear Esperança
Semear
esperança é missão cristã indispensável para fecundar o coração da humanidade,
garantindo-lhe o necessário sustento para viver. Trata-se de uma semeadura
exigente, que precisa ser fecundada pela sabedoria essencial para alimentar o
sentido da vida. Semear esperança é missão e testemunho. Um desafio urgente e
que se agiganta no atual contexto da humanidade. O ser humano sofre com as
falências de muitas esperanças, com a disseminação do pessimismo e,
particularmente, com as inseguranças e desencontros provocados por “notícias
falsas”. Um sofrimento crescente também alimentado pela falta de limites:
muitas pessoas agem até perversamente para alcançar metas ligadas ao dinheiro e
ao poder. Contribuem, assim, para que o mundo seja cada vez mais coberto pelas
sombras da desesperança, mal que leva à perda do sentido da vida.
Nesta
realidade, os cristãos são convocados a apresentar a razão da sua esperança, um
dom. o encontro com Cristo é a certeza de uma esperança bem alimentada e
fidedigna. Possibilita uma vida nova sustentada pela luz do Evangelho.
Compreende-se, pois, o desafio missionário de cultivar a esperança cristã no
próprio coração e cuidar para frutificá-la. A fé cristã é garantia de um futuro
que não acaba no vazio. Assim, aqueles que são verdadeiramente tocados pela
espiritualidade cristã, mesmo diante de situações graves da contemporaneidade,
encontram sentido para viver e seguir adiante, fazendo o bem, ajudando o mundo
a mudar. Nessa semeadura que é exigência para os que professam a fé em Jesus, o
bispo tem singular responsabilidade: ser sinal da esperança cristã.
Torna-se,
pois, oportuno, responder a uma usual interrogação: o que faz um bispo? O bispo
é servo do Evangelho, que leva cada pessoa a viver em Deus. Confronta-se, com
humildade e simplicidade de coração, com as exigências que são próprias a cada
ser humano. Busca, assim, permanentemente, qualificar-se espiritualmente, para
estar a serviço de todos, sendo ancoragem que ajuda cada pessoa a reconhecer o
sentido da própria vida. Trata-se de uma missão árdua e até extenuante,
suportada e fecundada pelo exercício diário, orante e dialogal, de confiar
incondicionalmente em Deus, purificando-se de seus próprios caprichos e
estreitezas humanas, de todo tipo.
Compete
ao bispo, primeiro servidor na comunidade de fé que congrega o Povo de Deus,
cumprir o dever missionário de infundir confiança e proclamar as razões da
esperança cristã. Assim indica a Exortação Apostólica de São João Paulo II,
sobre a missão do bispo: “O Bispo é profeta, testemunha e servo desta esperança
sobretudo nas situações onde maior é a pressão de uma cultura imanentista, que
marginaliza qualquer abertura à transcendência. Onde falta a esperança, também
a fé posta em questão; e o amor enfraquece, quando começa a exaurir-se aquela
virtude. Com efeito a esperança, especialmente em tempos de crescente
incredulidade e indiferença, é firme apoio para a fé e incentivo eficaz para a
caridade. Extrai a sua força da certeza da vontade salvífica universal de Deus
(cf. 1 Tim 2, 3) e da presença constante do Senhor Jesus, o Emanuel,
que está sempre conosco até o fim do mundo (cf. Mt 28, 20).
A missão
de cada bispo inclui, assim, tudo fecundar com a sua competência espiritual de
ser operário na semeadura da esperança. Ele sabe que a luz do Evangelho é
insubstituível para alimentar a esperança de todos. Em diálogo com o Povo de
Deus, considerada a falência de “esperanças” baseadas em ideologias
materialistas, imanentistas e economicistas, inclusive aquelas que buscam medir
tudo em termos de eficiência e relações de poder, o bispo tem a missão de
reafirmar: somente a luz do Ressuscitado e o impulso do Espírito Santo ajudam a
humanidade a encontrar a esperança que não desilude, conforme ensina a
Exortação Apostólica de São João Paulo II. Por isso, o bispo é convocado a
resistir e a não se deixar atemorizar pelas várias formas de negação da fé, que
procuram, mais ou menos abertamente, minar a esperança cristã, fazer dela uma
paródia ou escarnecê-la.
Os
muitos afazeres de um bispo, na organização e gestão pastoral da Igreja, não
esgotam ou substituem esta dimensão essencial de sua identidade: ser servidor
do Evangelho para levar esperança ao mundo. Conta sua vida interior, influencia
determinantemente as raízes e dinâmicas de sua história de vida pessoal e
familiar, tendo a esperança como força que sustenta seus passos na promoção e
na vivência da fraternidade, da justiça e da paz. A missão do bispo é
indispensável e insubstituível, para que a humanidade desenvolva a sua
capacidade de esperançar e, assim, não deixe apagar a chama da esperança, fonte
de sabedoria.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.