segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA ENERGIA SOLAR NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DO SUS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE (50/120)

(Janeiro = mês 50; faltam 120 meses para a Primavera Brasileira)

“A união que impulsiona o mercado da energia solar

        O Brasil acaba de entrar para o grupo dos dez países que mais geraram empregos no mundo no setor de energia solar fotovoltaica em 2019. A informação é do relatório divulgado em outubro pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Em oitavo lugar, o Brasil desbancou líderes históricos no setor, como Alemanha e Reino Unido.

         Além disso, a geração distribuída teve um aumento de 77,83% no primeiro semestre de 2020 se comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com levantamento realizado pelo Canal Solar, com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de janeiro a junho de 2020 foram registrados 956.807 kW de potência instalada no país.

         Dá para ver que estamos vivendo um bom momento com grandes e positivas expectativas para o setor de energia solar fotovoltaica. Ouso dizer que parte disso é reflexo do empenho das empresas brasileiras atuantes no setor. Dentro de um importante grupo de empresas que têm o propósito de impulsionar o crescimento e o fortalecimento das relações institucionais por meio da cooperação, posso afirmar que a troca das boas práticas tem trazido resultados reais.

         Estou falando da Associação Brasileira Grupo G5 Solar, fundado pela SolarVolt e outras quatro empresas em 2017, todas trabalhando com eficiência energética e que se uniram para expandir a presença no mercado brasileiro por meio da cooperação. Hoje, somos oito empresas que, juntas, têm mais de 5.000 usinas instaladas em todo o território nacional, somando uma potência em torno de 200 mil kWp, nos segmentos residencial, comercial, industrial e agro.

         Então, não é novidade que a cooperação entre empresas tenha saldo positivo tanto para elas mesmas quanto para o setor em que estão inseridas. Ao compartilhar ideias, aprende-se com o erro do outro e alerta-se sobre os próprios erros. Consequentemente, contribui-se também para o crescimento rápido ao apresentar ideias que deram certo. Nessa cadeia colaborativa, quando uma empresa cresce, a outra cresce junto, e o setor como um todo é impulsionado positivamente.

         A SolarVolt é exemplo disso. Seu faturamento aumentou 500% em 2019 e, neste ano, mesmo diante de uma pandemia que baqueou diversos setores no mundo inteiro, continua crescendo e espera um faturamento de R$ 62 milhões em 2020.

         Muito além de mostrar o velho clichê de que a união faz a força, os fatos provam que a união traz resultado.

         O uso de uma energia limpa e mais econômica é a tendência que promete ser permanente no futuro. Projetos voltados à produção de energia limpa já se mostraram os mais resilientes nos segmentos de infraestrutura, e as empresas estão de olho nisso.

         Assim, aperfeiçoar conhecimentos e compartilhar descobertas traz chances de se aproveitar cada movimento do setor, além de nos munir de melhores soluções para que a oferta esteja de acordo com os interesses do mercado.”.

(Gabriel Guimarães. Diretor da SolarVolt Energia Solar, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de novembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 28 de setembro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, e que merece igualmente integral transcrição:

“Vale a pena salvar o SUS

        O sistema de saúde pública e universal no Brasil, o SUS, é a instituição mais importante do país para o combate à pandemia de Covid-19. Ele tem a capilaridade necessária para alcançar a maior parte dos brasileiros, tendo o programa de saúde da família e a atenção primária como portar de entrada para a assistência certa no momento certo. Os processos da vigilância em saúde dão celeridade à detecção dos agravos coletivos, possibilitando respostas rápidas para necessidades mais urgentes.

         Muito se discute sobre o SUS. Alguns consideram seus problemas de gestão tão graves que diminuem drasticamente os seus benefícios. Outros apontam as claras limitações do seu financiamento como a causa principal de todas as suas insuficiências.

         Entretanto, não há o que disputar quanto às evidências do enorme benefício do conceito igualitário do modelo desenhado para o SUS, sua equidade, universalidade (acesso a um bem coletivo fundamental, independentemente do poder aquisitivo) e integralidade. A consagração do conceito, se ainda não estivesse evidente, ocorre agora com o extraordinário serviço prestado à sociedade brasileira no enfrentamento da pandemia.

         Agora é a hora de apoiar a governança do sistema público, de forma a diminuir os riscos de transmissão do vírus Sars-CoV-2 e garantir os cuidados para os pacientes que necessitam de acompanhamento médico-hospitalar. Agora é a hora de sermos todos a favor. Tempos que fortalecer os fundamentos da assistência à saúde, e esses fundamentos já existem no SUS.

         No entanto, hoje estamos acompanhando um processo de enfraquecimento das instituições brasileiras nas principais instâncias democráticas do país, e isso só fomenta insegurança na base de assistência à saúde no Brasil. O SUS é um sistema gerido por uma comissão tripartite formada por representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

         O Ministério da Saúde precisa ter sua liderança fortalecida pela análise de dados e pela consequente transparência das decisões que orientam a formulação de suas políticas nacionais, transmitindo a segurança necessária para o enfrentamento da pandemia. Os estados estão sendo duramente criticados pelas suas iniciativas regionais, o que também gera questionamentos da população sobre a efetividade das suas ações.

         O sistema de provisão de recursos e de direcionamento da demanda, a regulação baseada em dados, deveria ser centralizada nas secretarias estaduais de saúde. Os municípios precisam acionar suas redes de atenção primária e apontar claramente suas necessidades.

         Na prática, temos os três principais pilares da gestão do SUS sob ataque, e isso impede a ausculta mais qualificada das instituições que dão suporte ao sistema, como as universidades públicas, os institutos de pesquisa e a rede de hospitais universitários federais e estaduais. Isso enfraquece o coração da assistência à saúde no Brasil. Mas os ataques não se limitam ao desgaste circunstancial dos sistemas de saúde. Nosso arcabouço jurídico e institucional também acaba sendo enfraquecido.

         Numa tentativa de desvincular dentro do possível a política partidária da saúde, especialistas estão se posicionando a favor de normas públicas baseadas em evidências. Somos técnicos na arte da ciência, conhecedores de moléstias e especialistas em saúde do Brasil. Temos que unificar nossas vozes para desencadear um mecanismo de pressão que crie um movimento propositivo de combate à Covid-19.

         Instituições enfraquecidas só beneficiam os que almejam se locupletar. Vamos institucionalizar novamente o sistema público de saúde para que seja possível criar as políticas públicas que ofereçam a segurança necessária para que o país consiga sair o mais rápido possível da crise provocada pela Covid-19.

         Monopólio de informações, violência nos discursos e disputas ideológicas precisam dar espaço à transparência, agilidade e coordenação centralizada baseada em competências diversificadas e na prontidão e fluidez dos dados.

         Para que isso seja possível, precisamos ser os agentes desse movimento de transformação, favorecer o debate, e não o ataque. Precisamos apoiar as instituições que formam os pilares dos nossos sistemas de saúde e que são responsáveis pela governança da assistência médica no Brasil. O SUS salva vidas. Vale a pena salvar o SUS.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 319,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 113,57%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

           

Nenhum comentário: