(Janeiro = mês 50; faltam 120 meses para a Primavera Brasileira)
“A união que impulsiona o mercado da
energia solar
O
Brasil acaba de entrar para o grupo dos dez países que mais geraram empregos no
mundo no setor de energia solar fotovoltaica em 2019. A informação é do
relatório divulgado em outubro pela Agência Internacional de Energia Renovável
(Irena). Em oitavo lugar, o Brasil desbancou líderes históricos no setor, como
Alemanha e Reino Unido.
Além
disso, a geração distribuída teve um aumento de 77,83% no primeiro semestre de
2020 se comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com
levantamento realizado pelo Canal Solar, com base em dados da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), de janeiro a junho de 2020 foram registrados
956.807 kW de potência instalada no país.
Dá para
ver que estamos vivendo um bom momento com grandes e positivas expectativas
para o setor de energia solar fotovoltaica. Ouso dizer que parte disso é
reflexo do empenho das empresas brasileiras atuantes no setor. Dentro de um
importante grupo de empresas que têm o propósito de impulsionar o crescimento e
o fortalecimento das relações institucionais por meio da cooperação, posso
afirmar que a troca das boas práticas tem trazido resultados reais.
Estou
falando da Associação Brasileira Grupo G5 Solar, fundado pela SolarVolt e
outras quatro empresas em 2017, todas trabalhando com eficiência energética e
que se uniram para expandir a presença no mercado brasileiro por meio da
cooperação. Hoje, somos oito empresas que, juntas, têm mais de 5.000 usinas
instaladas em todo o território nacional, somando uma potência em torno de 200
mil kWp, nos segmentos residencial, comercial, industrial e agro.
Então,
não é novidade que a cooperação entre empresas tenha saldo positivo tanto para
elas mesmas quanto para o setor em que estão inseridas. Ao compartilhar ideias,
aprende-se com o erro do outro e alerta-se sobre os próprios erros.
Consequentemente, contribui-se também para o crescimento rápido ao apresentar
ideias que deram certo. Nessa cadeia colaborativa, quando uma empresa cresce, a
outra cresce junto, e o setor como um todo é impulsionado positivamente.
A
SolarVolt é exemplo disso. Seu faturamento aumentou 500% em 2019 e, neste ano,
mesmo diante de uma pandemia que baqueou diversos setores no mundo inteiro,
continua crescendo e espera um faturamento de R$ 62 milhões em 2020.
Muito
além de mostrar o velho clichê de que a união faz a força, os fatos provam que
a união traz resultado.
O uso de
uma energia limpa e mais econômica é a tendência que promete ser permanente no futuro.
Projetos voltados à produção de energia limpa já se mostraram os mais
resilientes nos segmentos de infraestrutura, e as empresas estão de olho nisso.
Assim, aperfeiçoar
conhecimentos e compartilhar descobertas traz chances de se aproveitar cada movimento
do setor, além de nos munir de melhores soluções para que a oferta esteja de
acordo com os interesses do mercado.”.
(Gabriel Guimarães. Diretor da SolarVolt
Energia Solar, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 2 de novembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 28 de setembro de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Vale a pena salvar o SUS
O
sistema de saúde pública e universal no Brasil, o SUS, é a instituição mais
importante do país para o combate à pandemia de Covid-19. Ele tem a
capilaridade necessária para alcançar a maior parte dos brasileiros, tendo o
programa de saúde da família e a atenção primária como portar de entrada para a
assistência certa no momento certo. Os processos da vigilância em saúde dão
celeridade à detecção dos agravos coletivos, possibilitando respostas rápidas
para necessidades mais urgentes.
Muito se
discute sobre o SUS. Alguns consideram seus problemas de gestão tão graves que
diminuem drasticamente os seus benefícios. Outros apontam as claras limitações
do seu financiamento como a causa principal de todas as suas insuficiências.
Entretanto,
não há o que disputar quanto às evidências do enorme benefício do conceito
igualitário do modelo desenhado para o SUS, sua equidade, universalidade
(acesso a um bem coletivo fundamental, independentemente do poder aquisitivo) e
integralidade. A consagração do conceito, se ainda não estivesse evidente,
ocorre agora com o extraordinário serviço prestado à sociedade brasileira no
enfrentamento da pandemia.
Agora é
a hora de apoiar a governança do sistema público, de forma a diminuir os riscos
de transmissão do vírus Sars-CoV-2 e garantir os cuidados para os pacientes que
necessitam de acompanhamento médico-hospitalar. Agora é a hora de sermos todos
a favor. Tempos que fortalecer os fundamentos da assistência à saúde, e esses
fundamentos já existem no SUS.
No
entanto, hoje estamos acompanhando um processo de enfraquecimento das instituições
brasileiras nas principais instâncias democráticas do país, e isso só fomenta
insegurança na base de assistência à saúde no Brasil. O SUS é um sistema gerido
por uma comissão tripartite formada por representantes do Ministério da Saúde,
do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
O
Ministério da Saúde precisa ter sua liderança fortalecida pela análise de dados
e pela consequente transparência das decisões que orientam a formulação de suas
políticas nacionais, transmitindo a segurança necessária para o enfrentamento
da pandemia. Os estados estão sendo duramente criticados pelas suas iniciativas
regionais, o que também gera questionamentos da população sobre a efetividade
das suas ações.
O
sistema de provisão de recursos e de direcionamento da demanda, a regulação
baseada em dados, deveria ser centralizada nas secretarias estaduais de saúde.
Os municípios precisam acionar suas redes de atenção primária e apontar claramente
suas necessidades.
Na
prática, temos os três principais pilares da gestão do SUS sob ataque, e isso
impede a ausculta mais qualificada das instituições que dão suporte ao sistema,
como as universidades públicas, os institutos de pesquisa e a rede de hospitais
universitários federais e estaduais. Isso enfraquece o coração da assistência à
saúde no Brasil. Mas os ataques não se limitam ao desgaste circunstancial dos
sistemas de saúde. Nosso arcabouço jurídico e institucional também acaba sendo
enfraquecido.
Numa
tentativa de desvincular dentro do possível a política partidária da saúde,
especialistas estão se posicionando a favor de normas públicas baseadas em
evidências. Somos técnicos na arte da ciência, conhecedores de moléstias e
especialistas em saúde do Brasil. Temos que unificar nossas vozes para
desencadear um mecanismo de pressão que crie um movimento propositivo de
combate à Covid-19.
Instituições
enfraquecidas só beneficiam os que almejam se locupletar. Vamos
institucionalizar novamente o sistema público de saúde para que seja possível
criar as políticas públicas que ofereçam a segurança necessária para que o país
consiga sair o mais rápido possível da crise provocada pela Covid-19.
Monopólio
de informações, violência nos discursos e disputas ideológicas precisam dar
espaço à transparência, agilidade e coordenação centralizada baseada em
competências diversificadas e na prontidão e fluidez dos dados.
Para que
isso seja possível, precisamos ser os agentes desse movimento de transformação,
favorecer o debate, e não o ataque. Precisamos apoiar as instituições que
formam os pilares dos nossos sistemas de saúde e que são responsáveis pela
governança da assistência médica no Brasil. O SUS salva vidas. Vale a pena
salvar o SUS.”.
Eis, portanto, mais páginas
contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam,
em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a
estratosférica marca de 319,78% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 113,57%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,31%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.