terça-feira, 20 de setembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DAS TECNOLOGIAS, COMUNICAÇÃO EFICAZ, BOA GOVERNANÇA E TRANSPARÊNCIA NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA POLÍTICA, ECONOMIA SOLIDÁRIA, PLENA CIDADANIA E DEMOCRACIA NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Seguir boas tendências nos negócios e melhorar a gestão

       O comportamento das pessoas durante e após a pandemia da Covid-19 trouxe mudanças significativas nos hábitos dos empresários e empregados brasileiros. Dentro das organizações ficou claro que o “novo normal” para trabalhar virou realidade com impactos que geraram dúvidas e, em alguns casos, razões otimistas no que diz respeito à produção e ao modo de convivência entre os colaboradores e as empresas.

         De acordo com uma pesquisa feita neste ano pela empresa Great Place to Work, com sede em São Paulo, 59% das pessoas que responderam sobre desafios dentro dos seus locais de trabalho apontaram que em 2021 houve maiores desafios nas políticas às novas formas de trabalhar. A pesquisa também apontou que a comunicação interna (49,2%) e a capacitação da liderança (39,8%) foram outros desafios identificados dentro dos ambientes das organizações.

         Ouvir os funcionários e estudar métodos que possam gerar maiores ganhos, sejam eles financeiros ou evolutivos no que diz respeito aos produtos e serviços que estão sendo desenvolvidos nos negócios, é algo que necessita concentrar esforços de maneira mais consistente. Exemplo disso são as “ferramentas” ou “tendências” que estão na moda na hora de as empresas buscarem parâmetros para o pleno desenvolvimento.

         Tudo o que existir para os ganhos de uma organização e dos seus funcionários precisa ser levado em conta. Alguns exemplos: soluções phygital, que ajudam a transformar a forma de relação das pessoas com as tecnologias; Environmental, Social and Governance (ESG), que consiste em uma série de medidas tomadas pelas empresas para tornar o impacto causado mais consciente; foco no cliente, em que se busca traçar estratégias que vão impactá-lo positivamente pelo marketing; e, por último, accountability (em português, responsabilidade), que significa dar ao posicionamento corporativo prioridades à transparência e à comunicação com o cliente. Estas são as bases que, somadas, podem gerar algo positivo e concreto nas empresas e nos seus ramos de atuação.

         Outra tendência atualmente em voga e que parece não ter marcha  atrás é a política estabelecida pela diretriz ESG. A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) publicou uma pesquisa em 2021 denominada “ESG e sua comunicação nas organizações no Brasil”, que mostrou que as empresas estão seguindo como forma natural, mesmo que ainda de maneira tímida, o desenvolvimento de práticas “saudáveis”, como o combate à corrupção, o bem-estar financeiro e as ações que visam mitigar impactos no meio ambiente.

         A visibilidade sobre o assunto tem tomado capas de jornais e revistas, e muitos especialistas apontam que essas estratégias são “competências” comuns dentro de cada negócio.

         E são essas competências que trarão mais ações equitativas e comprometidas com o desenvolvimento sustentável em um futuro próximo.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 16 de setembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Gestão e política melhor

       ‘Política melhor’ já é expressão consagrada a partir do Papa Francisco, na sua Carta Encíclica Fratelli Tutti, em um horizonte conceitual com força para qualificar a política. Há um conjunto de esforços e investimentos para encantar a política – isto é, fazer dela, sempre mais, um serviço alicerçado na qualificada cidadania, promovendo dinâmicas que garantam justiça e igualdade, uma compreensão que articule diferenças como riquezas na democracia. Nesta direção, encontra-se a possibilidade de se fazer da política um instrumento para a promoção de valores inegociáveis, defendendo a vida, em todas as suas etapas, da concepção ao declínio com a morte natural. A ‘política melhor’ articula efetivas contribuições para levar o mundo ao desenvolvimento – um lugar da fraternidade entre os povos, com seus segmentos sociopolíticos, que precisam viver e testemunhar a amizade social, conforma sublinha o Papa Francisco na Carta Encíclica.

         O Papa Francisco também adverte que, infelizmente, muitas vezes, a política pode dificultar a consolidação do caminho que leva a um mundo diferente. Esse mundo diferente deve ser compreendido como organização social e política capaz de superar cenários de desigualdade social, com investimentos prioritários, dentre outros campos, na educação, na superação de preconceitos e discriminações. Uma nova realidade marcada, ainda, pelo respeito à liberdade religiosa e pela competência na promoção indispensável de valores éticos. Para efetivar esse contexto almejado, torna-se importante considerar o conceito de gestão, no amplo horizonte sobre o que significa a “política melhor”. Essa desconsideração é especial desafio para governantes e representantes do povo, que precisam oferecer respostas mais assertivas aos problemas enfrentados pela sociedade.

         A gestão qualificada, moderna e capaz de levar a significativos resultados inclui muitos princípios importantes, contemplando aqueles que são norteadores, essenciais para evitar que haja submissão à lógica do lucro, em uma economia que mata. Gestão qualificada e moderna não é aquela que simplesmente privilegia o dinheiro, em desfavor da igualdade social. Esse modelo de gestão, na verdade, corre o risco de perpetrar crimes contra a sagrada e inviolável dignidade da pessoa humana. Para além de procedimentos técnicos, da importante dedicação em busca do adequado funcionamento da “máquina administrativa”, é preciso se comover com o rosto sofrido dos pobres, para servi-los prioritariamente. Trata-se de caminho para que todos sejam respeitados em seus direitos e deveres inalienáveis.

         Na gestão séria e moralmente respeitável não se pode caminhar de modo insensível em relação aos pobres. A realidade dos que sofrem deve doer na alma de todos os cidadãos e cidadãs, para que ocorra também uma reabilitação ética da política. Os rostos dos pobres, ao serem enxergados com seriedade, revelam à sociedade a direção para o fortalecimento da democracia, por meio de uma economia solidária, de um desenvolvimento integral, sustentável. Assim, os muitos cenários de pobreza não podem simplesmente servir para compor a propaganda eleitoral. A realidade dos pobres deve estar permanentemente nos gabinetes e salas de reuniões, para interpelar, dia e noite, aqueles que se submeteram ao voto. A dedicação aos que padecem comprova uma autêntica sensibilidade social, necessária não simplesmente para o funcionamento da máquina pública, mas também na gestão da cultura – que abrange o conjunto de hábitos, valores e práticas relacionadas à interação do ser humano com o seu semelhante, com a natureza e com Deus. A cultura pede, pois, investimentos, de modo semelhante ao que ocorre com outros setores da economia.

         Percebe-se a incompetência nos processos de gestão quando a cultura não é reconhecida em sua importância, e o patrimônio cultural, paisagístico e histórico que se herdou de antepassados, construído ao longo de séculos, é tratado com descaso. Perde-se muito pela miopia dos entendimentos que, por vezes, levam à depredação selvagem, ou à indiferença em relação a esse patrimônio, sob o “baldaquino da ilusão” de que um povo pode se desenvolver sem a adequada valorização de seus bens culturais. A consideração da cultura, promovendo patrimônios que fazem parte da identidade de um povo, constitui também critério essencial para se exercer a gestão no horizonte da “política melhor”. Funcione bem a máquina governamental, alicerçados sejam os processos legislativos e administrativos, operadas as reformas indispensáveis e urgentes, a partir de uma profunda sensibilidade em relação aos pobres e de uma interpelante riqueza vinda da cultura – do seu patrimônio histórico, religioso, artístico e paisagístico – para ser edificado um novo tempo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

      

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