“Seguir boas tendências nos negócios e melhorar a gestão
O
comportamento das pessoas durante e após a pandemia da Covid-19 trouxe mudanças
significativas nos hábitos dos empresários e empregados brasileiros. Dentro das
organizações ficou claro que o “novo normal” para trabalhar virou realidade com
impactos que geraram dúvidas e, em alguns casos, razões otimistas no que diz
respeito à produção e ao modo de convivência entre os colaboradores e as
empresas.
De acordo
com uma pesquisa feita neste ano pela empresa Great Place to Work, com sede em
São Paulo, 59% das pessoas que responderam sobre desafios dentro dos seus
locais de trabalho apontaram que em 2021 houve maiores desafios nas políticas
às novas formas de trabalhar. A pesquisa também apontou que a comunicação
interna (49,2%) e a capacitação da liderança (39,8%) foram outros desafios
identificados dentro dos ambientes das organizações.
Ouvir os
funcionários e estudar métodos que possam gerar maiores ganhos, sejam eles
financeiros ou evolutivos no que diz respeito aos produtos e serviços que estão
sendo desenvolvidos nos negócios, é algo que necessita concentrar esforços de
maneira mais consistente. Exemplo disso são as “ferramentas” ou “tendências”
que estão na moda na hora de as empresas buscarem parâmetros para o pleno
desenvolvimento.
Tudo o
que existir para os ganhos de uma organização e dos seus funcionários precisa
ser levado em conta. Alguns exemplos: soluções phygital, que ajudam a
transformar a forma de relação das pessoas com as tecnologias; Environmental,
Social and Governance (ESG), que consiste em uma série de medidas tomadas pelas
empresas para tornar o impacto causado mais consciente; foco no cliente, em que
se busca traçar estratégias que vão impactá-lo positivamente pelo marketing; e,
por último, accountability (em português, responsabilidade), que significa dar
ao posicionamento corporativo prioridades à transparência e à comunicação com o
cliente. Estas são as bases que, somadas, podem gerar algo positivo e concreto
nas empresas e nos seus ramos de atuação.
Outra
tendência atualmente em voga e que parece não ter marcha atrás é a política estabelecida pela diretriz
ESG. A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) publicou uma pesquisa
em 2021 denominada “ESG e sua comunicação nas organizações no Brasil”, que
mostrou que as empresas estão seguindo como forma natural, mesmo que ainda de
maneira tímida, o desenvolvimento de práticas “saudáveis”, como o combate à
corrupção, o bem-estar financeiro e as ações que visam mitigar impactos no meio
ambiente.
A
visibilidade sobre o assunto tem tomado capas de jornais e revistas, e muitos
especialistas apontam que essas estratégias são “competências” comuns dentro de
cada negócio.
E são
essas competências que trarão mais ações equitativas e comprometidas com o
desenvolvimento sustentável em um futuro próximo.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 16 de setembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Gestão e política melhor
‘Política
melhor’ já é expressão consagrada a partir do Papa Francisco, na sua Carta
Encíclica Fratelli Tutti, em um horizonte conceitual com força para qualificar
a política. Há um conjunto de esforços e investimentos para encantar a política
– isto é, fazer dela, sempre mais, um serviço alicerçado na qualificada
cidadania, promovendo dinâmicas que garantam justiça e igualdade, uma
compreensão que articule diferenças como riquezas na democracia. Nesta direção,
encontra-se a possibilidade de se fazer da política um instrumento para a
promoção de valores inegociáveis, defendendo a vida, em todas as suas etapas,
da concepção ao declínio com a morte natural. A ‘política melhor’ articula
efetivas contribuições para levar o mundo ao desenvolvimento – um lugar da
fraternidade entre os povos, com seus segmentos sociopolíticos, que precisam
viver e testemunhar a amizade social, conforma sublinha o Papa Francisco na
Carta Encíclica.
O Papa
Francisco também adverte que, infelizmente, muitas vezes, a política pode
dificultar a consolidação do caminho que leva a um mundo diferente. Esse mundo
diferente deve ser compreendido como organização social e política capaz de
superar cenários de desigualdade social, com investimentos prioritários, dentre
outros campos, na educação, na superação de preconceitos e discriminações. Uma
nova realidade marcada, ainda, pelo respeito à liberdade religiosa e pela
competência na promoção indispensável de valores éticos. Para efetivar esse
contexto almejado, torna-se importante considerar o conceito de gestão, no
amplo horizonte sobre o que significa a “política melhor”. Essa desconsideração
é especial desafio para governantes e representantes do povo, que precisam
oferecer respostas mais assertivas aos problemas enfrentados pela sociedade.
A gestão
qualificada, moderna e capaz de levar a significativos resultados inclui muitos
princípios importantes, contemplando aqueles que são norteadores, essenciais
para evitar que haja submissão à lógica do lucro, em uma economia que mata.
Gestão qualificada e moderna não é aquela que simplesmente privilegia o
dinheiro, em desfavor da igualdade social. Esse modelo de gestão, na verdade,
corre o risco de perpetrar crimes contra a sagrada e inviolável dignidade da
pessoa humana. Para além de procedimentos técnicos, da importante dedicação em
busca do adequado funcionamento da “máquina administrativa”, é preciso se
comover com o rosto sofrido dos pobres, para servi-los prioritariamente.
Trata-se de caminho para que todos sejam respeitados em seus direitos e deveres
inalienáveis.
Na
gestão séria e moralmente respeitável não se pode caminhar de modo insensível
em relação aos pobres. A realidade dos que sofrem deve doer na alma de todos os
cidadãos e cidadãs, para que ocorra também uma reabilitação ética da política.
Os rostos dos pobres, ao serem enxergados com seriedade, revelam à sociedade a
direção para o fortalecimento da democracia, por meio de uma economia
solidária, de um desenvolvimento integral, sustentável. Assim, os muitos
cenários de pobreza não podem simplesmente servir para compor a propaganda
eleitoral. A realidade dos pobres deve estar permanentemente nos gabinetes e
salas de reuniões, para interpelar, dia e noite, aqueles que se submeteram ao
voto. A dedicação aos que padecem comprova uma autêntica sensibilidade social,
necessária não simplesmente para o funcionamento da máquina pública, mas também
na gestão da cultura – que abrange o conjunto de hábitos, valores e práticas
relacionadas à interação do ser humano com o seu semelhante, com a natureza e
com Deus. A cultura pede, pois, investimentos, de modo semelhante ao que ocorre
com outros setores da economia.
Percebe-se
a incompetência nos processos de gestão quando a cultura não é reconhecida em
sua importância, e o patrimônio cultural, paisagístico e histórico que se
herdou de antepassados, construído ao longo de séculos, é tratado com descaso.
Perde-se muito pela miopia dos entendimentos que, por vezes, levam à depredação
selvagem, ou à indiferença em relação a esse patrimônio, sob o “baldaquino da
ilusão” de que um povo pode se desenvolver sem a adequada valorização de seus
bens culturais. A consideração da cultura, promovendo patrimônios que fazem
parte da identidade de um povo, constitui também critério essencial para se
exercer a gestão no horizonte da “política melhor”. Funcione bem a máquina
governamental, alicerçados sejam os processos legislativos e administrativos,
operadas as reformas indispensáveis e urgentes, a partir de uma profunda
sensibilidade em relação aos pobres e de uma interpelante riqueza vinda da
cultura – do seu patrimônio histórico, religioso, artístico e paisagístico –
para ser edificado um novo tempo.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não
está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.