quinta-feira, 3 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA BOA GOVERNANÇA, EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM, SOLIDARIEDADE E PRODUTIVIDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DOS DONS, ESPIRITUALIDADE, UNIVERSALIDADE E SACRALIDADE DA DIGNIDADE HUMANA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSENTABILIDADE (64/106)

(Março = mês 64; faltam 106 meses para a Primavera Brasileira)

“A importância do modelo ESG

        Com a globalização e mudanças significativas da sociedade e do mercado nas últimas décadas, o termo ESG começou a aparecer com frequência no mundo corporativo. Práticas ambientais, sociais e de governança, na tradução da sigla em inglês, se tornaram não apenas novos desafios de gestão mas, principalmente, condições essenciais para que as empresas continuem competitivas frente a uma sociedade que se preocupa, cada vez mais, com a procedência ou a forma que um produto consumido por ela é fabricado ou extraído da natureza.

         Dito de outra forma, aderir às práticas ESG hoje já não significa mais um diferencial de algumas empresas pioneiras na área da sustentabilidade, mas um aspecto essencial para a sobrevivência do negócio.

         Além disso, estudos mostram que organizações que adotaram uma gestão baseada nesse conceito melhoraram seus resultados. De acordo com uma pesquisa da Bloomberg, empresa de tecnologia, dados e notícias para o mercado financeiro, fundos que implantaram uma gestão baseada em práticas sustentáveis aumentaram sua rentabilidade em 32% em 2020. Portanto, entender como esse tripé no qual se baseia o ESG pode fazer parte da cultura das organizações se tornou imperativo.

         O pilar ambiental se refere às ações da empresa voltadas para reduzir o impacto de suas operações. Um ponto que merece ser destacado é que a preocupação com o meio ambiente não deve ser empregada apenas para uma campanha específica, mas algo que deve fazer parte da cultura organizacional da empresa.

         A Natura é um exemplo de como o pilar ambiental foi completamente incorporado à cultura organizacional da empresa, visto que sempre desenvolveu ações para reduzir seus impactos, como não realizar testes em animais, além de ter criado o programa Natura Carbono Neutro, com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa na produção.

         O segundo vértice do tripé é o social, no qual a empresa deve se preocupar com seus funcionários e clientes, além de buscar uma interação maior com o entorno geográfico onde desenvolve suas atividades. Outro ponto de atenção é promover a diversidade na organização, como mostrou uma pesquisa da consultoria McKinsey, realizada em 2020. Segundo esse estudo, empresas com equipes diversificadas têm 14% mais chances de alcançar melhores resultados. Por isso, estabelecer uma política de inclusão significa aumentar a produtividade, além de ser muito bem vista pela sociedade e o mercado em geral.

         Ao se pensar na governança a preocupação das empresas deve ser em promover e praticar a ética e a transparência nos negócios, garantindo, assim, o bom fluxo das atividades da empresa e um relacionamento aberto com o poder público. É nesse pilar que as outras pontas do ESG, ambiental e social, devem ser desenvolvidos, garantindo que estejam dentro planejamento estratégico da gestão.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de fevereiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de julho de 2003, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOÃO DE FREITAS, professor e filósofo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Deus

        Tomei escolares ao redor dos 13, e pedi-lhes que me dissessem se estava certo nas seguintes afirmações:

         1 – Quando vejo uma coisa, vejo que a vejo e que ela é vista. Assim, quando vejo uma coisa, vejo que eu (o homem) vê e que ela (a coisa) é vista;

         2 – Quando vejo uma coisa, vejo que estou cá, em mim, e que está lá, fora de mim. Em suma, o mundo exterior está à vista do homem. Por fim, uma última afirmação. Quando vejo uma coisa, gosto ou não gosto de vê-la.

         A resposta dos escolares me foi unânime: - O senhor está certo. E minha conclusão foi simples e tranquila: o homem vê e sente; as coisas são vistas. O homem é imperfeito, falto, porque não é visto. As coisas são imperfeitas, incompletas, porque não vêem, nem sentem.

         Da experiência acima descrita induzi sobre Deus. Deus é perfeito, completo, porque, como o homem, vê e sente, e, com as coisas, é visto. Para ver um futebol, o homem tem de ir ao campo. Para ver um espetáculo circense, o homem precisa ir ao circo. Para ver uma peça teatral, o homem deve ir ao teatro. Para se ver, Deus não necessita sair, pois Ele se vê em si. Deus não têm exterior: vê tudo interiormente ou em si.

         De verdade Deus não vê senão Ele mesmo. Deus não tira dos olhos de si para pô-los num outro, pois não troca o infinito pelo finito, o perfeitíssimo pelo imperfeito. Se o homem quiser interessar-se aos olhos de Deus, terá de ser o que Deus é. Acrescente-se que em Deus os poderes de ver e de ser visto são inseparáveis, de modo que Deus não se ausenta de si, não sofre solidão, angústia, depressão.

         Finalmente, Deus é o máximo de perfeição, digno do amor infinito e eterno. Deus se ama, representando o amor a si, em sua magnitude sem limites. Deus não pode amar outro, de maneira que se o homem quiser ser amado por Deus, terá de ser o que Ele é, sua semelhança.

         Homem inculto não exprime homem analfabeto. E homem de cultura não expressa homem que sabe ler e escrever. Home culto é o semelhante a Deus: consciente, inteligente, racional, livre, e amoroso para consigo e para com o semelhante. Deus é o que Ele é perfeitamente, por isso olha para seu semelhante e o ama.

         Se eu for consciente de mim, inteligente, racional, livre, e se me amar (se me amo, amo meu semelhante), posso dizer que sou verdadeiramente culto, que sou semelhante a Deus, visto e amado por Ele.

         Quando Deus fez o mundo, exerceu o poder de fazer-se. Com efeito, no palco dos tempos e dos espaços, pôs duas substâncias: a matéria, com o poder de fazer, com o poder de mostrar, com o poder de dar espetáculo, de executar performances, que nem os circos, os teatros, os cinemas; e a alma, com os poderes de ver e de sentir, como os espectadores, que assistem e aplaudem ou vaiam.

         A matéria se exibe diante da alma, a única que vê e aprecia. Ela mostra as coisas e a alma. A notar que ao mostrar a alma à alma, esta tem a consciência de si, e se se ama, tem a vida de Deus, consciência de si e amor a si, hora em que é vista e amada por Deus.

         Como a matéria é racional mas não inteligente, é cega, não vê, mostra indiferentemente as coisas e a alma. Daí que esta precisa possuí-la, a fim de obrigá-la a mostrar a alma e impedi-la de mostrar as coisas. Vendo-se na matéria, a alma é consciente de si e feliz consigo à semelhança de Deus, e Deus a vê e a ama. Assim viemos a este mundo para aqui ser a semelhança de Deus, consciência de si e felicidade consigo, vida. Como Deus se vê e se ama, vê e ama sua semelhança, por isso mesmo feliz e eterna: naturalmente o homem não sofre nem morre.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,38%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

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