terça-feira, 5 de dezembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS CAPACIDADES, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS NAS TECNOLOGIAS PARA A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E A TRANSCENDÊNCIA DA LUZ DAS ESPERANÇAS, CONSCIÊNCIA ÉTICA E MORAL, SABEDORIA E PLENA CIDADANIA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE (84/86)

(Dezembro = mês 84; faltam 86 meses para a Primavera Brasileira)

“Os desafios para ensinar o novo perfil de alunos

       O processo de alfabetização é fundamental para uma educação efetiva, permitindo que o educando desenvolva várias habilidades, como leitura, escrita, comunicação e práticas sociais. No entanto, as escolas vêm enfrentando um dilema: alfabetizar o novo perfil de alunos, caracterizado por um grande apego à tecnologia e pelo imediatismo.

         Alfabetizar os nativos digitais, ou seja, a geração que nasceu em um mundo onde a tecnologia já é onipresente, pode ser desafiador. Embora exista familiaridade natural com dispositivos digitais e recursos online, isso não é um indicativo de que essa geração tenha habilidades de alfabetização. Por isso, crianças e jovens ainda necessitam de orientação e suporte para desenvolver competências de leitura, escrita e pensamento crítico, essenciais para uma educação completa e bem-sucedida.

         Com isso, as escolas seguem firmes no papel de assegurar os conhecimentos teóricos e práticos fundamentais para o processo de aprendizagem. A grande mudança é que, no contexto atual, as instituições precisam atentar às dificuldades da nova geração – a dificuldade de concentração, por exemplo – e incorporar as ferramentas digitais contemporâneas de maneira favorável no ensino e na alfabetização.

         Para contemplar todas essas questões, a palavra-chave é equilíbrio. Quando usada para complementar determinadas abordagens pedagógicas, a tecnologia pode trazer contribuições significativas para o processo de ensino-aprendizagem. Tendo em mente o novo perfil de alunos, essa ferramenta, nos processos de alfabetização e letramento, permite o incentivo à leitura digital e a utilização de elementos visuais e auditivos.

         Além disso, a tecnologia pode estimular a criatividade e o desenvolvimento das habilidades de pesquisa, contribuindo para que o processo de alfabetização e letramento seja mais atrativo para os alunos e desperte o desejo por aprender.

         As gamificações e as plataformas educacionais podem melhorar as habilidades de alfabetização de maneira divertida e interativa, motivando os alunos a praticar a leitura e a escrita mais regularmente.

         Apesar da inegável contribuição da interseção entre tecnologia e aprendizagem, ainda são encontrados muitos desafios na inserção dos recursos digitais em sala de aula. O maior deles é a disparidade do acesso à tecnologia, aumentando as desigualdades educacionais, já que alguns alunos podem ter mais recursos tecnológicos do que outros. A falta de formação dos educadores para utilizar as ferramentas tecnológicas de maneira pedagogicamente eficaz também é uma lacuna encontrada.

         Sendo assim, cabe às instituições fazer um planejamento de como e quando a tecnologia fará parte da rotina de ensino, com o objetivo de preparar o corpo docente e obter bons resultados com a utilização desses recursos.”.

(Fernanda Esteves Blaser Queiroga. Diretora Bernoulli Go, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de dezembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

 Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“A luz de Esperanças

         É tempo do Advento, caminho de preparação para o Natal que leva esperança ao coração. Não se trata simplesmente de uma época caracterizada por cores e luzes, compras, presentes, confraternizações. No tempo do Advento está a oportunidade para cultivar a esperança que sustenta a existência humana. Trata-se, assim, de antídoto para a desesperança que leva a um viver sem sentido, a uma carência de solidariedade e de contribuições significativas para avanços da humanidade. É preciso ter cuidado considerando o quão especial é este tempo. Não se deve escutar a voz monossilábica dos “profetas do agouro”, que propagam as sombras da desesperança e do pessimismo, levando a um adoecimento existencial muito comum na contemporaneidade.

         Há um conjunto de visões de mundo e de atitudes que projetam escuridão sobre as esperanças. Muito pessimismo é disseminado até mesmo pelos que fazem análises intelectuais da realidade, indicando graves problemas, mas sem conseguir apontar caminhos para solucioná-los. A desesperança é consolidada também pela crueldade das atitudes que estão na contramão do bem de todos, da justiça e da solidariedade. Deve-se aprender a esperançar, sobre o alicerce que é a Luz da esperança. Uma luz que ultrapassa a condição humana. São João, poeticamente ensina, nos primeiros versículos de seu Evangelho: Cristo Jesus é essa luz que, vindo ao mundo, a todos ilumina.

         Grave é o risco de rejeitar a luz. Significa viver nas trevas, distanciando-se da possibilidade de acolher a luz e, assim, renunciar à única chance de se tornar filho e filha de Deus. Eis a referência única e qualificada da esperança cristã, a ser sempre mais cultivada, anunciada, com a celebração do Natal: o Verbo, Cristo, se fez carne e habitou entre os homens. O coração humano precisa saber esperar – e adequadamente reconhecer o que esperar – para evitar um modo de viver sem rumo, percebido como um grande fardo. Sem a luz da esperança, a humanidade alimenta-se de absurdos e atrocidades, até mesmo com o amparo da razão, que pode contracenar com a pequenez espiritual e humano-afetiva. Oportuno sublinhar que o progresso, à luz da esperança cristã, não significa avançar em conquistas no campo material – não é buscar dominar a natureza, frequentemente a partir de manipulações e procedimentos mesquinhos, com a exploração predatória e gananciosa do meio ambiente. A esperança é alimentada a partir da consciência ética e moral que capacita cada pessoa a pautar suas próprias atitudes para além dos interesses materiais.

         A esperança fortalece a liberdade humana, é impulso para gerar a sabedoria que reveste a vida de sentido. Faz crescer a convicção para fazer o bem, remédio que cura descompassos e alarga a tenda do coração, afastando rancores, mágoas e preconceitos. Há um tesouro moral da humanidade que pode ser fortalecido pela esperança cristã. Alimentar a esperança pelos raios da luz que é Cristo, o menino-Deus, do Natal, é, pois, ampliar o horizonte do viver humano. Cresça a convicção da importância de exercitar-se na esperança cristã, aprendendo sua dinâmica com humildade, em uma tarefa nunca concluída, para que os corações sejam sustentados pelo bem e pelo amor. Caminho para que possa crescer a competência cidadã no desenvolvimento de projetos capazes de oferecer respostas aos problemas da humanidade. Trata-se de um investimento possível quando se tem esta certeza: a redenção humana não é conquistada a partir de exterioridades. Os alicerces da genuína esperança se assentam na interioridade, o lugar da verdadeira manjedoura do Deus que vem no Natal. O amor maior, ao ser acolhido, redime.

         Advento é tempo de conhecer e reconhecer um grande amor, o amor maior, de Deus, revelado na pessoa de Jesus. É o único amor que vence a morte e ultrapassa a fragilidade humana, transformando-a. É hora de aprender a receber o amor divino, vivendo, com fecundidade, silêncio meditativo, o tempo do Advento, para que brilhe a luz de esperança.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 12,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em outubro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,82%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social, com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.

- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! (1830) ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

 

        

 

 

        

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