(Março = mês 64; faltam 106 meses para a Primavera Brasileira)
“A importância do modelo ESG
Com
a globalização e mudanças significativas da sociedade e do mercado nas últimas
décadas, o termo ESG começou a aparecer com frequência no mundo corporativo.
Práticas ambientais, sociais e de governança, na tradução da sigla em inglês,
se tornaram não apenas novos desafios de gestão mas, principalmente, condições
essenciais para que as empresas continuem competitivas frente a uma sociedade
que se preocupa, cada vez mais, com a procedência ou a forma que um produto
consumido por ela é fabricado ou extraído da natureza.
Dito de
outra forma, aderir às práticas ESG hoje já não significa mais um diferencial
de algumas empresas pioneiras na área da sustentabilidade, mas um aspecto
essencial para a sobrevivência do negócio.
Além
disso, estudos mostram que organizações que adotaram uma gestão baseada nesse
conceito melhoraram seus resultados. De acordo com uma pesquisa da Bloomberg,
empresa de tecnologia, dados e notícias para o mercado financeiro, fundos que
implantaram uma gestão baseada em práticas sustentáveis aumentaram sua
rentabilidade em 32% em 2020. Portanto, entender como esse tripé no qual se
baseia o ESG pode fazer parte da cultura das organizações se tornou imperativo.
O pilar
ambiental se refere às ações da empresa voltadas para reduzir o impacto de suas
operações. Um ponto que merece ser destacado é que a preocupação com o meio
ambiente não deve ser empregada apenas para uma campanha específica, mas algo
que deve fazer parte da cultura organizacional da empresa.
A Natura
é um exemplo de como o pilar ambiental foi completamente incorporado à cultura
organizacional da empresa, visto que sempre desenvolveu ações para reduzir seus
impactos, como não realizar testes em animais, além de ter criado o programa
Natura Carbono Neutro, com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito
estufa na produção.
O
segundo vértice do tripé é o social, no qual a empresa deve se preocupar com
seus funcionários e clientes, além de buscar uma interação maior com o entorno
geográfico onde desenvolve suas atividades. Outro ponto de atenção é promover a
diversidade na organização, como mostrou uma pesquisa da consultoria McKinsey, realizada
em 2020. Segundo esse estudo, empresas com equipes diversificadas têm 14% mais
chances de alcançar melhores resultados. Por isso, estabelecer uma política de
inclusão significa aumentar a produtividade, além de ser muito bem vista pela
sociedade e o mercado em geral.
Ao se
pensar na governança a preocupação das empresas deve ser em promover e praticar
a ética e a transparência nos negócios, garantindo, assim, o bom fluxo das
atividades da empresa e um relacionamento aberto com o poder público. É nesse
pilar que as outras pontas do ESG, ambiental e social, devem ser desenvolvidos,
garantindo que estejam dentro planejamento estratégico da gestão.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de fevereiro de 2022, caderno OPINIÃO,
página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de julho de
2003, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOÃO DE FREITAS,
professor e filósofo, e que merece igualmente integral transcrição:
“Deus
Tomei
escolares ao redor dos 13, e pedi-lhes que me dissessem se estava certo nas
seguintes afirmações:
1 –
Quando vejo uma coisa, vejo que a vejo e que ela é vista. Assim, quando vejo
uma coisa, vejo que eu (o homem) vê e que ela (a coisa) é vista;
2 –
Quando vejo uma coisa, vejo que estou cá, em mim, e que está lá, fora de mim.
Em suma, o mundo exterior está à vista do homem. Por fim, uma última afirmação.
Quando vejo uma coisa, gosto ou não gosto de vê-la.
A
resposta dos escolares me foi unânime: - O senhor está certo. E minha conclusão
foi simples e tranquila: o homem vê e sente; as coisas são vistas. O homem é
imperfeito, falto, porque não é visto. As coisas são imperfeitas, incompletas,
porque não vêem, nem sentem.
Da
experiência acima descrita induzi sobre Deus. Deus é perfeito, completo,
porque, como o homem, vê e sente, e, com as coisas, é visto. Para ver um
futebol, o homem tem de ir ao campo. Para ver um espetáculo circense, o homem
precisa ir ao circo. Para ver uma peça teatral, o homem deve ir ao teatro. Para
se ver, Deus não necessita sair, pois Ele se vê em si. Deus não têm exterior:
vê tudo interiormente ou em si.
De
verdade Deus não vê senão Ele mesmo. Deus não tira dos olhos de si para pô-los
num outro, pois não troca o infinito pelo finito, o perfeitíssimo pelo
imperfeito. Se o homem quiser interessar-se aos olhos de Deus, terá de ser o
que Deus é. Acrescente-se que em Deus os poderes de ver e de ser visto são
inseparáveis, de modo que Deus não se ausenta de si, não sofre solidão,
angústia, depressão.
Finalmente,
Deus é o máximo de perfeição, digno do amor infinito e eterno. Deus se ama,
representando o amor a si, em sua magnitude sem limites. Deus não pode amar
outro, de maneira que se o homem quiser ser amado por Deus, terá de ser o que
Ele é, sua semelhança.
Homem
inculto não exprime homem analfabeto. E homem de cultura não expressa homem que
sabe ler e escrever. Home culto é o semelhante a Deus: consciente, inteligente,
racional, livre, e amoroso para consigo e para com o semelhante. Deus é o que
Ele é perfeitamente, por isso olha para seu semelhante e o ama.
Se eu
for consciente de mim, inteligente, racional, livre, e se me amar (se me amo,
amo meu semelhante), posso dizer que sou verdadeiramente culto, que sou
semelhante a Deus, visto e amado por Ele.
Quando
Deus fez o mundo, exerceu o poder de fazer-se. Com efeito, no palco dos tempos
e dos espaços, pôs duas substâncias: a matéria, com o poder de fazer, com o
poder de mostrar, com o poder de dar espetáculo, de executar performances, que
nem os circos, os teatros, os cinemas; e a alma, com os poderes de ver e de
sentir, como os espectadores, que assistem e aplaudem ou vaiam.
A
matéria se exibe diante da alma, a única que vê e aprecia. Ela mostra as coisas
e a alma. A notar que ao mostrar a alma à alma, esta tem a consciência de si, e
se se ama, tem a vida de Deus, consciência de si e amor a si, hora em que é
vista e amada por Deus.
Como a
matéria é racional mas não inteligente, é cega, não vê, mostra indiferentemente
as coisas e a alma. Daí que esta precisa possuí-la, a fim de obrigá-la a
mostrar a alma e impedi-la de mostrar as coisas. Vendo-se na matéria, a alma é
consciente de si e feliz consigo à semelhança de Deus, e Deus a vê e a ama.
Assim viemos a este mundo para aqui ser a semelhança de Deus, consciência de si
e felicidade consigo, vida. Como Deus se vê e se ama, vê e ama sua semelhança,
por isso mesmo feliz e eterna: naturalmente o homem não sofre nem morre.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade
(planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência,
eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com
menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.