(Fevereiro = mês 51; faltam 119 meses para a Primavera Brasileira)
“Inovação: cashback se torna alternativa para empresas
Conquistar
um novo cliente, na maioria dos casos, é mais difícil do que manter um atual.
Por isso, a todo momento surgem novas plataformas, aplicativos e metodologias
que buscam tornar as empresas mais atrativas aos olhos do consumidor. Uma das práticas
que têm se tornado muito popular no país é o cashback.
O termo,
oriundo do inglês, significa “obter o dinheiro de volta” e funciona assim: o
cliente faz uma compra em uma loja que oferece esse programa e recebe de volta
parte do dinheiro gasto. Essa prática surgiu nos Estados Unidos e começou a
funcionar no Brasil em 2007 e, desde então, o segmento cresceu
progressivamente. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), em 2019 o país já tinha cerca de 6,4 milhões de estabelecimentos
cadastrados em programas de cashback. Na última Black Friday, a operação se
popularizou, e empresas como Visa e Magazine Luiza investiram no cashback.
Normalmente,
para aderir a esse sistema a empresa deve se tornar parceira de uma organização
que vai intermediar a operação entre a loja e o consumidor. A Méliuz, por
exemplo, que é uma startup brasileira especializada em cashback, emite cupons
de desconto e disponibiliza parte do valor de volta nas lojas parceiras do
portal, como Americanas e Renner. A própria empresa também pode oferecer o seus
sistema de devolução, como é o caso dos bancos Inter e Original, que possuem
plataformas próprias de vantagens para os clientes.
A ação
pode ser uma ferramenta para promover um produto específico e melhorar a
satisfação do cliente. A Vivo utilizou essa estratégia durante a Black Friday e
ofereceu até 100% de cashback para quem contratasse ou renovasse a assinatura
do plano Vivo Easy. A ação foi uma forma de impulsionar as vendas.
Já para
as empresas em expansão, pode ser uma estratégia para alavancar os negócios,
pois é uma forma de atrair mais visibilidade e mostrar as vantagens do
estabelecimento para quem não o conhece. A empresa de cosméticos veganos
Ekonativo teve uma queda de 30% no faturamento entre os meses de abril e agosto
desse ano. Por isso, a partir de setembro a empresa aderiu ao sistema de
devolução de parte do valor para os clientes e teve um aumento de 20% nas
vendas.
No
entanto, antes de implantar o sistema, é importante fazer um estudo das
condições de pagamento e margem de lucro da empresa. Dessa forma, é possível
mensurar os ganhos que serão obtidos com a ação e garantir que não haverá
prejuízos ao restituir parte do valor das compras aos clientes.
Por ser
uma ação relativamente nova e ainda em crescimento no país, algumas
organizações podem ser resistentes quanto à sua aplicação e reais vantagens
para os negócios. Porém, em meio à tanta concorrência, o cashback tem se
tornado um diferencial. Por isso, investir em estratégias como essa para atrair
e fidelizar o cliente é essencial para o sucesso e a lucratividade do
empreendimento.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 29 de janeiro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Curar o tecido interior
A
sociedade, cotidianamente, se contamina por polêmicas, que geram enorme
desgaste emocional e desperdício de energias. Perde-se a oportunidade para
diálogos construtivos, capazes de contribuir na solução dos muitos problemas da
atualidade. A incapacidade para dialogar construtivamente revela despreparo
para o exercício de responsabilidades – profissionais, missionárias e cidadãs.
Observa-se que significativo descompasso entre as possibilidades tecnológicas
do mundo contemporâneo e as condições emocionais da sociedade, que estão
enfraquecidas, impactando o exercício das mais diferentes atividades.
Assiste-se
a uma fragilização crescente das instituições, isso porque, na ausência de
equilíbrio moral e emocional, falta clareza às pessoas. Assim, prevalecem
certas conveniências condenáveis, que produzem descompassos e confundem os
entendimentos. Nesse contexto, a capacidade para dialogar se enfraquece,
dificultando a percepção da verdade e o exercício da solidariedade. O ser
humano passa a se alimentar, patologicamente, das polemicas. Torna-se incapaz
de escutar críticas que ajudam a construir dinâmicas renovadas em diferentes
contextos sociais. Sem clareza a respeito do próprio papel na sociedade, as
pessoas perdem o senso crítico para se autoavaliar. Carentes de humildade,
muitos de julgam melhores do que realmente são.
Há uma
pressa na emissão de juízos, desconsiderando as necessárias ponderações para
adequadamente interpretar fatos, falas. Por isso mesmo, pareceres distanciam-se
da realidade e prejudicam inúmeros processos importante. Sintomas dessa
realidade são os obscurantismos e as polarizações, sempre na contramão de
princípios e valores inegociáveis. Percebe-se que os processos relacionais e
institucionais não amadurecem na velocidade adequada. Acabam sendo banalizados
na velocidade própria das redes sociais, sem que ocorra adequada análise dos
conteúdos e de seus alcances, ou a identificação de responsabilidades. Eis a
razão de assuntos polêmicos, que catalisam ampla e irrestrita atenção, caírem
no esquecimento em poucos dias. O que se valoriza é o frenesi abusivo e pesado,
que ameaça a saúde mental e emocional de cada indivíduo.
Entre as
consequências desse cenário está a dificuldade para reconhecer o sentido que
alicerça a vida, a falta de habilidade para se relacionar e a crescente
violência – nas ruas e também nos lares – conforme revelam as tristes
estatísticas sobre feminicídio, agressões a menores e vulneráveis. A casa deixa
de ser o lugar dos primeiros e essenciais exercícios de sociabilidade, das
dinâmicas dialogais, para se tornar palco de descompassos. Tudo comprova o
adoecimento crescente da humanidade, agravado com outras crises de saúde, a
exemplo da atual pandemia. As imunizações são urgentes, não somente para vencer
a Covid-19, mas também para superar os outros adoecimentos que não raramente
levam pessoas a desistir de viver.
O ser
humano precisa curar seu tecido interior, para conquistar mais saúde integral –
física, mental e emocional. A generalizada desorientação social é também sinal
de que o tecido interior de muitos está esgarçado. E a recuperação da
interioridade exige investimento na dimensão espiritual que qualifica,
inclusive, competências técnicas e profissionais. Diante do generalizado
adoecimento das pessoas e, consequentemente, da sociedade, é ainda mais
necessário o remédio da espiritualidade. Evidentemente, não se deve abrir mão
de outras medicações necessárias, mas a espiritualidade é a terapêutica que
restabelece a dimensão mais essencial de cada pessoa. Oferece condições para
que todos possam viver melhor, ampliando competências para o exercício de
diferentes tarefas e responsabilidades do dia a dia.
A
vivência da espiritualidade contribui para que o sentido da vida seja
percebido. Deve-se, pois, investir diariamente na dimensão espiritual, com
ajudas especiais de confissões religiosas, sem proselitismos ou interesses
pecuniários, mas a partir da sincera intenção de contribuir para erguer as
pessoas. Assim o ser humano é tratado de modo integral, fortalecendo-se para
ajudar na construção de um tempo novo. Cada pessoa precisa convencer-se da
premência de curar seu próprio tecido interior, superando loucuras, para dar
conta de viver e servir, com alegria. A tradição cristã, de mais de dois mil
anos, tem um tesouro rico e inesgotável para ajudar a humanidade neste
processo. Uma riqueza que ultrapassa ritos e prescrições.
As
confissões religiosas, particularmente as cristãs, precisam oferecer,
abundantemente, técnicas, dinâmicas e vivências que ajudem a humanidade na
recomposição da interioridade. Na superação dos muitos sofrimentos
insuportáveis, das indiferenças desoladoras e comprometedoras da paz, das
disputas cegas, fratricidas e homicidas, invista-se mais na espiritualidade,
para ajudar o ser humano a curar seu tecido interior.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a
estratosférica marca de 328,10% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 115,59%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos
doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção,
há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de
R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma
lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$
100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor
privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia,
ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a
proposta do
Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões
(53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao
menos com esta última rubrica, previsão de R$
1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito
e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.