quinta-feira, 1 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA FLEXIBILIDADE NA ALTA PERFORMANCE E TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PRIMADO DAS VIRTUDES E ESPIRITUALIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (56/114)

(Julho = 56; faltam 114 meses para a Primavera Brasileira)

“Flexibilidade no corpo, na alma e no trabalho para a vida

        Com a competência flexibilidade concluímos nossa caminhada pelo GPS da performance. Uma competência é um conjunto de saberes necessários à compreensão de um tema. A sabedoria em cada competência é uma busca diária. Saber profunda e constantemente de cada competência fundamentará as atitudes de performance.

         As atitudes serão nossas escolhas diárias. Podemos saber de comunicação e de todas as estratégias de oratória. Mas a atitude de uma escuta ativa, de um silêncio necessário, de uma busca por palavras melhores será um trabalho diário. Competências de performance geram atitudes elevadas, que promovem conquistas autênticas e sustentáveis. E elas não estarão desconectadas do todo de uma vida em sintonia com as diversas áreas fundantes da performance: o relacionamento, a emoção, a cognição, a prática, o físico e a nutrição.

         Cada grupo de competências está associado a uma conquista autêntica. A comunicação e a visão sistêmica, às conquistas relacionais. A influência e a persuasão, às conquistas emocionais. Lógica, método e orientação para a qualidade, às conquistas cognitivas. Iniciativa e organização, às conquistas práticas. A orientação para resultados, às conquistas nutricionais, e, por fim, a flexibilidade, às conquistas físicas.

         Essas duas competências finais, a orientação para resultados e a flexibilidade, não se ligam apenas a temas alimentares ou atléticos. Elas partem desses temas para representar um caminho de construção de novos hábitos na vida e para mostrar que as reais conquistas começam e terminam na superação dos limites do nosso corpo e da nossa determinação e garra.

         Se sua disciplina alimentar não pode servir de exemplo, se sua determinação e compreensão do seu físico e dos bioindicadores não podem ser utilizados como demonstração de sua adaptabilidade, como quer alcançar a performance? Em alguns países do mundo, a participação e premiação nas competições do Iroman são colocadas nos cartões de visita como se fosse um título de MBA.

         De largada é preciso deixar claro que flexibilidade não é jeitinho. Não é um conjunto de saberes sobre caminhos para burlar o método e não ter esforço. Isso tem outros nomes: engano, picaretagem, amadorismo e trapaça. Essas formas de pensar a vida e as relações pela ótica da adequação sujam em favor próprio e não levam ninguém à felicidade e, ainda, fortalecem ambientes tóxicos.

         Flexibilidade diz respeito à nossa capacidade de nos adequar, de lidar com a pressão e pensar saídas estratégicas com inteligência, rapidez e profissionalismo. Flexibilidade aproxima-se de modelos mentais fluidos e de crescimento. O conceito vem passando por evoluções e percepções que refletem essa necessária capacidade de adequação.

         O conceito de resiliência, tão divulgado e que recebe da química sua proposta adequada aos cenários humanos comportamentais, diz dessa capacidade de sofrer as pressões e se reformular, se readequar. Fortalecer-se do caos e dos imprevistos e ser capaz de aguentar a pressão. Uma antifragilidade necessária aos novos tempos.”.

(Otávio Grossi. otaviogrossi@saudeintegral.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de junho de 2021, caderno INTERESSA, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A perseguição

        Se considerarmos que já ouve tempo, alguns séculos atrás, para colocar na fogueira milhares de hereges e cidades inteiras, que apenas divergiam dos enunciados de ministros da religião cristã, a mesma que tem no “Sermão da Montanha” sua peça mais sublime, não podemos estranhar as baixarias lidas e ouvidas nas redes sociais. A luta sórdida pelo poder. A indústria das denúncias, da falsidade, das distorções propositais de conceitos cristalinos, jogando lama e esterco.

         A perseguição inquisitória abandonou as torturas nos porões dos tribunais e as fogueiras nas praças e passou a incinerar nas redes sociais reputações e vidas com falsidades, ofensas e avalanches de baixarias que distanciam seus praticantes do enunciado bíblico “o homem feito à imagem e semelhança de Deus”.

         Seres infernais praticam a maldade, operam com afinco para “quanto pior, melhor”. Permanecem no anonimato e na clandestinidade. São a vanguarda anônima do atraso, e há quem entre eles se finja de cristão.

         Se Deus é a verdade, a mentira é própria do ser demoníaco, amoral, dissimulado, lobo em pele de cordeiro, insensível ao sofrimento que provoca, daquele que adota p maquiavélico “o fim justifica os meios” e que “para ganhar faz o diabo”. Indivíduos que usam a inteligência não em favor do bem, mas de inconfessáveis interesses.

         A humanidade, apesar da evolução tecnológica, da expansão do conhecimento, dos avanços sociais, continua estacionada no tempo em que o Messias foi condenado, coberto de espinhos e cusparadas, pregado numa cruz. A imolação de quem pratica o bem existe deste sempre, característica de uma sociedade ainda não evoluída.

         Para seguir no meu texto, pego emprestado alguns retalhos de Huberto Rohden, um espiritualista brasileiro de excelsos conhecimentos, falecido na década de 1980.

         Há razões que tornam um homem justo o ser perseguido por outros homens ou por sociedades humanas. Uma das mais notadas é que um indivíduo persegue outro não só porque este seja mau, mas também pelo fato de ser bom, ou muito bom. E que razão teria esta última hipótese? O homem justo parece como elemento hostil, por vezes, intragável, a outro homem menos justo.

         A simples presença de um homem mais elevado representa uma declaração hostil e uma ofensa para os despeitados. Um ser que age para o bem a um não movido pelo altruísmo, apenas pelo simples fato de existir, diz silenciosamente: “Vós deveis ser como eu, mas não sois, e isso é culpa vossa”. Assusta-se o injusto. Desencadeiam-se a partir desse estalo as perseguições para incinerar o bom homem a qualquer custo.

         Ora, poucos toleram por largo tempo a consciência de sua inferioridade individual. Alguns descarregam seu despeito, ficando nas redes sociais tentando minorar de todas as formas o que é bom e melhor. Quem não conhece essas figuras tão comuns?

         Na ausência de homem de mais elevada espiritualidade, pode o homem inferior viver tranquilo na sua inferioridade. Ciente de que sua hegemonia e seu quintal serão ofuscados por um mais puro, desenvolvido, justo. Logo começa a sentir-se inseguro e inquieto, perde o equilíbrio, pois seu valor é medido pelo desvalor dos outros. Um indivíduo do bem desencadeia o pânico em grande número de medíocres dedicados à exploração da boa-fé. Torna-se “naturalmente” perseguido, com frequência objeto de linchamento moral.

         Acontece que uma planta nanica, para sobressair, só lhe resta abater as árvores de maior estatura. O pensamento perverso impede-o de aceitar a posição proeminente de outro ser e, assim, agradecer a existência de um farol que poderá ser-lhe guia e exemplo. Nesse momento explode o conflito interno, o instinto destrutivo, desagregador.

         Se é doloroso para um pigmeu ver-se eclipsado por um gigante, igualmente desagradável é para um homem impuro ter ao seu lado um homem puro.

         Esse conflito ocorre nos dias de hoje não mais no plano físico, trava-se no campo moral: o homem menos elevado aponta apenas no mais elevado as numerosas manchas, esquecido da muita luz que dele irradia. Só aponta no despeitado “rival” os pontos escuros que se encontram no sol. Acha melhor ficar no insalubre porão mexendo com maldades do que tomar banho de sol, por ter tantas e tão grandes manchas no globo solar.

         Nessas circunstâncias, atrasa-se a evolução de muitos, reforça-se o caráter do bom perseguido, enquanto apodrece a alma do perseguidor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

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