(Dezembro = mês 84; faltam 86 meses para a Primavera Brasileira)
“Os desafios para ensinar o novo perfil de
alunos
O
processo de alfabetização é fundamental para uma educação efetiva, permitindo
que o educando desenvolva várias habilidades, como leitura, escrita,
comunicação e práticas sociais. No entanto, as escolas vêm enfrentando um
dilema: alfabetizar o novo perfil de alunos, caracterizado por um grande apego
à tecnologia e pelo imediatismo.
Alfabetizar
os nativos digitais, ou seja, a geração que nasceu em um mundo onde a
tecnologia já é onipresente, pode ser desafiador. Embora exista familiaridade
natural com dispositivos digitais e recursos online, isso não é um indicativo
de que essa geração tenha habilidades de alfabetização. Por isso, crianças e
jovens ainda necessitam de orientação e suporte para desenvolver competências
de leitura, escrita e pensamento crítico, essenciais para uma educação completa
e bem-sucedida.
Com
isso, as escolas seguem firmes no papel de assegurar os conhecimentos teóricos
e práticos fundamentais para o processo de aprendizagem. A grande mudança é
que, no contexto atual, as instituições precisam atentar às dificuldades da
nova geração – a dificuldade de concentração, por exemplo – e incorporar as
ferramentas digitais contemporâneas de maneira favorável no ensino e na
alfabetização.
Para
contemplar todas essas questões, a palavra-chave é equilíbrio. Quando usada
para complementar determinadas abordagens pedagógicas, a tecnologia pode trazer
contribuições significativas para o processo de ensino-aprendizagem. Tendo em
mente o novo perfil de alunos, essa ferramenta, nos processos de alfabetização
e letramento, permite o incentivo à leitura digital e a utilização de elementos
visuais e auditivos.
Além
disso, a tecnologia pode estimular a criatividade e o desenvolvimento das
habilidades de pesquisa, contribuindo para que o processo de alfabetização e
letramento seja mais atrativo para os alunos e desperte o desejo por aprender.
As
gamificações e as plataformas educacionais podem melhorar as habilidades de
alfabetização de maneira divertida e interativa, motivando os alunos a praticar
a leitura e a escrita mais regularmente.
Apesar
da inegável contribuição da interseção entre tecnologia e aprendizagem, ainda
são encontrados muitos desafios na inserção dos recursos digitais em sala de
aula. O maior deles é a disparidade do acesso à tecnologia, aumentando as
desigualdades educacionais, já que alguns alunos podem ter mais recursos
tecnológicos do que outros. A falta de formação dos educadores para utilizar as
ferramentas tecnológicas de maneira pedagogicamente eficaz também é uma lacuna
encontrada.
Sendo
assim, cabe às instituições fazer um planejamento de como e quando a tecnologia
fará parte da rotina de ensino, com o objetivo de preparar o corpo docente e
obter bons resultados com a utilização desses recursos.”.
(Fernanda Esteves Blaser Queiroga. Diretora
Bernoulli Go, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 1 de dezembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma
importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para
a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo
metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:
“A luz de Esperanças
É tempo
do Advento, caminho de preparação para o Natal que leva esperança ao coração.
Não se trata simplesmente de uma época caracterizada por cores e luzes,
compras, presentes, confraternizações. No tempo do Advento está a oportunidade
para cultivar a esperança que sustenta a existência humana. Trata-se, assim, de
antídoto para a desesperança que leva a um viver sem sentido, a uma carência de
solidariedade e de contribuições significativas para avanços da humanidade. É
preciso ter cuidado considerando o quão especial é este tempo. Não se deve
escutar a voz monossilábica dos “profetas do agouro”, que propagam as sombras
da desesperança e do pessimismo, levando a um adoecimento existencial muito
comum na contemporaneidade.
Há um
conjunto de visões de mundo e de atitudes que projetam escuridão sobre as
esperanças. Muito pessimismo é disseminado até mesmo pelos que fazem análises
intelectuais da realidade, indicando graves problemas, mas sem conseguir
apontar caminhos para solucioná-los. A desesperança é consolidada também pela
crueldade das atitudes que estão na contramão do bem de todos, da justiça e da
solidariedade. Deve-se aprender a esperançar, sobre o alicerce que é a Luz da
esperança. Uma luz que ultrapassa a condição humana. São João, poeticamente
ensina, nos primeiros versículos de seu Evangelho: Cristo Jesus é essa luz que,
vindo ao mundo, a todos ilumina.
Grave é
o risco de rejeitar a luz. Significa viver nas trevas, distanciando-se da
possibilidade de acolher a luz e, assim, renunciar à única chance de se tornar
filho e filha de Deus. Eis a referência única e qualificada da esperança
cristã, a ser sempre mais cultivada, anunciada, com a celebração do Natal: o
Verbo, Cristo, se fez carne e habitou entre os homens. O coração humano precisa
saber esperar – e adequadamente reconhecer o que esperar – para evitar um modo
de viver sem rumo, percebido como um grande fardo. Sem a luz da esperança, a
humanidade alimenta-se de absurdos e atrocidades, até mesmo com o amparo da
razão, que pode contracenar com a pequenez espiritual e humano-afetiva.
Oportuno sublinhar que o progresso, à luz da esperança cristã, não significa
avançar em conquistas no campo material – não é buscar dominar a natureza,
frequentemente a partir de manipulações e procedimentos mesquinhos, com a
exploração predatória e gananciosa do meio ambiente. A esperança é alimentada a
partir da consciência ética e moral que capacita cada pessoa a pautar suas
próprias atitudes para além dos interesses materiais.
A
esperança fortalece a liberdade humana, é impulso para gerar a sabedoria que
reveste a vida de sentido. Faz crescer a convicção para fazer o bem, remédio
que cura descompassos e alarga a tenda do coração, afastando rancores, mágoas e
preconceitos. Há um tesouro moral da humanidade que pode ser fortalecido pela
esperança cristã. Alimentar a esperança pelos raios da luz que é Cristo, o
menino-Deus, do Natal, é, pois, ampliar o horizonte do viver humano. Cresça a
convicção da importância de exercitar-se na esperança cristã, aprendendo sua
dinâmica com humildade, em uma tarefa nunca concluída, para que os corações
sejam sustentados pelo bem e pelo amor. Caminho para que possa crescer a
competência cidadã no desenvolvimento de projetos capazes de oferecer respostas
aos problemas da humanidade. Trata-se de um investimento possível quando se tem
esta certeza: a redenção humana não é conquistada a partir de exterioridades.
Os alicerces da genuína esperança se assentam na interioridade, o lugar da
verdadeira manjedoura do Deus que vem no Natal. O amor maior, ao ser acolhido,
redime.
Advento
é tempo de conhecer e reconhecer um grande amor, o amor maior, de Deus,
revelado na pessoa de Jesus. É o único amor que vence a morte e ultrapassa a
fragilidade humana, transformando-a. É hora de aprender a receber o amor
divino, vivendo, com fecundidade, silêncio meditativo, o tempo do Advento, para
que brilhe a luz de esperança.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!