(Julho = 56; faltam 114 meses para a Primavera Brasileira)
“Flexibilidade no corpo, na alma e no
trabalho para a vida
Com
a competência flexibilidade concluímos nossa caminhada pelo GPS da performance.
Uma competência é um conjunto de saberes necessários à compreensão de um tema.
A sabedoria em cada competência é uma busca diária. Saber profunda e
constantemente de cada competência fundamentará as atitudes de performance.
As
atitudes serão nossas escolhas diárias. Podemos saber de comunicação e de todas
as estratégias de oratória. Mas a atitude de uma escuta ativa, de um silêncio
necessário, de uma busca por palavras melhores será um trabalho diário.
Competências de performance geram atitudes elevadas, que promovem conquistas
autênticas e sustentáveis. E elas não estarão desconectadas do todo de uma vida
em sintonia com as diversas áreas fundantes da performance: o relacionamento, a
emoção, a cognição, a prática, o físico e a nutrição.
Cada
grupo de competências está associado a uma conquista autêntica. A comunicação e
a visão sistêmica, às conquistas relacionais. A influência e a persuasão, às
conquistas emocionais. Lógica, método e orientação para a qualidade, às
conquistas cognitivas. Iniciativa e organização, às conquistas práticas. A
orientação para resultados, às conquistas nutricionais, e, por fim, a
flexibilidade, às conquistas físicas.
Essas
duas competências finais, a orientação para resultados e a flexibilidade, não
se ligam apenas a temas alimentares ou atléticos. Elas partem desses temas para
representar um caminho de construção de novos hábitos na vida e para mostrar
que as reais conquistas começam e terminam na superação dos limites do nosso
corpo e da nossa determinação e garra.
Se sua
disciplina alimentar não pode servir de exemplo, se sua determinação e
compreensão do seu físico e dos bioindicadores não podem ser utilizados como
demonstração de sua adaptabilidade, como quer alcançar a performance? Em alguns
países do mundo, a participação e premiação nas competições do Iroman são
colocadas nos cartões de visita como se fosse um título de MBA.
De
largada é preciso deixar claro que flexibilidade não é jeitinho. Não é um
conjunto de saberes sobre caminhos para burlar o método e não ter esforço. Isso
tem outros nomes: engano, picaretagem, amadorismo e trapaça. Essas formas de
pensar a vida e as relações pela ótica da adequação sujam em favor próprio e
não levam ninguém à felicidade e, ainda, fortalecem ambientes tóxicos.
Flexibilidade
diz respeito à nossa capacidade de nos adequar, de lidar com a pressão e pensar
saídas estratégicas com inteligência, rapidez e profissionalismo. Flexibilidade
aproxima-se de modelos mentais fluidos e de crescimento. O conceito vem
passando por evoluções e percepções que refletem essa necessária capacidade de
adequação.
O
conceito de resiliência, tão divulgado e que recebe da química sua proposta
adequada aos cenários humanos comportamentais, diz dessa capacidade de sofrer
as pressões e se reformular, se readequar. Fortalecer-se do caos e dos
imprevistos e ser capaz de aguentar a pressão. Uma antifragilidade necessária
aos novos tempos.”.
(Otávio Grossi. otaviogrossi@saudeintegral.com.br,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de
junho de 2021, caderno INTERESSA, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, página 2,
de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:
“A perseguição
Se
considerarmos que já ouve tempo, alguns séculos atrás, para colocar na fogueira
milhares de hereges e cidades inteiras, que apenas divergiam dos enunciados de
ministros da religião cristã, a mesma que tem no “Sermão da Montanha” sua peça
mais sublime, não podemos estranhar as baixarias lidas e ouvidas nas redes
sociais. A luta sórdida pelo poder. A indústria das denúncias, da falsidade,
das distorções propositais de conceitos cristalinos, jogando lama e esterco.
A
perseguição inquisitória abandonou as torturas nos porões dos tribunais e as
fogueiras nas praças e passou a incinerar nas redes sociais reputações e vidas
com falsidades, ofensas e avalanches de baixarias que distanciam seus
praticantes do enunciado bíblico “o homem feito à imagem e semelhança de Deus”.
Seres
infernais praticam a maldade, operam com afinco para “quanto pior, melhor”.
Permanecem no anonimato e na clandestinidade. São a vanguarda anônima do
atraso, e há quem entre eles se finja de cristão.
Se Deus
é a verdade, a mentira é própria do ser demoníaco, amoral, dissimulado, lobo em
pele de cordeiro, insensível ao sofrimento que provoca, daquele que adota p
maquiavélico “o fim justifica os meios” e que “para ganhar faz o diabo”.
Indivíduos que usam a inteligência não em favor do bem, mas de inconfessáveis
interesses.
A
humanidade, apesar da evolução tecnológica, da expansão do conhecimento, dos
avanços sociais, continua estacionada no tempo em que o Messias foi condenado,
coberto de espinhos e cusparadas, pregado numa cruz. A imolação de quem pratica
o bem existe deste sempre, característica de uma sociedade ainda não evoluída.
Para
seguir no meu texto, pego emprestado alguns retalhos de Huberto Rohden, um
espiritualista brasileiro de excelsos conhecimentos, falecido na década de
1980.
Há
razões que tornam um homem justo o ser perseguido por outros homens ou por
sociedades humanas. Uma das mais notadas é que um indivíduo persegue outro não
só porque este seja mau, mas também pelo fato de ser bom, ou muito bom. E que
razão teria esta última hipótese? O homem justo parece como elemento hostil,
por vezes, intragável, a outro homem menos justo.
A
simples presença de um homem mais elevado representa uma declaração hostil e
uma ofensa para os despeitados. Um ser que age para o bem a um não movido pelo
altruísmo, apenas pelo simples fato de existir, diz silenciosamente: “Vós
deveis ser como eu, mas não sois, e isso é culpa vossa”. Assusta-se o injusto.
Desencadeiam-se a partir desse estalo as perseguições para incinerar o bom
homem a qualquer custo.
Ora,
poucos toleram por largo tempo a consciência de sua inferioridade individual.
Alguns descarregam seu despeito, ficando nas redes sociais tentando minorar de
todas as formas o que é bom e melhor. Quem não conhece essas figuras tão
comuns?
Na
ausência de homem de mais elevada espiritualidade, pode o homem inferior viver
tranquilo na sua inferioridade. Ciente de que sua hegemonia e seu quintal serão
ofuscados por um mais puro, desenvolvido, justo. Logo começa a sentir-se
inseguro e inquieto, perde o equilíbrio, pois seu valor é medido pelo desvalor
dos outros. Um indivíduo do bem desencadeia o pânico em grande número de
medíocres dedicados à exploração da boa-fé. Torna-se “naturalmente” perseguido,
com frequência objeto de linchamento moral.
Acontece
que uma planta nanica, para sobressair, só lhe resta abater as árvores de maior
estatura. O pensamento perverso impede-o de aceitar a posição proeminente de
outro ser e, assim, agradecer a existência de um farol que poderá ser-lhe guia
e exemplo. Nesse momento explode o conflito interno, o instinto destrutivo,
desagregador.
Se é doloroso
para um pigmeu ver-se eclipsado por um gigante, igualmente desagradável é para
um homem impuro ter ao seu lado um homem puro.
Esse
conflito ocorre nos dias de hoje não mais no plano físico, trava-se no campo
moral: o homem menos elevado aponta apenas no mais elevado as numerosas
manchas, esquecido da muita luz que dele irradia. Só aponta no despeitado
“rival” os pontos escuros que se encontram no sol. Acha melhor ficar no
insalubre porão mexendo com maldades do que tomar banho de sol, por ter tantas
e tão grandes manchas no globo solar.
Nessas
circunstâncias, atrasa-se a evolução de muitos, reforça-se o caráter do bom
perseguido, enquanto apodrece a alma do perseguidor.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.