(Março = mês 98; faltam 72 meses para a Primavera Brasileira)
“A harmonia entre ser, saber e saber ser
É
comum (mas não deveria ser) ouvir que arte e ciência são caminhos opostos, que
um poeta não seria um bom engenheiro ou que um cientista não seria um bom
músico.
Contudo,
quando o currículo aborda as ciências e as artes como vias confluentes,
percebemos que a formação adquire uma nova dimensão, mais abrangente, rica e
inovadora, tão necessária à nossa realidade, cada vez mais complexa. Não é
sobre fazer escolhas entre caminhos antagônicos e excludentes, mas buscar
caminhos que sejam complementares e integrem as diversas perspectivas.
Esse
tipo de pensamento, denominado “pensamento integrativo”, é muito valorizado em
áreas como educação, negócios e inovação, pois permite compreender a
complexidade do mundo contemporâneo por meio da interconexão entre diferentes
perspectivas e abordagens, integrando raciocínio lógico e criativo.
Uma
escola internacional, como a Fundação Torino, por sua própria natureza, possui
um currículo que contempla outros aspectos fundamentais da aprendizagem,
proporcionando um convívio enriquecedor com a diversidade e complexidade
cultural. Aqui, mais do que em qualquer outra escola, os caminhos das ciências
e das artes são vistos como sinérgicos e propiciam uma visão sistêmica do
saber. Isso permite que os alunos se tornem protagonistas do espaço educacional,
o que fortalece sua autonomia e pensamento crítico. Nesse sentido, iniciativas
como a revista “Carpe Diem”, o Grupo de Teatro e o Suoneria Fest, festival de
música realizado no dia 21 de fevereiro na Fundação Torino, são estratégicas.
Ao
explorar o potencial artístico dos alunos, o Suoneria é mais do que uma
apresentação – é uma oportunidade de fortalecer a autoestima, valorizar o senso
de família e comunidade e celebrar o pensamento estético como princípio de vida
e ação. Enxergamos a arte e as ciências tradicionais não como caminhos
distantes, mas como rios que confluem, agregando valor sem perder a autenticidade.
Propomos
uma formação que convida os alunos a conduzir suas vidas a partir das suas mais
amplas potencialidades com percursos que permitem experiências de aprendizagem
que integram esses saberes e, assim, promovem o desenvolvimento de pensamentos
disruptivos e novas linhas de ação. Peter Gay afirma que todos nascemos com
potencial, e cabe a nós, como escola e sociedade, oferecer experiências que
possibilitem sua descoberta e desenvolvimento.
Trata-se
de uma educação que vai além do saber, formando indivíduos conscientes de sua
identidade (ser) e de sua responsabilidade ética e social (saber ser),
estimulando a construção do pensamento crítico, a empatia e a arte da
argumentação para uma atuação transformadora na sociedade.
Assim,
esperamos que a confluência entre arte e ciência ganhe mais presença na
transformação global, promovendo uma formação sistêmica e enriquecedora para o
mundo.”.
(Márcia Naves. Diretora geral da Fundação
Torino, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de
3 de março de 2025, caderno OPINIÃO, página 11).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 28 de fevereiro de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Folias e Sofrimentos
Alegrias
e sofrimentos fazem parte da existência humana, apontando para a importância de
se buscar o equilíbrio das emoções, a ética em cada gesto e a adequada
compreensão sobre o dom da vida. Ilusoriamente há quem busque experiências
extremas revestidas de efêmera sensação de alegria, mas com riscos de pesados
sofrimentos. A sociedade contemporânea estimula a busca pela intensidade, e não
pelo equilíbrio. Consequentemente, perde-se resiliência, capacidade humana essencial ao se considerar que a vida é constituída
de dois polos: alegrias e sofrimentos. O anseio pela intensidade alimenta
extremismos, gera a incompetência para se silenciar e conseguir ouvir o
essencial. Prevalecem o barulho e a algazarra que distanciam o ser humano do
encontro com uma verdade que, para ser alcançada, pede atenção à interioridade.
A busca
pela alegria nas extravagâncias é ainda tentativa de fugir da realidade que,
inevitavelmente, tem sofrimentos. Esse medo de lidar com a dor alimenta a
indiferença, inclusive em relação ao semelhante. Alimenta ainda a inabilidade
para lidar com o próprio sofrimento, constituindo contexto favorável à
disseminação do desencanto. Importante sublinhar que experimentar alegrias é um
direito inalienável. Esse direito, porém, não consegue evitar, radicalmente, as
dores que são inerentes à condição humana. A humanidade caminha em um horizonte
de alegrias e sofrimentos. Por isso mesmo, a reação ao sofrimento não pode se
restringir ao medo, ao desencanto ou à depressão. É preciso buscar, na própria
interioridade, uma força com propriedades de redenção, capaz de dar novo
sentido ao viver. Pode-se inclusive, conforme assevera a espiritualidade
cristã, encontrar alegria no sofrimento: a partir da oferta de si pelo bem do
semelhante ou da conquista de uma grandeza moral e espiritual alcançada com o
adequado tratamento do próprio sofrimento.
Sem
perder jamais a consciência de que o sofrimento acompanha o ser humano,
indistintamente, torna-se necessário compreender o papel das alegrias. Elas são
força para o caminho de cada um, nascidas e cultivadas quando a vida é vivida
como dom de Deus, sem perder a força singular de cada oportunidade para
experiências exitosas e construtivas. Buscar a alegria não significa fugir do
sofrimento, promovendo uma alienação da realidade. A dor faz parte da
existência terrena de cada um e está presente na transcendência do ser humano.
Por isso, ainda que convivendo com o sofrimento, o ser humano deve alegrar-se
muito e sempre. Precisa ainda revestir de um qualificado substrato as alegrias
vividas, a partir de um caminho espiritual adequado, conforme ricamente propõe
a espiritualidade cristã. Isto significa que é preciso cuidado para não se
buscar a alegria em horizontes que simplesmente levarão, mais adiante, ao
aumento do peso de inevitáveis sofrimentos.
Importa,
pois, a habilidade para fazer contracenar a configuração da folia com aquela
que é própria do deserto. Um exercício que permite à interioridade ir mais
longe e, ao mesmo tempo, aprofundar o autoconhecimento, libertando-se de
exageros e alienações, de bebedeiras desastrosas, de atitudes que ameaçam
integridades físicas e patrimoniais. O tempero da alegria duradoura que é força
para enfrentar sofrimentos com resiliência é a sabedoria divina. Ao invés do
culto de tudo que ilude – falsos deuses – é preciso buscar o rumo certo,
traçado pela inteligência suprema, pelo amor infinito, pois saber alegrar-se é
fundamento para saber sofrer. Exige, de cada um, a habilidade para deixar a
graça de Deus habitar o próprio coração, evitando descaminhos e superstições,
superando ódios e descompassos que se tornam por escancarada para sofrimentos
evitáveis.
Importa
amar a si mesmo para além das balizas do egoísmo que destila perversidades em
roubos, atentados à inteireza física, abusos e violências que precipitam
alegrias no abismo de sofrimentos. Conta encontrar em si a motivação para
cultivar amor respeitoso e reverente em relação ao semelhante, irmão e irmã.
Parâmetro determinante é a visão lúcida e inegociável que permite reconhecer,
em cada pessoa, a imagem de Cristo, fecundando o sentido nobre de solidariedade
fraterna. Sem fantasias, a interioridade de cada um há de revelar a imagem de
Cristo, expressando a misericórdia que alimenta e alicerça o respeito mútuo, a
bondade e a sabedoria para se partilhar alegrias e solidariedade.
Para
conseguir perdurar na alegria e ter força no enfrentamento de toda dor é
preciso guardar os mandamentos de Deus e observá-los na vida, com um modo de
viver solidário. Tenha-se presente que a vida é uma dança de ritmos diferentes
– ao mesmo tempo lugar de alegrias e de sofrimentos. A vida está em trânsito,
mas jamais está fora do olhar de Deus. A folia não pode ser circunstância para
se afastar de Deus, exigindo atenção a cada atitude, para que os dias sejam de
mais alegrias que sofrimentos. E nas alegrias, lembrar-se solidariamente dos
que sofrem, sem deixar o coração endurecer-se pela indiferença. Nos
sofrimentos, cultivar a certeza de que a dor não é para sempre, mas um caminho
para renascer a partir da esperança – cada estação da vida é dom de Deus. Sem
medo dos sofrimentos, firmados no propósito da solidariedade e incondicional
respeito ao semelhante, é possível navegar no mar profundo de alegrias que vêm
de fonte inesgotável: o amor de Deus.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado, aleitamento materno e estímulo (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade,
em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite - e sem qualificação - da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira: tendo por
substrato basilar a unificação das eleições, mandatos de 5 anos e fim da
reeleição para o Executivo... pois, o poder é para amar, servir e edificar -
jamais, jamais e jamais para subir, dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance, através da filosofia, psicologia e teologia!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor (São João Paulo II Magno - Papa entre 16/10/1978 e 02/04/2005)!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
- Deus acima de tudo e o Brasil no coração de
todos!
- A criação, o conhecimento e o bem comum!
- “A Fonte da Juventude” (Peter Kelder – Livros
1 e 2) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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